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Aluno: Davi de Aguiar Portela (0001418) Medicina – 3º Período HAM IV Adulto – Semiologia Exame Físico Cardiovascular O exame físico cardiovascular deve ser realizado em local bem iluminado, silencioso, preferencialmente com o paciente colaborativo, acompanhante calado e utilizando-se de um bom estetoscópio para realizá-lo. Divide-se em: inspeção, palpação e ausculta. Inspeção FÁCIE DO PACIENTE Quando a face não é atípica, ela pode ser característica de algumas alterações cardiovasculares, a exemplo de: o Face cushingóide: o paciente tem uma síndrome que aumenta significantemente a pressão arterial; o Face mitral: o paciente pode ter alguma patologia na valva mitral. TIPO DE TÓRAX Observar se o tórax é normal ou atípico, mas também podendo ser: o Tórax em tonel (pectus carinatum); o Tórax cifótico; o Tórax infundibiliforme (pectus excavatum); o Tórax cariniforme. EDEMAS DE MMII Deve-se observar os membros inferiores do paciente, procurando edemas que podem ser: o Bilateral (remetendo a doenças cardíacas, como a ICC) ou unilateral (remetendo à trombose de MMII); o Simétrico ou assimétrico. Também deve-se observar outros aspectos, como o baqueteamento digital, cianose e entre outros. Palpação PULSO ARTERIAL É uma onda de pressão síncrona com o batimento ventricular que pode ser sentido na parede da artéria examinada. Observa-se durante a palpação do pulso: o Localização do pulso (artéria avaliada); o Frequência por minuto (quantas pulsações por minuto); o Ritmo (regular ou irregular); o Amplitude (preservada, diminuída ou aumentada); o Simetria (analisar os 2 lados); o Forma (retangulares, quadráticos, triangulares, senoidais , exponenciais). ICTUS CORDIS: É o impulso sistólico do ápice do ventrículo esquerdo na parede torácica. Ele geralmente: o Localização: encontra-se no 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular e o Extensão: mede até 2 cm de extensão. Em sua palpação, deve-se verificar se há alguma alteração em sua localização e/ou extensão, podendo indicar sobrecarga das câmaras cardíacas. PULSO VENOSO É um movimento suave, difuso e ondulante, na região da jugular direita, que diminui com a inspiração e aumenta com a expiração (compressão abdominal). Ele varia com a postura e é mais bem visto do que palpado, verificando-se com o paciente em decúbito dorsal, a cabeceira elevada em 45º e o pescoço virado de modo a visualizar a jugular direita. Procura-se encontrar alterações, a exemplo da turgência jugular e do sinal de Kussmal. O Sinal de Kussmaul é uma alteração do pulso venoso em que ocorre elevação da pressão venosa durante a inspiração, sendo característico de problemas na circulação pulmonar. No reflexo hepatojugular, realiza-se uma pressão constante na região hepática e observa-se um aumento sustentado maior que 4 cm no pulso venoso, serve para o diagnóstico de Insuficiência cardíaca. Ausculta Realiza-se com o tórax desnudo, deve-se prestar atenção nas bulhas e na presença ou ausência de algum sopro, clicks e estalidos ou atrito pericárdico. Para isso, deve-se auscultar os seguintes focos: Aórtico: 2º espaço intercostal direito na linha paraesternal; Pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal; Aórtico acessório: logo abaixo do foco pulmonar; Tricúspide: 4º espaço intercostal esquerdo linha paraesternal; Mitral: entre o 4º e o 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular Bulhas Deve-se observar a intensidade (normofonese, hipofonese e hiperfonese), se está em dois ou mais tempos e se o seu ritmo está regular ou irregular. o A B1 indica o fechamento das válvulas mitral e tricúspide e marca o início da sístole ventricular; o A B2 indica o fechamento das válvulas aórtica e pulmonar e marca início da diástole ventricular. Além delas, também podem aparecer B3 (galope ventricular) e B4 (galope atrial). Sopros Deve-se observar também a presença ou a ausência de sopros cardíacos, observando se: o São sistólicos ou diastólicos; o Quais os focos que estão audíveis; o Qual sua intensidade – eles podem ter até 6 graus de acordo com a classificação de Levine, em que a partir do grau 4 há a presença de frêmito. Com isso, termina-se a ausculta procurando sons como cliques, estalidos e atrito pericárdico. MANOBRAS DA AUSCULTA Durante a ausculta, pode-se fazer as seguintes manobras: o Flexionar o tronco para frente: inclinar-se para frente para permitir a ausculta de sopros diastólicos aórtico e pulmonar ou atrito pericárdico; o Manobra de Rivero-Carvalho: paciente realiza inspiração forçada, a fim de deixar mais audíveis os sons tricúspides; o Manobra de Valsalva: paciente realiza a expiração forçada, a fim de reduzir a intensidade de sopros em estenose aórtica, estenose pulmonar, estenose tricúspide, e aumentar a intensidade, em casos de prolapso da valva mitral; Exame Físico Normal Exame Físico Cardiovascular Normal Inspeção: face atípica, tórax atípico e ausência de edemas de MMII Palpação: pulso radial com ritmo regular, FC entre 50 a 100 ppm, com amplitude preservada e simétrica., ictus cordis localizado no 4º/5º EICE e pulso venoso preservado com ausência de turgência jugular. Ausculta: bulhas cardíacas normofonéticas e regulares em 2 tempos, com ausência de sopros , cliques, estalidos e atrito pericárdico. Referências: 1. CELMO CELNO PORTO. Semiologia Médica – 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan. 2. LYNN S. BICLEY. Bates – Propedêutica Médica. 11ª Edição. 2015. Editora Guanabara Koogan.