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Câncer de bexiga

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Carcinoma de células transicionais (CCT) ou
Urotelial (80-90%)
Carcinoma epidermóide (6 - 8%): quando ocorre
metaplasia por alguma irritação ao tecido, como
cateter ou cálculos
Adenocarcinoma (1 - 2%): persistência ou
resquício do úraco (comunicação entre a bexiga
com a cicatriz umbilical no período fetal). 
Sintomas irritativos (disúria/urgência
miccional): indicam um risco de ter invasão
muscular (porque é na musculatura que estão as
terminações nervosas)
NÃO tem dor: quando tem dor pélvica indica um
tumor invasivo 
Hidronefrose: indica invasão muscular, porque o
ureter cruza um trecho muscular. Quando invade o
câncer invade o músculo pode comprimir o ureter
e causar hidronefrose.
HEMATÚRIA MACROSCÓPICA INDOLOR
Apenas pelo fato de um paciente ter hematúria
macroscópica, já tem um elevado risco para câncer
de bexiga. 
É um sangramento intermitente, sangra e melhora
após um tempo (porque o tumor necrosa).
câncer de bexiga
I N T R O D U Ç Ã O
2ª neoplasia mais frequente no sistema urogenital
após o Ca de próstata.
Câncer que causa mais problemas do que o
câncer de próstata, porque causa muita
hematúria macroscópica.
Mais comum em homens após 40 anos.
Alta recidiva
F A T O R E S D E R I S C O
TABAGISMO: é o principal fator de risco (5-6x)
Aminas aromáticas: indústria de tinta, borracha,
couro, gráficas. 
Radiação pélvica (risco 60x maior): quando a
pessoa faz radioterapia pélvica por algum outro
tipo de câncer, como útero, próstata, cólon. O
paciente pode ter câncer ou cistite actínica (cistite
não infecciosa causada por radioterapia).
T I P O S H I S T O L Ó G I C O S
C L A S S I F I C A Ç Ã O
Não músculo invasivo (superficial):
Músculo Invasivo (profundo):
- Vegetante (como se fosse uma verruga na bexiga)
- Pode se tornar invasivo (é uma sequência)
- Recidiva de 30 a 80%
Lesões planas mais graves, invadem o músculo da
bexiga
C L Í N I C A
E S T A D I O
As camadas histológicas da
bexiga são: urotélio (mucosa),
lâmina própria (submucosa),
muscular e gordura perivesical. 
Tis: in situ (tem alto grau de
transformação celular)
Ta: apenas urotélio 
T1: invade submucosa 
T2: invade muscular 
T3: invade músculo e gordura
T4: invade estruturas adjacentes
Após invadir a musculatura muda o prognóstico e o
tratamento. Por isso que T2 é o divisor de água, a
partir deste estadio é necessário realizar uma
cistectomia radical. Antes de T2 é possível fazer um
tratamento conservador. 
D I A G N Ó S T I C O
T R A T A M E N T O N Ã O M Ú S C U L O
I N V A S I V O
F A T O R E S P R O G N Ó S T I C O S
US → para diferenciar coágulo de tumor deve-se
realizar um Doppler (porque tumor tem grande
circulação sanguínea e o coágulo não). Além
disso, também pode diferenciar mudando o
paciente de posição (para baixo) e ver se a
imagem cai (se cair é coágulo)
TC (massa dentro da bexiga).
IMAGEM
CITOLOGIA ONCÓTICA 
Não pode ser a primeira urina da manhã porque a
célula oncótica fica parada durante a noite e morre.
CITOSCOPIA ARMADA 
Entra com um aparelho e visualiza o tumor. É o melhor
exame. 
No tumor in situ não se vê nada na cistoscopia.
RTU DE BEXIGA: ressecção transureteral
ONCO BCG:
NÃO pode abrir a bexiga para remover o tumor,
porque há grande celularidade. 
Entra com um aparelho dentro da bexiga e raspa a
invasão junto com uma parte da camada muscular
para o patologista analisar se teve invasão muscular.
Cerca de 80% de recidiva.
Após a RTU é feito uma terapia com BCG (vacina para
tetano) para diminuir a recidiva.
Dose/esquema: 40 mg 1 x por semana por 6 semanas.
após essa dose de ataque é feito a dose de
manutenção para evitar a recidiva: 1 vez por mês por
pelo menos 1 ano (o ideal são 3 anos).
Se apresentar recidiva deve parar o tratamento,
realizar uma nova RTU e recomeçar o tratamento com
a BCG.
CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS:
- TB ativa 
- Leucemias/linfoma Hodking
- ITU sintomática
- Hematúria (é feito cerca de 30 dias após a RTU
porque é quando já não tem mais hematúria) 
- Transplantados 
- Gravidez ou lactação
Grau histológico
Estadiamento
Multifocalidade (mais de 3 lesões)
Tamanho das lesões (> 3cm)
Aspecto endoscópico (solido ou séssil)
Tempo de recidiva (< 1 ano) → se a recidiva
ocorrer em menos de 1 ano, é pior prognóstico.
� Perfuração vesical (espalha célula)
� Invasão da próstata
� Idade (> 70 anos, possuem maior risco de
invasão/progressão)
F A T O R E S P R O G N Ó S T I C O S
T R A T A M E N T O M Ú S C U L O
I N V A S I V O
Cistectomia radical 
Sempre que retira a bexiga no homem, a próstata
também é retirada, porque causaria risco de câncer
de próstata. Além disso, os efeitos colaterais da
retirada da bexiga são os mesmos da retirada da
próstata, ou seja, também causa disfunção erétil (e
incontinência não terá, porque o paciente não terá
mais bexiga).
E na mulher sempre se retira o útero, porque o risco
de invasão é grande.
SEMPRE realizar cistectomia em > T2, e em T1 pode
ser feito quando há alto risco de progressão (alto
grau, CIS, tamanho muito grande, multifocal),
quando há muita recidiva (resistente ao tratamento)
ou quando as lesões são muitas (bexiga toda
tomada pelo câncer, não consegue raspar todas as
lesões.
Q U I M I O T E R A P I A
A quimioterapia pode ser feita de forma
neoadjuvante (antes da cirurgia) ou como
quimioterapia paliativa.
Mas não pode ser feita em pacientes com IR, porque
é uma quimioterapia com cisplatina, nefrotóxica.

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