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NOVAS PERSPECTIVAS E FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS DA GESTÃO DE PESSOAS Professora: Me. Patrícia Rodrigues Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Produção de Materiais Editoração Bruna Stefane Martins Marconato Qualidade Textual Produção de Materiais DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; RODRIGUES, Patrícia Fundamentos de Gestão de Pessoas. Patrícia Rodrigues. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 42 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Fundamentos. 2. Gestão. 3. EaD. I. Título. ISBN: 978-85-459-0019-1 CDD - 22 ed. 658.3 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 04 sumário 06| OS NOVOS TRABALHADORES E AS NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 13| GESTÃO E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS EM GESTÃO DE PESSOAS 18| GESTÃO DE TALENTOS E POR COMPETÊNCIAS NAS ORGANIZAÇÕES 25| DESAFIOS E TENDÊNCIAS EM GESTÃO DE PESSOAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentar perspectivas quanto às formas contemporâneas de organiza- ção do trabalho e carreira. • Enfatizar a heterogeneidade de gerações nas organizações atuais. • Abordar o uso de indicadores de RH na prática de gestão de pessoas. • Conhecer os elementos vinculados à gestão de talentos nos ambientes das empresas. • Descrever os principais aspectos da gestão de pessoas no contexto de so- ciedade global e seus principais desafios na atualidade. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Os novos trabalhadores e as novas formas de organização do trabalho • Gestão e avaliação de resultados em gestão de pessoas • Gestão de talentos e por competências nas organizações • Desafios e tendências em gestão de pessoas NOVAS PERSPECTIVAS E FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS DA GESTÃO DE PESSOAS INTRODUÇÃO introdução O contexto atual da gestão de pessoas é “alimentado” por uma série de mudan- ças e perspectivas. É necessário que o gestor de pessoas considere este cenário para que as suas decisões sejam tomadas de maneira mais efetiva e fundamentada. Pensando nisso, as aulas que serão abordadas nesta unidade de estudo representam re- cortes essenciais para uma nova forma de gestão de pessoas nas organizações. A aula 1 apresentará as principais concepções a respeito dos novos trabalha- dores e as novas formas de organização do trabalho. Serão abordadas as novas perspectivas de carreiras e as formas contemporâneas de organização de traba- lho bem como a heterogeneidade de gerações nos ambientes organizacionais. Na aula 2, abordaremos a gestão e avaliação dos resultados em gestão de pessoas, de forma que você, caro(a) aluno(a), possa conhecer um assunto que vem sendo muito discutido pelos profissionais da área que é o uso de indica- dores para avaliação da prática de gestão de pessoas. A aula 3 terá como proposta abordar a Gestão de Talentos e Por Competências nas organizações. Esses assuntos, embora não sejam recentes em suas discus- sões, serão apresentados como formas contemporâneas de “trabalhar” as pessoas nos ambiente organizacionais. Por fim, a aula 4 tratará de alguns desafios e tendências em gestão de pessoas em uma perspectiva global da sociedade. Falaremos da mudança organizacio- nal, dos desafios enfrentados pela área de gestão de pessoas e de temas como: gestão do conhecimento, aprendizagem, diversidade e responsabilidade social. Espero que ao finalizar os estudos você esteja apto(a) a desenvolver novos conhecimentos na área de gestão de pessoas. Bons estudos e reflexões! Pós-Universo 6 Quando nos propomos a discutir o tema trabalho na contemporaneidade, novas perspectivas para o trabalhador e para o trabalho em si começam a surgir. Nesta aula, essas novas perspectivas serão tratadas sob duas vertentes: a primei- ra, que abordará as características desses novos trabalhadores e as novas relações de trabalho; e a segunda, em que serão retratadas as principais formas contemporâneas de organização do trabalho, fazendo um viés com o desenvolvimento da carreira. Os novos trabalhadores e as novas relações de trabalho Como sabemos, caro(a) aluno(a), a sociedade atual perpassa e continua sendo in- fluenciada por transformações das mais diversas ordens, como tecnológicas, sociais e humanísticas. Tais transformações repercutem diretamente nas estruturas e modelos de gestão das organizações e, consequentemente, na vida dos trabalhadores. OS NOVOS TRABALHADORES E AS NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Pós-Universo 7 De acordo com Marras (2011), em decorrência dos acontecimentos históricos da era pós-moderna, as organizações atuais vivenciam uma experiência que pode ser considerada inédita, que são as mudanças drásticas nas áreas econômica, tecnológi- ca e de mercado. Tais mudanças – principalmente as de mercado – têm exigido uma nova postura dos trabalhadores, que se percebem envoltos por verdadeiros exercí- cios de criatividade e coragem para enfrentar essas mudanças que são de magnitude e velocidades exacerbadas. E como ficam os nossos trabalhadores nesse contexto? Também em um proces- so de transformação contínuo e acelerado, caro(a) aluno(a). O trabalhador do século XXI é um trabalhador “exigido” em todas as suas facetas. E não é tarefa fácil para os gestores de RH conduzir esse novo grupo de trabalha- dores nas organizações. Segundo Marras (2011), o atual momento pede uma visão renovada sobre a forma de administrar os trabalhadores, em que a área de RH deixa de ser somente prestadora de serviços, passando a ser um centro de inteligência da organização. Pede-se assim um novo enfoque do gestor da área de RH. Isso porque, de acordo com Melo, Mageste e Mendes (2006), havendo mudanças nos mais diversos contex- tos que envolvem os grupos sociais e profissionais de uma organização, é necessário mudar também os seus padrões de gerenciamento e, consequentemente, as com- petências organizacionais desejáveis. Asseveram Melo, Mageste e Mendes (2006) que este novo papel de gestão, de caráter ideológico, é visto também como um facilitador da construção de um uni- verso que vá em direção dos objetivos organizacionais ao mesmo tempo em que propicia significado ao trabalho humano. Notamos assim que os trabalhadores e as organizações do atual mundo do tra- balho exigem um novo posicionamento dos gestores que atuam nessas estruturas. E não há como se esquivar desse cenário. As transformações do atual mundo do trabalho e do trabalhador afetam di- retamente o papel dos gestores de pessoas nas organizações. E você, está realmente preparado(a)? Fonte: autor reflita Pós-Universo 8 Chegamos a um cenário que suscita novos relacionamentos entre empregado e em- pregador. Esses novos relacionamentos são delineados por novas formas de relação de trabalho e emprego entre as partes envolvidas. Segundo Maximiano (2014), as relações de trabalho compreendem todas as pos- sibilidades de relação entre pessoas que contratam e são contratadas, mesmo que não caracterize vínculo empregatício, os contratosde prestadores de serviço, por exemplo. Já as relações de emprego – que fazem parte das relações de trabalho – são os vínculos estabelecidos entre empregados e empregadores. O que notamos então é que o atual cenário do mundo do trabalho é embebido tanto por relações de emprego quanto por relações de trabalho, sendo necessário que saibamos gerir este contexto sob dois enfoques: (1) enquanto