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TRATAMENTO PARA DEPENDENTES DE MACONHA O tratamento para parar de usar drogas geralmente é feito por meio de internação em clínica especializada com o objetivo de monitorar o paciente e afastá-lo do possível contato com a droga. Esse internamento pode ser voluntário, pode ser com ajuda dos familiares ou compulsoriamente, por meios judiciais, normalmente utilizado quando existe risco para sua vida. Essa internação será o começo do tratamento que consiste na combinação de várias metodologias, como terapia, uso de medicamentos e outros tipos de apoio necessário por parte de médicos, enfermeiros, psicólogos e terapeutas ocupacionais para fazer a desintoxicação e permitir deixar o vício. A equipe de profissionais deverá trabalhar em conjunto para achar a melhor combinação de tratamento para cada caso. Inicialmente, para combater a fissura, que é o desejo iminente de usar drogas podem ser usados remédios ansiolíticos e antidepressivos como Diazepam ou o Clonazepam, no tratamento contra o uso da maconha os mais utilizados são: Rimonabanto, um remédio contra obesidade, fluoxetina e Buspirona. Além desses, são utilizados outros remédios, para as comorbidades como antibióticos, antivirais e medicações específicas para tuberculose, pneumonia, HIV, sífilis. Os remédios usados no tratamento devem ser supervisionados para que a pessoa não fique viciada nestes medicamentos. O apoio e a ajuda da família são muito importantes para o tratamento mas o acompanhamento de psicólogo e/ou psiquiatra é fundamental, pois eles tem a capacidade de oferecer ferramentas úteis para que a pessoa aprenda a se defender no novo contato social, na mudança de comportamento e ter como evitar os antigos amigos que o levariam as drogas. É necessário que ele reconstrua o seu “eu” e saiba lidar com suas emoções. Os psicólogos ao utilizarem-se das técnicas cognitivocomportamentais capacitam a pessoa fornecendo ferramentas para apoia-lo na luta contra o consumo da droga e a enfrentar outros problemas psicossociais e de saúde, ajudando na conscientização e reconhecimento do tratamento prevenindo de uma recaída. Em um segundo momento utilizam-se de uma abordagem baseada nos princípios da TCC quando o indivíduo deve ter assumido o tratamento e estar comprometido com as mudanças de sua vida. Outra abordagem derivada da terapia comportamental é o manejo de contingências, em que o comportamento desejado é reforçado de maneira positiva. O manejo tem sido utilizado em concomitância com as abordagens psicoterápicas e medicamentosas para estimular bons resultados do tratamento. Para que a abordagem e o tratamento tenham sucesso se faz necessário a internação, e/ou acompanhamento, em clínicas especializadas em tratamento contra o abuso de drogas. Existem clínicas particulares de internamento para dependentes químicos espalhadas por todo país. Encontramos também clínicas gratuitas para tratamento, mas as vagas são limitadas. O tempo de internamento varia de 2 a 3 meses, podendo ser somente durante o dia ou de forma integral e só saindo de lá quando estiver recuperado, após a alta deverá ser acompanhado por um ano ou, conforme o caso, por mais tempo. O governo oferece instituições públicas, os Centos de Atenção Psico Social – CAPS, que auxiliam no tratamento das drogas, dão atendimento diário possibilitando ao indivíduo a capacidade de se reintegrar capacitando-o ao trabalho e ao lazer desta forma fortalecendo sua saúde mental. Os CAPS contam com uma equipe de médico clínico geral, psiquiatra, psicólogo, enfermeiro e assistente social. As pessoas buscam cada vez mais tratamento para o usuário contumaz da maconha. A combinação de remédios, a abordagens cognitivo-comportamental, técnicas motivacionais se mostraram eficaz na recuperação do usuário de maconha. Para serem atingidos melhores resultados o tratamento deverá ser o mais especializado possível, tratando cada paciente dentro de sua faixa etária, capacidade física e aspectos psicossocial. REFERÊNCIAS: REIS, Alessandra Diehl; LARANJEIRA, Ronaldo. Tratamento farmacológico para maconha. Disponível em: https://www.uniad.org.br/wp-content/uploads/2009/08/Tratamento_farmacologico_para_maconha.pdf. Acesso em: 03-04-2020. JUNGERMAN, Flavia Serebrenic. Terapia Cognitivo-Comportamental Aplicada ao Tratamento de Dependentes de Maconha. In: ZANELATTO, Neide A.; LARANJEIRA, Ronaldo (coord). O tratamento da dependência química e as terapias cognitivo-comportamentais: um guia para terapeutas. Porto Alegre: Artmed, 2013, p.479-492. BRASIL. Ministério da Saúde. Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/693-acoes-e-programas/41146-centro-de-atencao-psicossocial-caps. Visto em: 04/04/2020.
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