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DIREITO AMBIENTAL - Aula 04-09

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Aula 04
Direito Ambiental p/ Polícia Civil - DF (Delegado)
Professor: Rosenval Júnior
Direito Ambiental para Polícia Civil - DF (Delegado)
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AULA 04: Unidades de Conservação
SUMÁRIO PÁGINA
Unidades de Conservação 2
Questões comentadas 34
Lista de questões comentadas + Gabarito 67
Memorex 81
A legislação brasileira de unidades de conservação (Lei nº
9.985/2000 e regulamentos). A Proteção e a conservação da
biodiversidade. A Lei nº 11.516/2007.
Olá, prezados!
Para esta aula, o mais importante é que vocês saibam quais
são os 2 grupos de UCs (Proteção Integral e Uso Sustentável), as
12 categorias e suas características, como são criadas, a que
grupo cada categoria pertence, se são de domínio público ou
privado etc.
Outro ponto importante é a jurisprudência do STF sobre a
compensação ambiental.
Mais de 80% das questões sobre Unidades de Conservação
giram em torno desses temas.
Bons estudos!
"Para realizar grandes conquistas devemos não apenas agir, mas
também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar!"
Anatole France
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Lei 9.985/2000 - Unidades de Conservação
Unidade de conservação (UC) é uma modalidade de Espaço
Territorial Especialmente Protegido (ETEP).
Espaços Territoriais
Especialmente
Protegidos (ETEP):
Unidades de
Conservação (UC)
(Lei 9.985/00)
Áreas de
Preservação
Permanente (APP)
(Código Florestal)
Reserva Legal (RL)
(Código Florestal)
Outros: Quilombos,
Terras Indígenas...
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Para o respeitado mestre Édis Milaré, os ETEPs são divididos em:
ETEPs em sentido estrito (stricto sensu), que são as Unidades de
Conservação; e ETEPs em sentido amplo (lato sensu), que são as Áreas
de Preservação Permanente, Reservas Legais, Áreas de Uso Restrito e
todas as demais.
Segundo a Lei 9.985/00, unidade de conservação é o espaço
territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e
limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se
aplicam garantias adequadas de proteção.
Esquematizando tudo:
Unidade de conservação é o:
Espaço territorial e seus recursos ambientais,
Com características naturais relevantes,
Legalmente instituído pelo Poder Público,
Objetivos de conservação,
Limites definidos,
Sob regime especial de administração, e
Garantias adequadas de proteção.
Assim, para a configuração jurídico-ecológica de uma UC, deve
haver a relevância natural, o caráter oficial, a delimitação territorial, o
objetivo conservacionista, e o regime especial de proteção e
administração.
Cabe ressaltar que o subsolo e o espaço aéreo, sempre que
influírem na estabilidade do ecossistema, integram os limites das
unidades de conservação.
Poderão ser criadas por ato do Poder Público (Poder
Legislativo - lei ou Poder Executivo - decreto), mas só poderão ser
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extintas, suprimidas ou reduzidas por LEI. A desafetação também
depende de LEI, mesmo que a UC tenha sido criada por decreto.
Pessoal, na criação da UC, a lei ou decreto poderá ser
federal, estadual ou municipal. Poderá, portanto, ser um decreto do
chefe do Poder Executivo Federal (Presidente), Estadual (Governador) ou
Municipal (Prefeito) OU ainda uma lei federal, estadual ou municipal.
Importante lembrar que é um dos instrumentos da Política Nacional
de Meio Ambiente a criação de espaços territoriais especialmente
protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal tais como
áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas
extrativistas (Art. 9º, VI da Lei 6.938/81).
A CF/88 em seu art. 225, § 1º, III, determina que incumbe ao
Poder Público definir, em TODAS as unidades da Federação, espaços
territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo
a alteração e a supressão permitidas somente através de LEI,
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos
que justifiquem sua proteção.
A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem
modificação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto,
pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível
hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os
procedimentos de consulta.
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Criação ou ampliação de UC Alteração (redução dos limites)
ou supressão ou extinção e
desafetação de UC
Ato do Poder Público (Decreto
ou Lei) da União, dos Estados,
do DF e dos Municípios.