gestor de pessoas, (2) enquanto trabalhadores que integram este novo momento. Para que fique mais clara essa diferença entre as relações de emprego e as de trabalho, Maximiano (2014) diz que, no Brasil, a relação de emprego ocorre pela for- malização do contrato de trabalho, estabelecendo-se assim uma troca de natureza econômica, ou seja, o trabalho por salário. As relações de trabalho, que normalmente estão inseridas nas de emprego, são relações entre as mais diversas partes envolvi- das em uma situação de trabalho, como relações entre fornecedores clientes, por exemplo. O desafio aqui, caro(a) aluno(a), está em compreender essas relações de traba- lho e de emprego, principalmente sob a ótica do gestor de pessoas. É necessário reconhecer que o trabalhador está “diferente”, mais intelectualizado, mais informado e com novos horizontes. É necessário considerar o contrato psicológico de trabalho como elemento essencial para a boa condução dessas relações. Contrato psicológico: conjunto de expectativas implícitas entre emprega- do e empregador, que não constam no contrato formal nem nas descrições de cargos. Fonte: Maximiano (2014). quadro resumo Pós-Universo 9 E a partir dessa compreensão, chegar ao reconhecimento de necessidade de mudança para lidar com esses novos trabalhadores que têm, inclusive, novas perspectivas e percepções de carreira, que vamos tratar a seguir. Perspectivas de carreira da atualidade e a diversidade nos ambientes organizacionais Como vem sendo apresentado em nossas discussões, caro(a) aluno(a), as transforma- ções ocorridas na sociedade e, de maneira mais específica, no mundo do trabalho têm impactado, e muito, a vida dos trabalhadores. Segundo Oltramari (2011), ao longo dos tempos, o desenvolvimento da carreira de um profissional obedecia a certo padrão. A carreira era caracterizada como uma progressão linear e vertical, em busca da maior estabilidade no emprego e da pro- gressão profissional ao longo de uma vida sendo tutelada pela organização. Nos tempos atuais do mundo do trabalho, a carreira, que era tradicionalmen- te construída de maneira linear nas estruturas organizacionais, hoje está atrelada ao “posicionamento” do indivíduo diante da história que deseja construir enquanto pro- fissional. O indivíduo passa a assumir também a responsabilidade por sua ascensão profissional (OLTRAMARI, 2011). Percebemos assim, caro(a) aluno(a), que a carreira passa a assumir um sentido de autogestão, ou seja, cada indivíduo torna-se responsável pela sua ascensão pro- fissional, enquanto as organizações assumem um papel de “corresponsabilidade” nesse processo. Mas por que um papel de corresponsabilidade? Apresento aqui as organizações como corresponsáveis, caro(a) aluno(a), pois são elas que podem oferecer incentivos para que as pessoas evoluam em suas carreiras profissionais. Pós-Universo 10 Contudo, é o indivíduo o maior responsável atualmente por sua evolução profis- sional. É ele que deve escolher entre “ficar ou sair” de sua situação profissional atual e traçar novas perspectivas. A carreira então se torna dissociada da ascensão do in- divíduo em uma única estrutura hierárquica, que são as carreiras organizacionais, tornando-se individuais, ou seja, abarcam uma série de decisões que têm como cerne principal o próprio trabalhador. Assim, notamos uma diminuição dos empregos da forma tradicional, em que prevalecia a estabilidade, tendo como contraponto o surgimento de novas práticas e concepções que são agregadas a uma nova figura de trabalhador, que se torna “dono de si” no que diz respeito à evolução profissional. Outro ponto que merece destaque ao abordar o atual mundo trabalho é a diver- sidade cada vez mais percebida nos ambientes das empresas. Esta diversidade pode ser explicada por variáveis, como sexo, cultura, experiência profissional, formação teórica e prática, idade, dentre outros fatores que fazem do ambiente organizacio- nal tão heterogêneo. As diferentes gerações, por exemplo, estão cada vez mais presentes nos am- bientes das empresas, e isso se torna – ao mesmo tempo em que é positiva – uma preocupação para os gestores. As diferentes gerações presentes nos ambientes organizacionais carregam por um lado a positividade em função da diversidade, integração e vivência com pers- pectivas diferentes, mas por outro lado podem acarretar também em desequilíbrios e conflitos, visto que diferentes gerações estabelecem diferentes formas de relação com os ambientes em que estão inseridas (LADEIRA; COSTA; COSTA, 2013). Várias são as nomenclaturas para “desenhar” o perfil dos profissionais pertencen- tes a cada geração, tais como, geração X, Y, Z, Baby Boomers etc. Essas são formas de delinear cronologicamente o período de nascimento desses profissionais, como também identificar os fatores que influenciaram em seu processo de formação. E onde está o desafio? Conduzir essas diferentes perspectivas nos contextos organi- zacionais e sociais. Pós-Universo 11 Ainda abordando a questão da diversidade, Siqueira e Andrade (2012) discutem a compreensão do universo gay no ambiente de trabalho e o desenvolvimento de políticas afirmativas e inclusivas nesses ambientes. Esses autores realizam um estudo no setor bancário, apontando elementos que venham colaborar para um processo de sensibilização e conscientização relaciona- do à inclusão sócio-organizacional do indivíduo gay. “A ideia é que partir do diálogo entre teoria e prática, possam ser elencados elementos que propiciem um ambien- te de trabalho mais plural” (SIQUEIRA; ANDRADE, 2012, p. 100). Asseveram Siqueira e Andrade (2012) que atualmente as empresas já promovem ações que contribuem para esta questão da diversidade. Ações estas, como a conces- são de planos de saúde a parceiros de funcionários homossexuais e punição a atos homofóbicos, suscitam um ambiente mais seguro para o indivíduo gay no mundo do trabalho, resultando em relações de trabalho mais inclusivas. Outro ponto abordado nas discussões sobre diversidade que se faz necessá- rio citar, caro(a) aluno(a), é questão de gênero. Sabemos da expansão das mulheres no mercado de trabalho, mas esta ainda é uma questão que causa certo incômodo para alguns públicos. E sabem por quê? Devido à relação de hierarquia e hegemo- nia entre as masculinidades. De acordo com Eccel e Alcadipani (2012), a masculinidade consiste em uma noção socialmente construída e pode ser vista como uma significação social que aponta para uma série de comportamentos de regime classificatório, ou seja, opera entre homens e mulheres, possibilitando assim hierarquias e diferenças de poder entre eles. Um exemplo disso seria a presença de mulheres ocupando os mais diversos tipos de cargos, inclusive aqueles que eram vistos anteriormente como exclusivamente masculinos. É algo presente no mundo do trabalho, mas que nem sempre é aceitá- vel tão naturalmente, principalmente se adentrarmos aos universos das mais diversas culturas. “[...] alguns comportamentos são valorizados ou extintos de acordo com as significações recebidas” (ECCEL; ALCADIPANI, 2012, p. 54). Pós-Universo 12 Asseveram Eccel e Acadipani (2012) que o próprio universo da Administração é um exemplo disso. A história da Administração é pautada em figuras do sexo mas- culino em busca de atividades racionais, objetivas e com produtividade maximizada. Ao longo dos tempos, a maioria dos gestores das organizações dos mais diversos países é homem, então, ao ponto de que as mulheres, quando passam a