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Desafio Futuros Residentes - 3° Semestre

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Desafi� Futur� Residente� - 3° Semestr�
1. Homem de 25 anos, há 8 meses com diarreia diária e dor abdominal predominante no
quadrante inferior direito. Há um ano foi operado de fístula perianal. Exame físico: pálido,
emagrecido e massa palpável na fossa ilíaca direita. Realizou exame complementar (conforme
imagem).
Considerando o diagnóstico mais provável, qual a melhor conduta nesse momento?
Os principais sintomas, são: dor, inchaço, endurecimento, vermelhidão, desconforto para
evacuar e, raramente, febre. Quando essas coleções de pus estão circunscritas sob a pele ou mais
profundamente localizadas entre os músculos da região, são chamadas de abscessos perianais
(fase aguda) e ao serem abertas espontaneamente ou por cirurgia para a drenagem do pus,
formam-se as fístulas perianais (fase crônica), que nada mais são do que o trajeto que comunica o
orifício interno (dentro do canal anal) ao orifício externo (na pele próxima ao ânus).
A evolução de abscesso para fístula ocorre em metade dos casos. Essa infecção se deve em
80-90% das vezes ao entupimento do orifício de saída de uma das 8 a 14 pequenas bolsas que
existem dentro do canal anal, chamadas glândulas anais que liberam o muco no momento da
evacuação com o objetivo de lubrificar e facilitar a saída das fezes.Outras causas menos comuns
dos abscessos e fístulas, são: câncer de reto e canal anal, linfoma, leucemia, tuberculose,
actinomicose, doença de Crohn, doenças sexualmente transmissíveis, HIV, diabetes,
imunossupressão, corticoides, radio e quimioterapia, trauma local, corpos estranhos e cirurgias
proctológicas e ginecológicas.
Em virtude da complexidade e múltiplas formas de apresentação clínica desta doença, por vezes,
serão necessários vários tratamentos cirúrgicos, colocação de pequenos drenos e reparos, os
chamados “setons” ou “sedenhos” sempre com a intenção de controlar os processos infecciosos,
respeitando a musculatura esfincteriana, com o objetivo de evitar a incontinência anal (perda
involuntária de gases e fezes), uma das complicações mais temidas deste tratamento.
a) Hemicolectomia direita.
Hemicolectomia é o termo usado para a retirada de uma parte do intestino grosso (cólon). Indicada
para o tratem-no do câncer do intestino e também de doenças benignas, como diverticulite/doença
diverticular , doença inflamatória intestinal entre outras.
A colectomia é a cirurgia para remover parte ou todo cólon e os gânglios linfáticos próximos. Se
parte do cólon é removido, denomina-se hemicolectomia, colectomia parcial ou ressecção
segmentar. Se todo o cólon é retirado, denomina-se colectomia total.
b) Azatioprina e terapia biológica.
Azatioprina é usado como antimetabólito imunossupressor isolado ou, com mais frequência, em
combinação com outros agentes (normalmente corticosteroides), em procedimentos que influenciam
a resposta imunológica.
A terapia biológica, também chamada de imunoterapia, consiste na utilização do próprio sistema de
defesa do corpo na tentativa de combater o “organismo hospedeiro”, que nesse caso é o câncer.
Algumas dessas terapias utilizam de citocinas, como interleucinas e interferon.
c) Enterectomia segmentar.
Enterotomia é uma incisão no intestino. Enterectomia é a ressecção (remoção) de um segmento do
intestino e enteroanastomose é o restabelecimento da continuidade entre as extremidades rompidas.
d) Suporte nutricional com antibiótico e corticoterapia.
Os corticóides são usados no tratamento de vários tipos de câncer para aliviar a náusea, melhorar o apetite e
diminuir o inchaço provocado pelo câncer no cérebro.
2. A paciente X foi internada em um Hospital de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) para
ser submetida a uma colecistectomia. No cruzamento de dados realizado pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) foi identificado que esta paciente possuía uma cobertura assistencial de
um plano de saúde para este procedimento. Assim, a ANS notificou a operadora do plano de saúde
da paciente sobre o procedimento realizado para a sua beneficiária. Qual a denominação desta
obrigação legal das operadoras de planos de saúde para com o SUS?
a) Franquia.
b) Carência.
c) Coparticipação.
d) Ressarcimento.
O ressarcimento ao SUS, criado pelo artigo 32 da Lei nº 9.656/1998 e regulamentado pelas normas da ANS, é a
obrigação legal das operadoras de planos privados de assistência à saúde de restituir as despesas do Sistema
Único de Saúde no eventual atendimento de seus beneficiários que estejam cobertos pelos respectivos planos.
3. Mulher com 31 anos de idade, gesta 2, para 2, aborto 0, submetida a um parto cesárea há 9
meses. Evoluiu com quadro de dor em região inguinal esquerda do tipo pontada, intensa,
seguida de formigamento e irradiação para o dorso, que se iniciou há 6 meses. Tem piorado
progressivamente. Notou uma área de aproximadamente 3 cm na parede abdominal próximo à
projeção do ligamento inguinal que desencadeia a dor. Exame clínico: cicatriz Pfannenstiel,
diminuição da sensibilidade tátil abaixo da cicatriz e pequena área de anestesia medial e distal ao
ponto de dor. Com base nesse quadro clínico, assinale a alternativa que descreve o diagnóstico
mais provável.
a) Endometrioma de parede.
O que é o endometrioma de parede abdominal?
O endometrioma de parede abdominal pode surgir com maior frequência nas mulheres após a cesárea,
próximo da cicatriz.
Os sintomas do endometrioma de parede abdominal podem ser uma tumoração dolorida, que aumenta de
tamanho durante a menstruação. O diagnóstico pode ser feito através da ultrassonografia ou da tomografia
computorizada.
O tratamento do endometrioma de parede abdominal é a cirurgia aberta para retirar o endometrioma e soltar as
aderências dos tecidos.
b) Aderência abdominal.
O que é uma aderência?
Uma aderência é uma faixa anormal de tecido que se forma após determinados eventos
clínicos, traumáticos ou cirúrgicos e que une indevidamente dois órgãos ou tecidos do
corpo, como se fosse uma cicatriz, frequentemente causando prejuízos ao funcionamento
de um deles ou de ambos. Geralmente é denominada a partir de sua localização como, por
exemplo, aderência pélvica, aderência intraperitoneal, aderência intrauterina, etc.
Quais são as causas das aderências?
As aderências acontecem como uma resposta do organismo a fatores como cirurgia,
infecção, trauma ou radiação. Se um órgão passa por um desses processos, o reparo
orgânico por meio das aderências pode ligar um órgão a outro ou uma parte dele a outra
parte, gerando prejuízos funcionais.
Quais são as principais características clínicas das aderências?
Os sintomas ocasionados por aderências são extremamente variáveis e dependem da
localização e do órgão ou órgãos envolvidos. Com o passar do tempo, as aderências ficam
mais rígidas e podem aumentar de tamanho, passando a causar problemas que antes não
causavam.
Na maior parte das vezes não geram sintomas, mas, dependendo do local em que ela
ocorra, pode afetar nervos, vasos ou ductos e causar alguns sintomas, inclusive dor. Mas
deve-se ter em conta que nem toda a dor nesses locais é causada por aderência e que nem
todas as aderências causam dor.
Em alguns casos, os problemas causados pelas aderências podem se constituir numa
emergência cirúrgica como, por exemplo, uma aderência que cause obstrução intestinal.
Muitos sintomas às vezes atribuídos a elas são, antes, devidos ao problema que as causou.
Em si mesmas, as aderências raramente causam sintomas.
c) Hérnia incisional.
Hérnia incisional - Está relacionada às incisões cirúrgicas na região. Por isso, geralmente, afeta
as pessoas mais velhas que tendem a ter passado por mais cirurgias que os jovens.
