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ESTUDO DIRIGIDO Reações de hipersensibilidade: 1. O que são imunopatologias? O sistema imunológico vai ter sua função alterada e essa resposta produzirá lesão nas células e nos tecidos. É essa resposta que começa a destruir as células do hospedeiro, ao invés de proteger. A hipersensibilidade, as doenças autoimunes e as imunodeficiências são consequências dessas alterações. Na imunopatologia acontecem reações cruzadas. No sistema \u201cchave-fechadura\u201d uma chave não deve abrir uma fechadura que não lhe pertence. Se isso acontece teremos uma patologia sendo desencadeada pelo sistema imunológico. 2. Conceitue reações de hipersensibilidade. Hipersensibilidade: resposta exagerada do sistema imunológico. Serão classificadas de acordo com o tipo de resposta desse sistema. Anticorpos e Sistema de complemento participam da resposta imunológica com o intuito de proteger o nosso organismo contra agentes estranhos, modificações extremas de temperaturas e tudo aquilo que poderia ocasionar lesão e morte celular. 3. Qual a classificação de Gel e Coombs para as reações de hipersensibilidade? os imunologistas Philip Gell e Robin Coombs propuseram uma classificação das reações de hipersensibilidade em quatro tipos, de acordo com os seus mecanismos imunopatológicos. Em 1968, os mesmos imunologistas aplicaram esta classificação para caracterizar as reações de hipersensibilidade a fármacos51. Apesar de sucessivamente modificada por vários autores, esta classificação mantem-se útil para a compreensão dos mediadores implicados nas reações de HS a fármacos, contribuindo para a decisão diagnóstica, terapêutica e de prognóstico destes doentes. A classificação de Gell e Coombs modificada inclui 4 tipos de hipersensibilidade: � Hipersensibidade de tipo I, também designada �imediata� ou �alérgica�, ocorre após ligação do antigénio (geralmente solúvel, de grandes dimensões ou haptenizado) a anticorpos específicos da classe IgE localizados na superfície de mastócitos e basófilos induzindo a sua desgranulação e libertação de mediadores pré-formados, causadores dos sintomas imediatos (e.g., histamina, triptase, etc.), ou formados �de novo� (como leucotrienos, TNF-α, etc.), de que resultam os sintomas tardios. A consequência desta rápida libertação de mediadores vasoativos são as manifestações clínicas típicas da doença alérgica (congestão nasal e ocular, obstrução nasal, broncospasmo, urticária, angioedema, anafilaxia ou choque anafilático), mas também outros, como o aumento da produção de muco, aumento da peristalse, etc. Hipersensibilidade de tipo II, também designada �citotóxica�, é mediada por anticorpos das classes IgG ou IgM dirigidos a moléculas localizadas na superfície de células que, desta forma, se tornam �alvos� para células com capacidade citotóxica (como os linfócitos NK), células fagocíticas (em particular do sistema fagocítico mononuclear) ou para a lise celular ESTUDO DIRIGIDO por fixação de complemento e formação do complexo de ataque à membrana. Alguns fármacos ligam-se a moléculas na superfície de células, como os eritrócitos ou plaquetas, e tornam-se alvos para anticorpos IgG antifármaco que vão levar à destruição da célula, causando anemia hemolítica ou trombocitopenia, entre outros. � Hipersensibilidade de tipo III, também designada �hipersensibilidade por imunocomplexos�, ocorre pela ligação de anticorpos da classe IgG (e raramente IgM) a antigénios solúveis formando �imunocomplexos� circulantes que, se em grande quantidade, se podem depositar no endotélio vascular de alguns tecidos, membranas sinoviais ou membrana basal glomerular. Os imunocomplexos em excesso causam inflamação (e.g., vasculite) e dano de tecidos e órgãos por dois mecanismos principais: 1. Reconhecimento por recetores Fc de neutrófilos, macrófagos, mastócitos e outros leucócitos, levando à sua ativação; 2. ativação da via clássica do complemento e produção de C5a. � Hipersensibilidades do tipo IV, também designadas �tardias�, �retardadas� ou �celulares�, incluem respostas mediadas por vários tipos de linfócitos T. Geralmente são tardias, após vários dias de exposição, mas podem ser rápidas, em apenas algumas horas se mecanismos p-i estiverem envolvidos. Atingem frequentemente a pele (um órgão rico em linfócitos T e APCs) e podem originar sintomatologia grave e fatal, contribuindo, no seu conjunto, para mais mortes do que as reações anafiláticas a fármacos. De acordo com o tipo de citocinas produzidas pelos linfócitos T e com o tipo de células efetoras, as reações de tipo IV dividem-se em: – IVa – mediadas por células com fenótipo Th1 produtoras de IFN-γ e TNF-α, com ativação de monócitos/macrófagos. Os linfócitos Th1 têm também capacidade de ativar linfócitos T CD8+, levando à combinação frequente da HS IVa com mecanismos da HS IVc, como ocorre na dermatite de contacto alérgica; – IVb – mediada por células