ocuparesses cargos de comando, são percebidas como “fora do lugar”. Quantos desafios esse novo mundo do trabalho nos propõe, não é mesmo? E ainda podem ser citados a divisão sexual do trabalho intelectual, a questão de tra- vestis e transexuais no mundo do trabalho, as pessoas com necessidades especiais e tantos outros assuntos que compõem este ambiente heterogêneo que estamos vivenciando. Sendo assim, torna-se fundamental que os gestores das organizações estejam preparados para atuar neste cenário. É necessário, além de gerenciar o ambiente interno, conhecer as expectativas dos indivíduos das equipes para, assim, gerenciá- -los alinhadamente com as expectativas organizacionais, não deixando de lado o fato de que pessoas com idades diferentes têm também objetivos diferentes. Asseveram Ladeira, Costa e Costa (2013) que, nos dias de hoje, um dos grandes desafios das organizações é justamente lidar com os grupos heterogêneos constituí- dos em decorrência das diferentes características das pessoas atuantes no mercado de trabalho. É necessário um trabalho de orientação e treinamento no que diz res- peito ao relacionamento interpessoal, e ainda, monitoramente de atividades, para assim obter harmonia neste contexto. Vivemos assim um novo momento do mundo do trabalho. E esse novo recorte pede uma nova perspectiva de gestão, principalmente dos gestores de pessoas. Pós-Universo 13 Ao tratar sobre novas perspectivas na Gestão de pessoas, é necessário considerar como os processos e/ou práticas de gestão de pessoas podem ser avaliados nas organizações. Sendo assim, esta aula compreende o uso de indicadores de RH na prática de gestão de pessoas, enfatizando o uso do Balanced Scorecard pelas organizações na atualidade. O uso de indicadores de RH Compreendemos como indicadores instrumentos de avaliação que permitam quantificar os resultados alcançados em contextos específicos de gestão, no intuito de contro- lar, acompanhar e melhorar a qualidade e/ou desempenho ao longo de um processo. GESTÃO E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS EM GESTÃO DE PESSOAS Pós-Universo 14 Mas como fazer isso quando se trata de gestão de pessoas? Como “traduzir” ques- tões subjetivas em dados quantitativos que permitam melhorar a prática de GP nos contextos organizacionais? De acordo com Pomi (2002), a mensuração de resultados em gestão de pessoas tem deixado de ser um “mito” no contexto das organizações. Fato este que tem possi- bilitado a ampliação da comunicação e credibilidade da GP dentro das organizações, ao mesmo tempo em que evidencia a sua influência nos resultados organizacionais. A autora aponta alguns indicadores que podem dar suporte à tomada de decisão nos ambientes organizacionais, ao mesmo tempo em que mensura aspectos impor- tantes para adequada gestão de pessoas nesses ambientes. Vejamos estes indicadores destacados por Pomi (2002) a seguir: a. Indicadores de rotatividade e absenteísmo: tornam-se suporte para avaliar a flutuação – entradas e saídas – dos empregados na empresa ou em departamentos específicos. Tal avaliação pode servir de subsídio para a identificação de problemas nas relações e/ou condições de trabalho, re- clamações trabalhistas, problemas de remuneração, dentre outros. b. Indicadores de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais: mostram-se essenciais na preservação da saúde e da dignidade do traba- lhador, e influenciam diretamente em sua produtividade. c. Indicadores do clima organizacional: podem auxiliar na compreensão do grau de satisfação, integração e disposição dos empregados nos am- bientes de trabalho. d. Indicadores voltados às relações trabalhistas: fornecem informações para questões trabalhistas e sindicais, que envolvem trabalhadores diretos e terceirizados. e. Indicadores de treinamento: permitem avaliar os investimentos financei- ros, o tempo e a qualidade dos processos de capacitação dos trabalhadores, permitindo avaliar os conhecimentos e competências dos trabalhadores. Notamos assim, caro(a) aluno(a), que os indicadores de RH permitem uma identi- ficação da relação existente entre as práticas de GP com as estratégias e objetivos organizacionais. Pós-Universo 15 Corroborando tais afirmações, França (2009) afirma que a avaliação de resultados em GP torna-se uma prática de avaliação/julgamento sobre o alcance dos objetivos da gestão de pessoas com o uso eficiente dos recursos. E a área de RH vem sendo reconstruída justamente por anteriormente ter baixa atuação estratégica na maioria das organizações. E sob essa perspectiva, aumenta a importância do uso de parâmetros de avaliação para os investimentos feitos pelas organizações em gestão de pessoas (FRANÇA, 2009). Notamos assim, caro(a) aluno(a), que o gestor de pessoas precisa estar atento para identificar qual indicador se adapta melhor ao momento e contexto que se deseja avaliar. Fórmulas de indicadores de RH Calcular os índices de RH nem sempre é tarefa fácil. É necessário que os profis- sionais do órgão de RH estejam atentos e alinhados com os demais gestores da organização. Assim será possível traduzir em números os “acontecimentos” relacionados aos trabalhadores que compõem a estrutural organizacional. O link abaixo apresenta algumas formas de calcular índices que podem ser transformados em indicadores de RH para as empresas. Disponível em:<http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Formulas- -Dos-Indicadores-Recursos-Humanos&idc_cad=rerfmdb6d>. Acesso em: 17 ago. 2014. saiba mais O Balanced Scorecard (BSC) utilizado na Gestão de pessoas Em busca da mensuração de resultados em gestão de pessoas, o BSC tem sido uma ferramenta muito utilizada nesta área. Vamos entender o que é tal ferramenta. O Balanced Scorecard (BSC) representa um método de avaliação de desempe- nho da performance empresarial. Foi proposto na década de 1990 pelos professores Robert S. Kaplan e David P. Norton da Harvard Business School como uma forma de monitorar as atividades da empresa no alcance da estratégia empresarial (KAPLAN E NORTON, 2004). Pós-Universo 16 A figura 1, apresentada a seguir apresenta as perspectivas do BSC. Cliente: criação de valor e diferenciação sobre a perspectiva do cliente. Financeira: estratégia de conhecimento, rentabilidade e risco. Aprendizado e crescimento: disponibilidade para a mudança organizacional, inovação e crescimento. Processos internos: estratégias de negócios voltadas à satisfação para os clientes e acionistas. Objetivos e estratégia da empresa Figura 1: Perspectivas do BSC Fonte: adaptada de Kaplan e Norton (2004) Segundo o seus proponentes, o BSC tem o intuito de traduzir a missão e estratégia da empresa em objetivos e medidas manifestados por meio de indicadores que possam informar os membros da organização sobre os vetores do sucesso atual e do futuro. A partir do momento em que se articulam resultados desejados pela empresa, com os vetores destes resultados, torna-se possível focar melhor as atividades, canalizan- do assim habilidades e conhecimentos específicos dos membros da organização para alcançar os objetivos a longo prazo (KAPLAN; NORTON, 2004). Desta maneira, os executivos corporativos tornam-se capazes de medir como as suas unidades de negócio criam valor para os clientes atuais e futuros, ao mesmo tempo em que conseguem manter o interesse no desempenho financeiro. Essa era a proposta do BSC, de acordo com Kaplan e Norton (2004). Diante de tal contexto, notamos que a ferramenta BSC tem uma proposta