Nessa região de cicatriz, a parede abdominal pode apresentar uma fraqueza, que
progressivamente se alarga permitindo que os órgãos do interior do abdômen se insinuem por
este orifício, causando a hérnia incisional.
d) Neuralgia
muitos conteúdos sobre Neuralgia do trigêmeo
https://www.hong.com.br/voce-sabe-o-que-e-nevralgia/
https://www.hong.com.br/voce-sabe-o-que-e-nevralgia/4. Homem, 62 anos, portador de doença de Alzheimer encontra-se internado para tratamento de
pneumonia aspirativa há 14 dias, em uso de ceftriaxona e clindamicina. Há dois dias o paciente
vem apresentando febre, diarreia, náuseas e dor abdominal.
Exame físico: REG, desidratado+/4; FC: 112 bpm, PA: 100 x 54 mmHg; sem sopros. Abdome: dor à
palpação profunda difusamente, com predomínio no andar inferior, sem sinais de irritação
peritoneal. Exames laboratoriais: Hb: 11,3 g/dL; Ht: 36%; GB: 15.200/mm3 (Bastonetes 10%,
neutrófilos segmentados 62%; linfócitos 28%); plaquetas: 203.000/mm3; creatinina: 1,6 mg/dL;
proteína C reativa: 12,6 mg/dL (VR < 0,5 mg/dL). Considerando a hipótese mais provável, qual o
exame diagnóstico mais adequado?
a) Pesquisa fecal de toxinas A e B.
Cultura de Clostridium difficile; Toxina de Clostridium difficile
Por que fazer este exame?
Para detectar uma infecção causada por bactérias Clostridium difficile produtoras de toxinas.
Quando fazer este exame?
Quando o indivíduo tem diarreia leve, moderada ou grave, que persiste por vários dias, com dores
abdominais, perda de apetite e febre, após antibioticoterapia.
Clostridium difficile (C. difficile) é um tipo de bactéria associada à diarreia resultante de uso de
antibióticos. Os testes de C. difficile e para toxinas de C. difficile identificam a presença desta
bactéria e detectam a toxina produzida por ela. A C. difficile pode estar presente como parte da flora
bacteriana normal no trato digestivo de até 65% das crianças saudáveis e de 3% dos adultos
saudáveis. Às vezes, quando antibióticos de amplo espectro são usados para o tratamento de outras
infecções, normalmente por um período prolongado, o equilíbrio da flora normal no sistema digestivo
é rompido. A flora bacteriana normal, que é sensível ao antibiótico, é eliminada do sistema digestivo,
enquanto o C. difficile, que é resistente ao antibiótico, permanece e começa a crescer, ou são
adquiridos novos tipos (cepas) de C. difficile.
Geralmente, o C. difficile produz duas toxinas: a toxina A e a toxina B. A combinação resultante
de diminuição da flora normal, crescimento excessivo de C. difficile, e a produção de toxinas podem
danificar o revestimento da porção inferior do trato digestivo (cólon, intestino) e provocar inflamação
grave do cólon e diarreia prolongada.
Clostridium difficile é uma bactéria anaeróbia que foi descrita pela primeira vez em 1935. É a principal
responsável de diarreia hospitalar. Trata-se de uma bactéria Gram-positiva, esporulada que apresenta
dificuldade de crescimento em meios de cultura tradicionais, por este motivo, denominada “difficile”
Atua como um patógeno oportunista, se desenvolvendo no intestino quando a microbiota está alterada devido a um
tratamento com antibióticos. As cepas toxigênicas de Clostridium difficile produzem as toxinas A e B, que causam
desde de diarreia leve até colite pseudomembranosa, podendo levar a morte.
https://labtestsonline.org.br/understanding/conditions/diarrhea
https://labtestsonline.org.br/glossary/bacterium
https://labtestsonline.org.br/understanding/conditions/diarrhea
https://labtestsonline.org.br/glossary/normal-flora
https://labtestsonline.org.br/glossary/broadspectrum
b) Colonoscopia.
c) Parasitológico de fezes.
d) Tomografia de abdome.
5. Uma senhora de 58 anos de idade vem à Unidade de Saúde da Família para uma consulta de
rotina e queixa-se que sempre teve problemas para dormir e que isto tem piorado muito nos últimos
anos. Está mais dispersa, com dificuldades de se concentrar e está ficando muito sonolenta durante
o dia. A paciente é saudável, não apresenta sintomas ansiosos ou depressivos. Você então solicita
que a paciente faça um diário do sono e siga algumas recomendações básicas para uma boa
higiene do sono. Dois meses depois, ela retorna e queixa-se que apesar de atender às
recomendações sugeridas, ainda mantém o quadro de insônia. Você opta por iniciar tratamento
medicamentoso por um curto período de tempo. Dentre as possibilidades apresentadas, qual a
melhor opção terapêutica?
a) Amitriptilina 25 mg.
b) Prometazina 25 mg.
c) Melatonina 5 mg.
d) Zolpidem 10 mg
6. Mulher, 38 anos, branca, refere dor e edema em articulações das mãos, bilateralmente, há
seis meses. Há dois meses, vem notando também deformidades nas mesmas articulações.
Exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, afebril. Pele com eritema descamativo
periungueal em mãos, unhas com irregularidades em suas superfícies (depressões
puntiformes). Articulações interfalangianas distais com aumento de volume e hiperemia. Qual
é o diagnóstico mais provável?
a) Artrite reumatoide.
b) Osteoartrite nodal.
c) Dermatomiosite.
d) Artrite psoriásica.
A artrite psoriásica (APs) é uma doença inflamatória articular que ocorre em uma dentre três pessoas que tem
psoríase cutânea. A psoríase na pele é caracterizada por lesões vermelhas e descamativas pelo corpo podendo
ser localizada ou difusa, associada ou não a alterações nas unhas e afeta cerca de 1 a 3% da população geral. Na
grande maioria das vezes, a psoríase precede a artrite, em algumas as alterações de pele e articular são
simultâneas e menos comumente, o quadro articular precede a doença cutânea.
7. Mulher, 75 anos. Há 2 dias apresenta dor abdominal em mesogástrio de caráter progressivo,
associada a piora do estado geral e prostração. Familiares relataram três episódios de vômitos
com conteúdo escurecido, e evacuações sem alteração do aspecto das fezes. Há cerca de 2
horas a paciente encontra-se torporosa e pouco responsiva. Familiares relataram também que a
paciente é hipertensa, e que sofreu um AVC há seis meses que resultou numa sequela motora
leve. As medicações de uso diário consistem em Captopril, AAS e Varfarina.
Ao exame físico apresenta-se em mau estado geral, temperatura axilar de 35,1°C, frequência
cardíaca de 140 bpm (elevada), ritmo cardíaco irregular , frequência respiratória de 30 irpm,
pressão arterial de 70 x 40 mmHg, abdme globoso e pouco distendido, à palpação a paciente
não expressa dor, não há sinal de piora da dor à descompressão brusca, e à ausculta
apresenta ruídos hidroaéreos diminuídos.
Os exames laboratoriais disponíveis até o momento são: Hemograma: HB: 10,5 (valores de
referência: 12,8 - 16,0 g/dL); Plq: 110.000 (valores de referência: 150.000 - 450.000 / mm³) GB:
25000 (valores de referência: 3600-9100 / mm³), bastonetes 15% / segmentados 55 % / linfócitos
28% / monócitos 5% / eosinófilos 1% / basófilos 1%; Gasometria: pH : 7,16 (valores de referência:
7,35 - 7,45); pCO2: 31 (valores de referência: 35 - 45 mmHg); pO2: 86 (valores de referência: 75 -
100 mmHg); HCO3: 14 (valores de referência: 22 - 26 mEq/L); Lactato: 9,6 (valores de referência:
0,5 - 2,0 mmol/L); Amilase: 304 (valores de referência: até 125 U/L).
Qual a principal hipótese diagnóstica?
a) Pancreatite aguda.