Somente por Lei da União, dos
Estados, do DF e dos Municípios.
Segundo o art. 2o do decreto 4.340/02, que regulamenta a Lei
9.985/00, a o ato de criação de uma unidade de conservação deve
indicar:
I - a denominação, a categoria de manejo, os objetivos, os limites,
a área da unidade e o órgão responsável por sua administração;
II - a população tradicional beneficiária, no caso das Reservas
Extrativistas e das Reservas de Desenvolvimento Sustentável;
III - a população tradicional residente, quando couber, no caso das
Florestas Nacionais, Florestas Estaduais ou Florestas Municipais; e
IV - as atividades econômicas, de segurança e de defesa nacional
envolvidas.
A CRIAÇÃO é precedida de ESTUDOS TÉCNICOS e de
CONSULTA PÚBLICA que permitam identificar a localização, a
dimensão e os limites mais adequados para a unidade. É
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dispensável [NÃO é obrigatória] a consulta para a criação de
Estações Ecológicas e Reservas Biológicas.
As unidades de conservação poderão ser compostas de áreas
públicas ou privadas, dependendo da categoria. Na tabela resumo
estão especificadas as características de cada UC.
No caso de criação de uma UC de posse e domínio públicos, as
áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de
acordo com o que dispõe a lei.
Excluem-se das indenizações referentes à regularização
fundiária das unidades de conservação, derivadas ou não de
desapropriação: as espécies arbóreas declaradas imunes de corte
pelo Poder Público; expectativas de ganhos e lucro cessante; o
resultado de cálculo efetuado mediante a operação de juros
compostos; e as áreas que não tenham prova de domínio
inequívoco e anterior à criação da unidade.
Em algumas categorias são permitidas áreas particulares (vejam a
tabela com todas as UCs), desde que seja possível compatibilizar os
objetivos da unidade com a utilização pelo proprietário.
A área deverá ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei,
no caso de não haver compatibilidade entre os objetivos da área e as
atividades privadas. O mesmo ocorrerá se o proprietário não aceitar as
condições propostas pelo órgão responsável pela administração da
unidade para a coexistência da UC com o uso da propriedade.
Conceitos importantes da Lei 9.985/00
Unidade de conservação:
Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes. (o
subsolo e o espaço aéreo, sempreque influírem na estabilidade do
ecossistema, integram os limites das unidades de conservação, Art. 24
da Lei 9.985/00),
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legalmente instituído pelo Poder Público,
com objetivos de conservação e
limites definidos,
sob regime especial de administração,
ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.
Recurso ambiental:
atmosfera,
águas interiores, superficiais e subterrâneas,
estuários,
mar territorial,
solo, e subsolo,
elementos da biosfera,
fauna e flora.
Proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações
causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto
dos seus atributos naturais.
Uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou
destruição dos recursos naturais.
Uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos
recursos naturais.
Uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a
perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos
ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos
ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável
(SUSTENTÁVEL = Conservação ambiental + exploração econômica +
justiça ou equidade social).
Extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de
modo sustentável, de recursos naturais renováveis;
Recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população
silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser
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diferente de sua condição original.
Restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população
silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição
original.
Conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza,
compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização
sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural,
para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às
atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e
aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres
vivos em geral.
Preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que
visem a proteção a longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas,
além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a
simplificação dos sistemas naturais.
Zona de amortecimento: o entorno de uma UC, onde as atividades
humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o
propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade.
Corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou
seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam
entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a
dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como
a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência
áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais.
Diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de todas
as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres,
marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de
que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de
espécies, entre espécies e de ecossistemas.
Conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais
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e a manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em
seus meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou
cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades
características.
Manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a
conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas.
Zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de
conservação com objetivos de manejo e normas específicos, com o
propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os
objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e
eficaz.
Plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com
fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se
estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso
da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação
das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.