de (1) analisar a situação atual da empresa, no que diz respeito ao cumprimento de seus objetivos estratégicos; (2) descrever o desempenho identificando as falhas existen- tes; e (3) traçar as necessidades de adequação para objetivos futuros. Mas como essa ferramenta pode ser utilizada na gestão de pessoas? Pós-Universo 17 De acordo com França (2009), a utilização do BSC na gestão de pessoas leva ao desenvolvimento de práticas deGP que agreguem valor para a empresa. Assim, o órgão de RH deve considerar os processos desenvolvidos na empresa – recrutamen- to e seleção, remuneração, treinamento etc. – percebendo que estes têm impacto no comportamento dos funcionários, influenciando assim a excelência da empresa no mercado. Complementando essa informação, Mascarenhas (2008, p. 247) diz que o BSC “permite alinhar dimensões da função GP da empresa aos seus objetivos de longo prazo, por meio do uso de indicadores quantitativos”. O que contraria o mito de que é impossível mensurar a gestão de pessoas. Um exemplo disso seria avaliar o quanto os programas de capacitação da empresa apresentam um alinhamento adequado com a estratégia da organização. Esse pro- cesso poderia ser avaliado, inclusive, a partir das perspectivas do BSC propostas na figura 1. O mais importante aqui, caro(a) aluno(a), é compreender por meio da arquitetu- ra do BSC como esses processos podem ser projetados de forma a trazer resultados satisfatórios e alinhados com a estratégia empresarial. O uso de indicadores proporcionou o alinhamento com o planejamento es- tratégico para uma representante de uma cooperativa de Planos de saúde no Espírito Santo, garantindo destaque e premiação em Excelência em Gestão. Já há 19 anos, o compromisso da alta direção com seu modelo de gestão estratégico resultou em reconhecimento nacional e internacional. Em 2007, a representante da cooperativa em Vitória entrou para o Balanced Scorecard Hall of Fame for Executing Strategy, tendo seu estudo de caso publica- do na Harvard Business Publishing, além da citação no livro “A Execução Premium”. No ano passado (2013), foi reconhecida como destaque ganhando prêmio de Excelência em Gestão e Selo de Ouro de Governança Corporativa. Acesse o link abaixo para conhecer este caso de sucesso: <http:// www2.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/cases-de-sucesso/ veja-como-a-alta-direcao-da-unimed-vitoria-envolve-toda-a-organizacao- -no-planejamento-estrategico>. Acesso em: 17 ago. 2014. fatos e dados Pós-Universo 18 Nesta aula, vamos abordar a gestão dos talentos organizacionais como uma das es- tratégias mais promissoras e vantajosas para uma organização. Tal abordagem, que tem como premissa maior o aproveitamento adequado do potencial dos colaboradores de uma estrutura organizacional, tem caráter estratégico, que é um dos enfoques da GP nos dias atuais. Assim, para que a gestão de talentos realmente ocorra, propõe-se o uso da gestão por competências como ferramenta estratégica de negócio. É sob esses dois enfoques que esta aula se desenvolve. Vamos lá! GESTÃO DE TALENTOS E POR COMPETÊNCIAS NAS ORGANIZAÇÕES Pós-Universo 19 A gestão de talentos nas organizações O novo momento vivenciado pelas organizações e pela área de gestão de pessoas demanda uma nova perspectiva no trato das pessoas nas estruturas organizacio- nais. Segundo Chiavenato (2010), as mudanças ocorridas nas empresas representam, acima de tudo, mudanças culturais e comportamentais que transformam o papel das pessoas que dali fazem parte. Neste novo contexto, os gerentes de linha passam a assumir novas tarefas além das operacionais e a adquirir habilidade técnicas e conceituais para atuarem junto às suas equipes de trabalho. “Não se trata de mudar apenas o órgão de ARH, mas prin- cipalmente o papel dos gerentes de linha para que o processo de descentralização e delegação possa ser bem sucedido” (CHIAVENATO, 2010, p. 50). Assevera Chiavenato (2010) que frente a esta nova perspectiva está a necessidade de gerir o talento humano nas organizações. O autor define o talento humano como o grande diferencial competitivo que uma pessoa detém e a valorize que envolve quatro aspectos essenciais que formam a competência individual, conforme segue: 1. Conhecimento: representado pelo saber. 2. Habilidade: representado pelo saber fazer. 3. Julgamento: capacidade de saber analisar a situação e o contexto, ponde- rando com equilíbrio e definindo prioridades. 4. Atitude: capacidade de fazer acontecer, levando a pessoa a alcançar autor- realização do seu potencial. Diante dessa noção do que é o talento, de acordo com o autor Chiavenato (2010), notamos que os gestores de pessoas nos ambientes organizacionais têm a tarefa de identificar essas características em suas equipes, em busca de pessoas em potencial para a organização como um todo, conduzindo as organizações à gestão do capital humano. Sendo assim, é necessário que os ambientes organizacionais sejam “estimulado- res” dos talentos humanos, valorizem os seus colaboradores e criem contextos de trabalho suscetíveis ao surgimento de pessoas com diferenciais competitivos. Mas como tornar o ambiente organizacional apto a gerir o talento humano? Pós-Universo 20 Reforço aqui a necessidade de os gestores de pessoas das organizações conhece- rem as práticas contemporâneas de gestão de pessoas, para que assim desenvolvam processos que realmente estejam alinhados com as expectativas e objetivos de suas equipes. Segundo Chiavenato (2010, p. 55), “não se trata mais de lidar com pessoas e transformá-las em talentos apenas, mas também do contexto onde elas trabalham”. Complementando as nossas discussões, a autora Gramigna (2012) afirma que no atual contexto das organizações é necessário que os gestores discutam, reflitam e identifiquem sobre os fatores que atraem um profissional para o seu ambiente de trabalho. Face a isso, as práticas de gestão de pessoas precisam ser continuamente repensadas, para que esta área seja vista como um centro de resultados na gestão de competências e talentos. Assevera Gramigna (2012) que essa geração de resultados precisa ser apoiada por um processo de gestão efetivo na empresa, pois em muitos momentos haverá a necessidade de mudança dos processos de RH, em busca de um realinhamento com as estratégias da empresa. A autora apresenta ainda algumas questões relevantes para a implementação da gestão de talentos em uma organização, que são apresentadas a seguir: • Quem são os profissionais que fazem parte da organização e quais as suas habilidades? • A empresa tem uma estratégia que permite aproveitar o potencial das pessoas? • A empresa está investindo nas pessoas certas? • Quem necessita de treinamentos? • No quadro de colaboradores, dispõem-se das competências essenciais para atingir os objetivos do negócio? • O que é necessário mudar para maximizar os esforços individuais na busca de novas competências? • O retorno do investimento em treinamentos é verificado e medido? De que maneira? Pós-Universo 21 Essas são algumas das questões que podem ser respondidas pelos gestores das orga- nizações ao optar por um modelo de gestão de talentos em sua estrutura, de acordo com Gramigna (2012). Note, caro(a) aluno(a), que as questões apresentadas funcionam como diretrizes norteadoras no levantamento/diagnóstico do modelo de gestão de pessoas prati- cado na empresa. Profissionais e autores da área interligam os conceitos de gestão de talentos ao desenvolvimento da gestão por