As causas mais comuns de pancreatite em adultos são o tabagismo (ato de fumar), a presença de
cálculos biliares (fluidos digestivos que se tornam sólidos e formam pedras na vesícula biliar),
consumo de bebidas alcoólicas, distúrbios genéticos do pâncreas e alguns medicamentos (como
corticoides e antibióticos). Porém, para alguns pacientes a causa da pancreatite não é definida. Os
sintomas da pancreatite aguda incluem dor na parte superior do abdômen (barriga) que pode se
espalhar para as costas, distensão abdominal (barriga inchada), náusea, vômito, perda de apetite,
febre e frequência cardíaca elevada.
https://jornal.fmrp.usp.br/quais-as-causas-da-pancreatite-aguda-e-qual-e-o-tratamento-dr-risadinha-
reponde/
b) Isquemia mesentérica.
Quadro clínico
O diagnóstico precoce da isquemia mesentérica é um desafio tanto clinico como radiológico. A
frequencia da isquemia mesentérica aumenta com a idade. O quadro clinico costuma ser caracterizado
por dores intensas na região epigástrica ou mesogástrica. O paciente costumam apresentar-se inquietos
e sudoreicos. Os ruídos hidroaereos costumam estar aumentados na fase inicial. Com o decorrer do
tempo ocorremsinais de irritação peritoneal e distensão abdominal.
Os pacientes com isquemia mesentérica podem ter sintomas agudos (repentinos) ou
crônicos (por um longo período de tempo).
Em casos de oclusão crônica a pessoa geralmente sente dor abdominal (na barriga)
entre 15 e 60 minutos após se alimentar, podendo durar por até uma hora e meia.
Muitas vezes as pessoas com isquemia mesentérica crônica emagrecem porque param
de se alimentar, apesar de ter fome, para não sentir dor novamente.
Às vezes os sintomas podem ser mais vagos, como diarréia, náuseas, vômitos,
constipação intestinal (intestino preso) ou flatulências (gases), e se confundirem
com outras doenças, sendo necessários exames complementares para fazer o
diagnóstico.
Na isquemia mesentérica aguda você pode sentir uma dor abdominal de forte
intensidade, abruptamente ou que aumenta rapidamente em poucas horas ou dias, não
melhorando com medicações para a dor, associado a distensão abdominal, náuseas,
vômitos ou diarréia . Nesses casos uma avaliação médica costuma ser necessária com
urgência e um hospital deve ser procurado o mais rápido possível.
https://jornal.fmrp.usp.br/quais-as-causas-da-pancreatite-aguda-e-qual-e-o-tratamento-dr-risadinha-reponde/
https://jornal.fmrp.usp.br/quais-as-causas-da-pancreatite-aguda-e-qual-e-o-tratamento-dr-risadinha-reponde/
c) Abdome agudo obstrutivo.
d) Aneurisma roto de aorta abdominal.
8. Um novo exame sorológico para diagnóstico de uma determinada virose foi desenvolvido e
testado inicialmente em uma amostra de 100 pessoas, 50 das quais com diagnóstico comprovado da
virose em questão e 50 indivíduos normais, seguramente sem a virose ou qualquer exposição
anterior. O teste resultou em sensibilidade de 98% e especificidade de 80%. Esse mesmo teste foi
agora levado a campo em duas populações: a primeira (a), com alta prevalência da doença
(prevalência a =20%) e a segunda (b) com baixa prevalência (prevalência b =1%). Foram testados
ao todo 2000 indivíduos, 1000 em cada uma das populações. De posse dessas informações os
valores preditivos positivos (VP+) e valores preditivos negativos (VP) calculados serão:
a) VP a = 1%; VP b = 100%.
b) VP a = 99%; VP b = 20%.
c) VP + a = 98%; VP + b = 100%.
d) VP+ a = 55%; VP+ b= 5%.
Valor preditivo positivo (VPP): é a proporção de verdadeiros positivos entre todos os indivíduos
com teste positivo. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste positivo ter a doença.
Valor preditivo negativo (VPN): é a proporção de verdadeiros negativos entre todos os indivíduos
com teste negativo.
A sensibilidade é a capacidade de um teste em identificar, dentre as pessoas com suspeita da
doença, àquelas realmente doentes. A especificidade é a capacidade do mesmo teste ser negativo
nos indivíduos que não apresentam a doença que está sendo investigada.
9. Esses dois trechos de notícia foram veiculados no jornal O Globo, no dia 11 de agosto de 2016:
"Dois integrantes da Força Nacional foram baleados quando entraram, por engano, na Vila do João,
no Complexo da Maré [...] Um deles, um soldado, levou um tiro na cabeça e foi operado no
Salgado Filho, no Méier, e "O agente da Força Nacional, [...] morreu na noite desta quinta-feira
(11/08)". Com base na análise desses trechos de reportagem, assinale a alternativa correta em
relação ao preenchimento da provável causa básica do óbito do soldado, considerando as regras do
preenchimento da declaração de óbito:
a) Traumatismo crânio encefálico.
O trauma cranioencefálico (TCE) é causado por uma agressão ou por uma aceleração ou desacelaração de alta
intensidade do cérebro dentro do crânio. Esse processo causa comprometimento estrutural e funcional do couro
cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou de seus vasos. O TCE é um trauma que não apresenta origem
degenerativa ou congênita, e pode causar diminuição ou alteração de consciência, resultando em alterações que
afetam diretamente o funcionamento físico, cognitivo (memória, aprendizado e atenção), comportamental ou
emocional.
b) Projétil de arma de fogo.
c) Choque hemorrágico.
d) Edema cerebral.
10. Criança do sexo masculino com 13 dias de vida comparece ao pronto-socorro com quadro de
vômitos e não aceitação do leite materno. Criança nascida a termo, sem intercorrências na
gestação ou parto, pesando 3.300 g, alta da maternidade com 48h de vida, pesando 3.230 g e
aceitando bem o leite materno. Refere ter colhido o teste do pezinho com 7 dias de vida e ainda
não tem o resultado. Ao exame: peso 2.700g, regular estado geral, desidratado, ictérico zona 1,
hipoativo; FC: 160 bpm; FR: 45 irpm; sem sinais de desconforto respiratório, sem lesões de pele,
genitália masculina típica com testículos tópicos. Solicitados exames laboratoriais com Na: 128
mEq/L (VN:135 a 145 mEq/L) e K: 6,9 mEq/L (VN:3,5 a 4,5 mEq/L), gasometria normal e
hemograma ainda em processamento. Qual sua principal hipótese diagnóstica?
a) Sepse neonatal tardia.
b) Estenose hipertrófica de piloro.
c) Hiperplasia adrenal congênita.
Insuficiência glicocorticoide (cortisol), mineralocorticoide (aldosterona)
● Perdedora de Sal
● Não perdedora de Sal
d) Hipotireoidismo Congênito.
Glândula tireoide do RN incapaz de produzir quantidades adequadas de T3 e T4
Diminuição dos processos metabólicos e retardo mental
Pele seca, icterícia neonatal, hérnia umbilical
11. Os secretários de saúde da região de saúde x, que é composta por 10 municípios, estão
levantando informações sobre os recursos disponíveis nos sistemas locais de saúde, incluindo
serviços públicos e da iniciativa privada, dentre elas: nº e categorias de profissionais; tipo de ações e
de serviços de saúde; capacidade instalada de cada seviço e indicadores de saúde. Essas
informações serão esquematizadas e irão compor um documento importante da gestão para
subsidiar o planejamento regional de saúde. Qual a denominação deste instrumento de gestão que
será construído pelos secretários de saúde?
a) Plano de saúde.
b) Plano plurianual.
c) Programação de saúde.
d) Mapa de saúde.
12. A agência nacional de vigilância sanitária aprovou a comercialização no Brasil de uma vacina
tetravalente contra a dengue. Na tabela abaixo, você observa os dados de eficácia dessa vacina
num estudo de fase II implementado entre crianças escolares na Tailândia.
