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PARTE 1 PROJETO DE ENSINO - CLEYA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
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JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Cleonice Pereira Ribeiro
Prof. Orientador: Maria do Socorro da Silva de Jesus
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED3796) – Projeto de Ensino
17/09/2021
1 INTRODUÇÃO	
A educação infantil é considerada de suma importância para com o desenvolvimento integral das crianças. A importância dos jogos e brincadeiras são voltados para um melhor desenvolvimento e um conhecimento mais amplo, trabalhando também com a imaginação e habilidade motora, atividades em conjunto que estimulam a interação social, o ato de dividir o mesmo espaço e brinquedos com outras crianças.
 O objetivo desta pesquisa bibliográfica é perceber o uso da ludicidade na prática docente e de que maneira interfere no desenvolvimento das crianças efetivamente. Analisar se as atividades lúdicas em sala de aula pelos professores estão sendo mediadas e qual o resultado que o brincar tem perante o desenvolvimento dos pequenos após ocorrer essas práticas. Sobre as questões norteadoras foram indagadas as seguintes questões: Quais as melhorias que o educando pode analisar após atividades desenvolvidas em sala de aula utilizando os jogos e brincadeiras? Como os profissionais lidam com a organização e o desenrolar de cada brincar em sala de aula? Os pais e responsáveis acreditam em um melhor aprendizado dos filhos utilizando a ludicidade nas escolas?
O professor de educação infantil tem como dever organizar o espaço onde ocorrerá as dinâmicas e estruturar as brincadeiras de acordo com a forma que cada uma será desenvolvida. Segundo Kulisz (2006, p. 94), "se os professores levarem em consideração a estrutura dos jogos e brincadeiras infantis no planejamento, consequentemente, proporcionará atividades mais adequadas e prazerosas". Cabe ao professor sempre motivar e inserir todos os alunos nas brincadeiras e fazê-las com que se tornem momentos prazerosos e satisfatório, pois, dessa maneira, a criança se sentirá acolhida e sentir-se livre ao brincar. 
 Estimular as atividades em sala de aula é tornar a criança capaz de desenvolver sua capacidade de abstração, interagir socialmente, manter o foco, habilidades e coordenação motora, trabalha com a imaginação e o faz de conta. Dessa maneira o pequeno ao participar das dinâmicas cria-se auto-estima, ajuda a superar os desafios, desperta o desejo de participar das aulas e, assim vai desenvolvimento e aprendendo de uma forma prazerosa e emotiva. 
De acordo com Fontana e Cruz brincar é sem dúvida uma forma de aprender, mas é muito mais que isso. Brincar é experimentar-se, relacionar-se, imaginar-se, expressar-se, negociar, transformar-se. Na escola, o despeito dos objetivos do professor e do seu controle, a brincadeira não envolve apenas atividade cognitiva da criança. Envolve a criança toda. É criação, desejo, emoção, ação voluntária. (FONTANA; CRUZ, 1997, p. 115). Ou seja, a educação através dos jogos é fundamental também para a criança conhecer o mundo real onde vive e evoluir perante a realidade. Ao brincar, o menor criar noções de jogos, esquematiza e assimilar todo o processo da prática lúdica. Com isso, as brincadeiras se tornam aliadas dos professores e um ótimo estimulante para as crianças.
 O tema abordado nos instiga a curiosidade uma vez que para muitos jogos e brincadeiras nada mais são que ações supérfluas e sem nenhum fundamento teórico no processo de ensino aprendizagem. Demonstrar pela pesquisa bibliográfica a importância da ludicidade em todos o processo que permeia a educação infantil bem como as séries iniciais e que através de seu uso há sim uma melhoria na aprendizagem e que dessa forma as crianças sentem prazer em participar das aulas e se tornam mais aptas a evoluir e aprender.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 A ludicidade tem uma grande contribuição no ensino-aprendizagem e pode ser considerada um recurso pedagógico que se faz cada vez mais presente em sala de aula, pois, com a utilização do brincar nas escolas a criança tem mais possibilidades de desenvolver o aprendizado.
 Através dos jogos e brincadeiras, segundo Oliveira (2000, p. 67) a criança desenvolve a "imaginação, a criatividade, a socialização, a expressão, a discussão, reciprocidade, capacidade de solucionar problemas e desenvolve formas de comportamentos e de compreensão".
 Vale ressaltar que ao utilizar jogos de brincadeiras as crianças também tendem a conhecer e entender sobre regras que as atividades estabelecem e dessa forma aprendem a ser pacientes esperando por sua vez e a se contentar em ganhar ou perder. Dessa maneira, a criança executa os jogos imaginariamente sempre obedecendo as regras. Assim, para Vygotsky a situação imaginária e a regra caracterizam o jogo infantil. 
De acordo com Vygotsky criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situações. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço, ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unidos ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição à regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p.130).
 É de suma importância que se trabalhe com a ludicidade na educação infantil, pois a criança está na fase da curiosidade, do brincar, e nessa fase o jogo é fundamental para o desempenho e aprendizado dos alunos e cada brincadeira vem com novidades diferentes e um modo de brincar desafiador.
Para Lopes (2000), o jogo é, por finalidade, um grande integrador, pois tem sempre novidade, o que desperta na criança o interesse, e na medida que vai jogando a criança se conhece melhor e constrói em seu interior o seu mundo. Essa atividade lúdica é um dos meios mais favoráveis para à construção do conhecimento.
As brincadeiras são uma forma de expressão da criança, é no brincar que os pequenos se sentem livres e a vontade para expressar seus sentimentos e mostrar suas criatividades. (OLIVEIRA, 2000, p. 36) destaca que: "nos jogos ou brincadeiras a criança age como se fosse maior que a realidade, e isto, inegavelmente, contribuem de forma intensa e especial para o seu desenvolvimento".
Para Rizzi e Haydt (1987), é nos jogos e brincadeiras que a criança utiliza seus esquemas mentais para com a realidade ao seu redor, aprendendo e assimilando. Com o brincar o pequeno produz suas vivências, transformando o que é real de acordo com suas vontades. Por isso, pode-se afirmar que através do brinquedo e do jogo, a criança é capaz de se expressar, assimilar e construir a sua realidade.
De acordo com RCNEI, Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar [...] e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais. (REFERÊNCIAL CURRICULAR NACIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p. 29).
Para Rau (2007), o educador deve aconselhar sobre ações ou materiais, permitir as tentativas após erros, oferecer materiais novos, fornecer informações quando necessário, estimular os interesses e motivar, ouvir e responder adequadamente às explicações dos pequenos, garantir a participação de todos, proporcionar um ambiente com recursos justos, elogiar e estar sempre debom humor mantendo o bem estar.
	
REFERÊNCIAS
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC, 1998. 3v.
FONTANA, Roseli; CRUZ, Nazaré. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.
KULISZ, Beatriz. Professores em cena: O que faz a diferença? Beatriz Kulisz. Porto Alegre. Mediação: 2006, 128p. 2° edição.
LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. 3ed. São Paulo: Cortez, 2000.
OLIVEIRA, ZMRde (org.) A criança e seu desenvolvimento: perspectiva para se discutir a educação infantil. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
OLIVEIRA (Zilma de Moraes Ramos de (org). Educação Infantil: muitos olhares. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles, A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica. Curitiba, Ed. Ibpex, 2007. 
RIZZI, Leonor; HAYDT, Regina Célia Cazaux. Atividades lúdicas na educação da criança: subsídios práticos para o trabalho na pré-escola e nas séries iniciais do 1° grau. São Paulo: Ática, 1987.
VYGOTSKY, Levo Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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