Th2 produtoras de IL4/IL5/IL13 com recrutamento e ativação de eosinófilos. Podem causar reações graves, como o DRESS, e estão frequentemente associadas à fase crónica das patologias de HS de tipo I; – IVc – são mediadas por linfócitos T CD4+ e CD8+ com capacidade citotóxica, podendo causar reacções ligeiras, como o exantema maculopapular, ou reações graves com destruição tecidular extensa, como a síndrome de Stevens-Johnson (STS), a necrólise epidérmica tóxica (TEN), ou hepatites tóxicas. Neste tipo de HS os próprios linfócitos T são as células efetoras, através da expressão de FasL e da produção de granzimas, perforina e granulisina (uma molécula produzida por linfócitos T CD8+ e N K e r ecentemente identificada como a principal responsável pela morte generalizada dos queratinócitos no SJS ou NET55); – IVd – mediadas por linfócitos produtores de CXCL-8/GM-CSF com recrutamento de neutrófilos originando reações pustulosas estéreis, como a pustulose exantemática generalizada aguda (AGEP). As reações de hipersensibilidade a fármacos do tipo I e IV são mais frequentes do que as dos tipos II ou III. ESTUDO DIRIGIDO 4. De que forma um hapteno pode promover reações de hipersensibilidade? Hapteno é uma substância não proteica, de baixo peso molecular que sozinha não consegue induzir uma resposta imunológica, como a formação de anticorpos, necessitando assim estar ligada a uma proteína transportadora de maior peso molecular, como por exemplo, a albumina ou uma imunoglobulina, para gerar resposta imune. Contudo, haptenos livres podem reagir aos produtos da resposta imunológica quando induzidos por eles. Isto significa que um antígeno MONOVALENTE (como, por exemplo, um HAPTENO livre no meio extracelular) não é capaz de iniciar a anafilaxia, porque não é capaz de promover agregação das IgE (e, portanto, também não agrega os Fc εRI). O mesmo hapteno, se estiver conjugado em múltiplas cópias a uma mesma molécula de carreador, será um potente estímulo para desgranulação, pois adquirirá a capacidade de agregar IgE e seus receptores. 5. Quais os sinônimos para as reações de hipersensibilidades do tipo I? hipersensibilidade imediata mediadas por anticorpos IgE com ativação de mastócitos são respostas imunes patológicas, ou seja, aquelas em que o dano causado ao organismo é visivelmente maior do que o benefício (por exemplo, no combate à infecção) 6. Descreva os principais eventos da fase de sensibilização da reação de hipersensibilidade do tipo I. Ativação de células TH2 e produção do anticorpo IgE. Após o primeiro contato com o alérgeno (na maioria, sem nenhum sinal ou sintoma), células apresentadoras de antígeno (células dendritícas, macrófagos ou células B) apresentam esse alérgeno para o Linfócito TH2, ativando-o fazendo com que ele induza a liberação de citocinas, incluindo IL-4, IL-5 e IL-13. A IL-4 estimula as células B a sofrerem mudanças para IgE e secretar mais IgE. A IL-5 ativa os eosinófilos que são recrutados para a reação, e a IL-13 atua nas células epiteliais, estimulando a secreção de muco. As células Th2 podem ser recrutadas para o local de reações alérgicas por quimiocinas (eotaxina, recrutandotambém eosinófilos para o local) 7. Descreva os principais eventos da fase efetora da reação de hipersensibilidade do tipo I. Exposição Inicial ao Antígeno IgE ALÉRGENO APC ALÉRGENO PROCESSADO NA APC CÉLULA T CD4+ CÉLULA TH2 IL-4 CÉLULA B PLASMÓCITO ANTICORPOS PRODUZIDOS VÃO PARTICIPAR DA FASE EFETORA https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna https://pt.wikipedia.org/wiki/Peso_molecular https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Anticorpo https://pt.wikipedia.org/wiki/Albumina https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunoglobulina ESTUDO DIRIGIDO 8. Qual tipo celular e mediadores químicos participam mais expressivamente da reação IMEDIATA (segundos) da fase efetora da reação de hipersensibilidade do tipo I? IgE – basófilos e/ou mastócitos. Decorrente da atividade da histamina e prostaglandina. Causa: secreção de muco, aumento da permeabilidade vascular, edema, contração de musculatura lisa/broncoconstrição. 9. Qual tipo celular e mediadores químicos participam mais expressivamente da reação TARDIA (8 a 10h) da fase efetora da reação de hipersensibilidade do tipo I? Decorrente da liberação de leucotrienos, quimiocinas, citocinas e enzimas pelos mastóciotos. Causa: aumento da produção de muco, remodelagem tecidual; responsável pela cronicidade de doenças respiratórias alérgicas (asma). 10. Conceitue choque anafilático. A FORMA GENERALIZADA o u SISTÊMICA de anafilaxia atinge o organismo como um todo, mas suas manifestações mais graves estão ligadas ao sistema circulatório (hipotensão) e respiratório (asfixia). Esta condição é também conhecida como CHOQUE ANAFILÁTICO. 