Os mais cobrados em provas são os conceitos de Unidade de
Conservação, zona de amortecimento e corredor ecológico. Perceba
a diferença entre recuperação e restauração. E observe que a
conservação compreende a preservação, ou seja, de acordo com a Lei do
SNUC, conservação é um conceito mais amplo.
.
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)
O Sistema NACIONAL de Unidades de Conservação (SNUC) é
constituído pelo conjunto das unidades de conservação FEDERAIS,
ESTADUAIS e MUNICIPAIS. Assim todos os entes federativos (União,
Estados, DF e Municípios) são competentes para criar unidades de
conservação.
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As unidades de conservação (UC) integrantes do SNUC dividem-se
em 2 grupos: UC de PROTEÇÃO INTEGRAL e UC de USO
SUSTENTÁVEL. Cada grupo é dividido em categorias, com características
específicas.
As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável
podem ser transformadas total ou parcialmente em unidades do
grupo de Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo
nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os
procedimentos de consulta.
Temos assim 2 grupos e 12 categorias no total
2 grupos:
(Art. 7º)
Proteção Integral Preservar a natureza
+ uso indireto
Uso Sustentável Conservação da natureza
+uso sustentável
5 categorias de UC no grupo de UC de PROTEÇÃO INTEGRAL
(Art. 8º)
I - Estação Ecológica (EE);
II - Reserva Biológica (ReBio);
III - Parque Nacional (ParNa);
IV - Monumento Natural (MN);
V - Refúgio de Vida Silvestre (RVS).
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7 categorias de UC no grupo de UC de USO SUSTENTÁVEL
(Art. 14)
I - Área de Proteção Ambiental (APA);
II - Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE);
III - Floresta Nacional (FloNa);
IV - Reserva Extrativista (ResEx);
V - Reserva de Fauna (RF);
VI ♠ Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar
a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos
naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC. Já as Unidades
de Uso Sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza
com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
Proteção Integral
UC Posse e
Domínio
Objetivos:
EE PÚBLICO Preservação + Pesquisa (MÁX. 3% da
extensão total e ATÉ o limite de 1500 ha.)
ReBio PÚBLICO Preservação Integral da biota e demais
atributos naturais existentes.
ParNa PÚBLICO Preservação de ecossistemas naturais de
grande relevância ecológica e beleza cênica +
pesquisa+ educação e interpretação
ambiental+recreação+turismo ecológico.
MoNa PÚBLICO
ou
PRIVADO
Preservar sítios naturais raros, singulares
ou de grande beleza cênica.
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RVS PÚBLICO
ou
PRIVADO
Proteger ambientes naturais p/ existência e
reprodução da flora local e da fauna
residente ou migratória.
Observações:
Obs. 1: Em Estação Ecológica e Reserva Biológica é proibida a
visitação pública, exceto se tiver objetivo educacional.
Nas demais Unidades de proteção integral a visitação pública é
permitida, mas sujeita a normas e restrições do plano de manejo.
Obs. 2: A pesquisa científica nessas áreas depende de prévia autorização.
Obs. 3: As áreas particulares em Estação Ecológica, Reserva
Biológica e Parque Nacional serão desapropriadas.
Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre podem ser
constituídos por áreas particulares. Mas, no caso de incompatibilidade ou
não aquiescência do proprietário, a área deve ser desapropriada.
Uso Sustentável
UC Posse e
Domínio
Definição e Objetivos:
APA PÚBLICO
ou
PRIVADO
Área em geral EXTENSA, com certo grau
de ocupação humana. Proteger a
diversidade biológica, disciplinar a
ocupação e assegurar sustentabilidade.
ARIE PÚBLICO
ou
PRIVADO
Área em geral pequena, com pouca ou
nenhuma ocupação. Manter os
ecossistemas raros e regular o uso.
FloNa PÚBLICO Cobertura florestal predominantemente
nativa. Uso múltiplo sustentável dos rec.
florestais + pesquisa (ênfase em métodos
para exploração sustentável de florestas
nativas).
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ResEx PÚBLICO Extrativismo, complementarmente
agricultura de subsistência e criação de
pequenos animais.
