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MEP – AULAS ARTIGOS CIENTÍFICOS É parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Artigo de revisão: parte de uma publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas. Estudo aprofundado de um objeto (tema), objetivando a discussão de ideias e estado da arte, para propor novos procedimentos, contestar conclusões, afirmar novos caminhos; Síntese das parte mais relevantes de um texto original. De que constituem os artigos de revisão? Os artigos de revisão da literatura apoiam-se na seleção de referências e interpretação das informações neles extraídas. Forma mais criteriosa de construir artigos de revisão é fazê-lo de forma rigorosa e sistemática, com base em referencias de textos científicos. Como elaborar um artigo de revisão? 1- Estabelecimento de uma problema a ser resolvido; 2- Identificação do objetivo da pesquisa; 3- Seleção de informações bibliográficas; 4- Redação de resumo dos textos pesquisados, analise das informações; 5- Interpretação; 6- Comunicação (publicação do texto) à comunidade científica. Tipos de artigos de revisão Revisão narrativa: buscam descrever ou discutir o estado atual do tema pesquisado. Não precisam apresentar com detalhes as fontes consultadas ou a metodologia utilizada para buscar as fontes de referência. Os pesquisadores selecionam os trabalhos consultados de acordo com o ponto de vista teórico e o contexto do tema abordado. MAIS LEVE E AMPLA! Revisão integrativa: se preocupam em fornecer informações mais abrangentes sobre um tema. Podem ser utilizadas para revisar teorias, propor conceitos e identificar lacunas de pesquisa. A metodologia empregada na busca das fontes de referência deve ser especificada e o material analisado pode incluir tanto estudos originais como revisões teóricas e relatos de casos. INTEGRA VÁRIOS TIPOS DE TRABALHO. Revisão sistemática: é o tipo de revisão mais conhecida. Método utilizado para responder a uma pergunta específica sobre um problema específico da área da saúde. Síntese rigorosa de todas as pesquisas relacionadas a uma questão/pergunta específica sobre causa, diagnóstico e prognostico de uma problema da saúde, mas frequentemente envolve a eficácia de uma intervenção para a solução desse problema. Geralmente, os estudos incluídos nessas revisões têm o delineamento de pesquisa experimental e são considerados trabalhos originais, por possuírem rigor metodológico. Revisões sistemáticas geralmente utilizam escaldas ou formulários que definem critérios que norteiam a apreciação crítica da qualidade da evidência científica disponibilizada pelos artigos selecionados. o Pode ser feita em etapas: 1- Construção do protocolo de pesquisa para que a revisão siga o mesmo rigor de uma pesquisa primária; 2- Formulação da pergunta utilizando o acrônimo PICO, em que P corresponde ao paciente ou população, I é a intervenção, C a comparação ou controle e O é o desfecho ou resultado; 3- Busca dos estudos com a definição de descritores, estratégias de buscas em cada uma das diversas bases de dados eletrônicas; 4- Seleção e revisão dos estudos com a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão predeterminados; 5- Avaliação crítica de cada um dos artigos. Revisão meta-análise: acrescentam a esse procedimento padronizado de análise de evidencia, uma síntese quantitativa dos efeitos disponibilizados pelos artigos originais. Tanto a revisão sistemática quanto a meta- análise são estudos de revisão que resumem, analisam e sintetizam temas relacionados especificamente a uma intervenção ou protocolo terapêutico. Esses dois tipos de revisão da literatura estão localizados em níveis superiores na hierarquia da evidência científica, comparados com revisões críticas, indicando que os mesmos tendem a apresentar maior rigor metodológico. As revisões sistemáticas e meta-análise são geralmente consideradas de melhor qualidade cientifica e mais conclusivas, quando comparadas com as revisões críticas. Artigo original: apresenta resultado de uma pesquisa. Em inglês, é comum o nome “paper”. Um artigo científico pode provir de uma pesquisa experimental ou pesquisa observacional. No primeiro caso, objeto investigados sob condições controladas, estudos também conhecido – estudo randomizado. Ensaio experimental, quase experimental, ensaio clinico, estudos clinico randomizado (ECR). Pesquisa observacional, faz-se investigação de situações sem que o pesquisador interfira nela. (Vários tipos). Relato de caso: os relatos de caso devem ser sempre produzidos de maneira