Utilizando seus conhecimentos sobre epidemiologia, assinale a alternativa que melhor interpreta os
dados.
a) A vacina pode ser considerada eficaz apenas contra o sorotipo 4.
b) A eficácia estimada contra o sorotipo 2 foi significativamente menor que a eficácia geral da vacina.
c) A eficácia estimada contra o sorotipo 4 foi significativamente maior que a eficácia geral da vacina.
d) A vacina pode ser considerada eficaz contra os sorotipos 1, 3 e 4, mas não contra o sorotipo 2.
13. Mãe refere que criança de 2 meses está apresentando cansaço e sudorese às mamadas. No
exame físico você observa um sopro cardíaco sistólico +++/6 em bordo esternal esquerdo baixo,
taquipnéia moderada (FR = 65 irpm), saturação do oxigênio de 95%. Além disso apresenta
estigmas compatíveis com síndrome de Down. Você solicita radiografia de tórax, que demonstra
área cardíaca aumentada e trama vascular pulmonar aumentada, e, eletrocardiograma.
O nível normal de saturação de oxigênio no sangue, de acordo com médicos, é entre 95% e 100%.
Qual o diagnóstico mais provável para essa criança?
Tetralogia de Fallot.
Comunicação interventricular.
Anamnese
1. CIV pequena: as crianças são assintomáticas e acianóticas, apresentando um
crescimento e desenvolvimento normal, sem alteração do padrão de alimentação.
2. CIV moderada a grande: condiciona um atraso no crescimento e desenvolvimento,
diminuição da tolerância ao exercício, infeções respiratórias de repetição e sinais de
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) são relativamente comuns durante a
infância.
3. Hipertensão pulmonar de longa duração: pode condicionar cianose e diminuição do
nível de atividade física (Sindrome de Eisenmenger).
Electrocardiograma
● CIV pequena: ECG normal. À medidaque aumenta o shunt E-D, surge sinais de
dilatação da AE e VE por sobrecarga diastólica.
● CIV moderada: Dilatação AE e VE, e também graus variáveis de dilatação VD com
padrão típicos de hipertrofia biventricular nas CIV grandes.
● Hipertensão pulmonar e estenose pulmonar: Hipertrofia biventricular que
evolui progressivamente para Hipertrofia ventrículo direito (HVD).
● Desvio esquerdo do eixo do QRS (rotação anti-horária no plano frontal):
principalmente nas CIV de entrada
Comunicação interatrial.
Sintomas e diagnóstico
Com frequência, a pessoa com comunicação interatrial vive anos sem sentir qualquer sintoma porque a doença evolui
lentamente. Na infância ou adolescência, pode até perceber que não tem um desempenho ótimo numa prática esportiva
mais intensa, por exemplo, mas nada que chame a atenção. Na fase mais avançada, porém, começa a sentir cansaço e
ter palpitações porque a comunicação interatrial provoca arritmia cardíaca e sopro.
De fato, a comunicação interatrial é a doença cardíaca congênita mais comum no adulto. A descoberta acontece quando
a pessoa vai procurar o médico porque os sintomas já estão afetando sua qualidade de vida. Ou pode ser diagnosticada
por acaso, mesmo sem sintomas, quando o indivíduo vai fazer um exame cardiológico, por exemplo, para frequentar a
academia ou, no caso das mulheres, quando buscam um check-up antes de engravidar.
Além do exame clínico, o cardiologista costuma solicitar um ecocardiograma para confirmar o diagnóstico.
Defeito do septo atrioventricular.
Cardiopatia� Acianótica�
(Shunt E-D, hiperfluxo pulmonar)
A característica mais evidente das cardiopatias acianóticas que cursam com fluxo aumentado no
pulmão é o cansaço fácil e episódios de pneumonia de repetição. Já a coarctação da aorta tem
como principal característica a hipertensão arterial.
As cardiopatias congênitas acianóticas são as mais frequentes. Entre elas, estão:
Comunicação Interventricular (CIV)
Comunicação Interatrial (CIA)
Persistência do Canal Arterial (PCA)
Coarctação de Aorta (CoAo)
Cardiopatia� Cianótica�
(Hipofluxo pulmonar)
A característica mais evidente das cardiopatias cianóticas é a tonalidade azulada dos lábios e
da pele. Trata-se de um sinal claro de que não há oxigênio suficiente no sangue. A forma mais
comum da doença é conhecida como tetralogia de Fallot.
Muitos casos são leves e podem ser tratados com cirurgia e medicamentos. Problemas mais graves
podem necessitar de um transplante de coração para evitar complicações fatais.
Nas cardiopatias não corrigidas, o aumento do volume sanguíneo e o consequente aumento do
retorno venoso, associados à diminuição da resistência vascular periférica, provocam um aumento
do shunt D-E, com o aumento também da cianose.
Entre elas, estão:
Tetralogia de Fallot
Transposição das Grandes Artérias
Atresia Tricúspide
Anomalia de Ebstein
Defeitos do septo atrioventricular (DSAV)
15. Menino, prematuro de 32 semanas, com uma semana de vida, internado em CTI neonatal por
desconforto respiratório, sedado e em ventilação mecânica, apresenta abaulamento inguinal
bilateral recorrente, principalmente quando superficializa e faz esforço abdominal. Quando
sedado o abaulamento desaparece. Em algumas ocasiões tem sido difícil a redução do
abaulamento.
Qual a melhor conduta?
a) Aguardar a idade de 1 ano para correção cirúrgica, pois hérnia em crianças prematuras tende a
desaparecer no primeiro ano de vida.
b) Corrigir a hérnia assim que a criança estiver em melhores condições clínicas, antes da alta
hospitalar.
c) Orientar os pais quanto ao risco de encarceramento e aguardar a idade de 6 meses para correção
cirúrgica, pois o risco anestésico é grande antes dessa idade.
Concluiu-se que os pacientes nascidos prematuros são quase duas vezes mais propensos a
desenvolver eventos adversos durante sedação/anestesia e esse risco continua até 23 anos de
idade. Os pesquisadores recomendam a obtenção da história do nascimento, durante a formulação
de um plano de anestesia/sedação, com maior consciência de que prematuros e crianças nascidas
prematuras podem estar em risco aumentado.
d) Cirurgia de urgência, pois a hérnia inguinal, em recém-nascidos prematuros, apresenta maior
risco de encarceramento.
As hérnias da parede abdominal são aberturas ou fraquezas do músculo nos quais parte do intestino cria
uma protuberância.
Quando uma dobra do intestino se torna presa na hérnia acontece o quadro clínico chamado de
encarceramento, o que pode provocar uma obstrução intestinal.
Em casos raros acontecem o estrangulamento, quando a hérnia prende parte do órgão com muita força
e corta o fornecimento de sangue. O quadro pode provocar necrose e infecção. Se não tratada, pode
causar morte.
Os tratamentos para hérnias são feitos cirurgicamente.
O encarceramento é a complicação mais frequente da hérnia inguinal e consiste na exteriorização
e permanência de alças intestinais (e/ou ovário e trompa) no saco herniário, com difícil redução.
Os bebês prematuros têm mais chances de nascer com hérnias da parede abdominal. As mais
comuns em crianças são as hérnias umbilical e inguinal. A primeira se fecha sozinha em 90% dos
casos, sem a necessidade de tratamento; já a inguinal, que atinge 30% desses bebês, tem
indicação cirúrgica.
18. Homem, 70 anos, engenheiro, foi trazido ao consultório pelo filho que relatou que o pai sempre
foi muito discreto e polido. Há seis meses, em reunião familiar, observou que o pai estava agitado,
gritando e gesticulando muito, inclusive com gestos obscenos. Há 2 meses, ao visitar o pai, o
mesmo estava nu. O paciente vem apresentando dificuldades para realizar cálculos simples e
por isso deixou de trabalhar. Não usa medicamentos e não tem relato de doenças psiquiátricas
prévias. Exame físico normal. Ressonância Magnética de Encéfalo.
Qual é o diagnóstico mais provável?
a) Demência frontotemporal.
b) Demência devido a Doença de Alzheimer.
c) Pseudodemência depressiva.
d) Hidrocefalia de pressão normal.
