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Medicina baseada em evidências e Revisão Sistemática

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1 Medicina Baseada em Evidências e Revisão Sistemática – Laís Reis 
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS 
Tomada de decisão sem BEM, são baseadas em: 
- Relato de caso 
- Consultas em livros textos que não são cientificamente 
comprovados 
- Opinião de especialistas – medicina baseada em 
eminências 
- Minimização de custos 
 
MEB consiste no uso consciente, explícito e criterioso das 
melhores evidências atualmente disponíveis para tomar 
decisões sobre o tratamento individual de pacientes 
 
DEFINIÇÃO 
Integração do conhecimento clínico individual com as 
últimas evidencias cientificas e os valores do paciente, 
envolvendo abordagem sistemática de problemas clínicos 
e voltada para identificação de estratégicas efetivas e 
para eliminação daquelas que não funcionam e/ou são 
prejudiciais. 
É a junção de: Conhecimento clínico individual + Valores 
do paciente + Evidência Científica 
Demanda que a efetividade das intervenções clínicas, a 
acurácia e a precisão dos exames diagnósticos, e o poder 
dos marcadores prognósticos sejam minuciosamente 
investigados, bem como tenham a sua utilidade 
comprovada. 
ELEMENTOS DA MBE 
São cinco etapas: 
1 – Fazer pergunta com escopo: 
Traduzir um problema clínico do paciente em uma 
pergunta bem estruturada. Essa pergunta deve abordar 4 
elementos principais P I C O ou P I C O T 
P: paciente ou população 
I: intervenção ou exposição 
C: comparação 
O: desfechos clínicos associados 
T: tempo 
 
Exemplo: paciente, 50 anos, sem fatores de risco chega a 
sua clínica para uma consulta e lhe pergunta se deve 
tomas ASS para prevenir DCV. 
Pergunta: Um indivíduo sadio, que não apresenta fatores 
de risco e nem doença definida, qual seria o benefício 
proporcionado pelo uso de ASS vs a não utilização na 
prevenção de DCV em um período de 5 anos? 
 
2 – Descobrir a evidência por trás da pergunta: 
É feito pesquisando a literatura por meio dos bancos dos 
dados nacionais, diretrizes e artigos periódicos 
- Combinar os parâmetros vigentes e testados à 
experiência e o conhecimento do tomador de decisão 
 
Princípios básicos de pesquisa: 
- Converter um problema clínico em uma pergunta 
- Gerar palavras-chaves 
- Escolher um banco de dados bibliográficos 
- Conduzir a pesquisa 
 
 
3 – Analisar a evidência: 
Abundância de artigos científicos disponíveis e qualidade 
do material e testá-los quanto a validade, aplicabilidade e 
relevância clínica 
Ferramentas para análise: ensaios controlados 
randomizados, revisões sistemáticas, estudos de caso-
controle e estudos de coortes 
 
4 – Implementar a evidência 
Saber se pode ser aplicada na clínica, levar em conta a sua 
experiência e orientar o paciente na tomada de um 
decisão. Isso inclui: observações sistemáticas de estudos 
em laboratórios, estudos fisiopatológicos e pesquisa 
clínica aplicada avançada, como os ECR 
 
5 – Avaliar o desenho 
Avaliar se essa decisão foi de fato a mais apropriada 
 
RESUMINDO: 
Pergunta: PICO 
Encontrar na literatura 
Analisar evidência: validade, importância e aplicabilidade 
Implementar a evidência: eficácia, riscos, custos e 
disponibilidade 
 
COMO PRATICAR MBE 
Ter o cenário clínico e fazer a pergunta, buscar a 
informação na literatura em artigos, os quais devem ser 
avaliados criticamente (validade, significância, 
aplicabilidade), sintetiza a informação e resolve o cenário. 
 
