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PEI APOSTILA CLUBES JUVENIS MODULO 3

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1
 MÓDULO 3
 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E ACOMPANHAMENTO DOS CLUBES 
JUVENIS
Clubes Juvenis
Abertura do Módulo
Caro cursista, chegamos ao Módulo 3 do curso Clubes Juvenis! Que tal recapitular al-
guns pontos importantes do nosso percurso até aqui?
Módulo 1
No primeiro módulo, tivemos uma visão geral sobre a metodologia dos Clubes Juvenis. Vi-
mos que há três importantes premissas consideradas essenciais para a implementação dos 
Clubes:
• o Protagonismo, 
• a Corresponsabilidade, 
• e a Excelência em Gestão. 
Estudamos como é fundamental que a equipe escolar se mobilize e elabore estratégias 
para favorecer o Protagonismo Juvenil na escola.
Módulo 2
Já no segundo módulo, você vivenciou, de forma lúdica, todo o trabalho de implementação 
dos Clubes Juvenis, desde o planejamento até a sua criação, como também percebeu que 
todas as orientações que norteiam essa importante metodologia podem ser encontradas 
nos Cadernos de Clube Juvenil do Gestor, do Estudante e no Caderno Procedimento Passo a 
Passo, documentos importantes que trazem todas as orientações e diretrizes para apoiá-lo 
no desenvolvimento das ações planejadas e desenvolvidas na escola.
2
Agora, que tal desenvolvermos um novo olhar para os espaços da escola e refletirmos 
sobre como fazer o acompanhamento dos Clubes Juvenis na prática? Neste módulo, 
você encontrará sugestões que estão rendendo ótimos resultados em várias escolas 
do Programa Ensino Integral.
Os objetivos de aprendizagem do módulo são:
Analisar os espaços da escola para melhor aproveitamento e ocupação dos Clubes;
Articular o acompanhamento e a supervisão dos Clubes;
Revisitar combinados e acordos com foco no senso de pertencimento;
Avaliar o processo e os resultados do acompanhamento dos Clubes Juvenis.
3
Introdução
Neste módulo, convidamos você a observar com atenção os espaços e ambientes de 
sua escola para que todos possam explorar o Protagonismo sem perder o foco no seu 
bem-estar e no da comunidade escolar.
Você verá também que ações descentralizadas, quando bem planejadas, podem tra-
zer um duplo benefício, poupando tempo e promovendo o Protagonismo Juvenil.
Mas, antes de nos aventurar por essas águas, vamos fazer uma reflexão sobre seu Diário 
de Bordo: 
Como será que ele está ficando? As rubricas de autoavaliação estão lhe ajudando? 
Você encontrou alguma dificuldade ou aprimorou alguma característica?
Anote também essas informações, pois elas poderão ser úteis na organização de suas 
futuras ações.
Atenção
4
Unidade 1
Ocupação adequada dos espaços da escola
Chegou a hora de aguçar os sentidos, colocar em prática o seu Protagonismo Sênior 
na percepção dos ambientes da escola e construir novos olhares para esses espaços.
5
Uma das maneiras de iniciar essa reflexão é fazer um reconhecimento dos ambientes, 
encontrar os pontos favoráveis e identificar as fragilidades que cada ambiente oferece.
Vamos imaginar que o refeitório da escola pudesse se tornar um espaço mais prático e 
organizado; um Clube de culinária poderia contribuir para a melhoria e otimização desse 
ambiente e propor soluções para tornar a hora do almoço mais agradável e organizada.
As salas de aula são pontos de atenção, pois são ambientes destinados às aulas reali-
zadas junto aos professores, cuja ocupação ocorre em horários definidos. Clubes que 
acontecem nesses espaços precisam ter o dobro de atenção em relação aos possíveis 
danos e falta de organização antes e depois da utilização do espaço, a fim de evitar 
conflitos e muita dor de cabeça.
É importante que os estudantes sejam estimulados a propor soluções eficientes e, até 
mesmo, inovadoras, que melhorem esses espaços e contribuam para o desenvolvi-
mento e o exercício da Corresponsabilidade.
Assim, é preciso analisar com atenção as propostas de cada Clube, pois entre elas podem 
existir ideias que colaborem com soluções para questões como essas acima elencadas.
Cultura de paz: De acordo com a ONU, “uma Cultura de Paz é um conjunto de valores, ati-
tudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados: No respeito à vida, no fim 
da violência e na promoção e prática da não violência por meio da educação, do diálogo 
e da cooperação [...]". (ONU. Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz, 
1999. Disponível em: www.comitepaz.org.br/dec_prog_1.htm. Acesso em: 10 mar. 2021.) 
Esse reconhecimento pode ser feito também com os estudantes durante a formação 
inicial. Que tal pedir a colaboração dos Jovens Acolhedores nessa tarefa?
Dica
Um dos maiores desafios para as escolas do Programa Ensino Integral é o Aprender 
a Conviver. Um ambiente aconchegante, bem organizado e limpo, em que haja uma 
busca constante pela promoção de um clima harmonioso e da cultura de paz, fará 
muita diferença na hora de alocar os Clubes nos diversos espaços da escola e na con-
vivência entre as pessoas.
Esse trabalho requer perspicácia e atenção, pois acomodar um Clube de música ao 
lado da sala de reuniões talvez não seja uma boa ideia, não é mesmo? 
http://www.comitepaz.org.br/dec_prog_1.htm
6
Pátios, sala de leitura, laboratório de informática, refeitório, jardins, gramado, quadra, 
ginásio etc. devem ser vistos sob outra óptica, como espaços em potencial para que 
as reuniões dos Clubes possam acontecer. 
Trabalhar a observação e o senso crítico dos estudantes utilizando a Pedagogia da 
Presença fará com que eles proponham soluções para os problemas que os rodeiam, 
tanto dentro quanto fora da escola.
Pedagogia da Presença é um dos princípios do PEI, presente em todas as ações da equi-
pe escolar, e se manifesta com o estreitamento das relações entre educadores e edu-
candos, demonstrando empatia, afeto, respeito e reciprocidade; é fazer-se presente de 
forma afetuosa na vida do estudante.
Agora, vamos assistir a uma animação sobre Protagonismo, Gestão e Pedagogia da 
Presença: https://youtu.be/Qbb7mrfnmLI.