ReFau PÚBLICO Área natural com animais de espécies
nativas. Estudos técnicos científicos sobre
manejo econômico sustentável.
RDS PÚBLICO Área natural com populações tradicionais.
Preservação da natureza e manutenção
das condições de vida.
RPPN PRIVADO Área privada gravada com perpetuidade.
Conservar a biodiversidade. Permitida
pesquisa e visitação com objetivos
turísticos, recreativos e educacionais.
Observações:
Obs. 1: APA e Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) são
constituídas por áreas públicas ou privadas, que podem ter normas e
restrições de utilização.
RPPN é área privada.
As demais Unidades de uso sustentável (FloNa, ResEx, ReFau,
RDS) são de domínio público.
Reserva Extrativista e Reserva de Desenvolvimento
Sustentável terão o uso concedido por meio de contrato às populações
extrativistas e tradicionais, respectivamente.
Obs. 2: Em Reserva de Fauna e em Reserva Extrativista é proibida
a caça amadorística ou profissional.
*A caça profissional ou comercial é aquela que tem por
finalidade extrair da fauna silvestre produtos animais, com o retorno
econômico.
*A caça amadorística ou desportiva ou esportiva é o exercício
da caça com o fim recreativo, sem fins lucrativos.
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Existem outros tipos de caça, como a caça de controle, a de
subsistência; e a científica. Cabe salientar, no entanto, que a Lei 9.985/00
(SNUC) nada especifica sobre elas.
Além disso, a Lei 9.985/00 (SNUC) não traz os conceitos de caça
amadorística ou profissional, apenas determina a proibição dessas
modalidades em Reserva de Fauna e em Reserva Extrativista.
Em Reserva Extrativista também é proibida a exploração de
recursos minerais.
Obs. 3: A exploração comercial de recursos madeireiros em
Reserva Extrativista só será admitida em bases sustentáveis e em
situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas
na Reserva.
Assistam ao vídeo sobre a compensação ambiental com questões
comentadas para complementar o estudo:
https://www.youtube.com/watch?v=iJ5f7RDQ59w
Obs.: Consulte na busca do Youtube ☜Rosenval Júnior☝ e assista ao vídeo
#2 sobre Grupos e Categorias de Unidades de Conservação.
O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos:
Órgão
consultivo e
deliberativo
Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama)
Acompanhar a
implementação do Sistema.
Órgão Ministério do Meio Ambiente Coordenar o Sistema.
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central (MMA)
Órgãos
executores
Instituto Chico Mendes
(ICMBio) e o Ibama, em
caráter supletivo, os órgãos
estaduais e municipais.
Implementar o SNUC,
subsidiar propostas de
criação e administrar as
UCs, nas respectivas
esferas de atuação.
A lei 11.516/07 além de ter alterado a lei 9.985/00 também criou o
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito
público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do
Meio Ambiente, com a finalidade de:
I - executar ações da política nacional de unidades de conservação
da natureza, referentes às atribuições federais relativas à
proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e
monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União;
II - executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos
naturais renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações
tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável
instituídas pela União;
III - fomentar e executar programas de pesquisa, proteção,
preservação e conservação da biodiversidade e de educação
ambiental;
IV - exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das
unidades de conservação instituídas pela União; e
V - promover e executar, em articulação com os demais órgãos e
entidades envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de
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ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades
sejam permitidas.
Atenção, pois o exercício do poder de polícia ambiental exercido
pelo ICMBio para a proteção das unidades de conservação instituídas pela
União, NÃO exclui o exercício supletivo do poder de polícia ambiental pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
- IBAMA.
Zona de Amortecimento
As unidades de conservação, exceto Área de Proteção
Ambiental (APA) e Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN), devem possuir uma zona de amortecimento e, quando
conveniente, corredores ecológicos.
A zona de amortecimento é o ENTORNO de uma unidade de
conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e
restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidade.
A área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção
Integral é considerada zona rural, para os efeitos legais e sua zona
de amortecimento, uma vez definida formalmente, não pode ser
transformada em zona urbana. Isso torna inaplicável nessas áreas a Lei
6.766/79, que trata de loteamento e desmembramento urbanos.
