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Cirurgias neurológicas Neurocirurgia Craniotomia Craniectomia Drenagem de hemorragia subaracnóide Monitoramento de PIC Craniotomia → Definição: Abertura no crânio → Técnica: punção e/ou trepanação → Indicação: › Acesso as meninges (constitui -se da duramáter, aracnóide, espaço subaracnóide, pia-máter) Drenagem de hematoma Monitoramento de PIC › Acesso a massa encefálica Remoção de tumores Aneurisma Cerebral Craniectomia → Definição: remoção do osso craniano → Indicação: › Redução de edema, PIC › Remoção de fragmentos ósseos Trauma Infecção Tumor Drenagem de hemorragia subaracnóidea → Fisiopatologia: rompimento de um ou mais vasos sangüíneos que se localizam anatomicamente no espaço subaracnóideo da meninge cerebral Podem ser por: › Aneurisma Intracraniano › Angioma cerebral sangrante › Hemorragia Intracerebral → Sintomas: cefaléia, Glasgow alterado, vômito, papiloedema, hemorragia na retina → Escala Hunt e Hess (escala para a graduação da hemorragia subaracnóidea): › Grau 0 = aneurisma sem ruptura. › Grau 1= sangramento mínimo.Assintomática ou cefaléia leve e mínima rigidez da nuca e déficit neurológico; › Grau 2= sangramento brando. Cl iente acordado, cefaléia moderada a grave, rigidez da nuca, sem déficits neurológicos focais; › Grau 3= sangramento moderado. Sonolência, confusão e déficit neurológico focal brandos; › Grau 4=sangramento moderado a grave. Paciente não responde aos est ímulos. Estupor, hemiparesia moderada a grave, com possíveis reações de descerebração ; › Grau 5=sangramento grave.Coma profundo, rigidez de descerebração, aspecto moribundo. → Diagnóstico: punção de Líquor Céfalo-Raquidiano (LCR) e TC → Tratamento: › Monitoramento da PIC › Drenagem da hemorragia › Avaliação neurológica contínua › Fisioterapia - reabil itação Pressão intracraniana A pressão intracraniana varia de acordo com o local medido e a postura do paciente. Tendo como valores normais inferiores à 10mmHg e toleráveis até 20mmHg, quando medidos com o paciente em decúbito dorsal com a cabeça levemente elevada (SARMENTO, 2005) → Dados importantes › PAM normal: 70 a 110mmHg o Cálculo: sistólica + 2xdiastólica dividido por 3. › PPC (Pressão perfusão cerebral) = PAM menos ( -) PIC. › PIC normal = 3 a 15 mmHg › Elevação grave maior que 20mmHg A pressão intracraniana é a pressão resultante da presença de três componentes dentro da caixa craniana: o componente parenquimatoso(80%),constituídos pelas estruturas encefálicas, o componente l iquórico (10%)constituídos pelo Líquor das cavida des ventr iculares e de espaço Subaracnóidea e o componente vascular (10%), caracterizado pelo sangue circulante no encéfalo a cada momento (PARAIBUNA, 2004). → Fisiopatologia: › Edema Cerebral : infecção, trauma, hemorragia, aneurisma › Tumor › Procedimentos Cirúrgicos › HAS › Drogas: insulina, tetraciclina, metronidazol, penici l ina, ácido valpróico, hipoglicemiantes orais, dentre outras. › Intoxicação por monóxido de carbono, metanol, chumbo e l ít io › Hipovitaminose A → Fatores que induzem ao aumento da PIC: › Agitação, tosse e dor. › Tubos endotraqueais e traqueostomia apertados (impede o retorno venoso cerebral). › Posição incorreta da cabeça e/ou do corpo (prejudica o retorno cerebral). › Aspiração de secreções prolongadas (tempo maior que 15 segundos). › Desconexão ou dobra do circuito do respirador de rolhas de secreção. → Sintomas: › Estado mental alterado › Cefaléia › Náusea e vômitos › Diplopia, visão borrada (papiloedema) e cegueira › No edema cerebral, podem ser observados sintomas progressivos: perda de consciência, hipertensão sistólica, bradicardia, convulsões e herniação cerebral. → Tratamento: › Diuréticos: manitol e furosemida › Suporte venti latório › Posicionamento no leito › Controle da PIC → Diagnóstico de enfermagem › Perfusão do tecido cerebral ineficaz relacionada com edema cerebral › Potencial para termorregulação ineficaz relacionada com a lesão do hipotálamo desidratação e infecção › Potencial para comprometimento da troca gasosa relacionado com a hipoventi lação, aspiração e imobil