competências. Assunto este que abordaremos na sequência. Estamos abordando aqui uma proposta para gestão contemporânea das pessoas nas organizações. Falar em talento é bom, mas antes é necessário preparar a organização para este “novo momento”. Elaborado pela autora. atenção Gestão por competências: uma “ferramenta” estratégica Antes de abordar a gestão por competência, vamos conhecer a noção do desenvol- vimento do conceito de competências. Segundo Fleury e Fleury (2002), competência pode ser vista como um termo genérico que designa uma pessoa qualificada ou não para realizar algo. Quando a pessoa é vista, então, como não detentora da competência, isso toma um efeito pe- jorativo e depreciativo. Entre os profissionais de gestão de pessoas, o termo competência tem sido tratado como um conjunto de conhecimento, habilidades e atitudesque se relacionam com o desempenho de uma pessoa e afetam a maior parte do seu trabalho. Essa compe- tência pode ser mensurada, se comparada a padrões estabelecidos, como também desenvolvida por meio de capacitação (FLEURY; FLEURY, 2002). Pós-Universo 22 De acordo com Dias et al. (2012), a expressão “competência” tem ao menos duas perspectivas: (1) uma dimensão estratégica voltando-se ao desenvolvimento da com- petitividade; e (2) uma dimensão de práticas de gestão de pessoas. E é nessa segunda dimensão que vamos focar as nossas discussões. Quando a expressão competência volta-se a práticas próprias de gestão de pessoas, estamos falando de processos como seleção, desenvolvimento, avaliação e remuneração, sempre por competências. São expressões comumente citadas pelos gestores organizacionais no atual contexto das empresas. Mas a que se propõe um modelo baseado em competências para as organizações? Segundo Dias et al. (2012), a transição das organizações para o conceito de com- petências pode ser ligada à necessidade da área de gestão de pessoas se adaptar a mudanças estruturais nas formas de organização do trabalho. Mudanças como a nova natureza do trabalho, flexibilidade, multifuncionalidade, por exemplo, estimu- lam as organizações a encontrarem novas formas de referência para a organização do trabalho que sejam compatíveis com o novo cenário vivenciado. Você sabe o que é o CHA? Tendo tornado conceito-chave na gestão por competências, o CHA diz respeito ao “Conhecimento, Habilidades e Atitudes” necessárias a um profissional para a execução de uma função/atividade. Alguns profissionais propõem variações para a expressão, complementando o cerne original com outros comportamentos necessários aos profissionais para o exercício de funções específicas. O link abaixo apresenta informações sobre o CHA e a gestão por competên- cias nas organizações. disponível em:<http://www.rhportal.com.br/artigos/ rh.php?rh=O-Que-Sao-Competencias?&idc_cad=6c2xd82ai>. Acesso em: 17 ago. 2014. saiba mais Esclarecida a vertente das competências de que vamos tratar, que é a de gestão de pessoas, podemos voltar a discutir a implementação de um modelo de gestão por competências nas organizações. Pós-Universo 23 Segundo Gramigna (2012), a gestão por competência pode ser definida como um conjunto de ferramentas, instrumentos e processos metodológicos alinhados à gestão estratégica de pessoas. Esse conjunto de ferramentas, instrumentos e proces- sos é delineado por um mapeamento minucioso realizado de modo a identificar se as pessoas que compõem a estrutura organizacional têm as competências necessá- rias à sua sobrevivência, crescimento e competitividade. A autora Gramigna (2012) divide as competências em três grupos: diferenciais, essenciais e básicas. As competências diferenciais são aquelas que estabelecem vanta- gem competitiva para a empresa. As competências essenciais são definidas como as mais importantes para o sucesso do negócio e devem ser percebidas pelos clientes. As competências básicas são as necessárias para manter a organização funcionando. Assevera Gramigna (2012) que a implementação de um modelo de gestão por competências, no geral, ocorre por etapas que podem ser simultâneas ou passo a passo. A identificação das etapas pode variar, contudo, a seguir, serão apresentadas as principais para a implementação desse modelo de gestão de pessoas: • Sensibilização: é um momento essencial que busca o envolvimento e a adesão das pessoas-chave da organização. É neste momento que se busca o comprometimento para a implementação do modelo. • Definição de perfis (mapeamento da estrutura organizacional): é o momento em que se definem as competências essenciais e básicas para cada grupo de funções, para assim delinear os perfis de seus ocupantes. • Avaliação do potencial e criação do banco de talentos (mapeamento das pessoas): nesta fase que haverá uma avaliação das pessoas que compõem o quadro de colaboradores, considerando os seus talentos, potencialida- de e pontos falhos. • Capacitação: mapeados os talentos humanos, parte-se à premissa básica do modelo de competências, que é o potencial ilimitado de desenvolvimento humano. As pessoas da organização são distribuídas em grupos distintos de acordo com as suas características (competências) profissionais, para que sejam devidamente desenvolvidas. • Gestão do desempenho: é o momento em que o ciclo do programa de competências se fecha, chegando a um momento de avaliação e gestão do desempenho por meio da mensuração de resultados. Pós-Universo 24 Tais etapas propostas por Gramigna (2012) para a implantação de um modelo de gestão por competências são alicerçadas em atividades que abrangem: reuniões pe- riódicas, envolvimento dos gerentes de linha, envolvimento da diretoria da empresa e pessoas-chave, workshops e seminários para esclarecimento sobre a metodologia e definição adequada de responsabilidades e papéis. Destaco ainda que a implantação da gestão por competências em uma organi- zação prevê um processo que exige muita dedicação do seu proponente. Quanto melhor delineado for o programa implementado, melhores serão os resultados obtidos ao se adotar esta ferramenta estratégica. Espero que você tenha aprimorado os seus conhecimentos sobre tal ferramen- ta. Vamos à próxima aula que abordará os desafios e tendências da área de gestão de pessoas. Pós-Universo 25 Nesta aula, trataremos de alguns elementos que causam inquietações, curiosidade e estimulam a criatividade dos gestores de pessoas, que são os desafios e tendên- cia para a área. Nossas discussões serão pautadas em dois blocos: (1) mudança organizacional e gestão de pessoas; e (2) a sociedade global e os novos parâmetros da gestão de pessoas. Vamos a eles! DESAFIOS E TENDÊNCIAS EM GESTÃO DE PESSOAS Pós-Universo 26 Mudança organizacional e gestão de pessoas Caro(a) aluno(a), sabemos que o atual contexto das organizações perpassa por uma série de transformações. Mas paramos para pensar o quanto tais transformações re- percutem sobre a maneira de conduzir os trabalhadores de uma organização? Segundo Chiavenato (2010), a mudança tornou-se um aspecto essencial da cria- tividade e da inovação nas organizações atuais, que pode ser percebido nas mais diversas vertentes, como: nas pessoas, nos clientes, nos produtos e serviço, na tec- nologia, no tempo e no clima. Percebemos assim que a mudança tornou-se uma característica da modernidade. Chiavenato (2010) expõe que tal resistência é decorrente do fato de que a maior parte das organizações foi estruturada dentro de padrões de estabilidade e perma- nência, seguindo um modelo tradicional inspirado