Pensando nesses espaços e sobre a importância de enxergá-los de maneiras diferentes, 
observe a planta de uma escola de Ensino Fundamental – Anos Finais e experimente 
organizar os Clubes nos espaços disponíveis considerando as necessidades específicas 
de cada um. Essa simulação pode ajudar a levantar hipóteses quanto às possíveis dificul-
dades e potencialidades dos espaços que citamos anteriormente.
Vamos praticar
Esse sentimento de pertencimento e responsabilidade deve ser cultivado nos estudan-
tes, sem imposições, mas possibilitando orientações e reflexões sobre as atitudes.
Vale lembrar
https://youtu.be/Qbb7mrfnmLI
7
1. Observe a planta baixa dos ambientes da escola e atribua um lugar para cada Clube: 
8
Esses são apenas alguns alertas importantes sobre esses Clubes, e cada um requer 
um olhar específico e cauteloso da gestão escolar para que ela possa orientar os Pre-
sidentes, Vice-Presidentes e membros dos Clubes. 
Faça suas reflexões e proponha adequações personalizadas em seu Diário de Bordo.
Pontos a considerar para a organização dos Clubes nos espaços disponíveis
Clubes que envolvem esportes, como futebol, voleibol, basquetebol, parkour, skate e afins po-
dem, preferencialmente, ocupar o espaço da quadra, porém sempre acompanhados de um 
profissional de Educação Física registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF).
Clubes de Culinária ou Gastronomia podem ocupar o espaço do refeitório ou o laboratório 
(molhado). Vale lembrar que a cozinha da maioria das escolas é terceirizada, sendo esse es-
paço restrito apenas aos profissionais da prestadora de serviços.
Clubes de Informática, Comunicação, Astronomia, Tecnologia e capacitações envolvendo 
mídias digitais e manutenção poderão ocupar o laboratório de informática e/ou o laborató-
rio (seco).
Clubes ligados a Arte, oficinas, literatura e afins podem ser acomodados na sala de leitura, 
espaços ao ar livre e/ou nas salas de aulas. 
9
Compreender que gestores e estudantes podem, juntos, planejar e analisar as inúmeras 
possibilidades que o ambiente escolar tem aoferecer para que os Clubes sejam aloca-
dos da melhor maneira possível! Lembre-se de que o Diretor e o Vice devem passar por 
todos os espaços, circulando entre os Clubes!
E aí, como foi a experiência? Que tal registrar em seu Diário de Bordo os pontos que mais 
lhe chamaram a atenção?
Importante
Tome nota
10
Unidade 2
Orientações durante a criação dos Clubes
Vimos que desenvolver o olhar observador junto aos estudantes pode ampliar as 
chances de sucesso da metodologia de Clubes Juvenis, como também pode otimizar 
o acompanhamento dos encontros semanais dos Clubes em sua escola.
Antes de iniciar os Clubes, oriente os estudantes a conhecer todos os espaços da esco-
la e a refletir sobre a responsabilidade em preservar e cuidar desses ambientes. 
11
Como já vimos nos módulos anteriores, o Diretor e o Vice-Diretor são os responsáveis 
por fazer a análise das propostas dos Clubes, assim como alocá-los nos ambientes da 
escola. Se você ocupa um desses cargos, o critério a ser utilizado para essa alocação 
deve ser o tipo de atividade que o Clube desenvolverá.
Sala ambiente: Ideia de organização escolar em que as salas de aula são preparadas e 
utilizadas de acordo com o componente curricular a ser ministrado, disponibilizando 
recursos e materiais específicos do componente para enriquecer e dinamizar as aulas 
de forma a promover a aprendizagem dos estudantes. Diferente da organização tradi-
cional, são os estudantes que se deslocam pelos espaços e não mais os professores a 
cada mudança de aula, trabalhando também o senso de responsabilidade e organiza-
ção dos estudantes.
Que tal mostrar aos estudantes o website da escola e propor um espaço para incluir as 
ações dos Clubes? Convide-os a fazer um tour pela escola, registrar algumas fotografias 
e criar um website sobre os Clubes, usando o Google Sites! Separe um tempo e um espa-
ço, sente-se junto com os estudantes e discuta pontos que você considera importantes 
para constar também no site da escola, como o Plano de Ação dos Clubes, envolvendo 
os estudantes nesta tarefa.
Para aprender a criar um site utilizando o Google Sites, acesse: https://support.google.
com/sites/answer/6372878?hl=pt-BR.
Dica
Muitas vezes, dependendo da sua realidade, uma conversa com os docentes é igual-
mente importante, como em casos de escolas que trabalham com sala ambiente, 
que possuem objetos, maquetes, mapas e outros materiais específicos. Um trabalho 
coletivo sobre a importância de preservar o patrimônio público e zelar pelos materiais 
permanentes ou de consumo é responsabilidade de todos e exige muita conscienti-
zação e corresponsabilidade a fim de evitar danos ou extravios.
https://support.google.com/sites/answer/6372878?hl=pt-BR
https://support.google.com/sites/answer/6372878?hl=pt-BR
12
Os Jovens Acolhedores conhecem bem todos os espaços da escola, tornando-se in-
dispensáveis para auxiliar na formação dos estudantes, no acompanhamento das ati-
vidades e na divulgação e comunicação entre os Clubes e demais envolvidos nessa 
metodologia. 
Para isso, é muito importante que esses estudantes recebam uma formação adequa-
da, com orientações detalhadas sobre o que são os Clubes Juvenis, quais são os seus 
objetivos, como criar um Clube e como fazer parte deles.
Vamos conhecer as ações e quando os Jovens Acolhedores podem auxiliar os Clu-
bes Juvenis.
Atuação do Jovem Acolhedor
Inicialmente, acompanhar e tomar conta de todos os espaços da escola durante os 
encontros dos Clubes pode parecer um grande desafio. Reforçar combinados e fazer 
alinhamentos constantemente com os Presidentes e Vice-Presidentes de Clubes, Jo-
vens Acolhedores e Líderes de Turma são ações fundamentais para facilitar os traba-
lhos e alcançar o sucesso no acompanhamento dos Clubes Juvenis.
13
Agora, faça adequações personalizadas à sua realidade e registre em seu Diário de 
Bordo como os estudantes acolhedores da sua escola atuarão na promoção dos Clu-
bes Juvenis.
Os estudantes acolhedores também participam dos Clubes Juvenis e não devem ser 
privados desse espaço.
Atenção
14
2. Complete a cruzadinha.
1 – Grupos de jovens que auxiliam na integração dos novos estudantes.