11. Conceitue reação anafilactoide. A anafilaxia é definida como uma reação imediata sistêmica, mediada por anticorpos da classe IgE, com rápida liberação de potentes mediadores de mastócitos e basófilos. Reação anafilactóide compreende aquele evento, também decorrente da liberação de mediadores de mastócitos e basófilos, mas não dependente de IgE. Ambas são graves, podendo cursar com urticária, angioedema, broncoconstricção, hipotensão e choque, causando óbito em alguns casos. Deve-se fazer o diagnóstico precoce e instituir o tratamento adequado o mais rapidamente possível, a fim de que complicações sejam evitadas. ESTUDO DIRIGIDO 12. Como uma alergia pode ser diagnosticada? Testes cutâneos - Baseiam-se em reproduzir na pele a resposta inflamatória alérgica. Os alergénios a testar são seleccionados de acordo com a história clínica do paciente e a prevalência de sensibilização no seu habitat. Realizam-se depositando uma gota do alergénio sobre a pele do paciente e sobre cada gota pressiona-se com uma lanceta. Se no local em que se depositou o alergénio surgir uma reacção cutânea em forma de pápula, significa que o paciente tem uma reacção ao alergénio e que este pode ser o responsável por determinados sintomas. IgE específica por RAST - São análises especiais ao sangue, realizam a detecção de imunoglobulinas E específicas (anticorpos que intervêm na reacção alérgica) do alergénio ou dos alergénios suspeitos de causar os sintomas. Testes de provocação - -se o paciente em contacto com a substância suspeita de provocar a alergia, com o objectivo de provocar os sintomas que apresenta no órgão de choque (nariz, olhos, brônquios). São úteis para diagnosticar a alergia a medicamentos, alimentos e aditivos. São utilizados em ensaios clínicos, em investigação e em alguns casos em particular. 13. Como uma alergia pode ser tratada? Medidas de controle ambiental: evitar contato com as substâncias que provocam a reação alérgica. Medicamentos: anti-histamínicos, corticoides, cromonas, betaadrenérgicos, teofilinas. Não fazem desaparecer a alergia, é paliativo. Imunoterapia ou Vacinas para alergia: vacinas antialérgicas (injeção de repetidas doses de alérgeno ao doente com fim de diminuir ou eliminas a sua sensibilidade, duração de 3 a 5 anos) Imunoterapia, aplica-se nos casos de alergia causados por sensibilização a pólen, ácaros de pó, epitélios de animais, certos fungos e aos venenos de abelha e vespa. (alivia os sintomas da alergia, diminui a quantidade de toma de medicamentos, modifica a evolução natural da doença). 14. Qual a relação entre herança genética e alergias? Polimorfismo genético, risco mais elevado de pais atípicos ou dos pais e um irmão. 15. Conceitue a hipótese da higiene. Originalmente proposta por David Strachan em 1989, a Hipótese da Higiene sugere que infecções na primeira infância diminuem a tendência para desenvolver doenças alérgicas. Os principais estudos epidemiológicos acerca da hipótese da higiene sugerem que decréscimo na pressão infecciosa e antigênica relacionado ao estilo de vida ocidentalizado leva a uma crescente incidência de doenças alérgicas e auto-imunes. Demonstrou-se através de estudos que existe uma associação entre a vida em países ocidentalizados, as condições de saneamento, o uso de antibióticosal e níveis de transmissão oral-fecal com a maior ou menor incidência de doenças alérgicas. A teoria do desvio imunológico considera ESTUDO DIRIGIDO que a estimulação das células T alérgeno-específicas por peptídeos derivados de alérgenos, resulta na diferenciação de células T CD4 em células TH2. A resposta TH1 é induzida por infecções e promove a liberação de IFN-?. O desvio imunológico a favor de TH1 preveniria o desenvolvimento de doenças alérgicas. A teoria da imunorregulação considera que a IL-10 tem um papel homeostático chave no controle dos processos inflamatórios. Muitas exposições induzem uma regulação para cima da secreção de IL-10 que suprime doenças alérgicas e auto-imunes. Considerações finais: A complexa interação entre as respostas imunes do hospedeiro, o nível e a variedade de exposição ambiental e os fatores genéticos parecem interferir no desenvolvimento de doenças alérgicas. Existem evidências de que tanto a resposta TH1 quanto a modulação por IL-10 podem explicar a Hipótese da Higiene por serem capazes de inibir a resposta TH2. 16. Qual o sinônimo para as reações de hipersensibilidade do tipo II? 17. Re sposta me di ada por anti corpos I GG ou I GM. O indiv íduo, po r hipersensibilidade citotóxica Resposta mediada por anticorpos IgG ou IgM. O indivíduo, produz anticorpos que se ligam às células epiteliais e induzem a resposta inflamatória para que aquela célula seja destruída. O anticorpo pode se ligar ao desmossomo e indicar às células inflamatórias (neutrófilos, linfócitos) que elas devem destruir aquela junção intracelular. Portanto, as células epiteliais se soltam umas das outras, já que a junção das células epiteliais é formada e firmada pelos desmossomos. O paciente, então, desenvolve bolhas superficiais e normalmente sua primeira manifestação é na mucosa oral. Como o revestimento epitelial oral é muito fino rapidamente é perdido e há o desenvolvimento de uma úlcera. 