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Fungos @study.sakata PERGUNTAS NORTEADORAS 1. O que são fungos termo-dimórficos? 2. Qual a principal forma de disseminação dos fungos na natureza? 3. Quais os principais órgãos acometidos por infecção fúngica? 4. Como é caracterizada a resposta imune frente infecções fúngicas? 5. Qual a principal diferença entre infecções fúngicas superficiais comparadas com as infecções cutâneas e subcutâneas? 6. Como é caracterizada uma doença fúngica sistêmica? 7. Qual característica favorece a infecção fúngica e instalação da doença? CARACTERÍSTICAS Pertencem ao reino Fungi São eucariontes Possuem organelas membranosas Podem ser uni, pluri ou multicelulares Possuem a parede rígida: Esqueleto de microfibrilas compostos de quitina e glucana -> açúcares que atuam como PAMP, ativando a resposta T-independente Matriz polissacarídica que se projeta para o meio exterior e na qual ficam embebidas as microfibrilas. Contém a-glucanas, b-glucanas, mananas e glicoproteínas -> PAMP Membrana plasmática contendo ergosterol no lugar de colesterol Organismos ubíquos – estão presentes na atmosfera, solo, locais úmidos e entre outros Degradam matéria orgânica e são heterotróficos O esporo do fundo é a forma de disseminação, uma forma de reprodução, diferentemente da bactéria que tem como esporo uma forma de resistência Principais doenças fúngicas entram pelo trato respiratório, principal meio de infectar o ser humano, sendo os pulmões os principais órgãos alvos desses patógenos Os medicamentos fúngicos em sua maioria acabam agindo no ergosterol, ou seja, em sua membrana plasmática A maioria dos fungos apresentam respiração aeróbia, mas há espécies anaeróbios facultativos (fermentadores) e os estritamente anaeróbios (raro) Algumas espécies (a maioria dos fungos parasitas) possuem dimorfismo térmico, ou seja, assumem diferentes formas de acordo com a temperatura do ambiente. Além disso, podem sobreviver em ambiente extracelular e dentro de fagócitos Fase M = 25° Fase Y = 37° Podem existir na natureza como: Heterotróficos ou saprófitas (consumidores ou decompositores) Simbiontes (relação +/+) Comensais (relação +/neutra) Parasitas (relação +/-) DIFERENÇA ENTRE FUNGOS E BACTÉRIAS MORFOLOGIA DOS FUNGOS Em relação à morfologia os fungos podem assumir a forma de levedura ou então a filamentosa, entretanto, existem fungos com dimorfismo térmico que podem assumir as duas formas LEVEDURA Unicelular – cada organismo possui seu próprio metabolismo @study.sakata A reprodução se dá por brotamento ou fissão- binária, dando origem ao blastoconídio, podendo formar pseudo-hifas (conjunto de blastoconídio) Células-filhas: pseudo-hifas As principais características são: pastosas, mucoides em ágar sabouraud dextrose, podem formar colônias redondas Em temperatura do corpo humano a forma predominante é na levedura Infecção fúngica: coleta e aplicada no ágar sabouraud-dextrose, podendo ser em placas de Petri ou em cultivo em tubo – solução enriquecida com açúcar e antibiótico (pra não confundir com infecção bacteriana) FILAMENTOSOS Chamado de bolores Multicelulares As colônias são filamentosas, aveludadas ou algodonosas Crescimento lento, cerca de horas, diferentemente das bactérias Constituído de estruturas tubulares, denominadas de hifas (extensão apical) Hifas podem ser cenocíticas ou septadas, se mantém unidas, formando o micélio 1 célula = HIFA, um conjunto de células = MICÉLIO Em ágar ou superfícies sólidas produzem hifas vegetativas e aéreas A reprodução dos fungos na forma filamentosa pode ser de maneira sexuada ou assexuada Micélio reprodutivo produz esporos ou propágulos Esporos assexuados: Por brotamento e fissão nuclear (‘mitose’) Ectósporos= conídios Endósporos= esporangiósporos Esporos sexuados: Zigosporângios que irão formar os zigósporos (fusão do núcleo de 2 hifas) Fusão do citoplasma de dois micélios de indivíduos iguais (homotálico) ou diferentes (heterotálico) -> mediado por feromônio, uma das maneiras de garantir a variabilidade genética Ectósporos= basidiósporos Endósporos= ascósporos OBS: endósporos são quando os esporos estão envoltos por uma