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Farmacologia do Sistema Digestório Inibidores das Bombas de Prótons (Supressores mais potentes da secreção de ácido gástrico) 1. Omeprazol 2. Esomeprazol 3. Lansoprazol 4. Dexlansoprazol 5. Rabeprazol 6. Pantoprazol Os inibidores da bomba de prótons são pró fármacos que exigem ativação em ambiente ácido. Após a sua absorção na circulação sistêmica, o pró-fármaco difunde-se nas células parietais do estômago e acumula-se nos canalículos secretores ácidos, onde é ativado. Possui meia vida entre 0,5 - 2 h mas possui uma supressão ácida de 24 - 48 h. A prescrição dos inibidores da bomba de prótons é para promover a cicatrização de úlceras gástricas e duodenais e para tratar a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), incluindo esofagite erosiva. Antagonistas dos receptores H2 (Bloqueio seletivo dos receptores H2 de histamina - menos potentes que os inibidores de bomba de prótons) ● Cimetidina ● Ranitidina (menos presente no mercado) ● Famotidina ● Nizatidina Todos os anti - histamínicos podem causar quadro de demência em pessoas idosas, principalmente as que possuem história prévia. Fármacos citoprotetores (Análogos de prostaglandinas) ● Bismuto Coloidal (língua e fezes escurecidas - fator de desistência) ● Alginatos (forma gel em contato com a água - ajuda a reduzir o reflexo) ● Misoprostol - A prostaglandina E2 (PGE2) e a prostaciclina (PGI2) constituem as principais prostaglandinas sintetizadas pela mucosa gástrica. Atuam diminuindo a secreção de ácido gástrico, estimulação da secreção de mucina e bicarbonato e o aumento do fluxo sanguíneo da mucosa. Contraindicado em casos de doença inflamatória intestinal, uma vez que pode causar exacerbação clínica da doença, e em casos de gravidez, visto que aumenta a contratilidade uterina e descolamento prematuro da placenta (aborto). Raramente utilizado devido a sua administração inconveniente de quatro doses diárias. ● Sucralfato de alumínio (agente agregante) - Em ambiente ácido, o sucralfato produz um polímero viscoso e pegajoso, que adere às células epiteliais e às crateras das úlceras durante até 6 h após uma dose única. Além de inibir a hidrólise das proteínas da mucosa pela pepsina, o sucralfato pode ter outros efeitos citoprotetores, incluindo a estimulação da produção local de prostaglandinas e fator de crescimento epidérmico. O sucralfato liga-se também aos sais biliares; por conseguinte, alguns médicos usam o fármaco no tratamento de pacientes com as síndromes de esofagite ou gastrite biliar. Entre os efeitos adversos estão a constipação. Ademais, como pode haver absorção de certa quantidade de alumínio, o sucralfato deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal, que correm risco de sobrecarga de alumínio. Por conta de sua natureza agregante, pode interferir na absorção de outros medicamentos. Antiácidos Apesar de o bicarbonato de sódio ser eficaz na neutralização do ácido, ele é muito hidrossolúvel, sendo rapidamente absorvido pelo estômago. Dependendo do tamanho da partícula e da estrutura do cristal, o CaC03 neutraliza o H+ gástrico rapidamente e de modo eficaz, porém a liberação de co2 dos antiácidos contendo bicarbonato e carbonato pode causar eructação, náuseas, distensão abdominal e flatulência. O cálcio também pode induzir secreção ácida de rebote, exigindo a sua administração mais frequente. As combinações de hidróxido de Mg2+ (de reação rápida) e de AI3+ (de reação lenta), que são preferidas pela maioria dos especialistas, proporcionam uma capacidade de neutralização relativamente equilibrada e mantida - o AJ3+ pode relaxar o músculo liso gástrico, produzindo esvaziamento gástrico tardio e constipação, enquanto o Mg2+ exerce efeitos opostos. ● Sal bicarbonato ● Hidróxido de magnésio ● Trissilicato de magnésio (forma gel em contato com a água - tentativa de imitar muco) ● Carbonato de magnésio ● Hidróxido de alumínio ● Alginatos Anti - emeticos Antagonistas dos receptor de dopamina D2. Efeito pró cinético; aumento dos movimentos peristálticos, tônus dos esfíncter esofágico e efeito anti-emese. Efeitos colaterais: sonolência e torpor ● Metoclopramida (atuam sobre o sistema entérico e SNC, caso administrado em dose alta é responsável pela síndrome extrapiramidal). Antagonista do receptor de histamina H1 ● Cinarizina ● Ciclizina (sonolência) ● prometazina (sedativo potente) Antagonista do receptor de histamina não-seletivo ● Dimenidrinato Efeito colateral: sonolência e diminuição de reflexos e sedação Antagonista do receptor de histamina H3 ● beta-histina Efeito terapêutico: usado para náuseas e vertigens em labirintopatias Efeito colateral: sonolência, sedação, boca seca, turvação visual Antagonistas muscarínicos M1 ● hioscina (escopolamina) Efeito terapêutico: anti-êmese e anti-espasmódico (anti-cólica) Ef colateral: secura da boca e diminuição das secreções digestivas, constipação intestinal Antagonistas dos receptores 5-HT3 ● ondansetrona ● granisetrona ● palonosetrona Efeito terapêutico: Potente anti-emético, ação direta sobre a ZGQ Pró cinéticos Antagonistas dos receptores dopamina D2 Efeito terapêutico: Aumentam o peristaltismo, anti-refluxo (anti-DRGE) e inibe o vômito, uso para esofagite e hérnia de hiato ● metoclopramida - sonolência e Sd extra-piramidal ● domperidona - diarréia e cólica Laxantes (catárticos ou purgativos) laxativos formadores de volume ● psilium ● fibra de ispaghula- primeira escolha para ação lenta, metilcelulose ● ágar laxativos osmóticos ● lactulose ● sulfato de magnésio ● hidróxido de magnésio Emolientes fecais – emulsificam o conteúdo fecal ● docusato ● óleo mineral ● supositório de glicerina Purgativos estimulantes ● sena ● picossulfato de sódio Anti-diarreicos ● Reidratação oral com soluções isotônicas de NaCl mais glicose e cereal à base de amido (importante em lactentes) ● Hioscina (bloqueia rcpt M1 e diminui motilidade e cólica) ● Repositor da flora intestinal (Saccharomyces boulardii-17 liofilizado) ● Agentes antimotilidade - loperamida (efeitos adversos: sonolência e náuseas) Ef. Colaterais importantes: constipação intestinal, íleo adinâmico Fármacos para tratar doenças inflamatórias intestinais (Sd do cólon irritável, Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn) ● Glicocorticóides ● Aminossalicilatos – sulfassalazina e mesalazina ● Imunobiológicos – infliximabe e adalimumabe – anticorpos monoclonais contra o fator de necrose tumoral (TNF alfa) Fármacos utilizados no tratamento da doença ulcerosa péptica ● Inibidores de bomba de prótons (IBP) ● Antagonistas dos receptores H2 ● Antiácidos ● Citoprotetores ● Antibióticos (caso detectada a presença da bactéria helicobacter pylori): Amoxacilina, Claritromicina, Levofloxacina, Metronidazol.
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