O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá
normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da
zona de amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de
conservação.
Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e
as normas específicas para disciplinar a ocupação e o uso dessas áreas
poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente.
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Zona de amortecimento em amarelo.
Mosaicos de Unidades de Conservação
Quando existir um conjunto de unidades de conservação de
categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ousobrepostas,
e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um
MOSAICO, a GESTÃO DO CONJUNTO deverá ser feita de forma
INTEGRADA e PARTICIPATIVA, considerando-se os seus distintos
objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da
biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento
sustentável no contexto regional.
O mosaico de Unidades de Conservação deverá dispor de um
conselho de mosaico, com caráter consultivo e a função de atuar
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como instância de gestão integrada das unidades de conservação que o
compõem. O conselho de mosaico terá como presidente um dos chefes
das unidades de conservação que o compõem, o qual será escolhido pela
maioria simples de seus membros.
O mosaico de unidades de conservação será reconhecido em
ato do Ministério do Meio Ambiente, a pedido dos órgãos gestores
das unidades de conservação.
Os corredores ecológicos, reconhecidos em ato do Ministério do
Meio Ambiente, integram os mosaicos para fins de sua gestão.
Na ausência de mosaico, o corredor ecológico que interliga unidades
de conservação terá o mesmo tratamento da sua zona de amortecimento.
Pessoal, já apresentamos os conceitos, mas sempre é bom revisar.
Lembrem-se de que corredores ecológicos são porções de
ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de
conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o
movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização
de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que
demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que
aquela das unidades individuais.
Já a zona de amortecimento é o entorno de uma unidade de
conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e
restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidade.
Limitação Administrativa
O Poder Público poderá, na forma da lei, decretar limitações
administrativas provisórias ao exercício de atividades e
empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de
degradação ambiental, para a realização de estudos com vistas na
criação de Unidade de Conservação.
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Isso poderá ocorrer quando, a critério do órgão ambiental
competente, houver risco de dano grave aos recursos naturais ali
existentes.
Excluem-se dessa limitação as atividades agropecuárias e outras
atividades econômicas em andamento e obras públicas licenciadas.
Na área submetida a limitações administrativas, não serão
permitidas atividades que importem em exploração a corte raso da
floresta e demais formas de vegetação nativa.
*Corte raso é a remoção total da cobertura florestal.
A destinação final da área submetida à limitação administrativa será
definida no prazo de 7 meses, improrrogáveis, após esse prazo fica
extinta a limitação administrativa.
Plano de Manejo
O Plano de Manejo é o documento técnico mediante o qual,
com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se
estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso
da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação
das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.
O Plano de Manejo constitui a lei interna da UC, devendo cada
unidade de conservação dispor de um Plano de Manejo, que deverá
ser elaborado (pelo órgão gestor ou pelo proprietário quando for o caso)
no prazo de 5 anos a partir da data de criação da UC.
O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de
conservação, sua zona de amortecimento e os corredores
ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à
vida econômica e social das comunidades vizinhas.
Na elaboração, atualização e implementação do Plano de Manejo
das Reservas Extrativistas, das Reservas de Desenvolvimento
Sustentável, das Áreas de Proteção Ambiental e, quando couber, das
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Florestas Nacionais e das Áreas de Relevante Interesse Ecológico, será
assegurada a ampla participação da população residente.
Segundo o art. 12 do decreto 4.340/02, o Plano de Manejo da
unidade de conservação, elaborado pelo órgão gestor ou pelo proprietário
quando for o caso, será aprovado:
I - em portaria do órgão executor, no caso de Estação Ecológica,
Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural, Refúgio de
Vida Silvestre, Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante
Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva de Fauna e Reserva
Particular do Patrimônio Natural;
II - em resolução do conselho deliberativo, no caso de Reserva
Extrativista e Reserva de Desenvolvimento Sustentável, após prévia
aprovação do órgão executor.
O Plano de Manejo aprovado deve estar disponível para consulta do
público na sede da unidade de conservação e no centro de documentação
do órgão executor.
