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Introdução à parasitologia

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Introdução à parasitologia
Principais grupos de parasitos
Parasitismo é toda relação
desenvolvida entre indivíduos de
espécies diferentes em que se
observa, além de associação íntima e
duradoura, uma dependência
metabólica de grau variável. Assim,
parasitologia é a ciência que estuda os
parasitos e as relações parasitárias:
ciclo de vida, doenças, formas de
controle, morfologia, a interação entre
os organismos, entre outros aspectos.
Os principais parasitos humanos são
divididos em três grandes grupos:
Protozoários: Parasitos unicelulares
Helmintos: Parasitos multicelulares
Artrópodes
Protozoários
Os protozoários englobam todos os
organismos protistas, eucariotas,
unicelulares e apresentam as mais
variadas formas, processos de
alimentação, locomoção e reprodução.
Estruturas/ organelas típicas das
formas evolutivas dos protozoários:
● Cinetoplasto: mitocôndria
especializada, rica em DNA;
● Microtúbulos: além de formar o
citoesqueleto, são importantes
na composição de cílios e
flagelos;
● Flagelos e cílios: locomoção do
parasito;
● Corpo basal: base de inserção
de cílios e flagelos;
● Axonema: eixo do flagelo.
De acordo com a locomoção em meio
aquático, os protozoários podem ser
classificados como:
● Ciliados (possuem cílios),
● Flagelados (possuem flagelos),
● Rizópodos (rastejam-se,
mudando a forma do corpo
através da emissão de
pseudópodes)
● Esporozoários (não possuem
organelas locomotoras, nem
vacúolos contráteis)
A reprodução deste grupo de parasitos
é geralmente assexuada, acontecendo
por :
● Divisão binária (clonal);
● Brotamento interno por
● Endodiogenia (por exemplo,
Toxoplasma gondii);
● Esquizogonia (divisão nuclear
seguida de divisão do
citoplasma, constituindo vários
indivíduos isolados
simultaneamente)
No entanto, algumas espécies podem
realizar reprodução sexuada,
havendo, inclusive, troca de material
genético entre um microrganismo e
outro. Existem dois tipos de
reprodução sexuada:
● Conjugação: no filo Ciliophora,
ocorre união temporária de dois
indivíduos, com troca mútua de
materiais celulares (por
exemplo, Balantidium coli);
● Fecundação: união de
microgameta e macrogameta
formando o zigoto, que pode
dividir-se formando os
esporozoítos.
Os helmintos
Os helmintos são conhecidos
popularmente como vermes e vivem
em várias partes do corpo humano.
Podemos dividi-los em três grandes
grupos:
● Nematoides (vermes
redondos), Cestoides (vermes
em forma de "fita" e com o
corpo segmentado) e
● Trematódeos (vermes em forma
de “folha”, achatados e providos
de ventosas)
Os helmintos não possuem sistema
circulatório e respiratório (são
anaeróbios). No aspecto reprodutivo,
eles podem multiplicar-se dentro ou
fora do corpo do hospedeiro.
Existem espécies que são dióicos
(machos e fêmeas)
Os artrópodes
As doenças transmitidas por
artrópodes são responsáveis por
epidemias que constituem importantes
problemas de saúde pública, dentre
elas, doenças como as leishmaniases,
malária, febre maculosa, entre outras.
Existe uma relação estreita entre a
dinâmica da transmissão de doenças
e as características biológicas e
ecológicas desses vetores. A
longevidade, a capacidade
reprodutiva, as preferências
alimentares e os hábitos desses
vetores determinam a importância
relativa do artrópode como
transmissor de uma doença e as
peculiaridades da transmissão (REY,
2008). “Variáveis ambientais como
disponibilidade de água, chuvas,
temperatura, umidade e altitude
podem influenciar no ciclo dos agentes
infecciosos nos artrópodes ou no
desenvolvimento dos próprios vetores”
Insetos hematófagos, durante a
alimentação, transmitem os agentes
infecciosos por inoculação a partir da
pele, diretamente no sangue, como
ocorre com os mosquitos (por
exemplo, em malária e filarioses) e
com os flebotomíneos (no caso de
leishmaniose cutânea e visceral).
Os triatomíneos (vetores da doença de
Chagas), por sua vez, transmitem o
parasito quando defecam e a
inoculação ocorre por contaminação
de mucosas e de área de pele lesada
(porta de entrada) por meio do ato de
coçar (a saliva do barbeiro possui
substâncias que provocam uma
reação de hipersensibilidade).
