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Morfofuncional | UC XIV | SP3 Infecções fúngicas Apresentações: - conídio está presente nas hifas verdadeiras, e a partir dos esporos vamos ter formação de novas hifas - pseudo-hifa é mais patogênica - a medida que o broto se solta, temos uma levedura formada; mas se esse broto não se desprender de sua levedura, vamos ter a formação de uma pseudo-hifa - fungos são seres eucariontes, apresentam núcleos, MP, parede celular, apresentam um capsídeo envolvendo esse fungo hifa é multinucleada; a cenocítica é sem septos, e a septada é a que contém septos e a mais comum temos uma distensão da membrana do fungo, que forma um broto.; o núcleo se divide por mitose, o núcleo migra para o broto; temos constrição da região, para separar o broto da levedura; temos a presença de cicatrizes na célula parental, de onde vai sair a nova levedura; se o broto não se soltar, vamos ter dilatação e formação de pseudo-hifas 200 fungos são associados com doenças; eles vivem comensalmente em nossa flora, mas em casos de queda de imunidade, temos uma infecção os fungos são classificados como patógenos oportunistas → fungos dimórficos: se adaptam a diferentes ambientes e temperatura, mudando sua forma de acordo com essas características → podem causar: - micose superficiais - micoses subcutâneas - micoses sistêmicas - micoses oportunistas Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 1 Morfofuncional | UC XIV | SP3 ● Candidíase Agente etiológico: Candida sp (albicans é a mais comum) está presente na flora da maioria das pessoas, e em casos de desequilíbrio imunológico, temos uma infecção; maioria em forma de pseudo hifa e levedura colônia de candida: esverdeado central causa infecções superficiais e disseminadas infecção disseminada Dimorfismo da candida → regulação de genes fase específicos candida vai se adaptar ao ambiente; o pH vaginal que é ácido, se ele torna-se neutro, ela consegue se adaptar, além disso, se adapta a presença de CO2, nutrientes e estágios de carência nutricional a candida se apresenta em forma de levedura, e para se adaptar ao meio se apresenta em forma de pseudo-hifa → patogenia - adesinas temos a presença de adesinas, temos 3 bem importantes; elas 1- proteínas semelhantes a integrinas → laminina, fibronectina, fibrinogênio; conferem o mecanismo de patogenicidade da candida 2- proteína semelhante aos substratos transglutaminase: ancoragem na superfície endotelial; 3- aglutininas: fibronectina e células - enzimas 1. aspartil proteinases (SAP) são importantes para degradar proteínas que estão presentes na matriz extracelular, o que ajuda o fungo invadir aquela região; → outras enzimas ajudam os fungos evadirem do nosso sistema de defesa 2. catalases inibem a ação de ERO 3. adenosina inibem a ação de ERO; faz degranulação de neutrófilos - biofilmes as leveduras se aderem e se proliferam, a partir disso, vemos o crescimento de hifas, que vão sintetizar matriz extracelular fúngica; o problema do biofilme é que ele está presente em catéteres, sondas, etc; eles são difíceis de serem removidos, tanto pelo sistema imune, como pela ação de fármacos → resposta imune 1º resposta imune inata macrofagos e neutrofilos intensamente respondem a infecção 2º resposta imune adaptativa células dendríticas apresentam as proteínas desses fungos para os linfócitos T CD4; temos liberação de interleucina 12 (pela célula dendrítica) que leva a um padrão de resposta celular Th1- que faz com que a gente tenha o efeito citotóxico;libera quimiocinas que atrai mais macrofagos e neutrófilos para a eliminação desses fungos resposta Th17: também leva ao aumento da quantidade de neutrófilo, respondendo a infecção. Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 2 Morfofuncional | UC XIV | SP3 as hifas reduzem a liberação de interleucina 12, a partir disso não temos mais resposta de padrão Th1 e sim Th2, ela não é efetiva na eliminação desses fungos, é uma resposta humoral, temos produção de anticorpos, ou seja, não é eficiente, o fungo continua se proliferando → manifestações clínicas - candidíase superficial das mucosas da cavidade oral pseudomembranas branco- acinzentadas; são restos de hifas, se pegar um algodão é possível retirar, por baixo temos uma hiperemia hiperemia na mucosa inflamação de mucosa: + sistema imune acomete: neonatos, pessoas debilitadas, crianças em tratamento para asma, pacientes tratados com antibióticos de amplo espectro e HIV+ - esofagite por candida disfagia dor retroesternal placas brancas e pseudomembranas na endoscopia acomete: HIV+, pacientes com malignidades hematolinfóides (neutropenia- os neutrófilos são muito importantes para a resta ao fungo) - vaginite por candida secreção pruriginosa dor (pode ou não) corrimento espesso