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SEMANA 2 TIC’S TIC’S Pergunta: Quais os fatores de risco para a Hipertensão Arterial Sistêmica? Aluno (a): Maria Luiza da Silva Bertoldo Turma: T9 Resposta: A hipertenso arterial (HA) é a doença crônica não transmissível mais frequente na atualidade, e acomete cerca de 32,5% dos indivíduos adultos e 60% dos idosos. Trata-se de uma condição crônica multifatorial caracterizada por elevações sustentadas da pressão arterial (PA), com valores maiores ou iguais à 140 mmHg, para PA sistólica e 90 mmHg para PA diastólica (PAD), medida em pelo menos duas ocasiões, na ausência de medicamentos anti-hipertensivos. É aconselhável, quando possível, a validação de tais medidas por meio de avaliação da PA fora do consultório por meio da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), da Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) ou da Automedida da Pressão Arterial (AMPA), como estratégia para a identificação/descartar hipertensão do jaleco branco e hipertensão mascarada. A alta prevalência pode estar relacionada a sua característica multifatorial, ou seja, aos diversos fatores de risco associados, que podem ser: · Não modificáveis: idade, sexo e etnia · Modificáveis: excesso de peso, alta ingestão de sal e de álcool, sedentarismo, tabagismo, estresse. Idade O enrijecimento progressivo e a perda de complacência das grandes artérias, características do envelhecimento, tornam a PAS um problema ainda mais significante por facilitar a fisiopatologia da doença. Além disso, o próprio envelhecimento está associado a diversos fatores de risco modificáveis como o excesso de peso, sedentarismo, alimentação inadequada, entre outros Sexo Em faixas etárias mais jovens, a PA é mais elevada entre homens, mas a elevação pressórica por década se apresenta maior nas mulheres. Assim, na sexta década de vida, a PA entre as mulheres costuma ser mais elevada e a prevalência de HA, maior. Em ambos os sexos, a frequência de HA aumenta com a idade, alcançando 61,5% e 68,0% na faixa etária de 65 anos ou mais, em homens e mulheres, respectivamente Etnia Em outros países, a etnia mostra-se um fator relevante para a doença, no entanto no Brasil, por ser um país muito miscigenado não houve uma diferença significativa entre negros e brancos no que diz respeito à prevalência de HA (24,9% versus 24,2%) Excesso de peso A relação entre o excesso de peso e os níveis pressóricos parecem ter uma relação direta, estando essa associada ao alto nível de placa de ateroma e fatores quimiotáxicos Ingestão de Sódio e Potássio Estudos de medida de excreção de sódio mostraram que naqueles com ingestão elevada de sódio, a PAS foi 4,5 mmHg a 6,0 mmHg maior e a PAD 2,3 mmHg a 2,5 mmHg em comparação com os que ingeriam as quantidades recomendadas de sódio, estando diretamente associada a homeostasia e liberação de determinadas substancias (como adrenalina e noradrenalina). De maneira inversa, o aumento na ingestão de potássio reduz os níveis pressóricos, sendo um mecanismo compensatório do organismo Sedentarismo A inatividade física está relacionada a perda de força física, atrofia muscular e acúmulo de gordura, logo, um fator de extrema relevância para a HÁ, sendo um dos “tratamentos” para a mesma Álcool Álcool O impacto da ingestão de álcool foi avaliado em diversos estudos epidemiológicos. Há maior prevalência de HA ou elevação dos níveis pressóricos naqueles que ingeriam seis ou mais doses ao dia, o equivalente a 30 g de álcool/dia = 1 garrafa de cerveja (5% de álcool, 600 mL); = 2 taças de vinho (12% de álcool, 250 mL); = 1 dose (42% de álcool, 60 mL) de destilados (uísque, vodca, aguardente). Esse limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso e mulheres. Além dos fatores clássicos mencionados, é importante destacar que algumas medicações, muitas vezes adquiridas sem prescrição médica, e drogas ilícitas têm potencial de promover elevação da PA ou dificultar seu controle. Diante disso, o conhecimento dos fatores predispostos é de estrema importância, tanto como para o autocuidado, como para a sociedade em si. Referências COUTINHO, Naína Moura; BARROS, Marcos Roberto Andrade Costa; SANTOS, Tainara dos Santos Ferreira. SEDENTARISMO: PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM SALVADOR. ISSA, Aurora Felice Castro et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial–2020. NUNES, Priscila Luzia Pereira et al. Fatores de risco para a hipertensão arterial. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 6, p. 17312-17314, 2020. PEREIRA, Mayane Carneiro Alves; DA SILVA SANTOS, Lúcia de Fátima. CAMINHOS PARA O ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: RELAÇÃO ENTRE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E PRINCIPAIS FATORES DE RISCOS MODIFICÁVEIS. Revista Ciência Plural, p. 74-91, 2020.
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