18. Quais os mecanismos de lesão tecidual desencadeados por anticorpos que podem ocorrer nas hipersensibilidades do tipo II? Os mecanismos pelos quais ocorre a fase efetora da reação do tipo II são variados dentre eles: opsonização(fixar opsoninas é qualquer molécula que se liga a um antígeno e facilita o seu processo fagocitose) e fagocitose; ativação do sistema complemento(pode levar a formação do complexo de ataque a membrana, que é responsável pela ruptura desta, através da formação de poros na bicamada lipídica provocando a lise osmótica da célula alvo.); citotoxidade celular mediada por anticorpos (é desencadeada pela interação de baixas concentrações de anticorpos IgG sobre as células alvos marcando-as para ação de uma variedade de células efetoras, incluindo monócitos, neutrófilos, eosinófilos e Natural Killers, as quais são responsáveis pela morte das células marcadas.); disfunção celular mediada por anticorpos (Os anticorpos podem ligar-se a receptores ou proteínas de algumas células e dessa forma, interferir nas funções celulares prejudicando ou desregulando a função provocando assim dano ou inflamação.) 19. Cite exemplos de reações de hipersensibilidadetipo II contra antígenos exógenos. agentes químicos exógenos (haptenos) que podem se ligar a membranas celulares podem também levar a hipersensibilidade tipo II. Anemia hemolítica induzida por drogas, ESTUDO DIRIGIDO granulocitopenia e trombocitopenia são exemplos. O tempo de reação é minutos a horas. A hipersensibilidade tipo II é primariamente mediada por anticorpos das classes IgM ou IgG e complemento (Figura 2). Fagócitos e células K também participam (ADCC). 20. Cite exemplos de reações de hipersensibilidade tipo II contra antígenos homólogos. Reações de transfusão e rejeição de enxerto(união dos tecidos de duas plantas). 21. Cite exemplos de reações de hipersensibilidade tipo II contra antígenos autólogos. As reações autoimunes são decorrentes da ação do sistema imunológico sobre estruturas próprias, ou seja, antígenos autólogos, causando danos teciduais. De modo geral, as reações autoimunes ocorrem pela participação de linfócitos autorreativos, células que escaparam da seleção negativa nos órgãos linfoides primários e secundários e que são capazes de reconhecer os antígenos endógenos, tornando efetiva a resposta imunológica. A seleção negativa que ocorre nos órgãos linfoides impede a maturação de linfócitos específicos aos autoantígenos, mecanismo conhecido como autotolerância imunológica. Por meio de mecanismos de anergia clonal, apoptose e supressão, é possível manter a autotolerância imunológica e, portanto, evitar processos autoimunes mediados pelos linfócitos autorreativos. 22. Qual o sinônimo para as reações de hipersensibilidade do tipo III? Hipersensibilidade tipo III é também conhecida como hipersensibilidade imune complexa. As reações de hipersensibilidade do tipo III são iniciadas quando anticorpos encontram seus antígenos alvos na circulação, formando imunocomplexos circulantes e esses são depositados nas paredes dos vasos. Além das paredes dos vasos esses imunocomplexos são também normalmente encontrados nas junções das membranas sinoviais, sobre a membrana basal do glomérulo nos rins e no plexo coróide do cérebro. Após a deposição, células granulares como os neutrófilos são recrutadas e ativadas a liberarem o conteúdo dos grânulos no local. Além dessa via de ativação, a deposição de imunocomplexos pode levar a atuação do sistema complemento através dos seus componente C3b, C3a, C4a e C5a. A reação pode ser geral (ex. doença do soro) ou envolve órgãos individuais incluindo pele (ex. lúpus eritematoso sistêmico, reação de Arthus), rins (ex. nefrite do lupus), pulmões (ex. aspergilose), vasos sanguíneos (ex. poliarterite), juntas (ex. artrite reumatoide) ou outros órgãos. Esta reação pode ser o mecanismo patogênico de doenças causadas por muitos microrganismos. A reação deve levar 3 - 10 horas após exposição ao antígeno (como na reação de Arthus). É mediada por complexos imunes solúveis. São na maioria de classe IgG, embora IgM possa estar também envolvida. O antígeno pode ser exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias), ou endógeno (autoimunidade não órgão específica: ex. lúpus eritematoso sistêmico, LES). O antígeno é solúvel e não ligado ao órgão envolvido. Componentes primários são complexos imunes solúveis e complementos (C3a, 4a e 5a). O dano é causado por plaquetas e neutrófilos (Figura 4).A lesão contém primariamente neutrófilos e depósitos de complexos ESTUDO DIRIGIDO imunes e complemento. Macrófagos infiltram-te em estágios avançados podem estar envolvidos no processo de recuperação. 