2 – Princípio presente em todas as ações da equipe escolar, e que se manifesta no 
estreitamento das relações entre educadores e educandos.
3 – Princípio que propicia o desenvolvimento da autonomia, iniciativa, solidariedade, 
corresponsabilidade e compromisso dos estudantes.
4 – Locais para o funcionamento dos Clubes Juvenis conforme suas especificidades.
5 – Metodologia que desenvolve projetos a partir de interesses comuns dos estudantes.
1
3
2
4
5
15
Como incentivar a autogestão, autonomia, cidadania e o contrato de 
convivência? 
Unidade 3
Desafios no acompanhamento dos Clubes Juvenis e possíveis alternativas
A principal finalidade de acompanhar e monitorar as ações desenvolvidas nos Clubes 
Juvenis é orientar os estudantes a cumprirem as ações planejadas, evitando situações 
que possam atrapalhar ou impedir a conquista dos objetivos.
É recomendável que o monitoramento ocorra semanalmente, sendo esse o momento 
ideal para que os gestores acompanhem como os protagonistas juvenis estão execu-
tando as ações que os levarão à conquista dos objetivos de seus Clubes. Durante esse 
acompanhamento, o gestor terá oportunidade de fortalecer o Princípio da Pedagogia 
da Presença e a Premissa do Protagonismo Juvenil e Sênior. 
O exercício do Protagonismo Sênior durante o acompanhamento dos Clubes Juvenis 
é um desafio para os gestores. É necessário que o gestor tenha clareza de suas res-
ponsabilidades no acompanhamento dos Clubes: orientar, assessorar, sugerir e fazer-
-se presente, mas sem interferir diretamente nas decisões dos estudantes. 
16
Você, gestor, servirá de exemplo aos profissionais e estudantes e deve inspirá-los a atua-
rem de forma participativa e democrática.
Vale lembrar
Ao exercer uma gestão democrática e participativa, apoiar as ações dos protagonistas 
juvenis e fazer da Escuta Ativa um meio de aproximação entre direção e estudantes, 
o Diretor e o Vice-Diretor fortalecem o ideal formativo do PEI, colaborando com a for-
mação de jovens autônomos, solidários e competentes. 
Durante o monitoramento dos Clubes, o método PDCA é a ferramenta que pode au-
xiliar gestores e estudantes a encontrarem outros caminhos viáveis que também os 
levem à conquista dos objetivos propostos.
É muito compreensível que, às vezes, os gestores tenham o impulso de interferir mais 
ativamente junto aos Clubes Juvenis, uma vez que podem acontecer muitos conflitos 
durante os encontros ou, até mesmo, ações contrárias àquelas estabelecidas pelo Pla-
no de Ação da escola e pelos Princípios e Premissas do PEI. O Diretor e o Vice-Diretor 
precisam fazer um esforço conjunto para exercer a Pedagogia da Presença, principal-
mente ao acompanhar os encontros dos Clubes Juvenis.  
17
Nesse sentido, o exercício do Protagonismo Sênior também é um desafio, pois muitos 
acreditam que esse protagonismo deve ser exercido de maneira incisiva ao direcionar 
e estabelecer sanções junto aos Clubes Juvenis de forma mais direta e impositiva em 
vez de um caminho mais reflexivo e colaborativo.
Se partirmos do pressuposto de que não só os estudantes, mas os profissionais da Edu-
cação estão em constante processo de formação e aprendizagem, veremos que o exer-
cício do protagonismo faz parte do desenvolvimento de todos, independentemente da 
idade e do nível de escolaridade. Trata-se de um esforço diário de conscientização sobre 
os desafios que envolvem a prática da escuta ativa, do jogo de cintura, de saber recuar 
e ceder para dar ao outro a possibilidade de experimentar e vivenciar diferentes cami-
nhos para poder refletir quando suas escolhas se mostrarem não tão assertivas e, assim, 
corrigir rumos.
Reflexão
Tais posturas certamente ocasionam menos conflitos entre gerações na medida em 
que o erro passa a ser visto e compreendido como parte do processo deaprendizagem 
e do amadurecimento, seja por parte dos estudantes ou dos profissionais da escola. 
Afinal, nossas experiências e saberes são adquiridos também por meio de acertos e 
erros, não é mesmo? 
Assim, os gestores desempenham um papel fundamental como apoiadores dos ideais 
que cada Clube pretenda conquistar, considerando sempre que as decisões sobre me-
tas, ações, normas e contratos de convivência, sanções e modificação de rumos do Clube 
Juvenil serão atribuições dos próprios estudantes. 
18
É preciso, ainda, enfatizar na formação inicial:
Que o ser autônomo não está autorizado a quebrar regras estabelecidas em convenções 
aprovadas pela maioria dos membros do Clube, uma vez que autonomia, solidariedade 
e competência requerem senso de coletividade. Essas habilidades são conquistadas 
quando se é capaz de cumprir todas as regras e normas de convivência das pessoas, 
sem deixar nenhuma atribuição de sua responsabilidade à deriva;
A importância da construção coletiva e detalhada dos contratos de convivência dos Clu-
bes Juvenis, pois esses serão instrumentos de mediação nos quais os Diretores, Vice-
-Diretores e Presidentes dos Clubes buscarão os argumentos de convencimento dos 
estudantes para alinharem sua conduta aos objetivos do Clube.
Desse modo, ao elucidar tais questões junto aos estudantes, os Diretores e Vice-Di-
retores exercem o Protagonismo Sênior sem que conflitos mais contundentes acon-
teçam, pois os estudantes estarão preparados para se responsabilizarem pelos atos 
que praticam, tendo ciência de que as medidas de sanção serão aquelas descritas no 
contrato de convivência que eles mesmos elaboraram. 
A seguir, destacamos alguns pontos de atenção para que o gestor tenha atitudes de-
mocráticas e participativas junto ao Clube Juvenil e perante toda a escola. 
Atribuições do(a) gestor(a) na formação do estudante protagonista
Atuar junto aos estudantes de forma a promover a convivência e o respeito às diversidades.
Valorizar as ideias, escolhas e decisões dos estudantes, ajudando-os a identificar as situa-
ções-problema e posicionar-se diante delas.
19
Promover junto aos estudantes uma cultura organizacional de forma articulada, por meio 
da adoção do PDCA, desenvolvendo a capacidade de planejar, executar, monitorar e avaliar 
todas as ações por eles desenvolvidas.