em organizações industriais do início do século XX. Como hoje os tempos são outros e os ambientes empresariais tornaram-se espaços de crescente mudança e instabilidade ambiental, o antigo modelo de gestão foi co- locado em “xeque”. “O ambiente que circunda as organizações tornou-se instável e imprevisível e o modelo tradicional simplesmente não funciona nessas condições” (CHIAVENATO, 2010, p. 394). Mas por que tratar da mudança organizacional em uma perspectiva de gestão de pessoas? De acordo com Mascarenhas (2008), a gestão de mudanças tem uma perspecti- va alinhada com a integração da função de gestão de pessoas ao desenvolvimento organizacional. Seria tarefa dos profissionais dessa área desenvolver a capacidade de a empresa assimilar a necessidade de mudança contínua, realizá-la e desenvolver- -se por meio dela. Notamos assim, caro(a) aluno(a), que as empresas precisam estar preparadas e aptas a enxergar as novas necessidades de seus trabalhadores, para que assim possam se adequar a este novo momento vivenciado por eles. E ao pensar sobre as intenções estratégicas da organização, as mudanças poderiam ser formuladas e implantadas por meio de processos de negociação, integrando os mais diversosgrupos da orga- nização, as suas interpretações e as suas necessidades (MASCARENHAS, 2008). Pós-Universo 27 Dentro deste contexto de mudança, complementa Chiavenato (2010) que atual- mente é necessário trabalhar na gestão do conhecimento corporativo, já que tudo passa a depender do conhecimento, como o pensar, o raciocinar, o decidir e o fazer. E a gestão adequada deste conhecimento leva à produção de informação estrutu- rada e capaz de gerar e agregar valor. A gestão do conhecimento, que é tema relevante quando se aborda a mudança organizacional, pode ser vista como um processo por meio do qual as organizações geram valor a partir do seu capital intelectual (CHIAVENATO, 2010). E quem forma este capital intelectual? As pessoas, os talentos que compõem a organização. Percebemos assim a necessidade de envolvimento principalmente dos gesto- res de pessoas para que conduzam este processo adequadamente, aproveitando o máximo do seu capital intelectual, e, principalmente, fazendo-o aumentar ainda mais. Para isso, é necessário: (1) criar uma infraestrutura administrativa de conhe- cimento, (2) construir uma cultura do conhecimento e (3) administrar resultados (CHIAVENATO, 2010). Note que não é tarefa fácil, mas a partir do momento em que se assume essa postura de gestão, basta buscar as ferramentas adequadas e colocá-las em prática. Assim, a organização não estará apenas valorizando e enriquecendo o seu capital intelectual, como também estará entrando em um processo de aprendizagem or- ganizacional, onde todos os envolvidos trocam experiências e conhecimento de maneira mútua. Organizações que aprendem As organizações que aprendem são marcadas pela criatividade e inovação, e pela sua capacidade contínua de se adaptarem e mudarem. O concei- to foi trabalhado pelo autor Peter Senge no livro a Quinta Disciplina. Mas como transformar a empresa em uma organização que aprende? É neces- sário criar um ambiente de mudança, ampliar perspectivas, desenvolver conversas reflexivas etc. O link abaixo trata sobre esse assunto: <http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/colunistas/arthur-diniz/como- -transformar-a-sua-empresa-numa-organizacao-que-aprende>. Acesso em: 17 ago. 2014. saiba mais Pós-Universo 28 A sociedade global e os novos parâmetros da gestão de pessoas Ao longo de nossas discussões, foi possível reconhecer o ambiente de modificações pelo qual perpassa a gestão de pessoas. Mas paramos para pensar como a gestão de pessoas está associada à globalização, que é um tema tão discutido quando se aborda as organizações? Segundo Maximiano (2014, p. 30), “no início do século XXI, administrar pessoas significa administrar pessoas na sociedade globalizada”. O que o autor propõe é que de nada adianta discutir e conhecer as práticas mais inovadoras de gestão de pessoas se o momento histórico da sociedade global for desconsiderado. Dentro dessa perspectiva da sociedade global, propõe-se que os processos de gestão de pessoas e práticas de RH sejam analisados frente ao pano de fundo da glo- balização. E esta tarefa de entender e saber trabalhar no contexto da globalização tem se tornado em competências típicas para os profissionais de gestão de pessoas nos dias de hoje (MAXIMIANO, 2014). A questão da diversidade cultural, por exemplo, é cada vez mais discutida e pre- sente no contexto das organizações. Segundo Mascarenhas (2008), o enfoque na diversidade cultural surgiu de uma necessidade de conscientização crescente em setores diversos de algumas sociedades, em decorrência das desigualdades e injusti- ças que caracterizavam as estruturas sociais e, consequentemente, as organizacionais. Assevera Mascarenhas (2008) que gerir a diversidade significa atuar em prol da construção de um ambiente de justiça social em que todos tenham suas necessi- dades e identidades respeitadas, desenvolvam o seu potencial realizando objetivos coletivos, e indivíduos e grupos sejam integrados entre si. Cabe considerar ainda outro assunto que se mostra como um grande desafio não somente para a gestão de pessoas, mas para a organização como um todo, que é a questão da responsabilidade social e cidadania corporativa. Esses são assuntos que se tornam cada vez mais discutidos nos dias de hoje. Um exemplo disso seriam as “empresas humanizadas”, citadas por Vergara e Branco (2001). Segundo Vergara e Branco (2001), as empresas humanizadas são ambientes que, em seu âmbito interno, promovem políticas que se voltam principalmente para os seus funcionários, e não somente à maximização do retorno para acionistas. Este tipo de ambiente é que levaria tais organizações a exercerem a cidadania corporativa, por meio da eliminação de desequilíbrios ecológicos, superação de injustiças sociais e apoio às atividades comunitárias, por exemplo. Pós-Universo 29 Nos dias de hoje, não se observa a desaceleração dos avanços tecnológicos ou redução de ritmos de trabalho, pelo contrário, a obsolescência de conhecimento ocorre em períodos cada vez mais curtos. Assim, torna-se notório o descompasso existente entre o ser humano e o ambiente natural (VERGARA; BRANCO, 2001). Uma pesquisa realizada com profissionais de RH de 57 empresas aponta as principais tendências em gestão de pessoas. A pesquisa identificou que 27,8% das empresas pretendem ampliar o quadro atual de profissionais, e 58,3% pretendem manter o atual quadro. Dentre os aspectos impactantes para o RH, estão a necessidade de desenvolver habilidade de negociação, a multifuncionalidade, participação mais ativa nas estratégias de negócio. Como tendências, destacam-se: a gestão de performance, reforço na percep- ção de valores, novos sistemas de remuneração, dentre outros. A pesquisa foi realizada entre outubro e novembro de 2013. O link abaixo apresenta mais detalhes sobre a pesquisa: <http://www.profissionalenegocios.com.br/materias/materia.asp?cod_ materia=632>. Acesso em: 17 ago. 2014. fatos e dados Considerando tais questões, asseveram Vergara e Branco (2001) que atualmente des- pontam empresas que assumem compromisso buscando objetivos como: redução de impactos ambientais, apoio a grupos socialmente excluídos, erradicação das causas da pobreza, entre outros. Essas ações acenam para uma conciliação entre a competitividade exacerbada e a