individualizada ou constituídos de poucos casos, pois se concentram primariamente sobre algum ponto central que é exclusivo. Relatos de caso e séries de casos constituem o método de escrita cientifica pela qual médicos praticantes ordenam cientificamente sua experiência contribuindo com isso para o progresso do conhecimento médico. Tem valor central no descobrimento de novas doenças, tratamentos, efeitos inesperados e para o ensino. Composição do relato de caso: 1- Título; 2- Resumo; 3- Palavras-chaves; 4- Introdução; 5- Exposição do caso; 6- Contexto e objetivo; 7- Anamnese da doença ou queixas atuais; 8- Estado do paciente na internação; 9- Evolução/resultado; 10- Discussão; 11- Conclusão/agradecimentos. TIPOS DE CONHECIMENTO Empírico/Popular Científico Filosófico Religioso/Teológico O que é? Esse tipo de conhecimento surge a partir da interação do ser humano com o ambiente que o rodeia. Engloba informações e fatos que foram comprovados, tendo como base análises e testes científicos. É o conhecimento lógico-racional orientado pela construção de conceitos. Acredita que a fé religiosa possui a verdade absoluta e apresenta todas as explicações para justificar esta crença. Valor Valorativo, apoiando-se nas experiências pessoais. Factual, lida com fatos e ocorrências. Valorativo, pois lida com hipóteses e teorias que podem ou não ser comprovadas. Valorativo, apoiando-se nas doutrinas sagradas. Verificação É verificável. É verificável. Pode ou não ser verificável. Não é verificável. Exatidão Falível e inexato. Falível e aproximadamente exato. Falível e aproximadamente exato. Infalível e exato. Sistema Assistemático, pois é organizado com bases nas experiências de um sujeito, e não em um estudo para observar o fenômeno. Sistemático, pois é um saber ordenado logicamente. É sistemático, pois é um saber lógico- racional, mesmo que não haja comprovação. Conhecimento sistemático do mundo. Exemplo Um agricultor que, mesmo sem nenhum estudo, sabe exatamente quando plantar e colher cada vegetal. Isto apenas por observar e aprender com os resultados de colheitas anteriores. A descoberta de outros planetas, por meio da observação com telescópios super desenvolvidos. O pensamento sobre a existência de outros planetas, ainda que não houvesse ferramentas para essa verificação. O mundo e os homens foram criados por Deus. CONCEITOS BÁSICOS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Pesquisa: são ações desenvolvidas com o objetivo de fomentar as atividades de pesquisa dentro das universidades. Geralmente acontecem através da monografia, no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), ou Iniciação Científica. Ensino: corresponde as atividades voltadas ao aprendizado dos alunos, como as horas destinadas às aulas em sala, laboratórios, atividades de monitoria, entre outras. Extensão: provavelmente essa é a característica que gere mais dúvidas entre os estudantes, por isso vamos ser mais detalhistas. O objetivo da extensão é criar uma relação entre a comunidade e a universidade. Para isso, são desenvolvidas ações que possibilitem uma troca de conhecimentos.Dessa forma, a instituição leva à comunidade os saberes desenvolvidos em seus espaços e presta auxílio à população, seja por meio de atendimento gratuito, clínica-escola, orientação, entre outros. Assim como as comunidades retribuem compartilhando os conhecimentos que é detentora e atuando em prol da defesa da educação. TIPOS DE ESTUDO O primeiro elemento que vamos abordar quando falar de tipo de estudo é identificar qual o propósito do trabalho, sendo quantitativo ou qualificativo. Pesquisa quantitativa: quando o objeto pretende enfocar o conhecimento de forma: concreta, objetiva, mensurável e valendo-se de dados estatísticos. Pesquisa qualitativa: quando o objeto pretende enfocar o conhecimento de forma particular: subjetivo, universo de significados, motivos, crenças, valores e atitudes. Algumas situações que estão relacionadas com o tipo de abordagem qualitativa: Quando não é possível usar instrumento de medidas precisas; Quando se deseja obter dados subjetivos; Quando se pretende fazer um estudo de caso particular; Quando não se dispõe de informações sobre o assunto; Quando não considera o número que uma variável aparece, mas sim, quais qualidades elas apresentam. Estudos Epidemiológicos Estudos epidemiológicos também conhecidos como populacionais, são estudos cuja finalidade é descrever ou caracterizar o processo de saúde-doença, OU SEJA, ENTENDER O PROCESSO DE SAÚDE DOENÇA NAS POPULAÇÕES. A epidemiologia