19. Paciente do sexo feminino, 52 anos de idade, gesta 4, para 4, aborto 0. Há dois meses
apresentando sangramento durante as relações sexuais. No exame ginecológico, observa-se
lesão vegetante no colo uterino com sangramento discreto. Ao toque retal, nota-se dor e
nodulações na topografia dos ligamentos cardinais bilateralmente. A biópsia da lesão do colo
revelou: carcinoma epidermoide moderadamente diferenciado.
Qual a melhor proposta terapêutica?
a) Histerectomia simples e salpingooforectomia bilateral.
b) Histerectomia radical e linfadenectomia pélvica.
c) Traquelectomia radical e linfadenectomia pélvica.
d) Radioterapia associada à quimioterapia.
CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE PELE
O que é?
Esta lesão constitui-se da proliferação celular da camada epidermóide da pele (a mais superficial).
Caracteriza-se por ser extremamente invasiva, ou seja, agressiva, podendo ocasionar metástase em
cerca de 1 a 5% dos casos, representando seu carácter maligno. Este tipo de tumor corresponde a 20%
das lesões malignas de pele.
Como se adquire?
O carcinoma epidermóide surge em peles que foram acometidas por algum processo como cicatrizes de
queimaduras, lesões decorrentes da exposição solar cumulativa e feridas crônicas. Também podem
surgir em locais de pele normal.
20. Lactente de 1 mês e 15 dias, feminino, com quadro de icterícia e aumento do volume
abdominal há 20 dias. Sem edema, diarreia ou vômito. Mãe não sabe referir sobre acolia ou
colúria. Internação com 20 dias de vida por provável infecção urinária. Em aleitamento materno
exclusivo. Gestação sem intercorrências com sorologias negativas. Nasceu de PC; 3395 g; 46 cm;
Apgar 9/10. História de óbito de irmã com 2 meses de vida com icterícia e hepatomegalia. Ao
exame: peso de 4.900 g; comprimento de 48 cm; regular estado geral. Abdome globoso, sem
circulação colateral, indolor, ruídos hidroaéreos positivos, normoativos, piparote positivo. Fígado a
6 cm RCD; hepatimetria de 8 cm; consistência firme. Baço não palpável. Restante sem alterações.
Exames laboratoriais: Hb: 7,9;GB: 10.200; plaquetas: 182.000; TGO: 302 U/L; TGP: 298 U/L;
gamaGT: 82 U/L; fosfatase alcalina: 700 U/L; bilirrubina total: 13,5; bilirrubina direta: 6,2; proteínas
totais: 4,4 g/dl; albumina: 3 g/dl; INR: 1,8. Urina rotina normal. Teste de Benedict (pesquisa de
substância redutora) na urina: positivo. US hepático: aumento difuso da ecogenicidade do
parênquima. Qual a melhor conduta para este lactente?
a) Tratamento de suporte, administrar vitamina K, polivitamínicos, correção da anemia com sulfato
ferroso.
b) Indicar laparotomia exploradora, colangiografia intra-operatória e portoenterostomia em Y de Roux
(Cirurgia de Kasai).
c) Tratamento com nitisinona (NTBC) via oral, dieta com teor baixo ou ausente de fenilalanina,
tirosina e metionina.
d) Suspender aleitamento materno, introduzir fórmula de soja, solicitar dosagem da enzima
galactose-1-fosfato-uridiltransferase
Galactosemia
Doença genética rara do metabolismo da galactose.
Defeito em uma das enzimas responsáveis pela conversão da galactose em glicose e, dependendo
da enzima defeituosa, a doença se manifesta de maneira diferente.
GALACTOSEMIA TIPO I
Deficiência no metabolismo da galactose por deficiência da enzima galactose-1-fosfato uridil
transferase.
21. Paciente, 18 anos de idade, procurou hospital trazido pelos pais com quadro de dor em mão
direita após acidente com escorpião. Foi medicado e hidratado. Porém, 6 horas após o início do
tratamento, evoluiu com intensa dispneia, com SPO2 de 75%. Foi levado à UTI, realizado manejo
de vias aéreas e iniciado ventilação mecânica. Como monitorização hemodinâmica, a PVC era de
8 mmHg. Sua ausculta era de roncos e estertores difusos. Diante dessa situação, assinale a
alternativa MAIS adequada para explicar a evolução grave da doença:
a) Aumento da permeabilidade pela via endotelial.
b) Aumento da permeabilidade pela via epitelial.
c) Sobrecarga volêmica pela hidratação.
d) Edema agudo do pulmão.
A histamina provoca contração da musculatura lisa nos brônquios, trato gastrintestinal e bexiga e
aumenta a permeabilidade vascular, causando extravasamento de fluido, além de ser uma potente
estimuladora das secreções exócrinas, estimulando a secreção de muco brônquico, lacrimejamento
e salivação (Tizard, 2002). A constrição brônquica e a secreção de muco são também
consequências da estimulação de receptores muscarínicos pela acetilcolina (Rang et al., 2004), um
dos neurotransmissores que podem ser liberados em função da ação neurotóxica do veneno de
escorpião.
https://www.scielo.br/pdf/abmvz/v63n6/15.pdf
Diversos mecanismos induzidos pelo veneno do escorpião parecem estar relacionados ao
edema pulmonar. Bahloul M e Pucca MB apontam como causas fisiopatológicas para as alterações
pulmonares o aumento da permeabilidade dos capilares e as alterações cardiovasculares
desencadeadas pelo envenenamento.6,21,26
Poucos estudos abordam causas não cardiogênicas para o edema agudo de pulmão. Em 2013,
Bahloul M descreveu que a alteração era um resultado da ação de citocinas no leito dos capilares
pulmonares, aumentando sua permeabilidade e levando a um extravasamento de plasma para o
espaço alveolar.20 No entanto, Smith WS demonstra, em um estudo com 12 pacientes, que o
aumento da permeabilidade vascular é resultado da falência de ventrículo esquerdo com
consequente elevação da pressão intravascular que ocasionaria lesões no endotélio permitindo o
extravasamento de líquido.
https://www.scielo.br/pdf/abmvz/v63n6/15.pdf
22. A miocardite viral aguda apresenta diversas interações imunes durante a sua evolução inicial.
Quanto à sua evolução, aponte a alternativa INCORRETA.
a) Esses anticorpos são responsáveis pela tentativa de clearence viral, sendo seu pico alcançado no
14º dia, e estão relacionados à eliminação do vírus no coração (10º dia).
b) É um mecanismo de defesa que pode danificar os miócitos na dependência do tempo e dos níveis
de exposição dessas células.
c) A produção de citocinas (interleucina 1 e 2, interferon y e fator de necrose tumoral) faz parte
dessa resposta inflamatória.
d) Anticorpos neutralizantes são observados até o 4º dia, quando os títulos virais são muito
elevados.
23. Dentro da avaliação perioperatória, assinale a alternativa INCORRETA
a) Devemos lembrar sempre que o uso de medicações específicas, como betabloqueadores, deve
ser mantido para a realização do exame.
b) Em pacientes com doença vascular, o teste ergométrico é pouco utilizado devido à limitação
destes em realizar o exame pela presença de doença arterial periférica, baixa capacidade funcional
e impossibilidade de completar um teste eficaz.
c) O teste ergométrico convencional apresenta boa capacidade diagnóstica em relação aos outros
testes associados à imagem e não demonstra limitações naqueles pacientes com alterações no
ECG basal, como bloqueio de ramos, sobrecargas ventriculares e alterações de repolarização
ventricular, que podem interferir na análise do resultado.
O teste ergométrico não apresenta boa capacidade diagnóstica em relação aos outros testes
associados à imagem e demonstra limitações naqueles pacientes com alterações no ECG
basal, que podem interferir na análise do resultado.
d) A avaliação de isquemia miocárdica no pré-operatório de cirurgia vascular geralmente é realizada
por meio de uma prova funcional com estresse farmacológico associada a um método de imagem.