Estabelecer uma integração participativa entre educadores e estudantes, orientando-os 
quanto à corresponsabilidade para que a escola desenvolva a excelência acadêmica.
Desenvolver os princípios da escuta ativa, demonstrando interesse ao que os estudantes 
estão falando, sem julgamentos, distrações ou interrupções, de forma a compreender e in-
terpretar com atenção as informações recebidas, sejam elas verbais ou não verbais.
Promover a Pedagogia da Presença com um olhar atento ante as dificuldades que se apre-
sentam, zelando permanentemente para que a iniciativa dos estudantes seja compreendi-
da e aceita pelos outros jovens e pelos adultos. Dessa forma, é fundamental empenhar-se e 
oferecer apoio e incentivo aos estudantes, a fim de animá-los na busca dos objetivos a que 
se propõem.
20
Fonte: Caderno Clube Juvenil – Caderno do(a) Gestor(a), p. 9.
Estabelecer uma relação de empatia com o estudante, mostrando interesse e consideração 
pelo seu ponto de vista, buscando compreender seus pensamentos e sentimentos.
Integrar todos (equipe escolar e estudantes) em busca dos melhores resultados de 
aprendizagem.
Vamos assistir a uma narrativa em vídeo sobre o acompanhamento dos Clubes Juve-
nis pelo Diretor: https://youtu.be/IYXEEXul5Os.
Para que o monitoramento dos Clubes Juvenis seja eficaz, é necessário que haja mo-
mentos específicos de alinhamento entre Diretor, Vice-Diretor e Presidentes dos Clu-
bes. É importante que sejam realizadas reuniões periódicas, previamente agendadas 
e planejadas. 
Caso algum Clube demonstre dificuldades em se adequar às regras estabelecidas nos 
Contratos de Convivência, é possível que os gestores realizem as reuniões de alinha-
mento com maior frequência com os Presidentes desses Clubes, visando promover 
reflexões pontuais que levem os estudantes a identificarem as causas e apontarem 
soluções para os próprios problemas.
É importante monitorar e observar se os Clubes que demandaram mais reuniões com 
seus Presidentes estão conseguindo superar as dificuldades e, além disso, registrar evi-
dências que possam embasar novas pautas de reuniões para trazer feedbacks a esses 
Clubes. Isso fortalece o protagonismo e traz excelentes resultados, sendo fator de moti-
vação e demonstração efetiva de apoio, atenção e valorização do empenho dos mem-
bros dos Clubes Juvenis pela gestão escolar. 
Importante
https://youtu.be/IYXEEXul5Os
21
Então, agora, vamos pensar um pouco sobre uma questão corriqueira no dia a dia dos 
gestores, relacionada ao monitoramento dos Clubes Juvenis.
Um Diretor gostaria de interferir mais diretamente junto aos Clubes Juvenis, uma vez 
que ocorrem muitos conflitos durante os encontros semanais. Ele considera que so-
mente o Diretor e o Vice-Diretor são insuficientes para exercer a Pedagogia da Presença 
durante o monitoramento dos Clubes Juvenis e, devido a esse fator, os estudantes se 
aproveitam para agirem de forma contrária ao estabelecimento dos Princípios e Premis-
sas do PEI, bem como do Plano de Ação da Escola.
Será que a situação que acabamos de descrever favorece o Protagonismo Juvenil? 
Sabemos que o papel do Diretor, entre outros, é o de apoiar, orientar e acompanhar 
as atividades desenvolvidas pelos Clubes Juvenis e não interferir diretamente nos Clu-
bes, pois esta é a oportunidade que os estudantes têm para exercitar seu protagonis-
mo e, por isso, devem assumir responsabilidades e cumprir compromissos firmados 
entre eles e a Direção.
Caso muitos conflitos estejam ocorrendo durante as reuniões dos Clubes Juvenis, é 
provável que os estudantes não tenham compreendido o sentido do exercício do pro-
tagonismo juvenil que foi abordado durante a formação inicial e nas reuniões de ali-
nhamento com o Diretor. 
Portanto, é muito importante que ele realize reuniões extraordinárias com os Clubes 
que manifestam essas fragilidades, retomando os pontos principais que foram abor-
dados na formação inicial e enfatizando a importância do respeito às cláusulas esta-
belecidas no contrato de convivência elaborado pelos próprios membros dos Clubes.
22
Os gestores escolares devem compreender que levar os estudantes a essas reflexões 
torna as reuniões produtivas e consolida esses momentos como um espaço de for-
mação, na medida em que estão se apropriando dessa metodologia para colocar em 
prática o ideal formativo do PEI.
Além de exercer seu papel de Protagonista Sênior, o gestor pode também lançar mão 
de estratégias que acionem a corresponsabilidade de outros atores da escola, solici-
tando que os professores enfatizem a necessidade de mobilização de habilidades so-
cioemocionais em outros momentos de construção de conhecimento. Os momentos 
de tutorias, de protagonismo juvenil e das eletivas também podem ser grandes alia-
dos no esforço de levar aos estudantes o entendimento sobre a atuação protagonista 
nos Clubes Juvenis e nas demais atividades que eles desempenham. 
Outra boa orientação para estender a Pedagogia da Presença aos demais atores do 
cotidiano escolar é estimular o engajamento de padrinhos, parceiros, pais e/ou res-
ponsáveis em ações que estabeleçam vínculos de pertencimento a causas comuns 
para que esse desafio seja enfrentado.
23
3. Agora, convidamos você para analisar a combinação de ações descritas a seguir. De-
pois de observá-las, selecione o conceito adequado que se refere a cada uma das 
imagens: Pedagogia da Presença; Protagonismo Sênior ou Gestão Democrática e 
Participativa.
24
Unidade 4
O PDCA como ferramenta de acompanhamento
Ao final do jogo no Módulo 2, você participou de um desafio que o envolveu com as 
definições do PDCA. 
O PDCA é uma ferramenta de gestão queestá presente em todas as metodologias do 
PEI; sendo assim, não há motivos para os Clubes Juvenis ficarem de fora, não é mes-
mo? Que tal revisitar esse instrumento para compreender como ele pode apoiar seu 
trabalho junto aos Clubes Juvenis?