tipo coalhada acomete: diabéticas, gestantes, mulheres que fazem uso de contraceptivos orais - candidíase cutânea Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 3 Morfofuncional | UC XIV | SP3 - candidíase invasiva (casos mais graves) causada por disseminação hematogênica - pode causar: abscessos renais abscessos miocárdicos e endocardite microabscessos cerebrais e meningite endoftalmites abscessos hepáticos ex da foto: acometimento do glomérulo, e aí expande para cápsula de bowman, e isso pode evoluir para outras estruturas → pode ter comprometimento renal ● Criptococose agente etiológico: cryptococcus neoformans colônias com aspecto gelatinoso → quando tiver suspeita de criptococose, pode-se pedir pesquisa de criptococus por tinta da China ou tinta nanquim no líquor, pois não é feito rotineiramente no laboratório → causa meningoencefalite em pacientes com: aids, leucemia ou linfoma, lúpus eritematoso sistêmico, sarcoidose, transplantados presente principalmente em solo e em fezes de pombos; os esporos e leveduras são inalados; se alojam nos alvéolos; a partir disso se disseminam e podem chegar ao SNC em certos pacientes, mas em imunocompetentes não causa isso; → patogenia - apresentam cápsula polissacarídica, de glicuroxonilomanana → inibe fagocitose por macrófagos alveolares; → inibe a migração de leucócitos; → inibe o recrutamento de células inflamatórias - melanina a enzima lacase converte diversas substâncias do indivíduo em melanina → proteção contra a atividade oxidante de macrófagos alveolares e protege o criptococo contra degradação dos fagolisossomos - enzimas serina proteinase (invasão); quebram fibronectina e proteínas da membrana basal Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 4 Morfofuncional | UC XIV | SP3 - infecção latente algumas enzimas fazem a manutenção de infecções latentes; o criptococus pode ficar dentro de granulomas e em momentos de fragilidade imune, podemos ter reativação da infecção os pontinhos são fungos dentro dos alvéolos; eles tentam se aproximar dos septos para conseguir atingir o sistema nervoso central a partir da corrente sanguínea no SNC, podemos ter acometimento das meninges, massa cinzenta cortical e dos núcleos basais ● Aspergilose Agente etiológico: Aspergillus sp Esporos: 1 a 3 micrômeros → em imunocompetentes causa no máximo uma alergia; → em imunodeprimidos, pode causar sinusite, pneumonia, aspergilose invasiva Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 5 Morfofuncional | UC XIV | SP3 → patogenia esporos entram pelas vias aéreas; quando os esporos atingem o lúmen alveolar passam para a forma de hifas; os macrofagos fagocitam os esporos e os neutrofilos eliminam imediatamente essas hifas, no máximo temos ação de mastócitos que vai causar um quadro alérgico; em neutropenia temos crescimento excessivo das hifas e sua disseminação temos adesinas que são liberadas pelos aspergillus e estão associadas a sua patogenicidade, se ligam ao fibrinogênio, laminina, complemento, fibronectina, colágeno, albúmina e proteínas surfactantes liberação de antioxidantes protegem o fungo da degradação → melanina, manitol, catalases e superóxido dismutases enzimas→ fosfolipases, proteases e toxinas como (restrictocina e mitogilina, que inibem a síntese de proteínas da célula hospedeira) → isso é um efeito protetor → morfologiae manifestações clínicas da aspergilose - aspergiloma crescimento fúngico nas cavidades pulmonares pré existentes já, com invasão mínima dos tecidos bolas fúngicas (hifas, fibrina, muco e restos celulares); inflamação pode ser dispersa (alguns pontos) ou crônica com fibrose em casos de aspergiloma temos hemoptise - aspergilose invasiva atinge primeiramente o pulmão, vemos pontos de necrose associados a hemorragia, forma como se fosse um “alvo” acontece disseminação hematogênica, podendo envolver valvas cardíacas e cérebro Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 6 Morfofuncional | UC XIV | SP3 ● Zigomicose (mucormicose) Agente etiológico: Zigomicetos (mucor, rhizopus, absidia e cunninghamella) acomete pacientes com: neutropenia, uso de corticoides, DM, sobrecarga de ferro, quebra da barreira cutânea (indivíduo que sofreu queimaduras) → patogenia o fungo pode entrar por via aérea ou pode ser ingerido por via GI (bolor do pão) invasão pode acontecer pelos seios da face (mucormicose rinocerebral)- através da órbita, pela fissura orbital que se comunica com o cérebro → consegue atingir o SNC; pode invadir pulmões e TGI pode causar necrose tecidual, acometimento de vasos sanguíneos, hemorragia ou trombos e oclusão → parada do aporte sanguíneo Rhizopus sp Rhizomucor sp Aspergillus fumigatus Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período 7
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