Plano de Manejo e OGM
O Plano de Manejo poderá dispor sobre as atividades de
liberação planejada e cultivo de organismos geneticamente
modificados (OGM) nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e nas
zonas de amortecimento das demais categorias de unidade de
conservação, observadas as informações contidas na decisão
técnica da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio.
ATENÇÃO! A liberação planejada e o cultivo de OGM precisam
estar expressamente previstos no Plano de Manejo e só poderão
ocorrer nas APAs e nas zonas de amortecimento das demais
categorias. Além disso, deve-se observar a decisão técnica da
CTNBio.
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O Poder Executivo estabelecerá os limites para o plantio de
organismos geneticamente modificados nas áreas que circundam as
unidades de conservação até que seja fixada sua zona de amortecimento
e aprovado o seu respectivo Plano de Manejo.
* Organismo geneticamente modificado ♠ OGM é o organismo cujo
material genético ♠ ADN/ARN tenha sido modificado por qualquer técnica
de engenharia genética.
Gestão compartilhada de UC por OSCIP
As unidades de conservação podem ser geridas por
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) com
objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o
órgão responsável por sua gestão.
A gestão compartilhada de unidade de conservação por OSCIP é
regulada por termo de parceria firmado com o órgão executor, nos
termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999.
Poderá gerir unidade de conservação a OSCIP que preencha os
seguintes requisitos:
Tenha dentre seus objetivos institucionais a proteção do meio
ambiente ou a promoção do desenvolvimento sustentável; e
Comprove a realização de atividades de proteção do meio
ambiente ou desenvolvimento sustentável, preferencialmente na
unidade de conservação ou no mesmo bioma.
A OSCIP deve encaminhar anualmente relatórios de suas atividades
para apreciação do órgão executor e do conselho da unidade.
Espécies não autóctones
São as espécies exóticas, não nativas da área em que vivem.
É proibida a introdução nas unidades de conservação de espécies
não autóctones. Excetuando-se as Áreas de Proteção Ambiental, as
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Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas e as Reservas de
DesenvolvimentoSustentável, bem como os animais e plantas
necessários à administração e às atividades das demais categorias de
unidades de conservação, de acordo com o que se dispuser em
regulamento e no Plano de Manejo da unidade.
Nas áreas particulares localizadas em Refúgios de Vida Silvestre e
Monumentos Naturais podem ser criados animais domésticos e cultivadas
plantas considerados compatíveis com as finalidades da unidade, de
acordo com o que dispuser o seu Plano de Manejo.
Pesquisa Científica
A realização de pesquisas científicas nas unidades de conservação,
exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio
Natural, depende de aprovação prévia e está sujeita à fiscalização
do órgão responsável por sua administração.
Os órgãos executores articular-se-ão com a comunidade científica
com o propósito de incentivar o desenvolvimento de pesquisas sobre a
fauna, a flora e a ecologia das unidades de conservação e sobre formas
de uso sustentável dos recursos naturais, valorizando-se o conhecimento
das populações tradicionais.
Evidentemente as pesquisas científicas nas unidades de
conservação não podem colocar em risco a sobrevivência das espécies
integrantes dos ecossistemas protegidos.
Recursos e Doações
Os órgãos responsáveis pela administração das unidades de
conservação podem receber recursos ou doações de qualquer
natureza, nacionais ou internacionais, com ou sem encargos,
provenientes de organizações privadas ou públicas ou de pessoas físicas
que desejarem colaborar com a sua conservação.
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A administração dos recursos obtidos cabe ao órgão gestor
da unidade, e estes serão utilizados exclusivamente na sua
implantação, gestão e manutenção.
Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de
Proteção Integral (exemplo: Parques Nacionais) mediante a cobrança
de taxa de visitação e outras rendas decorrentes de arrecadação,
serviços e atividades da própria unidade serão aplicados de acordo
com os seguintes critérios:
até 50%, e não menos que 25%, na implementação,
manutenção e gestão da própria unidade;
até 50%, e não menos que 25%, na regularização fundiária
das unidades de conservação do Grupo;
até 50%, e não menos que 15%, na implementação,
manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo
de Proteção Integral.