23. Quais as semelhanças e diferenças entre as hipersensibilidades do tipo II e tipo III? Semelhanças: atuação de IgG Diferenças: 24. Quais os mecanismos de lesão tecidual desencadeados por anticorpos que podem ocorrer nas hipersensibilidades do tipo III? Anticorpos: Lise direta. Imunoglobulinas IgM ou IgG reagem contra antígenos de superfície, levando à ativação do sistema complemento, que promove a montagem do complexo de ataque à membrana (C5-9), o qual levará à formação de furos em sua superfície e, consequentemente, à perda de sua integridade. Anticorpos: Opsonização. Ocorre opsonização da célula por meio da ligação dos anticorpos ou do fragmento C3b à superfície celular e, assim, estímulo à fagocitose. Citotoxicidade Celular dependente de anticorpos. Lise celular sem fagocitose, não-dependente do complemento, que ocorre por meio da interação entre o receptor para Fc de leucócitos não-sensibilizados e a porção Fc de IgG em células alvo revestidas com baixas concentrações desses anticorpos. Em certos casos, o anticorpo IgE também pode ser utilizado. É relevante para destruição de parasitas ou células tumorais e para a rejeição de enxertos. 25. Quais os principais locais de deposição de complexos imunes no organismo humano? Por quê? Os principais locais para a deposição dos complexos são rins, articulações e capilares sanguíneos. O complexo se forma na circulação quando os antígenos ligam-se aos anticorpos. O acúmulo acontece quando sua produção aumenta significativamente e rapidamente, e o sistema reticuloendotelial não consegue eliminar todos na mesma proporção e velocidade. 26. Cite exemplos de reações de hipersensibilidade tipo III contra antígenos exógenos. O antígeno pode ser exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias) 27. Cite exemplos de reações de hipersensibilidade tipo III contra antígenos autólogos. ESTUDO DIRIGIDO endógeno (autoimunidade não órgão-específica: ex. lupus eritematoso sistêmico, LES). O antígeno é solúvel e não ligado ao órgão envolvido. 28. Qual o sinônimo para as reações de hipersensibilidade do tipo IV? Hipersensibilidade tipo IV é também conhecida como mediada por células ou hipersensibilidade tardia.Resposta imune mediada por células T efetoras específicas a Ags exógenos inócuos (linfócitos T CD4+ ou T CD8+). A resposta celular induz lesões nos locais onde o Ag penetra. 29. Porque a hipersensibilidade do tipo IV é a mais tardia? As reações de hipersensibilidade tipo IV surgem através de reações estimuladas por antígenos específicos de Células T. Estas reações podem levar mais de 12 horas para se desenvolver e, portanto também são conhecidas como reações de hipersensibilidade tardias. Tipicamente estas reações ocorrem após o contato de um antígeno sensibilizante com a pele, em que os efeitos são visualizados como dermatite de contato. O antígeno é pego no local por células da resposta inata, como macrófagos, que então agem como apresentadoras de antígenos e ativam células T CD4+ específicas para os antígenos. 30. Quais os mecanismos de lesão tecidual desencadeadas nas hipersensibilidades do tipo IV? Captura e processamento do antígeno por macrófagos, seguidos por liberação de IL-12 para estimulação da diferenciação de células T CD4+ em células Th1 efetoras capazes de reconhecer o antígeno, além de ser também um potente indutor de secreção de IFN-γ por células T e NK. As células Th1 liberam citocinas, em especial IFN-γ, que recrutam macrófagos e os ativam: - Maior capacidade de fagocitose e destruição de microorganismos - Maior expressão de MHC II na superfície, o que facilita a apresentação antigênica - Maior capacidade de destruição de células tumorais - Secreção de fatores de crecimento polipeptídico de fibroblastos e síntese de colágeno. Outras citocinas também importantes para essa reação: IL-2: Proliferação autócrina e parácrina de células T. TNF-α e Linfotoxina: Maior secreção de prostaciclina (que atua aumentando o fluxo sanguíneo e a vasodilatação local); Maior expressão de selectina E para fixação de monócitos e linfócitos; Indução e secreção de fatores quimiotáticos de baixo peso molecular, como IL-8. Citotoxicidade mediada por células T: Linfócitos T citotóxicos dirigidos contra antígenos ESTUDO DIRIGIDO de histocompatibilidade na superfície celular por meio de receptores RCT geram destruição celular por dois mecanismos diferentes: - Destruição dependente de perfurina-granzima: formação de "furos" que permitem a entrada de água na célula levando à lise osmótica.As granzimas são proteases que ativam a apoptose e são entregues à célula-alvo por meio dos poros gerados pela perfurina. - Destruição dependente de Fas-Ligante de Fas, cuja interação gera apoptose na célula-alvo 31. Cite exemplos de reações de hipersensibilidade tipo IV contra antígenos exógenos microbianos. Mycobacerium tuberculosis (tuberculose - a necrose caseosa é uma reação de hipersensibilidade do tipo IV) Mycobacterium leprae (hanseníase) Paracoccidioides