O teste ergométrico serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, quando
submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São observados os
sintomas, os comportamentos da frequência cardíaca, da pressão arterial e do
eletrocardiograma antes, durante e após o esforço.
Os principais objetivos do teste são diagnosticar e avaliar a doença arterial coronária. Avalia
também a capacidade funcional cardiorrespiratória; detecção de arritmias, de anormalidades
da pressão arterial e de isquemia miocárdica; avaliar surgimento de sopros, sinais de falência
ventricular esquerda e dos eventuais sintomas que podem acompanhar essas disfunções;
avaliação funcional de doença cardíaca já conhecida; prescrição de exercícios físicos.
https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/exames-tratamento/teste-ergometrico-teste-esforc
o
24. Em relação à placenta prévia, assinale a alternativa correta.
a) A quantidade de cesáreas não tem influência, ou seja, com uma ou 3 cesáreas, o risco é o
mesmo.
b) O risco de acretismo placentário não aumenta com a placenta prévia, mas piora o prognóstico
fetal.
c) Nos últimos anos, o aumento do número de cesáreas não se refletiu no aumento dos casos de
placenta prévia.
d) A cesárea anterior constitui o fator de risco mais importante.
25. Diante de um paciente cirrótico com hérnia umbilical sem sinais de encarceramento,
clinicamente sem sinais de encefalopatia, com ascite moderada apesar de tratamento
com diurético, e laboratorialmente com bilirrubina total 2,8 mg/dL, Albumina 2,5 g/L, TAP
5 segundos prolongados, qual é a pontuação no Sistema Child-Pugh e qual corresponde
à melhor conduta, RESPECTIVAMENTE?
Grupo de escolhas da pergunta
Child-Pugh 10 pontos – Tratar a coagulopatia e realizar a cirurgia.
Child-Pugh 11 pontos – Adiar cirurgia até que a classe possa ser melhorada.
Child-Pugh 9 pontos – Cirurgia imediata.
Child-Pugh 12 pontos – Cancelar a cirurgia para tratamento conservador.
1 + 3 + 1 + 3 + 2 = 10
https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/exames-tratamento/teste-ergometrico-teste-esforco
https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/exames-tratamento/teste-ergometrico-teste-esforco
26. Sobre as particularidades, as técnicas e as medicações utilizadas para obtenção de via aérea
em crianças politraumatizadas, aponte a alternativa INCORRETA.
a) Sulfato de Atropina, na dose de 0,01 a 0,03 mg/kg, deve ser administrado profilaticamente em
todas as crianças antes da Intubação.
b) Para uma criança com quatorze quilos, normovolêmica, a dose adequada de etomidato é de 4,2
mg, e a dose de succinilcolina de 14mg.
c) Devido ao fato da traqueia em crianças menores de 2 anos ser curta, qualquer movimento da
cabeça pode deslocar o tubo.
d) A Intubação Nasotraqueal não deve ser realizada em crianças politraumatizadas.
27. Menina de 1 ano e 6 meses é trazida pela mãe ao pronto-socorro com história de ter iniciado há
12 horas, com temperatura axilar de 37,6ºC, rinorreia e inapetência. Otoscopia à direita com
abaulamento de membrana timpânica, sem outras alterações. Frente a essa situação, aponte a
alternativa contendo a MELHOR conduta.
a) Cefaclor em dose de 30 mg/kg/dia, de 8/8 horas, por 10 dias.
b) Observação por 48 horas, analgésico e antitérmico.
c) Amoxicilina na dose de 45 mg/kg/dia, de 12/12 horas, por 10 dias.
d) Azitromicina na dose de 10 mg/kg/dia, de 24/24 horas, por 5 dias.
28. Paciente nefropata em hemodiálise foi internado com celulite e tratado com
Benzilpenicilina. Evolui com grande piora no terceiro dia de internação com QRS aberrantes e T
gigantes. Qual é a causa medicamentosa nesse caso?
a) Contaminação da solução de hemodiálise.
b) Sal da penicilina.
c) Não pode ser de causa medicamentosa.
d) Sepse.
29. Paciente de 16 anos, primigesta, com idade gestacional de 40 semanas, chega à
maternidade assintomática, referindo que foi orientada a procurar atendimento especializado porque
o bebê está "passando da hora". Realizou o pré-natal de baixo risco na unidade básica de saúde,
onde não apresentou alterações nos exames laboratoriais. Ao exame físico: PA 150 X 100 mmHg
após duas aferições, altura uterina 36 cm, BCF: 146 bpm. Toque vaginal: colo grosso, posterior,
pérvio 2 cm, apresentação cefálica e bolsa íntegra. A conduta mais adequada é:
a) Orientar a paciente a retornar em 48 horas para realizar uma cardiotocografia.
b) Iniciar a indução do trabalho de parto, após comprovada avaliação do bem-estar fetal e exames
laboratoriais de rotina para DHEG.
c) Realizar uma cesariana.
d) Solicitar exames de rotina para DHEG, avaliar o bem-estar fetal e dar alta à paciente caso os
exames estejam normais.
DR BRUNO: não vejo motivo para cesariana, eu iria na B
Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG)
A cardiotocografia (CTG) é um método biofísico não invasivo de avaliação do bem estar fetal.
Consiste no registro gráfico da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas. É classificada em
cardiotocografia anteparto (quando realizada antes do início do trabalho de parto) e intraparto.
(Wikipédia)
https://interfisio.com.br/doenca-hipertensiva-especifica-da-gravidez-dheg/#:~:text=O%20Consenso%20Brasileiro%20de%20Cardiopatia%20e%20Gravidez%20(2004)%20revela%20que,de%20complica%C3%A7%C3%B5es%20como%20eclampsia%2C%20hemorragia
30. Advogada de 26 anos, refere que há 4 meses iniciou cansaço, mal estar geral e queda
de cabelo; atribuía todos os sintomas ao estresse do trabalho. Porém, há duas semanas
iniciou dor punhos, interfalangeanas proximais e joelhos, acompanhada de rigidez
matinal de 1 hora e urina "espumosa". História familiar: irmão faleceu por lúpus há 8
anos. História prévia: G2PN0C0A2 espontâneos. Ao exame: REG; úlcera região palato
(indolor); queda de mais de 3 fios de cabelo à tração; AR: MV reduzido em bases; AC:
BRNF 2T sem sopros; artrite visível em punhos e joelhos; FC 102 bpm; FR 20 irpm; PA:
160x100mmHg. Exames: Hb: 8; Ht 25%; VCM: 110; Leuco: 6.300 (linf 10% seg 86%);
Plaquetas: 143.000; creatinina: 1,5 mg/dl; EAS: proteínas +++; hemácias ++; cilindros +;
FAN: negativo; C3: 50 (80-100); C4: 7 (20-40); Coombs direto positivo; Fator reumatoide:
positivo. Neste caso, podemos afirmar que:
a) A insuficiência renal aguda, causada por provável nefrite proliferativa difusa, deve ser
rapidamente tratada com metilprednisolona 1g EV, por 3 dias.
b) Trata-se de uma paciente com Síndrome do Anticorpo Antifosfolípede (SAAF), o início de
anticoagulante oral é indispensável neste caso, pela história de aborto de repetição.
c) A história descrita é muito sugestiva de lúpus, mas não podemos excluir a possibilidade de
artrite reumatoide.
d) Trata-se de um caso raro de início concomitante de artrite reumatoide e Sindrome
Nefrítica.
31. Paciente assintomática traz os seguintes resultados sorológicos: Anti-HAV IgG reagente,
Anti-HAV IgM não reagente, HBsAg não reagente, Anti-HBc total reagente, Anti-HBc IgM não
reagente, Anti-HBs reagente, Anti-HCV reagente. Com relação às hepatites virais pode-se
afirmar que é possível que essa paciente seja portadora de:
a) Hepatite A.
b) Hepatite C.
c) Hepatite B.
d) Hepatite B e Hepatite C.
Qual o agente causador da hepatite C?