humanização das empresas, revelando assim um novo parâmetro no mundo corporativo. Ficam dúvidas de que esse é mais um desafio para a gestão de pessoas? É claro que não! Complementando as nossas discussões, Gil (2014) afirma que é cada vez mais forte a tendência para que as organizações assumam valores éticos, respeitem os seus funcionários, protejam o meio ambiente e comprometam-se com as comuni- dades. Os funcionários e os clientes passam a ser vistos como “sócios” do negócio prontos a compartilhar resultados. O autor Gil (2014) destaca ainda que no Brasil já é fato casos de empresas com participação em atividades e programas sociais e ambientais, com a finalidade de promover o conceito de responsabilidade social ao mesmo tempo em que constrói uma nova imagem perante a sociedade. Pós-Universo 30 Complementando nossas discussões, Chiavenato (2010) diz que no Brasil várias empresas já discutem e atuam na disseminação da cidadania empresarial, que nada mais seria que uma atuação pautada na responsabilidade social, para manter a pre- ferência dos clientes e admiração dos funcionários. Note, estimado(a) aluno(a), que esses são apenas alguns desafios da gestão de pessoas na atualidade. Como sabemos, a sociedade está em constante transforma- ção, o que influencia diretamente na gestão das organizações. E para fechar as discussões, apresento a seguir algumas das tendências para a GP, manifestadas no artigo de Barreto et al. (2010), no intuito de guiá-lo(a) neste proces- so de aprendizagem, conforme segue: • Integração crescente de jovens no mercado de trabalho. • População com maior nível de escolaridade. • Envelhecimentodo mercado de trabalho. • Manutenção do desenvolvimento econômico. • Destaque do Brasil na economia mundial. • RH demandado e reconhecido como parceiro estratégico do negócio. • Uso intensivo de formas flexíveis de trabalho. • Maiores exigências quanto à diversidade da força de trabalho. • Gestão e retenção de talentos. • Gestão de Pessoas integrada à responsabilidade ambiental e social. • Gestão da diversidade do quadro de pessoal. Alguns assuntos foram aqui abordados e outros ficam como desafios para os seus estudos na área de gestão de pessoas. atividades de estudo 1. Conforme as discussões que foram realizadas, o atual mundo do trabalho é caracte- rizado por uma nova configuração do trabalho e do trabalhador. Considerando este fato, marque verdadeiro (V) ou falso (F) nas sentenças apresentadas a seguir e, pos- teriormente, assinale a alternativa correta: ( ) Atualmente os trabalhadores estão cada vez mais presos às máquinas, aguardan- do as mudanças para terem uma reação. ( ) O atual mundo do trabalho perpassa por mudanças drásticas nas áreas econô- mica, tecnológica e de mercado. ( ) Os ambientes organizacionais tornam-se cada vez mais heterogêneos. ( ) Nos dias de hoje, os trabalhadores estão cada vez mais especializados e realizan- do uma única tarefa. ( ) São elementos cada vez mais marcantes: relacionamentos diferenciados entre trabalho e trabalhador. ( ) Foco nas relações de trabalho, para cumprir requisitos legais e trabalhistas, é ca- racterística do atual contexto de trabalho. a) V, V, F, V, F, F. b) F, V, V, F, V, F. c) V, V, V, F, F, V. d) F, F, V, F, V, V. e) F, V, F, V, F, V. atividades de estudo 2. Foi estudado, de acordo com as abordagens dos autores, que houve mudanças sobre a perspectiva de carreira ao longo dos tempos. Diante desta perspectiva de mudança e considerando os assuntos estudados, leia atentamente as afirmativas abaixo e as- sinale a alternativa CORRETA: I) Em uma perspectiva contemporânea, a carreira é caracterizada como uma pro- gressão linear e vertical. II) Atualmente, cada indivíduo torna-se responsável pela sua ascensão profissional, as organizações tornam-se “corresponsáveis”. III) O modelo tradicional de carreira é caracterizado pela diversidade das pessoas nas estruturas organizacionais. IV) Nos dias de hoje, é necessário conhecer as expectativas dos indivíduos das equipes para assim gerenciá-los alinhadamente com as expectativas organizacionais. a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. b) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. c) Somente a afirmativa II está correta. d) Somente a afirmativa IV está correta. e) Todas as alternativas estão corretas. atividades de estudo 3. De acordo com Pomi (2002), os indicadores dão suporte à tomada de decisão, tor- nando-se assim muito importantes nos ambientes organizacionais. Considerando a afirmação da autora, assinale, a seguir, a afirmativa que melhor responde a questão: Para que servem os indicadores de RH? a) São instrumentos de avaliação que permitem quantificar resultados, no intuito de melhorar a prática de GP nos contextos organizacionais. b) Para medir o quanto as pessoas estão produzindo e assim saber o momento de contratar e demitir. c) Permitem unicamente identificar os elementos que influenciam na preservação da saúde e dignidade do trabalhador. d) São recursos de que a empresa dispõe para identificar o seu potencial de produ- tividade e estabelecer novas metas. e) São ferramentas voltadas de maneira exclusiva ao setor financeiro para medir o risco e retorno do investimento em gestão de pessoas. 4. Considerando as discussões realizadas sobre o Balanced Scorecard (BSC) aplicado à gestão de pessoas, é CORRETO afirmar que: a) Ao usar o BSC, o órgão de RH deve desconsiderar os processos de recrutamento e seleção, remuneração, treinamento. b) O BSC pode ser uma ferramenta “duvidosa” quando aplicada à gestão de pessoas, pois os seus elementos são meramente quantitativos. c) Quando utilizado enquanto medida de avaliação, o BSC permite que a GP seja alinhada com objetivos de curto prazo da empresa. d) O uso do BSC na gestão de pessoas leva ao desenvolvimento de práticas de GP que agreguem valor para a empresa. e) O BSC é uma ferramenta de medição da tarefa da pessoa, que busca o resultado e a sua adequação ao cargo. atividades de estudo 5. Marque verdadeiro (V) ou falso (F) nas sentenças apresentadas a seguir, e assinale a alternativa correta: ( ) Nos dias atuais, a função de gestão de pessoas passa a assumir um novo papel no contexto empresarial. ( ) O talento humano é visto como uma barreira a ser superada pela organização e seus gestores, visando melhorar o contexto de trabalho. ( ) O desenvolvimento da tarefa é o que leva a pessoa a fazer acontecer e a alcan- çar autorrealização do seu potencial. ( ) O conceito de talento humano é que conduz as organizações ao que chama- mos de capital humano. ( ) A lealdade dos colaboradores de uma organização está ligada ao conjunto de condições diferentes oferecidas, como estabilidade e planos de benefícios. ( ) Ao identificar os reais talentos de suas equipes, os gestores de pessoas podem padronizá-los de acordo com os parâmetros organizacionais. a) V, F, F, V, V, F b) F, F, V, F, V, V c) V, V, F, F, V, F d) F, F, V, V, F, V e) V, V, V, F, V, F atividades de estudo 6. Considerando a abordagem de gestão por competências, assinale a alternativa INCORRETA: a) Ao estudar a gestão por competências, duas perspectivas podem ser considera- das: uma estratégica e uma de práticas de gestão de pessoas. b) A transição das organizações para o conceito de competências relaciona-se com as novas necessidades de organização do trabalho. c) A gestão por competência é uma ferramenta homogênea, que busca padronizar as competências necessárias para o funcionamento de uma organização. d) Para serem mais bem trabalhadas, as competências podem ser divididas em três grupos: diferenciais, essenciais e básicas. e) A noção de competência é algo pouco discutido nos dias atuais, tornando-se assim uma ferramenta pouco utilizada nas empresas. 