cápsula, o que dificulta a disseminação da espécie, já os ectósporos são aqueles que não possuem a cápsula @study.sakata INFECÇÕES FUNGICAS A principal via de inoculação dos fungos são as vias respiratórias, sendo os pulmões os principais órgãos acometidos pelas doenças fúngicas Podem ser classificadas em: Micoses superificias: está limitada à pele e aos pelos. Não há a presença de uma resposta inflamatória, ou seja, o paciente não apresenta queixas nem sintomas, a reclamação se dá mais pelo aspecto estético Micoses cutâneas: acometem a camada queratinizada da pele, pelos e unhas. Induzem uma resposta inflamatória e há a presença de sintomas Micoses subcutâneas: acometem as camadas mais profundas da pele, incluindo a córnea, músculos e o tecido conjuntivo. Podem promover a formação de abcessos (coleção de exsudato purulento encapsulado) e úlceras. Geralmente são localizadas e não apresentam disseminação Micoses sistêmicas: causadas principalmente por fungos termo-dimórficos, com a presença de um quadro de infecção primária do trato respiratório, podendo apresnetar disseminação (linfática ou hematogênica). Como por exemplo a Paracoccidioidomicose, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis, sendo a principal micose sistêmica no Brasil, com maior frequência na região sul, sudeste e centro-oeste Micoses oportunistas: a maioria é comensal, causando infecções em indivíduos imunossuprimidos. A via de infecção é variada, podendo ocorrer ainda por acessos venosos, cateteres, ventilação mecânica, entre outros procedimentos invasivos. A maioria das doenças oportunistas são sistêmicas, mas nem toda infecção sistêmica é oportunista, são classificações diferentes. Um dos grandes indicativos de uma infecção oportunista é a presença de uma pneumonia por Pneumocystis jirovecii As principais causas das micoses sistêmicas e oportunistas se dão por: Desnutrição Deficiência de neutrófilos – neutropênicos Imunodeficiência causada pelo HIV – AIDS Terapia para o câncer – quimioterapia Transplantes – medicamentos imunossupressores Terapia com corticóides – como por exemplo no tratamento de doenças autoimunes DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Análise microscópica de raspado de pele, cultura de material biológico suspeito de infecção fúngica (escarro, lavado broncoalveolar, sangue, líquor e etc) Biópsia da lesão suspeita Cultura em ágar = ágar sabouraud-dextrose Biologia molecular Métodos imunológicos e sorológicos: úteis no seguimento clínico de pacientes OBS: em casos de suspeita de uma infecção fúngica, deve-se realizar o tratamento empírico, e caso necessário a coleta da biópsia, mas não deve-se esperar o resultado, o tratamento deve ser imediato pois as doenças causadas por fungos possuem um grande nível de dificuldade de tratamento, e é de grande prazo @study.sakata RESPOSTA IMUNE FRENTE OS FUNGOS RESPOSTA INATA Neutrófilos, macrófagos, células linfoides inatas (secretam citocina IL-17) – na maioria dos casos, conseguem combater a infecção fúngica, mas depende da carga patogênica RESPOSTA ADAPTATIVA Fungos intracelulares: cooperação entre LTCD4+ (reposta do tipo Th1) e LTCD8+ Fungos extracelulares: DC’s produzem e secretam IL-1, IL-6, IL-23 (citocinas Th17 indutoras) GRANULOMA É uma reposta de hipersensibilidade tipo IV – tardia Predomínio de macrófagos, linfócitos T auxiliares Macrófagos: células gigantes do tipo Langhnas, macrófagos epitelioides Presença de linfócitos T citotóxicose linfócitos B Podem conter ainda alguns granulócitos, como por exemplo os neutrófilos TRATAMENTO Podem ser através do uso de fungicidas (matam os fungos) ou por fungistáticos (interrompem o ciclo reprodutivo) Ação sobre: A membrana celular do fungo Diminuição na quantidade de esteróis -> ergosterol na membrana do fungo Inibição na síntese de DNA e RNA do fungo Podem ser administrados: Tópico: creme, solução, loção, spray, esmalte, xampu e etc Creme/gel vaginal ou comprimido vaginal Oral Intravenoso Podem induzir: Nefrotoxidade Hepatocidade Entre outros efeitos adversos relacionados com a interação medicamentosa @study.sakata
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