brasiliensis (paracoccidioidomicose) é um fungo. DPP (Reação tuberculínica) faz-se um teste de tuberculina com derivado proteico purificado pra ver se forma reação granulomatosa, induz a reação de hipersensibilidade tipo IV e lê-se clinicamente 32. Cite exemplos de reações de hipersensibilidade tipo IV contra haptenos. Hipersensibilidade de contato: Trata-se basicamente de um fenômeno epidérmico. É caracterizada clinicamente por eczema (dermatite) no local de contato com o alérgeno. Antígenos comuns nestas reações são os haptenos (níquel, cromato e substâncias químicas encontradas na borracha), a hera venenosa e o carvalho venenoso. Na hipersensibilidade de contato os haptenos penetram pela epiderme e se conjugam às proteínas normais do organismo (que funcionarão como proteínas carreadoras de haptenos). Alguns haptenos, como o dinitroclorobenzeno (DNCB), irão sensibilizar quase todos os indivíduos. O reconhecimento de um conjugado pela célula T é específico para um conjugado hapteno/carreador e não é dependente do reconhecimento separado do hapteno e do carreador como ocorre na formação de anticorpos. As células de Langerhans são as principais células apresentadoras de antígenos na hipersensibilidade de contato. Aproximadamente quatro horas após a exposição ao DNCB, as células de Langerhans aparecem nas áreas corticais dos linfonodos drenantes. 33. Cite exemplos de reações de hipersensibilidade tipo IV contra antígenos autólogos. As reações de hipersensibilidade do tipo IV, ou de hipersensibilidade tardia (celular), dependem de diversos eventos que caracterizam a resposta imunológica celular e envolvem um número significativo de células recrutadas. Por estes motivos, levam mais de 12 horas para se desenvolver. Podem ser demonstradas na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas (tuberculose, lepra, toxoplasmose, leishmaniose, etc.). Outra ESTUDO DIRIGIDO forma de hipersensibilidade celular é a dermatite de contato, que apresenta lesões mais papulares. Tolerância e Autoimunidade 1. Conceitue autotolerância. Antígenos que têm a capacidade de induzir tolerância são chamados tolerógenos, ou antígenos tolerogênicos, para distingui -los dos imunógenos, que geram imunidade. A tolerância aos antígenos próprios, também chamada autotolerância, é uma propriedade fundame ntal do sistema imune normal 2. Conceitue autoimunidade. A falha na tolerância contra o próprio resulta em uma reação imune contra os próprios (autólogos) antígenos. Esse tipo de reação é chamado de autoimunidade, as doenças que ela pode causar são conhecidas como auto-imunes . 3. Quais os 04 principais fatores associados à ocorrência de autoimunidade? 1) comprometimento dos mecanismos imunomoduladores de proteção contra a autoimunidade, 2) mimetização de antígenos de patógenos com moléculas endógenas, 3) modificações de proteínas endógenas ou da expressão gênica por xenobióticos e 4) mutação de genes imunomoduladores adquirida ou herdada e que apesar dos imunossupressores serem a principal estratégia terapêutica, a imunomodulação e a vacinação 4. Quais são os mecanismos de tolerância central de células B? Onde ocorrem? na medula óssea, quando essas células reconhecem antígenos próprios, elas podem reativar sua maquinaria de recombinação do gene da imunoglobulina, assim, passando a expressar uma nova cadeia leve de imunoglobulina. Essa nova cadeia leve que foi expressa, vai se associar com a cadeia pesada de Ig que estava previamente expressa, produzindo assim um novo receptor antigênico; este, que antes era específico para antígenos próprios, não será mais após esta mudança de especificidade. Esse processo de mudança da especificidade leva o nome de editoramento do receptor. Os antígenos próprios presentes na medula óssea capazes de induzir a apoptose ou o editoramento do receptor ainda são desconhecidos. Também não se sabe o porquê de qualquer linfócito B auto-reativo passar por uma dessas duas escolhas. 5. Quais são os mecanismos de tolerância central de células T? Onde ocorrem? Durante a maturação no timo, células T imaturas que reconhecem antígenos com al ta avidez são eliminadas. Os dois principais fatores que determinam se u m antígeno próprio e particular irá induzir a seleção negativa nos timócitos auto -reativos são a ESTUDO DIRIGIDO concentração do auto-antígeno no timo e a afinidade dos receptores das células T (TCR) dos timócitos que reconhecem o auto-antígeno. - Algumas células T auto -reativas reagem com o au to-antígeno no timo, mas não são eliminadas; em vez disso, podem se diferenciar em células T regulatórias, que deixam o timo e in ibem a resposta imune contra tecidos próprios na periferia. - Na possibilidade de a tolerância falhar, os mecanismos de tolerância periférica garantiriam a manutenção da não resposta aos auto -antígenos. 