COMO ANALISAR ESTUDOS PRIMÁRIOS 
1 – TRATAMENTO: testar a eficácia dos tratamentos 
farmacológicos, procedimentos cirúrgicos, métodos de 
educação do paciente ou outras intervenções. Faz isso por 
meio de ENSAIOS CLÍNICOS CONTROLADOS 
 
2 – DIAGNÓSTICOS: demonstrar se um novo teste é válido 
e reproduzível, podendo obter o mesmo resultado 
sempre. ESTUDOS TRANSVERSAIS 
 
3 – PROGNÓSTICOS: determinar o que aconteceria a 
alguém que detecta a doença no estágio inicial. ESTUDO 
COORTE 
 
4 – CAUSALIDADE: determinar se um agente prejudicial 
putativo, como poluição ambiental, está relacionado ao 
desenvolvimento da doença. ESTUDO DE COORTE, CASO-
CONTROLE, RELATOS DE CASO 
 
COMO ANALISAR ESTUDOS SECUNDÁRIOS 
1 – REVISÕES: Não sistemáticas (integrativa); 
Sistemáticas; Metanálise 
 
2 – DIRETRIZES: Conclusões de estudos primários sobre 
como os médicos devem se comportar/fazer 
 
3 – ANÁLISES DE DECISÃO: Utilizam os resultados de 
estudos primários para gerar árvores de probabilidade 
para serem usadas por profissionais de saúde e pacientes 
 
2 Medicina Baseada em Evidências e Revisão Sistemática – Laís Reis 
na tomada de decisões sobre manejo clínico ou alocação 
de recursos 
 
4 – ANÁLISES ECONÔMICAS: Utilizam os resultados para 
indicar se um curso particular de ação é um bom uso dos 
recursos 
 
NÍVEIS DE EVIDÊNCIA 
 
 
 
MBE NA GESTÃO 
 
 
 
Gestão em Saúde deve ter uma tecnologia voltada para: 
Diagnóstico; Terapêutica; Profilaxia/Prevenção; Auxílio à 
gestão 
Para que assim os profissionais de saúde possam utilizar 
na prestação de assistência médica aos indivíduos e ao 
sistema e seguir princípios de equidade: quem irá se 
beneficiar, quem deverá arcar com os custos envolvidos e 
quem ficaria sem cobertura para o seu problema de 
saúde. 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO SISTEMÁTICA E OUTRAS REVISÕES 
Teve seu surgimento devido a delineamentos de pesquisa 
apresentarem diferentes efetividades em sua função de 
solucionar questões sobre as intervenções, trazendo a 
ideia de hierarquia das evidências. 
 
REVISÃO DE LITERATURA 
Refere-se à fundamentação teórica que se adota para 
tratar o tema e o problema de pesquisa. Por meio da 
análise da literatura publicada você irá traçar um quadro 
teórico e fará a estruturação conceitual que dará 
sustentação ao desenvolvimento da pesquisa 
Hierarquia: Sistemática > Integrativa > Narrativa 
 
SISTEMÁTICA: 
Método utilizado para responder a uma pergunta 
específica sobre um problema específico da área da 
saúde. É uma síntese rigorosa de todas as pesquisas 
relacionadas a uma questão/pergunta específica sobre 
causa, diagnóstico e prognóstico de um problema de 
saúde. Envolve a eficácia de uma intervenção para a 
solução desse problema 
- Deve responder as seguintes perguntas: 
Por que revisar? Para que revisar (objetivos)? Como 
revisar? (Metodologia) O que revisar? 
- Planejada 
- Indica as evidências a serem incluídas 
- Indica e delimita a área de busca 
- Aponta previamente os descritores 
- Evita a apreensão subjetiva dos fatos observados 
- Indica o campo e a cronologia da revisão 
CARACTERÍSTICAS: 
- Critérios explícitos para a inclusão e exclusão dos 
estudos; 
- Lista completa dos estudos identificados, assim como 
uma apresentação clara das características de cada 
estudo incluído e uma análise da qualidade metodológica; 
- Informe estruturado da revisão incluindo o título, os 
objetivos, descrevendo os métodos e materiais, assim 
como reportando os resultados 
- Colaboração de dois ou mais autores 
 