idade › O distúrbio na percepção sensorial relacionado com edema periorbitario,curativo craniano,tubo orotraqueal e efeitos da PIC › Distúrbio de imagem corporal relacionado com alteração na aparência ou incapacidade fisica. › Padrões respiratórios ineficazes relacionados com a disfunção neurológica (compressão do tronco cerebral, deslocamento estrutural) › Perfusão tecidual cerebral ineficaz relacionada a elevação da PIC › Déficit de volume de líquidos relacionado a restr ição de líquidos › Risco de infecção relacionado com o sistema de monitoração da PIC (cateter f ibróptico ou intraventricular) Cuidados pré-operatório e imediato neurocirurgia → Pré- mediato: › Informar paciente e fami l iares sobre o que devem esperar do procedimento neurocirúrgico (pós-operatório em UTI, SRPA ou UI) ; › Propósito da cirurgia; › Possíveis tratamento alternativo ; › Os riscos potenciais e resultados esperados ; › Medicamentos podem ser suspensos (anticoagulantes). → Imediato: › Reserva da sala de cirurgia › Exames pré-operatórios › Reserva de hemoderivados no banco de sangue › Leitos de UTI. › Banho do paciente com antisséptico degermante (PVPI ou clorexidina) na noite anterior (inclui couro cabeludo) e na manhã da cirurgia. › Checagem de jejum no mínimo de 8 horas. › Discussão com o cirurgião suspensão de medicamentos (hipoglicemiante), ou devem ser administrados como os anti - hipertensivos. › Tricotomia real izada com tricotomizador no C.C. no máximo até 2 horas antes da cirurgia. › Administração de medicamentos pré-anestésicos. › A maioria das neurocirurgias possuem tempo médio de 4 horas e é de grande porte. Uti l izar meias elásticas em pré e pós-operatório. Prevenir Tromboembolismo. › Analisar o exame neurológico do paciente antes da cirurgia; antecedentes patológicos e as medicações uti l izadas, indicação cirúrgica, tipo de cirurgia realizada, tempo cirúrgico, anestesia realizada e intercorrências anestésicas e cirúrgicas. › Avaliar o paciente em UTI, na admissão uti l izando a escala de Ramsay e avaliação pupilar e depois do término da anestesia, avaliar com escala de Glasgow. › Realiza exame neurológico completo (nervos cranianos e perifér icos). › Atentar para PIC (deve ser mantida entre 5 a 15 mmHg, analisando a PPC junto, adequada entre 60 a 70 mmHg). Pode variar com alterações do nível de consciência, desde deli r ium até o coma, hipertensão arterial e alterações no padrão respiratório (ritmo Cheyne stokes) › Avaliação dos olhos, realizar higiene ocular 3X/dia com soro f isiológico, pode ocorrer edema e hematoma em região periorbital nas primeiras 12 horas de POI (aplicar compressas fr ias por 48 horas) › Controle dos sinais vitais (PA 20% a 30% menor que nível pré-operatório – discutir com o médico ao controle da PA), hipotensão arterial também traz risco secundários. › É esperada leve aumento de Temperatura, em torno de 37,5ºC. Manter temperatura menor com antitérmicos, pouca roupa de cama, ar ambiente venti lado e compressas frias. › Durante o banho, não molhar o curativo cirúrgico; › Realizar hidratação e massagem de conforto após banho e mudança de decúbito enquanto acamado. › Controle de gasometria; › Controle de glicemia capi lar; › Avaliação pulmonar, para detecção precoce de atelectasia e pneumonia (comuns em pós- operatório). › Controle do balanço hídrico; › Aspiração em TOT de 10 a 15 segundosobservando a oximetria; › Controle da PVC (pressão venosa central). › Manter elevada cabeceira a 30º. Cabeça em linha mento-esternal para facil i tar o retorno venoso e evitar aumento da PIC. › Estimular deambulação precoce. Curativo cirúrgico › Pode apresentar exsudatos sanguinolenta, sol icitar avaliação do neurocirurgião. Pode ser realizada sutura complementar ou curativo compressivo. › O curativo deve ser realizado 24 a 48 horas após o procedimento cirúrgico. › Observar aparecimento de coleção líquida a part ir do 5º dia de pós-operatório, sugest iva de fístula l iquórica (tratamento: curativo compressivo, medicamento, repouso absoluto e/ou derivação lombar externa.
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