7. “Mesmo sabendo que a mudança torna-se essencial nos dias de hoje, algumas em- presas ainda apresentam resistência em mudar”. Assinale a afirmativa que melhor explica o “porquê” dessa resistência: a) As empresas passam por um momento de estabilidade, sendo assim, a mudança contínua torna-se desnecessária, tornando-se apenas mais uma tendência de gestão. b) A maioria das organizações foi estruturada dentro de padrões de estabilidade e permanência, inspirados em um modelo tradicional do início do século XX. c) Atualmente, os espaços organizacionais passam por um momento de estabilida- de, sendo assim, mudar torna-se desnecessário. d) As pessoas não querem mudança, sejam gestores, diretores ou colaboradores de uma empresa. e) Mudar é algo muito inconstante, por esse motivo nem sempre se torna a medida mais adequada para a gestão de pessoas. atividades de estudo 8. “É necessário considerar o ‘pano de fundo’ do momento atual para que assim sejam implementadas práticas de gestão de pessoas cada vez mais adequadas”. Esta afir- mação diz respeito a: a) Capital intelectual das organizações. b) Gestão do conhecimento. c) Sociedade global e seus novos parâmetros. d) Diversidade cultural. e) Aprendizagem organizacional. resumo O mundo do trabalho perpassa uma série de transformações que repercutem diretamente nos ambientes das organizações e, consequentemente, nos seus trabalhadores. Tais transformações são tratadas como precursoras de novas perspectivas na gestão de pessoas. Neste ínterim, torna-se necessário conhecer as novas perspectivas de carreira e formas de or- ganização do trabalho, pois estas são elementos/fatores que influenciam na forma pela qual as políticas de gestão serão instituídas e trabalhadas nos ambientes das organizações.Atualmente não se pode falar mais em modelos estagnados de gestão ou grupos totalmente homogêneos nas organizações, já que a diversidade cultural, de sexo e idade é cada vez mais percebida nesses ambientes. Os gestores de pessoas precisam então desenvolver novas formas de gerir os seus talentos nos ambientes organizacionais, valorizá-los e desenvolvê-los. Para isso, podem ser utilizadas ferra- mentas de avaliação, como os indicadores de RH, por exemplo. Por fim, é necessário destacar que o “pano de fundo” que conduz essas mudanças é um ambien- te cada vez mais globalizado, repleto de desafios (positivos) que fomentam o desenvolvimento do conhecimento por meio das pessoas que atuam nas organizações. Discutir tais pontos foi a proposta desta unidade de estudo. material complementar Aplicação Prática de Gestão de Pessoas por Competências Autor: Rogério Leme Editora: Qualitymark Sinopse: o livro é apresentado como um guia para gestores de pessoas e de recursos humanos para a implantação da Gestão por Competências. O autor apresenta uma metodologia para que a gestão por competên- cias seja empregada nas organizações de maneira simples e estruturada. São abordados o inventário comportamental, o mapeamento de competências e os princi- pais processos de RH sob o enfoque da gestão por competência. Comentário: o livro mostra-se como um roteiro prático para os gestores de pessoas, princi- palmente aqueles que não conhecem ainda muito sobre esta metodologia na prática de GP. referências BARRETO, L. M. T. S. et al. Gestão de Pessoas: Desafios e Tendências para 2015. In: ENCONTRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS DA ANPAD. 2010, Florianópolis. Eneo. Anais... Florianópolis, 2010. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro Elsevier, 2010. DIAS, G. B. et al. Revisando a noção de competência na produção científica em administração: avanços e limites. In: DUTRA, J. S.; FLEURY, M.T. L; RUAS, R. Competências: conceitos, métodos e experiências. São Paulo: Atlas, 2012. ECCEL, C. S.; ALCADIPANI, R. (Re)Descobrindo as masculinidades. In: FREITAS, M. E.; DANTAS, M. (org). Diversidade Sexual e Trabalho. São Paulo: Cengage Learning, 2012. FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de competências: um que- bra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. FRANÇA, A. C. L. Práticas de Recursos Humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimen- tos. São Paulo: Atlas, 2009. GIL, A. C. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. 1. ed. 14. reimp. São Paulo: Atlas, 2014. GRAMIGNA, Maria Rita Miranda. Modelo de competências e gestão dos talentos. 2.ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2012. KAPLAN, R.; NORTON, D. Mapas Estratégicos: Convertendo ativos intangíveis em resultados tan- gíveis. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. LADEIRA, L. B.; COSTA, D. V. F.; COSTA, M. C. O conflito de gerações e o impacto no ambiente de trabalho. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 9, 2013, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2013. MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Saraiva, 2011. referências MASCARENHAS, A. O. Gestão Estratégica de Pessoas: evolução, teoria e crítica. São Paulo: Cengage Learning, 2008. MAXIMIANO, A. C. A. Recursos Humanos: estratégia e gestão de pessoas na sociedade global. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. MELO, M. C. O.; MAGESTE, G. S.; MENDES, E. L. Gerenciando os gerentes: reflexões e desafios para os profissionais de recursos humanos. Revista Eletrônica de Administração. Porto Alegre, v. 12, p. 1-19, 2006. Disponível em: <http://www.read.ea.ufrgs.br>. Acesso em: 22 abr. 2014. OLTRAMARI, A. P. A Carreira e sua autogestão. In: FERRAZ, D. L. S.; OLTRAMARI, A. P.; PONCHIROLLI, O. (Orgs.). Gestão de Pessoas e Relações de trabalho. São Paulo: Atlas, 2011. POMI, R. M. (2002). Indicadores de desempenho em gestão do Capital Humano. In: G. Boog & M. Boog (Coord.). Manual de Gestão de Pessoas e Equipes: estratégias e tendências. São Paulo: Gente. SIQUEIRA, M. V.; ANDRADE, A. Em busca de uma pedagogia gay no ambiente de trabalho. In: FREITAS, M. E.; DANTAS, M. (org). Diversidade Sexual e Trabalho. São Paulo: Cengage Learning, 2012. VERGARA, S. C.; BRANCO, P. D. Empresa humanizada: a organização necessária e possível. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 41, n. 2, p. 20-30, 2001. resolução de exercícios 1. b) F, V, V, F, V, F. 2. b) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. 3. a) São instrumentos de avaliação que permitem quantificar resultados, no intuito de melhorar a prática de GP nos contextos organizacionais. 4. d) O uso do BSC na gestão de pessoas leva ao desenvolvimento de práticas de GP que agreguem valor para a empresa. 5. a) V, F, F, V, V, F 6. e) A noção de competência é algo pouco discutido nos dias atuais, tornando-se assim uma ferramenta pouco utilizada nas empresas. 7. b) A maioria das organizações foi estruturada dentro de padrões de estabilidade e permanência, inspirados em um modelo tradicional do início do século XX. 8. c) Sociedade global e seus novos parâmetros. OS NOVOS TRABALHADORES E AS NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO GESTÃO E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS EM GESTÃO DE PESSOAS GESTÃO DE TALENTOS E POR COMPETÊNCIAS NAS ORGANIZAÇÕES DESAFIOS E TENDÊNCIAS EM GESTÃO DE PESSOAS
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