Buscar

RINITE ALÉRGICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RINITE ALÉRGICA
Obstrução, coriza, prurido e espirros.
DEFINIÇÃO
Inflamação no tecido do nariz e de estruturas adjacentes, decorrente da exposição a alérgenos.
Clinicamente caracterizada por um ou mais dos seguintes sintomas: rinorreia, espirros, prurido e congestão nasal.
Essas manifestações podem ser intermitentes ou persistentes e apresentar caráter hereditário, sem preferência por sexo ou etnia.
Pode se iniciar em qualquer faixa etária, com pico de incidência na infância e adolescência.
EPIDEMIOLOGIA
Doença crônica mais comum do mundo.
No Brasil, na faixa dos 6 a 7 anos acomete 25,7%, e entre 13 e 14 anos, 29,6%.
Pode ser classificada de acordo com sua ocorrência ao longo do tempo.
Persistente, quando se manifesta em mais de 4 dias na semana e por mais de 4 semanas seguidas.
Ou intermitente, quando se apresenta em menos que 4 dias por semanas em um período menor que 4 semanas seguidas.
De acordo com a gravidade, pode ser leve, quando possui pouco impacto na qualidade do sono, nas atividades de lazer e no trabalho.
Ou grave, quando resulta em sono anormal e prejuízos nas atividades de lazer e trabalho, com sintomas inoportunos.
Apresenta um impacto socioeconômico importante. 
Os custos diretos, com as despesas para o tto, e os indiretos, causados principalmente por queda de produtividade e absenteísmo à escola e ao trabalho, são significativos.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
O diagnóstico é essencialmente clínico.
E preciso avaliar o tempo de evolução da rinite, seus sintomas e os de outras atopias, história familiar e as características dos ambientes de habitação e trabalho.
O diagnóstico é baseado na fusão entre história clínica e os testes diagnósticos.
Os testes diagnósticos são baseados na demonstração da presença de IgE específica para antígenos inalatórios na pele (teste cutâneo) ou no sangue.
O IgE total não auxilia no diagnóstico de rinite alérgica, sendo necessário lembrar que muitos indivíduos assintomáticos podem ter testes positivos para IgE específica que são clinicamente irrelevantes.
Os pacientes que necessitam realmente de um diagnóstico de alergia detalhado são os pacientes que rinite alérgica perene com sintomas moderados a graves.
Pois são os que costumam ser refratários ao tto anual, demandando mais atenção.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
1. Antecedentes familiares e pessoas de atopia e fatores de risco
A HF de alergia está associada ao desenvolvimento de rinite alérgica.
O ambiente geralmente influencia a expressão da doença, mas a genética determina a gravidade e a especificidade dos sintomas.
Quando um dos pais é alérgico, a possibilidade de os filhos também o serem aumenta muito, chegando a mais de 80%.
Em pacientes asmáticos, a presença de rinite alérgica pode chegar a 58% ou mais.
Consequentemente, são imprenscidíveis informações sobre alergias familiares, idade de início e o tipo dos sintomas, quando ocorrem, sua frequência, duração e gravidade, os fatores de piora e a exposição ao alérgeno.
2. Sintomatologia
O prurido não se limita ao nariz, podendo envolver palato, olhos, faringe e laringe, assim como os ouvidos.
A rinorreia é normalmente clara, sendo anterior e/ou posterior.
A 1ª resulta em espirros e limpeza frequente do nariz. A 2ª leva a roncos, secreção pós-nasal e limpeza constate da faringe e laringe.
A obstrução nasal pode ser bilateral ou apresentar-se como um aumento exagerado do ciclo fisiológico nasal, com obstrução intermitente, alternando de uma fossa nasal para outra.
Quando a congestão é intensa, pode estar associada a anosmia ou hiposmia e a perda do paladar.
Sintomas oculares incluem prurido, lacrimejamento e hiperemia conjuntival.
Os sintomas sistêmicos mais associados são mal-estar geral, cansaço, irritabilidade e agitação para dormir.
3. Exame Físico
Edema das pálpebras e cianose periorbitárias, devido a estase venosa secundária a obstrução nasal crônica.
O exame das fossas nasais geralmente revela a mucosa dos cornetos hiperemiada ou pálida, edematosa e secreção hialinas, mas esses sinais podem ser muito variáveis.
A cavidade oral pode apresentar dentição alterada, palato em ogiva e orofaringe com presença de grânulos hiperemiados.
O exame otológico pode mostrar otite média secretora.
EXAMES COMPLEMENTARES ESPECÍFICOS
1. Teste cutâneo
Deve ser feito por especialista em ambiente adequado, pois podem ocorrer reações adversas.
É muito importante que sejam utilizados os antígenos aos quais o doente possa estar exposto.
2. IgE específica no sangue
Deve ser indicada quando não for possível realizar os testes cutâneos.
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
1. Controle ambiental
A higiene ambiental diminui os sintomas e as crises dos alérgicos.
Consiste em evitar contatos com irritantes, como produtos de limpeza, produtos químicos, fumaça de cigarro e poluentes.
A redução dos alérgenos mais comuns, como ácaros, baratas e animais domésticos, assim como pólens e fungos, pode beneficiar os pacientes com evidência de doença alérgena desencadeada por esses agentes. 
2. Soluções salinas
Soluções salinas fisiológicas intranasais.
Os benefícios incluem a limpeza de muco nasal, secreções purulentas, restos celulares e crostas.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
1. Descongestionantes
Levam ao alívio da congestão nasal, e não tem efeito sobre o prurido e os espirros, podendo causar uma diminuição da rinorreia.
Descongestionais orais são agonistas alfa-adrenérgicos que podem reduzir a congestão nasal.
Podem ser administrados por via tópica ou sistêmica, sendo que por ambas os descongestionantes apresentam efeitos sistêmicos.
Pode resultar em efeitos adversos, como insônia, irritabilidade e palpitações.
Não devem ser utilizados por mais de 5 a 7 dias, pelo risco de desenvolvimento de taquifilaxia e efeito rebote do edema da mucosa e consequente rinite medicamentosa.
2. Cromoglicato dissódico
Controla espirros, rinorreia e prurido, tendo pouca ação sobre a obstrução.
Seu efeito pleno surge em aproximadamente 2 a 4 semanas.
Seus principais efeitos colaterais são a irritação local e os espirros, além de apresentar gosto amargo, que dificulta seu uso.
Por ter baixíssimos índices de efeitos colaterais, é seguro para ser utilizado em crianças.
3. Anti-histamínicos
-Anti-histamínicos clássicos
Ou de 1ª geração.
Estão relacionados a efeitos adversos bastante indesejáveis, principalmente os efeitos anticolinérgicos, como a sedação e os resultantes de interações medicamentosas.
Não são usados como 1ª escolha para tto das doenças alérgicas.
-Anti-histamínicos não clássicos
Também conhecidos como não sedativos ou de 2ª geração.
São os de 1ª escolha para o tto da rinite alérgica.
4. Antileucotrienos
Tem efeito anti-inflamatório e broncodilatador.
O montelucaste é o mais utilizado para o tto da rinite alérgica.
Tem eficácia na rinorreia, nos espirros, no prurido e na obstrução nasal.
5. Corticoesteroides tópicos
O uso do corticoesteroide tópico intransal é a monoterapia mais efetiva para a rinite alérgica sazonal e perene e para as rinites não alérgicas.
É eficaz para todos os sintomas de rinite.
É o padrão-ouro, medicamento de 1ª linha para o tto da rinite alérgica.
RINITE NÃO ALÉRGICA

Continue navegando