PDCA, em inglês, quer dizer Plan-Do-Check-Act (planejar, fazer, checar e agir), e o uso 
do acrônimo no dia a dia facilita a comunicação e permite que todos incorporem o uso 
da ferramenta para garantir o sucesso das ações que serão desenvolvidas. Com certeza, 
não seria nada eficaz simplesmente dizer: “Você deve aplicar o Plan-Do-Check-Act em 
tudo o que fizer”, concorda? 
25
É preciso compreender o que cada palavra representa na sigla e o quanto esse instru-
mento apoia a gestão escolar. Caso contrário, será visto erroneamente como mais um 
procedimento sem sentido e burocrático a ser feito e preenchido.
Vamos nos aprofundar nos conceitos, explorando os quatro passos do PDCA por meio 
de um vídeo: https://youtu.be/vb8-i4pQwKI.
Para refletirmos sobre o vídeo trouxemos alguns ditos populares e frases conhecidas 
de autores e filósofos. Vamos conferir como podem se relacionar com o PDCA.
4. Sabendo que as etapas do PDCA são planejar, fazer, checar e agir, leia as ações 
referentes aos Clubes Juvenis e selecione a etapa do PDCA que preenche a lacuna.
a) Estudar a legislação e os materiais faz parte da etapa de .
b) Realizar a formação dos gestores e professores em Protagonismo e Clubes Juve-
nis corresponde à etapa de .
c) Fazem parte da etapa as reuniões com Presidentes e Vice-presiden-
tes e apoiá-los no monitoramento.
https://youtu.be/vb8-i4pQwKI
26
d) Analisar, juntamente com os Presidentes de Clube, os resultados de cada Clu-
be a partir dos indicadores e organizar registros se enquadram na etapa de 
.
e) Compartilhar os pontos de atenção e as boas práticas entre todos os Presidentes 
de Clube faz parte da etapa .
f) Realizar reuniões para estabelecer ações faz parte da etapa .
g) Na etapa de é a hora de construir indicadores para monitorar e ava-
liar o cumprimento das atividades.
h) Estruturar a formação dos estudantes é a etapa de .
i) Orientar a elaboração do Plano de Ação de cada Clube Juvenil faz parte da etapa 
.
j) Alinhar as ações para estruturar, iniciar, organizar e aplicar o PDCA acontece na 
etapa .
k) Acompanhar presencialmente os encontros semanais do Clube se enquadra na 
etapa .
l) Validar os Planos de Ação com os Presidentes dos Clubes acontece na etapa 
.
m) Registrar as etapas do planejamento na agenda da escola faz parte da etapa 
.
n) Corresponde à etapa orientar os Presidentes dos Clubes a: realiza-
rem a revisão das atividades e verificarem quais metas e ações alcançaram os 
resultados esperados; identificarem as causas das metas e ações que não foram 
atingidas; definirem ações corretivas; e replicarem as boas práticas entre todos 
os Presidentes de Clube.
o) Orientar o início das atividades dos Clubes a partir de seus Planos de Ação está 
dentro da etapa .
p) Socializar com os professores o passo a passo para a criação dos Clubes Juvenis 
deve acontecer na etapa .
q) Na etapa acontecem as seguintes ações para a criação dos Clubes: 
elaboração de cronograma; formação de gestores e professores; formação de es-
tudantes; e inscrição, validação, divulgação, escolha.
27
A intenção aqui é que você tenha em seu radar a necessidade de entrelaçar os concei-
tos do PDCA a todo movimento que se faz no PEI. Os Clubes Juvenis requerem uma 
atenção ainda maior, pois você como Protagonista Sênior deve se utilizar do PDCA para:
Orientar a implantação dos Clubes Juvenis;
Realizar os acompanhamentos semanais;
Realizar as reuniões “extraordinárias” (periódicas) que monitoram ainda mais de perto 
as atividades dos Clubes.
28
Unidade 5
Tempo(s) de Encontro dos Clubes Juvenis
De acordo com o Caderno do Gestor (https://avaefape2.educacao.sp.gov.br/plugin 
file.php/863795/mod_resource/content/19/Clubes_Juvenis_Gestor.pdf; p. 35), o Clube 
Juvenil será oferecido nos seguintes modelos de escola: 
29
Você deve ter notado que as reuniões dos Clubes Juvenis são chamadas de tempos, 
e não de aulas. Isso porque esses encontros possuem um outro propósito em que o 
planejamento, a organização, a condução e o resultado final das atividades estão sob 
a responsabilidade dos estudantes, e não de um professor. 
Apesar da responsabilidade pelos Clubes Juvenis estar centrada nos estudantes, sa-
bemos que são de suma importância o apoio, as orientações e o acompanhamento 
por parte dos gestores, padrinhos e madrinhas e de possíveis parceiros, dependendo 
da temática do Clube. 
Tenha sempre em mente:
“Os Clubes Juvenis são espaços de práticas e vivências dos estudantes. São 
eles os principais sujeitos dessa prática, considerando que os encontros se-
manais são, também, momentos privilegiados de aprendizagem e exercício 
do protagonismo juvenil.” (Caderno do Gestor, p. 37)
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Unidade 6
Reuniões periódicas com os Presidentes dos Clubes Juvenis
Monitorar as ações dos Clubes Juvenis é crucial para seu bom andamento. Cabe ao 
Diretor e Vice-Diretor assegurar que esse acompanhamento seja programado e fre-
quente. É nesse momento que as ações desenvolvidas pelos Clubes serão avaliadas e 
comparadas àquelas definidas no Plano de Ação, elaborado pelos estudantes. 
Vamos nos aprofundar em alguns pontos importantes que podem assegurar o su-
cesso das reuniões com os estudantes. Um planejamento bem elaborado vai apoiar 
esse sucesso! 
Sugerimos que fique atento a alguns passos que podem torná-las ainda mais eficazes. 
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Examinados os pontos importantes para a organização da reunião de alinhamento 
com os Presidentes dos Clubes, que tal refletir sobre alguns pontos que não podem 
faltar no decorrer da realização da reunião? 
Cronogramas: Elaborar datas e horários bem definidos e divulgar antecipadamente.
Tempo de duração: Reservar aproximadamente 30 minutos.
Local: Escolher um local adequado e agradável. Faz toda diferença!
Público-alvo: São públicos diferentes em dois momentos: 1) Jovens Acolhedores e Lí-
deres de Turma (durante o planejamento e a criação dos Clubes); 2) Presidentes e 
Vice-Presidentes dos Clubes (durante a execução, o monitoramento e a avaliação dos 
Clubes).