ETAPAS: 
1º: Planejamento e formalização da pesquisa via 
protocolo de estudo 
2º: Execução da pesquisa segundo o protocolo de estudo 
3º: Sumarização dos dados coletados 
 
PROCESSO: 
 
 
3 Medicina Baseada em Evidências e Revisão Sistemática – Laís Reis 
 
METANÁLISE 
Revisões sistemáticas são investigações cientificas, com 
metodologia definida por um protocolo, empregando 
estudos originais com sua “população” 
 
- Combina resultados relevantes 
- Os estudos que compõem seus dados devem ser 
resultados de um RS 
- Sintetizar evidências disponíveis 
- Apontar áreas onde há necessidade de mais pesquisas 
- Métodos estatísticos para sumarizar resultados diversos 
 
PARÂMETROS E MÉTODOS DE ANÁLISE DAS 
VARIÁVEIS 
Parâmetro clínico-epidemiológico deve determinar se os 
dados são dicotômicos (presente/ausente) ou contínuos 
(PA, peso) 
- Variáveis binárias podem ser combinadas em medidas 
como OR, RR e NNT 
- Tanto o OR como o RR são medidas de eficácia da 
intervenção, já o NNT informa o impacto clínico 
 
Dados contínuos podem ser sumarizados em médias 
entre grupos 
- Em Metanálise: 
Estudos diagnósticos os resultados podem ser 
sumarizadoscomo sensibilidade, especificidade e 
likelihood (razões de probabilidade) 
Estudos observacionais os resultados são sumarizados 
como RR e OR 
Estudos prognósticos utiliza-se hazard ratio (razão de 
riscos) e medidas de tempo para um evento 
 
O resultado final é representado pelo gráfico “Forest plot” 
 
 
INTEGRATIVA 
Tem esse nome pois fornece informações mais amplas 
sobre um assunto/problema, constituindo um corpo de 
conhecimento mais gerais. 
 
CARACTERISTICAS e FINALIDADES 
- Definição de conceitos 
- Revisão de teorias 
- Análise metodológica 
- Pode entrar vários tipos de estudos, como por exemplo 
teóricos, quantitativos e qualitativos 
- Sintetiza o conhecimento 
- Combina dados da literatura teórica e empírica 
- Metodologia se diferencia da RS, pois a integrativa 
permite a discussão de estudos de diferentes 
delineamentos 
- Separa as descobertas cientificas das opiniões e ideias 
- Descrição do conhecimento especializado no seu 
estadual atual 
- Promove impacto sobre a prática e a clínica 
- Proporciona aos profissionais de saúde dados relevantes 
de um assunto, em diferentes lugares e momentos 
 
ETAPAS: 
- Analisar tendências: revisão planejada 
- Sintetizar resultados: métodos explícitos e sistemáticos 
- Avaliar: revisões teóricas e outros tipos de estudos 
- Identificar e selecionar: não só estudos primários 
 Identificação do tema e seleção da hipótese ou 
questão de pesquisa; 
 Estabelecimento de critérios para inclusão e 
exclusão de estudos/amostragem ou busca na 
literatura; 
 Definição das informações a serem extraídas dos 
estudos selecionados/ categorização dos estudos; 
 Avaliação dos estudos incluídos; 
 Interpretação dos resultados; e apresentação da 
revisão/síntese do conhecimento. 
 
NARRATIVA 
- Mapear conhecimento 
- Não tem critérios rígidos para busca 
- São fontes não especificas e não pré-determinadas 
- Seleção arbitrária dos estudos – pesquisador decide 
quais artigos são mais relevantes 
- Possível viés de intervenção subjetiva

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