6. Quais são os mecanismos de tolerância periférica de células T? A tolerância periférica é o mecanismo p elo qual as células T maduras que especificamente reconhecem os antígenos próprios dos tecidos periféricos se tornam eventualmente incapazes de responder a esses antígenos. Os mecanismos de tolerância periférica são responsáveis pela tolerância aos antígenos próprios dos tecidos que não foram encontrados em altas concentrações no timo. A tolerância periférica é devida a anergia, deleção clonal ou supressão das células T, e cada um desses mecanismos foi definido para as células T CD4+ em diferentes modelos experimentais. Anergia: Se as células TCD4+ reconhecerem antígenos peptídicos apresentados pelas APCs que são d eficientes em co -estimuladores, as células T sobrevivem, mas t ornam-se incapazes de responder ao antígeno, mesmo se mais tarde eles forem ap res entados por APCs competentes ( anergia clonal). A anergia pode ser induzida quando as células T usam receptores inibidores como a CTLA-4 nas ligações com B7 , durante o processo de reconhecimento do antígeno; a molécula CTLA -4 ativa sinais inibitórios para a célula T, quando este receptor reconhece os co -estimuladores (B7) nas APCs. As células T anérgicas deixam de produzir o seu fator de crescimento, a IL-2, e a proliferar em resposta ao antígeno. supressão das células T A estimulação repetida dos linfócitos T por antígenos resulta na morte das células ativadas por um processo de apoptose. Esta forma de morte celular regulada é chamada morte celular induzida por ativação. É induzida quando u m grande número de células T recentemente ativadas é reativado por antígenos ou por agente similares a antígenos. - Nas células T CD4+ a repetida ativação com o antígeno leva à co-expressão de duas moléculas, a Fas (CD95), que é um receptor indutor de morte celular, e s eu ligante (FasL). Quando as células T são ativadas repetidamente, o FasL é expresso na superfície celular da mesma ou das células T adjacentes. Isso ativa uma cascata de proteases de proteínas intracelulares, chamadas caspases, que levam à morte das células por apoptose. As células apoptóticas são rapidamente removidas pelos fagócitos e não induzem a inflamação. - As altas concentrações de IL-2 aumentam a sensibilidade das células estimuladas pelo antígeno para a apoptose mediada por Fas. Por isso, esse mecanismo de tolerância ESTUDO DIRIGIDO induzida por deleção é geralmente observado quando um grande número de células T é ativado e produz IL-2. - O termo morte celular i nduzida pela ativação é usado também para descrever a apoptose resultante daestimulação de células T pelo antígeno na ausência de imunidade inata ou de co -estimulação. Acredita-se que o reconhecimento antigênico resulte em translocação de p roteínas mitocondriais pró-apoptóticas, que são os membros d a família Bcl , sem a presença dos membros antiapoptóticos. Nessa situação a morte celular se dá pela via mitocondrial e é independente da participação de receptores de morte. Superantígenos, talvez os antígenos p róprios, podem induzir a eliminação das células T por essa via. 7. Quais são os mecanismos de tolerância periférica de células B? Os linfócitos B já maturados que encontram, nos tecidos linfoides periféricos, antígenos próprios em altas concentrações, entram em anergia, fazendo com que não possam responder outras vezes àquele antígeno próprio. Isso pode ser explicado pelo fato de que se os linfócitos B reconhecem um antígeno e não recebem estímulo da célula T, estas células B se tornam anérgicas. Por outro lado, antígenos T-independentes ativam células B sem ajuda das células T helper, mas somente quando esses antígenos estimulam sinais fortes nessas células B. As células B que estão em estado de anergia, podem deixar os folículos linfoides, sendo assim excluídas; sendo excluídas, elas podem morrer pois não receberam estímulos que suprem sua sobrevivência. Células TH1, TH2 e TH17: responsáveis pelas respostas imunes. - Células TH1 são as principais responsáveis pelas reações de autoimunidade; - Células TH17 também levam a reações de autoimunidade; - Células TH2, em geral, bloqueiam/evitam a progressão de autoimunidade. 8. Onde são formadas e como atuam as células T reguladoras? Células Tregs surgem no timo e são encontradas no sangue periférico e em órgãos linfóides secundários.31 Células T reguladoras naturais expressam CD25 constitutivamente. CD25, a cadeia a do receptor de IL-2, é marcador de ativação das células T. Entretanto, a maioria das T ativadas expressa CD25 com intensidade baixa a moderada (CD25+int; int=intermediário). Somente um a 3% delas expressam CD25 com alta intensidade (CD25+high).32 A população CD25+high funciona com regulador.33 9. Explique a importância de CTLA-4 para a autotolerância. - Funções do CTLA-4: ESTUDO DIRIGIDO ∟Controlar atividade de TH; ∟Regular autotolerância – anticorpos anti-CTLA-4 causam autoimunidade; ∟Mediação de sinal inibitório. ∟Exceções: doenças autoimunes mediadas por anticorpos (p.e. LES). 