Pauta: Definir previamente o que será tratado, o tempo para tratar cada assunto e as 
entregas que devem acontecer nas reuniões; isso ajuda a garantir que a pauta seja 
cumprida dentro do tempo previsto.
Canais de comunicação: Utilize-se de redes sociais, de e-mails ou outros meios... É 
importante que a divulgação de todas as ações referentes às reuniões seja eficiente.
Registros: Definir quem redigirá a memória da reunião com os registros e combina-
dos, como serão conduzidos os encaminhamentos, as propostas de solução dos pro-
blemas, os prazos e responsáveis por cada ação. Essa etapa não pode faltar, e você 
conta com modelos que podem auxiliá-lo no Caderno do Gestor.
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Nas reuniões, estimule os estudantes a pensarem em soluções para os problemas que 
forem surgindo.
Convide-os a discutirem com os seus colegas sobre a escola que eles têm (os proble-
mas e as soluções, levantamento das potencialidades da escola e as melhorias que 
podem ser feitas).
Dica
 
Sensibilização e formação: Você pode usar vídeos, letras de música que façam os es-
tudantes refletirem/relembrarem os princípios, as premissas, o ideal formativo do PEI e 
os conceitos do Protagonismo Juvenil. É o momento não só de falar, mas de ouvir, dar 
voz aos estudantes. Lembre-se que essas reuniões também são formativas, tanto para 
o desenvolvimento do Protagonismo Sênior quanto do Protagonismo Juvenil.
Retomada da pauta anterior: Verificar se os combinados e encaminhamentos foram 
realizados e quais foram os resultados.
Entregas: Os Presidentes de Clubes devem apresentar a frequência dos estudantes, re-
latar como estão o interesse e o nível de comprometimento dos membros do Clube, 
trazer informações sobre como estão seguindo o Plano de Ação do seuClube, esclarecer 
dúvidas, expor as dificuldades e apresentar propostas para superá-las.
Avaliação: É o momento em que se avalia se as estratégias pensadas para superar os 
desafios e dificuldades estão repercutindo positivamente; caso contrário, será preciso 
investigar as causas para correção de rumos a fim de garantir os objetivos contidos no 
Plano de Ação dos Clubes.
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Unidade 7
Contrato de Convivência
Caro cursista, há de se considerar dois aspectos de suma importância em todo proces-
so que corresponde aos Clubes Juvenis: o trabalho coletivo e a corresponsabilização. 
É no contrato de convivência que estão presentes os combinados e as regras que, 
quando cumpridas, garantem que todos se relacionem muito bem em torno do tra-
balho a ser realizado. Nem sempre todos estão atentos aos seus direitos e aos seus 
deveres e, por isso, deixar as coisas claras poderá evitar uma série de problemas. 
Para que o contrato de convivência tenha adesão é fundamental que os combinados, 
normas e regras sejam propostos, definidos e validados pelos estudantes. Caberá aos ges-
tores fazer a mediação desse trabalho, dando todo o apoio e as orientações necessárias.
Atenção
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O Contrato de Convivência vem para apoiar os estudantes na compreensão e valoriza-
ção da democracia, que traz em seu bojo direitos e deveres, assim como consequências 
quando regras e combinados não forem cumpridos. 
Para além do Contrato de Convivência, é preciso que os Presidentes dos Clubes cui-
dem para que: 
Os combinados sejam cumpridos e estejam alinhados em torno das ações a serem 
realizadas;
Sejam previstos momentos para apresentação de propostas de solução dos problemas 
detectados;
Sejam cumpridos os prazos e definidos os responsáveis por cada ação;
Compartilhem momentos de reflexão sobre ações bem-sucedidas e aquelas que de-
vem ser corrigidas;
Favoreçam o empoderamento dos membros do Clube, fortalecendo a relação de con-
fiança, respeito e responsabilidade entre os colegas.
Para auxiliar os Clubes Juvenis na definição de um Contrato de Convivência pode-se 
sugerir que cada Clube Juvenil defina os itens de seu contrato a partir dos quatro pi-
lares da educação: 
Aprender a ser
Aprender a conhecer
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Há também itens que não podem faltar. Veja a Sugestão de Contrato de Convivên-
cia, a seguir. 
Dica
O que cabe aos educadores é a orientação e o apoio na elaboração do Contrato de Convi-
vência de cada Clube. Para subsidiar este apoio, pode-se sugerir aos estudantes um modelo 
orientador para a elaboração do Contrato de Convivência. Mas não se esqueça: são eles que 
realizam os combinados em seus Clubes, tendo cada Clube o seu Contrato de Convivência.
Dos Direitos
• Todos têm o direito de participar igualmente das atividades do Clube.
• Todos têm o direito de expressar suas ideias e opiniões, considerando o respeito aos de-
mais participantes. 
• Todos têm o direito de fazer uso dos recursos materiais, equipamentos e instrumentos 
que foram disponibilizados para a execução das atividades do Clube.
 
Aprender a fazer
Aprender a conviver
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Fonte: Caderno do Gestor - Clubes Juvenis.
Dos Deveres
• É dever de todos respeitar uns aos outros, agindo cordial e solidariamente, mesmo quan-
do as ideias, opiniões e atitudes forem diferentes das suas, sendo vedado qualquer tipo de 
agressão, preconceito e discriminação.
• É dever de todos a participação efetiva nas atividades do Clube, sendo vedada a realização 
de outras atividades que não estão previstas no Plano de Ação do Clube. 
• É dever de todos a dedicação na execução das atividades do Clube, sendo vedado o uso 
de aparelhos eletrônicos (celulares, Ipod, mps etc.) nesses momentos, salvo quando isso 
for solicitado para o desenvolvimento da atividade.
Das Sanções
• Não será certificado o estudante que se ausentar em mais de 25% dos encontros sema-
nais do Clube, cujas ausências não forem justificadas junto à escola. 
• Não será permitida a participação do estudante que incorrer em ato infracional, previsto 
por lei, ocorrido no espaço e no tempo do Clube.
Participantes
• Coleta de Assinaturas.
O Diretor Celso, de uma escola PEI, de Ensino Fundamental, Anos Finais, realizou, con-
forme previsto na agenda da escola, uma reunião mensal de alinhamentos com os 
Presidentes e Vice-presidentes dos Clubes Juvenis para tratar sobre 3 pontos de aten-
ção que percebeu ao realizar o acompanhamento dos Clubes junto com o Vice-diretor 
Moisés. São eles:
A dificuldade dos Clubes de Dança Afro em aplicar o PDCA em seu Plano de Ação;
Conflitos e desentendimentos no Clube de Teatro;
A perda da parceria (profissional registrado no CREF) no Clube de Judô.