Os ácaros são ectoparasitos do
homem e levam a quadros clínicos
muito particulares no homem, uma vez
que podem perfurar túneis ou galerias
na epiderme (sarna) ou mesmo se
instalar sobre ela, sugando o sangue
(como, por exemplo, carrapatos).
Essa perfuração, junto a produtos do
metabolismo do parasito e à ação de
sua saliva, gera um prurido intenso, e
o ato de coçar pode abrir portas de
entrada para infecções microbianas
secundárias.
Formas evolutivas dos
parasitos
Protozoários
Os protozoários apresentam grandes
variações morfológicas ao longo dos
seus ciclos de vida e dependem do
meio em que os parasitos estejam
adaptados. Podem ser esféricos,
ovais, alongados e podem possuir
cílios ou flagelos. Dependendo da
atividade metabólica/fisiológica, os
protozoários possuem fases bem
definidas.
● Trofozoíto: forma ativa,
na qual o protozoário se
alimenta e se reproduz
(por diferentes
processos);
● Cisto: forma vegetativa,
de resistência; parasito
secreta uma parede
resistente que o protege
quando em meio
impróprio ou em fase de
latência;
● Gameta: forma sexuada
que aparece entre os
parasitos do filo
Apicomplexa (por
exemplo, Plasmodium
sp., agente etiológico da
malária); o gameta
masculino é o
microgameta; o gameta
feminino é o
macrogameta;
● Oocisto: forma resultante
da reprodução sexuada;
dão origem aos
esporozoítos.
Helmintos
Os helmintos são um grupo
muito diverso morfologicamente
e as variações morfológicas
dependem do habitat, das
condições ambientais e,
principalmente, das condições
fisiológicas do hospedeiro.
Formas evolutivas dos
helmintos.
Ovos: forma de resistência do
parasito com células
germinativas ou larvas no seu
interior; são encontrados
contaminando o ambiente e
apresentam forma infectante
em algumas espécies. Larvas:
possuem morfologia muito
variável, contêm reservas
nutritivas (glicogênio e lipídios)
acumuladas durante a
oogênese e algumas espécies
têm a capacidade de
alimentar-se de
micro-organismos, outras não.
Podem ser encontradas no
ambiente ou no hospedeiro e
apresentar cílios (larvas
natantes). Adultos:
morfologicamente muito
distintos; Podem ser dioicos
(sexos separados) ou monoicos
(hermafroditas).
Artrópodes
Os artrópodes são assim
denominados porque possuem
patas articuladas. Apresentam
exoesqueleto, que garante
proteção, sustentação e impede
a perda de água.
Os insetos são uma classe que
possuem representantes
dotados de asas. Na cabeça,
há um par de antenas e um par
de olhos, além do aparelho
bucal. O tipo de aparelho bucal
relaciona-se ao tipo de
alimentação do inseto.
Possuem desenvolvimento
indireto, passando pelos
estágios de ovo, larva e pupa
— da qual emerge o inseto
adulto.
Especificidade
parasitária: os
hospedeiros
Aquele que alberga o parasito
na sua forma adulta ou
reprodutiva final é denominado
hospedeiro definitivo.
No entanto, enquanto em
alguns ciclos a passagem de
um hospedeiro para outro é
direta, em outros, o parasito
desenvolve suas formas jovens
ou assexuadas em hospedeiros
intermediários até alcançar o
hospedeiro definitivo. Esses
hospedeiros intermediários são
usualmente um molusco ou um
artrópode.
Hospedeiro natural: aquele no
qual o parasito se desenvolve
sem causar-lhe danos, não
sofrendo com o parasitismo, o
que garante a perpetuação da
espécie; funciona como fonte
de infecção para outros animais
ou para o homem.
Hospedeiro anormal: aqueles
que são afetados pelo
parasitismo, adoecendo ou
morrendo em consequência
dele; acredita-se que sejam
hospedeiros que ainda não
desenvolveram mecanismos de
adaptação suficientes para
garantir a perpetuação da
espécie (do parasito).
Hospedeiro acidental (ou
ocasional): aquele em que
raramente ocorre a presença de
determinado parasito, não
podendo, portanto, ser
considerado como um elo
obrigatório do seu ciclo vital.
Hospedeiro paratênico: serve
de refúgio temporário e/ou de
veículo para alcançar o
hospedeiro definitivo, mas não
énecessário para o
desenvolvimento do ciclo de
vida dos parasitos.
Reservatório: hospedeiro que,
sem ser afetado pela infecção,
disponibiliza o parasito para
transmissão a outro.

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