O vírus da hepatite C (HCV) pertence ao gênero Hepacivirus, família Flaviviridae. É um RNA
vírus, de fita simples e polaridade positiva.
A transmissão do HCV pode acontecer por:
Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros
objetos para uso de drogas (cachimbos);
Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;
Falha de esterilização de equipamentos de manicure;
Reutilização de material para realização de tatuagem;
Procedimentos invasivos (ex.: hemodiálise, cirurgias, transfusão) sem os devidos cuidados
de biossegurança;
Uso de sangue e seus derivados contaminados;
Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);
Transmissão da mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).
A hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como
abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada.
Quais são os sinais e sintomas?
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é muito raro; cerca de 80% delas não
apresentam qualquer manifestação. Por isso, a testagem espontânea da população
prioritária é muito importante no combate a esse agravo.
32. JBS, 12 anos de idade, apresenta diabetes há 5 anos. Faz uso de: insulina glargina 16 UI pela
manhã e insulina lispro 4 UI antes do café, 4 UI antes do almoço e 6 ui antes do jantar. Nega
episódios de hipoglicemia. Traz o seguinte esquema de dextro, aferido nos últimos 3 dias: -
Glicemia de jejum: 108,116,112 mg/dL.; - 2 horas pós-café: 170, 130, 133 mg/dL.; - Antes do
almoço: 110, 120, 122 mg/dL.; -2 horas após o almoço: 208, 220, 201 mg/dL.; -Antes do jantar: 140,
120, 122 mg/dL.; - 2 horas após o jantar: 242, 238, 231 mg/dL.; Sobre o caso, assinale a alternativa
correta:
Grupo de escolhas da pergunta
a) A paciente apresenta níveis de glicemia basais (jejum) adequados, com descontrole das glicemias
pós-prandiais.Deve aumentar a dose da lispro pré café e lispro pré almoço.
b) A paciente provavelmente apresenta a dosagem dos Anticorpos anti-GAD ou antiilhota negativo.
c) A paciente faz uso de análogos de insulina. A insulina glargina é uma insulina de ação prolongada
e a lispro é uma insulina de ação ultrarrápida. A paciente apresenta descontrole das glicemias
pós-prandiais, e deve aumentar a dose da insulina glargina.
d) A vantagem da insulina glargina sobre a insulina NPH está principalmente na meiavida da insulina
glargina, que, por ser maior em relação a NPH, faz com que possa ser aplicada uma vez ao dia. A
conduta mais adequada seria manter a dose da Insulina glargina e aumentar as doses de insulina
lispro antes do almoço e antes do jantar.
Paulo, 42 anos, pedreiro, com queixa de cansaço e fraqueza há um mês, inicialmente com tosse
seca e, cerca de 5 dias depois, com secreção amarelada, junto com febre baixa intermitente
vespertina, seguida de sudorese noturna. Ao exame, apresentou respiração com estertores,
aumento de frêmito toracovocal e macicez a percussão na parte superior do tórax. Qual exame e o
principal método laboratorial para o diagnóstico dessa doença?
Grupo de escolhas da pergunta
Lavado brônquico.
Reação em cadeia da polimerase.
Teste tuberculiníco.
Pesquisa direta de BAAR no escarro.
Interpretação: O exame é útil no diagnóstico da tuberculose pulmonar e de outras micobacterioses. As maiores
vantagens do método são a rapidez de execução e o alto valor preditivopositivo. Um resultado negativo, porém, não
exclui a possibilidade de doença. Este teste se mostra menos sensível que a pesquisa do DNA (PCR para BK) e a
cultura específica. Para aumentar sua sensibilidade, o estudo pode ser feito em três amostras, colhidas em dias distintos.
Os critérios clínicos para suspeição de tuberculose são:
● Evolução clínica insidiosa;
● Tosse seca ou produtiva com duração superior a quatro semanas;
● Febre baixa e, geralmente, vespertina;
● Sudorese noturna;
● Perda ponderal significativa;
● Alterações pulmonares de segmentos superiores e posteriores, evidenciadas pela ausculta e
radiografia de tórax;
● Dor pleurítica em indivíduos menores de 45 anos;
● Derrame pleural moderado e, geralmente, unilateral, acompanhado ou não de lesões
parenquimatosas;
● Aumento de volume de cadeia ganglionar, geralmente, única, cervical e indolor;
● Disúria, polaciúria e dor lombar persistentes, associadas a bacteriúria estéril ou hematúria isolada;
● Comprometimento meníngeo insidioso, seguido de alterações comportamentais e convulsões;
● Quadro diarréico persistente, sem resposta aos tratamentos convencionais.
http://www.fmt.am.gov.br/manual/tuberculose.htm
Doenças como as hérnias de parede abdominal sempre acompanharam a humanidade. Medidas
paliativas como uso de cintas e fundas, foram criadas para que o conteúdo abdominal ficasse
contido na esperança que a morbidade da doença não ocorresse. As técnicas cirúrgicas para
correção das hérnias passaram por conceitos “superficiais” até que todos os preceitos atuais fossem
adquiridos. O reconhecimento correto da anatomia, o reparo sem tensão (seja com telas ou incisões
de relaxamento), condições adequadas de cicatrização e o uso de fios cirúrgico com características
adequadas são exemplos.
A respeito destes preceitos, marque a INCORRETA.
Grupo de escolhas da pergunta
Orifício miopectínio é uma região visualizada internamente na cavidade abdominal, estando limitada
pela borda lateral do músculo reto abdominal, pelo arco do músculo transverso, pelo músculo
ilio-psoas e pelo arco do pubis (lugar do ligamento pectíneo), tratando-se de uma região onde as
hérnias inguino-crurais surgem.
O trigono de Hasselbach marcam os limites de uma área de fragilidade na região inguinal onde
abaulamentos mediais aos vasos epigástricos caracterizam hérnias do tipo II pela classificação de
Nyhus.
Rives-Stoppa, Nyhus, TAPP, TEP são técnicas que assemelham-se quanto aos marcos anatômicos
para a correção das hérnias inguino-crurais, variando somente nas incisões, extensão da dissecção
e vias de acesso.
http://www.fmt.am.gov.br/manual/tuberculose.htm
Lichtenstein é a colocação de tela de polipropileno sobre o assoalho da região inguinal sendo fixada
ao ligamento inguinal com uma sutura continua de fio inabsorvível e pontos simples proximo ao
musculo reto-abdominal e obliquo interno. A técnica de McVay é a abertura da fascia transversal e
fixação de um dos retalhos sobre o ligamento pectíneo, cobrindo uma área por onde insinua-se o
conteúdo das hérnias femorais.
Um dos instrumentos utilizados como screening de quadros demenciais é o Mini Exame do estado
Mental (MEEM). Sobre esse instrumento é correto afirmar:
Grupo de escolhas da pergunta
O MEEM tem sua pontuação por escolaridade validada para a população brasileira.
O MEEM é um teste diagnóstico com boa sensibilidade.
Por se tratar de instrumento validado, o MEEM dispensa avaliações sequenciais.
O MEEM é pouco utilizado em estudos e ensaios clínicos sobre demência.
Gestante de 34+3 semanas comparece a avaliação do plantão devido a ultrassom realizado agora,
mas como demorou o atendimento, ela e o marido desceram para se alimentar, há 1 hora. Ao ser
chamada novamente, ela entra em consultório com o seguinte US - segue foto abaixo do ducto
venoso: Apresenta-se com cefaleia holocraniana de início há 2 dias, sem piora ou melhora do
quadro, mas não irradiando a nuca, porém refere epigastralgia intensa que não melhoraram com uso
de sintomáticos. Nega distúrbios visuais. Ao exame: PA: 170*120 MMHG (quando realizou US, 5
horas atrás, estava 160*110 MMHG, segundo anotação no encaminhamento à maternidade) BCF
144 BPM dinâmica uterina ausente. Tonus uterino normal. Levando se em conta que a paciente
apresentou aumento de pressão apenas a partir do último mês, com relação proteinúria/creatinúria
de 0,48 na ocasião e corticoterapia realizada há 5 dias devido a pico pressórico. Pergunta-se: qual é
o diagnóstico mais provável e a conduta a ser realizada?