Estudo de caso – alinhamentos de gestão nos Clubes Juvenis
Cursista, a seguir trazemos um estudo de caso com o intuito de analisar experiências reais 
para que você possa refletir e escolher qual caminho considera mais assertivo. Vamos lá?
Vamos Praticar
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5. Considerando o estudo de caso, analise as situações descritas a seguir, e selecione a 
alternativa mais assertiva.
5.1 A pauta da reunião de alinhamento entre o Diretor, Vice e os Presidentes e Vice-pre-
sidentes dos Clubes trouxe várias questões que necessitam de atenção imediata.
a) O Diretor poderia ter realizado reuniões com menor espaçamento de tempo, 
para pensar juntamente com os estudantes em estratégias e ações para corre-
ção de rumos e dos problemas detectados. 
b) As reuniões mensais são excelentes, pois cabem na agenda da escola e há muitas 
outras ações que precisam ser feitas. O Diretor pode, dessa forma, acompanhar a 
ATPCG e planejar com calma o que fazer para resolver os problemas. 
5.2 Na reunião participaram os Presidentes, Vice-presidentes dos Clubes Juvenis, o Dire-
tor e Vice-diretor.
a) Participaram da reunião os principais responsáveis pelas atividades dos Clubes, 
ou seja, todos os atores necessários para discutir dúvidas, fragilidades, conflitos e 
encaminhamentos. 
b) Não havia necessidade de todos esses atores participarem da reunião, pois quan-
do há muita gente envolvida o trabalho não anda. 
5.3 O Presidente e Vice-presidente do Clube de dança afro relatam que não sabem apli-
car o PDCA.
a) O Diretor prepara uma nova formação e solicita que os Presidentes de outros Clu-
bes participem compartilhando como aplicam o PDCA em seus Planos de Ação. 
b) O Diretor pede que estudem o material disponibilizado na formação inicial, pois 
essa orientação já foi dada em outras reuniões.
5.4 Qual é a melhor estratégia que o Diretor pode aplicar para solucionar as questões de 
conflito nas equipes, relatadas pelos estudantes do Clube de teatro?
a) O Diretor ouve atentamente os relatos dos estudantes (escuta ativa), solicita que 
revisitem o contrato de convivência; em seguida, propõe uma roda de conversa e 
pede que os estudantes discutam as regras, fazendo papel de mediador/colabo-
rador com o Presidente dos Clubes. 
b) O Diretor ouve atentamente os relatos dos estudantes (escuta ativa) e solicita 
que cumpram as regras estabelecidas no contrato de convivência.
5.5 O Clube de judô perdeu a parceria (profissional credenciado pelo CREF), e os es-
tudantes relatam as dificuldades que estão enfrentando. Quais são os encaminha-
mentos adequados nesse caso?
a) O Diretor revisita a documentação do Clube e se atenta que o contrato de parce-
ria não previu substituição do profissional credenciado, imediatamente convida 
um amigo, estudante do último ano de Educação Física para ser parceiro. 
b) O Diretor tranquiliza os estudantes, lembrando que o contrato de parceria indi-
cava um substituto que será informado sobre a necessidade de seu apoio para a 
continuidade do Clube. 
5.6 Neste estudo de caso, o Diretor aplicou o PDCA em vários momentos, no entanto, em 
que parte do PDCA a reunião de alinhamento com os Clubes Juvenis se encontra?
a) Do – D – executar.
b) Check – C – checar. 
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Unidade 8
Avaliação do Processo e do Resultado com base em evidências
Para garantir que o trabalhorealmente chegue ao resultado esperado é importante que 
durante o processo de desenvolvimento das atividades todos estejam atentos ao que foi 
definido e se certifiquem de que tudo esteja acontecendo como planejado.
É importante fazer algumas perguntas:
O trabalho está sendo positivo em todos os aspectos?
Todos estão executando bem as funções?
Conseguimos perceber algum ponto de atenção?
O que fazer para melhorar?
Os prazos definidos serão cumpridos?
A comunicação com a equipe está acontecendo?
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A avaliação dos resultados dos Clubes Juvenis deve seguir a lógica do ciclo PDCA, 
ocorrendo tanto no processo quanto ao final das ações de cada Clube. A partir da aná-
lise dos indicadores coletados, a avaliação será pautada nas reuniões periódicas entre 
os Gestores e Presidentes dos Clubes.
Cabe ressaltar aqui a importância da formação dos estudantes na adoção desse método 
de gestão que é o ciclo PDCA, para que as ações dos Gestores, Clubes Juvenis e educa-
dores estejam alinhadas. 
Importante
No tópico anterior, você realizou uma atividade que possibilitou uma reflexão sobre a 
atuação do Diretor de Escola em uma reunião de alinhamento junto aos Presidentes 
e Vice-Presidentes dos Clubes. Vamos agora enfatizar o passo a passo dos gestores 
quanto aos procedimentos de avaliação. Visando à constatação e análise da influência 
dos Clubes Juvenis na aprendizagem, no Projeto de Vida e no desenvolvimento do 
Protagonismo Juvenil dos estudantes, o Diretor deve: 
Levantar informações sobre as atividades desenvolvidas pelos Clubes Juvenis e seu im-
pacto na aprendizagem, na postura diante dos Valores, Princípios e Premissas do PEI, bem 
como no desenvolvimento do Protagonismo Juvenil e do Projeto de Vida dos estudantes;
Aplicar a lógica do PDCA nas atividades de todos os Clubes Juvenis: se as principais me-
tas e ações foram ou não atingidas; identificar as causas, definir e monitorar as ações 
corretivas;
Compartilhar os pontos de atenção e as boas práticas entre os Presidentes de Clube;
Orientar os Presidentes dos Clubes Juvenis a realizarem a revisão de sua rotina de ativi-
dades e tarefas, de acordo com a necessidade;
Verificar quais metas e ações alcançaram os resultados esperados;
Identificar as causas das metas e ações não serem atingidas;
Definir e monitorar as ações corretivas;
Replicar as boas práticas dos Clubes Juvenis de sua escola junto à comunidade escolar.