é definida como o estudo da distribuição e dos determinantes das doenças ou condições relacionadas à saúde em populações especificadas. O que acontece quando um indivíduo saudável se tornou um indivíduo doente. Recentemente, foi incorporada à definição de Epidemiologia a “aplicação desses estudos para controlar problemas de saúde”. OBSERVACIONAIS Perfil de avaliação epidemiológico do estudo: Descritivo: Trata-se dos estudos que descrevem a caracterização de aspectos semiológicos, etiológicos, fisiopalógicos e epidemiológicos de uma doença. São utilizados para conhecer uma nova ou rara doença, ou o agravo a saúde, estudando sua distribuição no tempo, no espaço e conforme peculiaridades individuais. Geralmente são os relatos de casos! Analítico: São os modelos de estudo utilizados para verificar uma hipótese. O investigador introduz um fator de exposição ou um novo recurso terapêutico, e avalia-o utilizando ferramentas bioestatísticas. Geralmente, constituem-se na base dos estudos primários! Classificações: Quanto a unidade do estudo: O pesquisador observa uma pessoa, ou seja, aplica avaliações individuais para pessoas, ou observa o conjunto de pessoas. Individual Ecológico (fontes secundárias) Quanto a intervenção do investigador: O investigador intervém no estudo? Ou apenas observa? (ELA DISSE QUE VAI CAIR NA PROVA) POR EXEMPLO: MEDIR ALTURA, PESAR, AFERIR PRESSÃO. O PESQUISADOR VAI FAZER ALGUMA COISA PARA MUDAR ALGO. Observacionais Experimentais Quanto ao propósito geral do estudo: O estudo visa descrever determinada situação = conhecendo a doença. Descritivo: relato de caso (ATÉ 3 casos raros) /série de casos (UM CONJUNTO de 3 até 10 pessoas que apresentam o caso raro): são integrantes importantes das publicações médicas e continuam a serem publicados em vários importantes periódicos. Geralmente são a primeira fonte de evidências para novas terapias (cirúrgicas ou clinicas), e para detecção de efeitos adversos raros de medicamentos. Analítico: 2 grupos - possíveis associação Estudo Transversal: Os estudos transversais são recomendados quando se deseja estimar a frequência com que um determinado evento de saúde se manifesta em uma população específica, além dos fatores associados com o mesmo. AQUI É ANALISADO A PREVALÊNCIA. Estudos transversais são adequados para responder as perguntas: - Quais são as frequências do fator de risco e do desfecho em estudos? - Existe associação entre o fator de risco e o desfecho em questão? A condução de um estudo transversal envolve, essencialmente, as seguintes etapas: 1. Definição de uma população de interesse; 2. Estudo da população por meio da realização de censo ou amostragem de parte dela; 3. Determinação da presença ou ausência do desfecho e da exposição para cada um dos indivíduos estudados. Estudo de Coorte: é um estudo observacional onde os indivíduos são classificados (ou selecionados) segundo o status de exposição (expostos e não expostos), sendo seguidos para avaliar a incidência da doença em determinado período de tempo. Os estudos de coorte também podem ser utilizados para avaliar os riscos e benefícios do uso de determinada medicação. As fases principais de um estudo de coorte: a) Identificar as pessoas sadias no início do estudo; b) Montar grupos de indivíduos expostos e não expostos; c) Seguimento da coorte para avaliação da INCIDÊNCIA (NOVOS CASOS QUE VAO APARECER) da doença a ser estudada nos dois grupos; d) Comparar a incidência (risco) em cada coorte. Estudo de caso-controle: o primeiro passo para a realização de um estudo bem sucedido estudo caso-controle é a seleção cuidadosa dos casos e dos controles. Uma definição bem específica da doença que é desejada, em estudos caso-controle, o objetivo é garantir que a doença em questão está realmente presente entre os indivíduos que estão sendo definidos como casos. ESSE ESTUDO PARTE DA DOENÇA! Estudo ecológico: tanto a exposição quanto a ocorrência da doença são determinadas para grupos de indivíduos. Nos demais delineamentos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença ou evento de interesse são determinados para o indivíduo, permitindo inferências de associações nesse nível. INTERVENCIONAL Ensaio clinico: consiste em qualquer forma de experimento planejado que envolve pessoas doentes, e é formulado para determinar o tratamento mais apropriado nos futuros pacientes com a mesma doença. Objetiva testar a eficiência de uma tratamento por fármacos, por tratamento ou por outro tipo de intervenção.
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