Grupo de escolhas da pergunta
a) Pré-eclampsia sem sinais de gravidade, solicitar exames de sangue, aguardar para novo
ultrassom com doppler em 48 horas e repetir corticoterapia com betametasona.
b) Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade, solicitar exames de sangue, indicar hipotensor no
momento, monitorização fetal, iniciar sulfato de magnésio e indicar parto.
c) Hipertensão arterial crônica, solicitar exames de sangue e encaminhar a gestante e o marido para
consulta de pré-natal de alto risco, em próxima semana.
d) Eclâmpsia, iniciar sulfato de magnésio, solicitar exames de sangue, repetir dose de betametasona
e avaliar parto.
Paciente de 62 anos, sexo masculino, admitido na enfermaria para investigação diagnóstica. Relata
perda de peso involuntária de cerca de 18 kg nos últimos 5 meses, sensação de saciedade precoce,
hiporexia, fadiga, astenia e febre. Ao exame abdominal percebe-se esplenomegalia (baço Boyd III).
Exames laboratoriais: Hb: 10,5 g/dl (VR: 11.3 a 16.3); VCM: 80 fl (VR: 77 a 92); HCM: 28 pg (VR: 27
a 32); CHCM: 32 g/dl; RDW: 22; Global de leucócitos: 590.000/mm3 (VR: 1800 a 7500);
Segmentados: 34%; Bastonetes: 24%; Metamielócitos: 13%; Mielócitos: 9%; Promielócitos: 5%;
Blastos: 3%; Eosinófilos: 4% Basófilos: 5% Linfócitos: 2% Monócitos: 1%; Plaquetas: 400.000/ml
(VR: 130.000 a 370.000/ml). Diante do caso acima, assinale o diagnóstico mais provável:
Grupo de escolhas da pergunta
a) Abscesso esplênico.
b) Leucemia mielóide crônica.
c) Leucemia linfocítica crônica.
41. No acompanhamento às famílias, um momento delicado para abordagem ocorre quando é
necessário propor o tratamento do parceiro em casos de doenças ginecológicas. Em uma paciente
com infecção genital, não é necessário o tratamento do parceiro em caso de:
Grupo de escolhas da pergunta
a) Chlamidia trachomatis.
b) Gardnerella vaginalis.
c) Neisseria gonorrhoeae.
d) Trichomonas vaginalis.
Paciente com 51 anos de idade, G2P2A0, submetida à laparotomia por tumoração pélvica em
ovários direito e esquerdo ao ultrassom e CA-125 elevado. No ato cirúrgico, constatou-se que a
tumoração era limitada ao ovário esquerdo e que o exame anatomopatológico de congelação
(transoperatório) apresentou resultado positivo para malignidade. Com base nessas informações,
assinale a alternativa que indica a melhor conduta cirúrgica para o caso hipotético apresentado.
Grupo de escolhas da pergunta
a) Coleta de líquido ascítico ou lavado peritonial, histerectomia total, salpingooforectomia bilateral,
exame cuidadoso de toda a superfície peritonial, biópsia de linfonodos para-aórticos e biópsias
aleatórias de áreas não envolvidas, mas suspeitas.
b) Coleta de líquido ascítico ou lavado peritonial, histerectomia total, salpingooforectomia bilateral,
exame cuidadoso de toda a superfície peritonial, omentectomia, biópsia de linfonodos para-aórticos
e biópsias aleatórias de áreas não envolvidas, mas suspeitas.
c) Coleta de líquido ascítico ou lavado peritonial, histerectomia total, salpingooforectomia esquerda,
exame cuidadoso de toda a superfície peritonial, omentectomia, biópsia de linfonodos para-aórticos
e biópsias aleatórias de áreas não envolvidas, mas suspeitas.
d) Coleta de líquido ascítico ou lavado peritonial, histerectomia total, salpingooforectomia esquerda,
exame cuidadoso de toda a superfície peritonial, biópsia de linfonodos para-aórticos e biópsias
aleatórias de áreas não envolvidas, mas suspeitas.
Histerectomia total: retirada do útero e do colodo útero;
Muitas vezes as cirurgias de ooforectomia são feitas em conjunto com a histerectomia (remoção do
útero). Quando a trompa de Falópio é removida em conjunto com o ovário, a cirurgia é chamada
salpingooforectomia. Se ambos os ovários e as duas trompas são removidos, fala-se em
salpingooforectomia
bilateral.
Omentectomia. Consiste na retirada do tecido gorduroso que cobre os órgãos abdominais.
Marcela é uma estudante de medicina e acompanhou seu avô de 81 anos a uma consulta de rotina.
O avô de Marcela é hipertenso, diabético, dislipidêmico e tabagista. Há 3 anos apresentou AVE
isquêmico e possui sequela motora em membro superior e inferior esquerdos. Ao final do
atendimento, Marcela ficou impressionada com a quantidade de informação que foi passada a eles
pelo médico e tentou correlacionar as ações propostas aos níveis de prevenção que aprendeu na
aula de Saúde Coletiva.
Assinale a alternativa que contém a correta correlação entre a atividade proposta e o nível de
prevenção:
Grupo de escolhas da pergunta
a) Uso de antiagregante plaquetário - prevenção secundária.
b) Fazer rastreio de câncer de pulmão - prevenção primária.
c) Não fazer rastreio de câncer da próstata - prevenção quaternária.
d) Orientar alimentação saudável - prevenção terciária.
Marque a alternativa correta, de acordo com as diretrizes do SEPSE 3.0, a respeito do qSOFA na
abordagem do paciente com sepse:
Grupo de escolhas da pergunta
a) Paciente com qSOFA < 2 exclui o diagnóstico de sepse
b) Os três parâmetros que compõem qSOFA são nível pressórico, nível de consciência e frequência
cardíaca
c) O qSOFA é uma ferramenta de triagem para o diagnóstico de sepse
d) O qSOFA determina as disfunções orgânicas durante o algoritmo de diagnóstico de sepse.
e) Os pacientes que preenchem 2 ou mais critérios no qSOFA têm maior gravidade e, portanto,
maior chance de óbito.
Paciente de 27 anos procura atendimento devido prurido vulvar associado a corrimento vaginal.
Exame físico evidencia ulceração na fúrcula, secreção vaginal branca aderida às paredes vaginais.
O pH vaginal está ácido e o teste das aminas é negativo. O microrganismo causador dos sintomas
desta paciente é:
Grupo de escolhas da pergunta
Herpes vírus.
Chlamydia trachomatis.
Trichomonas vaginalis.
Gardnerella vaginalis.
Candida albicans.
Considerando que a prática da medicina baseada em evidências requer a prática do uso consciente,
explícito e judicioso das melhores evidências atuais disponíveis para tomada de decisões sobre o
cuidado dos pacientes, é correto afirmar que sua aplicação exige um constante e autocritico
perguntar-responder. Quando as incertezas sobre uma determinada conduta justificam a busca de
maiores informações, esta prática requer acesso a um sistema para obter essas informações, entre
elas está a investigação das evidências. Sobre a investigação das evidências é correto afirmar:
Grupo de escolhas da pergunta
a) As revisões sistemáticas, com o novo modelo de revisão utilizado, dificultam a confirmação das
evidências por buscar responder questões com aplicabilidade clínica direta.
b) A qualidade do esclarecimento da informação torna-se irrelevante e não dependerá diretamente
da fonte de investigação quando buscado junto a colegas.
c) esclarecimento da questão clínica pode ser buscado junto a colegas ou a partir de um livro-texto.
d) Os guidelines traduzem as evidências e, por si, sustentam a investigação das evidências, desde
que publicados nos últimos 2 anos.
e) O uso da internet se sustenta na confirmação da evidência se considerado o tempo mínimo de 2
anos de publicação dos artigos disponíveis que tratam do assunto em questão.

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