Ao final de cada semestre o Diretor deve reunir todos os indicadores, dados e informa-
ções que evidenciam os pontos positivos e de atenção para a avaliação final de cada 
Clube Juvenil. Isso só será possível se a gestão realizou uma observação atenta nos 
momentos de acompanhamento e monitoramento dos Clubes e dos registros reali-
zados no decorrer de todo o processo.
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Para subsidiar e apoiar a avaliação, sugerimos que o Diretor e o Vice-Diretor conside-
rem outros olhares e pontos de vista sobre a atuação dos Clubes Juvenis: 
Aplicar um questionário avaliativo para os estudantes de cada Clube, verificando se os 
objetivos foram atingidos e quais foram os pontos positivos e pontos de atenção;
Levantar informações junto aos Professores se o Clube colaborou para melhoria do de-
sempenho do estudante em suas múltiplas dimensões;
Propor aos Presidentes uma autoavaliação das atividades que foram desenvolvidas nos 
Clubes Juvenis.
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Unidade 9
Culminância dos Clubes Juvenis
Agora é chegado o momento em que os estudantes compartilham suas conquistas 
depois de tanto empenho, dedicação e intensos momentos de trabalho. Isso ocorre 
na etapa de culminância, realizada ao final de cada semestre. Nesse momento, é im-
prescindível que os estudantes tenham a oportunidade de mostrar tudo o que realiza-
ram em um evento cuidadosamente planejado e executado por eles mesmos. 
Etapa de culminância: Etapa prevista no documento orientador. “No final do semestre é 
imprescindível que os estudantes tenham a oportunidade de mostrar as produções de 
seus Clubes Juvenis, realizando um evento cuidadosamente planejado e executado por 
eles próprios.” (Clubes Juvenis – Caderno do Gestor p. 40)
Após a realização da culminância dos Clubes Juvenis, ao final do semestre, é o momen-
to da certificação dos estudantes. O certificado legitima a participação protagonista 
e os motiva a ampliarem seus esforços na organização de novos Clubes Juvenis. Assim, 
passam a reconhecer e a valorizar esses momentos e as habilidades já conquistadas.
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Você chegou ao final de mais um módulo do curso Clubes Juvenis. Neste módulo, você 
analisou os espaços escolares com olhar direcionado para uma melhor distribuição 
dos Clubes, ressignificando os ambientes da escola. Além disso, você conheceu como 
articular o acompanhamento e o monitoramento dos Clubes, permitindo que o Pro-
tagonismo Juvenil tomasse seu lugar com a participação dos estudantes de maneira 
efetiva e percebeu o quanto os combinados entre os estudantes reforçam o senso de 
pertencimento e colaboram com o sucesso dos Clubes Juvenis. 
Agora, convidamos você a iniciar o Módulo 4 e a conhecer a importância da comuni-
cação para os alinhamentos dos Clubes Juvenis. 
Bons estudos!
A certificação é uma sugestão. Algumas escolas PEI adotaram essa prática e perce-
beram que a certificação é vista pelos estudantes como forma de reconhecimento 
pelos seus esforços e os motiva a se engajarem na criação ou renovação dos próximos 
Clubes. Sendo assim, a ideia é que os estudantes elaborem um portfólio bem diversi-
ficado para que registrem suas ações protagonistas. 
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Gabaritos
1. Esta é nossa sugestão para a organização dos espaços para a realização dos Clubes Juvenis:
Comentários:
Vale ressaltar que não há certo ou errado, apenas critérios que devemos considerar: barulho, 
necessidades específicas, como uma pia para um Clube de Artesanato, livros à mão para um 
Clube de Leitura, espaços maiores para Clubes de Dança ou Teatro ou mais reservados para 
aqueles Clubes que necessitam de silêncio ou concentração.
2. 1) Acolhedores; 2) Pedagogia da Presença; 3) Protagonismo Juvenil; 4) Espaços Escola-
res; 5) Clube Juvenil.
3. A sequência correta é: Pedagogia da Presença; Protagonismo Sênior; Gestão Democrá-
tica e Participativa.
4. a) Estudar a legislação e os materiais faz parte da etapa de planejar.
 b) Realizar a formação dos gestores e professores em Protagonismo e Clubes Juvenis 
corresponde à etapa de fazer.
 c) Fazem parte da etapa checar as reuniões com Presidentes e Vice-presidentes e apoiá-
-los no monitoramento.
 d) Analisar, juntamente com os Presidentes de Clube, os resultados de cada Clube a 
partir dos indicadores e organizar registros se enquadram na etapa de agir.
 e) Compartilhar os pontos de atenção e as boas práticas entre todos os Presidentes de 
Clube faz parte da etapa agir.
 f) Realizar reuniões para estabelecer ações faz parte da etapa fazer.
 g) Na etapa de checar é a hora de construir indicadores para monitorar e avaliar o cum-
primento das atividades.
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 h) Estruturar a formação dos estudantes é a etapa de planejar.
 i) Orientar a elaboração do Plano de Ação de cada Clube Juvenil faz parte da etapa 
fazer.
 j) Alinhar as ações para estruturar, iniciar, organizar e aplicar o PDCA acontece na eta-
pa planejar.
 k) Acompanhar presencialmente os encontros semanais do Clube se enquadra na eta-
pa checar.
 l) Validar os Planos de Ação com os Presidentes dos Clubes acontece na etapa fazer.
 m) Registrar as etapas do planejamento na agenda da escola faz parte da etapa planejar.
 n) Corresponde à etapa agir orientar os Presidentes dos Clubes a: realizarem a revisão 
das atividades e verificarem quais metas e ações alcançaram os resultados espera-
dos; identificarem as causas das metas e ações que não foram atingidas; definirem 
ações corretivas; e replicarem as boas práticas entre todos os Presidentes de Clube.
 o) Orientar o início das atividades dos Clubes a partir de seus Planos de Ação está den-
tro da etapa fazer.
 p) Socializarcom os professores o passo a passo para a criação dos Clubes Juvenis deve 
acontecer na etapa planejar.
 q) Na etapa planejar acontecem as seguintes ações para a criação dos Clubes: elabora-
ção de cronograma; formação de gestores e professores; formação de estudantes; e 
inscrição, validação, divulgação, escolha.
5.1 Alternativa correta: a.
5.2 Alternativa correta: a.
5.3 Alternativa correta: a.
5.4 Alternativa correta: a.
5.5 Alternativa correta: b.
5.6 Alternativa correta: b.
Ilustrações e fotografias: Getty Images.
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