10. O que são sítios de privilégio imune? De que forma a exposição de antígenos sequestrados contribui para a autoimunidade? locais isolados do sistema imunológico nos quais os antígenos contidos nesses compartimentos são protegidos dos elementos do sistema imune por uma barreira órgão-sangue, como as barreiras hematorretiniana e hematoencefálica. Acredita-se que algumas características particulares do sistema nervoso central, da córnea, da retina, das cartilagens, do fígado, da placenta, dos ovários, dos testículos, da próstata, da câmara anterior do olho e do córtex da supra-renal, possam criar um ambiente no qual a resposta imune não se desenvolva da mesma maneira que em outras partes do organismo 11. Cite exemplos de autoimunidades associadas à exposição de antígenos sequestrados. A uveíte corresponde à inflamação da úvea, que é parte do olho formada pela íris, corpo ciliar e coroide, que resulta em sintomas como olho vermelho, sensibilidade à luz e visão embaçada. Orquite é uma infecção dos testículos, normalmente pelo vírus da caxumba. Os sintomas testiculares incluem dor e edema. O diagnóstico é clínico. 12. Explique de que forma processos infecciosos podem contribuir para autoimunidade. Em muitas delas existe também um agente infeccioso desencadeando a autoimunidade, como um vírus ou uma bactéria. São exemplos de doenças autoimunes: febre reumática, doenças do colágeno (lúpus, esclerodermia, dermatomiosite, polimiosite, artrite reumatóide, síndrome de Sjogren, doença mista do tecido conectivo) 13. Cite exemplos de associação entre infecção e autoimunidade por mimetismo molecular e reação cruzada. Mimetismo molecular(Ag estranhos muito semelhantes a ag próprios): Reatividade cruzada entre Ag de microorganismos estruturalmente similares aos antígenos próprios. Quando um peptídeo próprio deixa de ser tolerado a reação inflamatória provoca a aparição de mais autoantígenos = Dispersão de epítopos. Um exemplo clássico é a febre reumática. Nela a reação imune montada contra uma proteína do Streptococcus (proteína M) agride também estruturas do coração Reação cruzada: Espondilite anquilosante: reação cruzada entre epítopos de HLA B27 e da Klebsiella pneumonia •Artrite reumatóide: Reação cruzada entre epítopos de HLA- DR4 e ESTUDO DIRIGIDO Proteus mirabilis • Febre reumática: Reação cruzada entre epítopos de Proteína M de Esptreptococcus β hemolítico e proteínas do sarcolema do miocárdio e miosina (cardite). 14. Explique de que forma polimorfismos genéticos podem estar associados a autoimunidade. O risco hereditário para muitas doenças autoimunes é atribuído aos múltiplos loci genéticos, dos quais a maior contribuição é feita pelos genes do MHC; Muitos D autoimunes em seres humanos tem relação com alelos do MHC. A associação do gene HLA e DAI, está no fato de que a única função do MHC seja a de apresentar antígenos peptídios aos LT. Porém, apesar de um alelo HLA poder aumentar o risco de desenvolvimento de uma doença autoimune, o alelo HLA, por si só não causa a doença; A falha pode estar no fato de os alelos particulares do MHC serem necessários para apresentar antígenos peptídicos próprios patogênicos a cells T autoreativas, ou que são ineficazes em apresentar antígenos próprios no Timo e levar a seleção negativa defeituosa de cells T, ou pelo fato de que os peptídeos antígenos apresentados pelo MHC falhar em estimular as cells Treg. Os polimorfismos nos genes não HLA são associados a muitas doenças autoimunes e podem contribuir com a falha de autotolerância ou ativação anormal dos linfócitos. 15. Explique a cronicidade das doenças autoimunes num contexto celular e molecular. Dentre os mecanismos celulares e moleculares associados a doenças autoimunes o mais simples é a mimetização de antígenos exógenos com moléculas endógenas, que causam confusão no momento de apresentação de antígenos aos linfócitos B. Outro fator importante na patogênese da autoimunidade é o comprometimento dos mecanismos de proteção contra a autoimunidade que inclui 1) deleção (remoção de linfócitos T auto-reativos por apoptose no timo durante a maturação), 2) anergia (não responsividade do sistema imune a células apresentadores de autoantígenos, evitando o desenvolvimento de uma resposta humoral) e 3) supressão (repressão dos linfócitos auto-reativos por citocinas produzidas por outros linfócitos) 16. Explique o conceito de espalhamento de epitopo e sua associação com risco de desenvolvimento de novas autoimunidades em um portador de doença autoimune. A auto-imunidade como causadora de doenças não é frequente, uma vez que existem mecanismos que mantêm um estado de tolerância aos epítopos que são partes de uma estrutura reconhecidas pelo sistema imune do próprio organismo. As doenças autoimunes têm etiopatonogênese complexa e multifactorial. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADtopo
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