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Jurisprudência STF sobre a Compensação Ambiental
Compensação ambiental é um instrumento previsto no art. 36 da
Lei 9.985/00, que obriga o empreendedor a apoiar a implantação e
manutenção de unidade de conservação, nos casos de
licenciamento ambiental de empreendimentos que causem
significativo impacto ambiental, com fundamento no EIA/RIMA.
Segundo o Caput do art. 36, as unidades de conservação
beneficiadas são as pertencentes ao grupo de proteção integral;
entretanto no parágrafo 3º do mesmo artigo, temos que no caso de o
empreendimento afetar uma unidade específica (mesmo que não seja de
Proteção Integral) ou sua zona de amortecimento, a unidade afetada
deverá ser uma das beneficiárias, ou seja, se uma unidade de
conservação sustentável for afetada pela atividade, também deverá ser
beneficiada com a compensação. Além disso, o licenciamento só será
concedido mediante autorização do órgão responsável pela administração
da UC atingida.
A lei estabeleceu, em seu texto original, que o montante de
recursos a ser destinado para as unidades de conservação pelo
empreendedor não poderia ser inferior a 0,5% dos custos totais de
implementação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão
ambiental licenciador de acordo com o grau de impacto causado pelo
empreendimento.
O artigo 36, § 1o da lei 9.985/2000, ainda traz essa redação. E é
aqui que mora o perigo! Pois o Supremo declarou a
inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior a meio
por cento dos custos totais previstos para a implantação do
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empreendimento." (STF. ADI 3.378-DF, Relator Min. Carlos Britto.
Julgamento: 09-04-2008. DJ 20-06-2008).
Por esse motivo, eu risquei a exigência do percentual mínimo de
0,5%. Hoje não temos mais um piso! O órgão ambiental fixará o
montante de acordo com o grau de impacto causado, com
fundamento no EIA/RIMA.
Observe que a decisão do STF declarou inconstitucional
apenas o piso de 0,5%. A compensação ambiental é constitucional
e continua em vigor.
Assim, para os fins de fixação da compensação ambiental, o IBAMA
estabelecerá o grau de impacto a partir de estudo prévio de impacto
ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que considerará,
exclusivamente, os impactos ambientais negativos sobre o meio
ambiente. ATENÇÃO! É o IBAMA que faz o cálculo da compensação
ambiental!
Apenas para complementar o assunto, vale dizer que, de acordo
com o art. 36, § 2º da Lei 9.985/00, as unidades de conservação a
serem beneficiadas são definidas pelo órgão ambiental
licenciador, considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e
ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de
novas unidades de conservação. Além disso, o Decreto 4.340/02
acrescenta que fixado em caráter final o valor da compensação, o IBAMA
definirá sua destinação, ouvindo tabém o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes.
A aplicação dos recursos da compensação ambiental nas
unidades de conservação, existentes ou a serem criadas, deve obedecer à
seguinte ordem de prioridade:
I - regularização fundiária e demarcação das terras;
II - elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo;
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III - aquisição de bens e serviços necessários à implantação,
gestão, monitoramento e proteção da unidade, compreendendo
sua área de amortecimento;
IV - desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova
unidade de conservação; e
V - desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da
unidade de conservação e área de amortecimento.
Pessoal, sobre compensação ambiental há apenas mais um detalhe.
Há uma fórmula para calcular o seu valor.
O Valor da Compensação Ambiental - CA será calculado pelo
produto do Grau de Impacto - GI com o Valor de Referência - VR, de
acordo com a fórmula a seguir:
CA = VR x GI, onde:
CA = Valor da Compensação Ambiental;
VR = somatório dos investimentos necessários para implantação do
empreendimento, não incluídos os investimentos referentes aos planos,
projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento
ambiental para mitigação de impactos causados pelo empreendimento,
bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do
empreendimento, inclusive os relativos às garantias, e os custos com
apólices e prêmios de seguros pessoais e reais; (As informações
necessárias ao calculo do VR deverão ser apresentadas pelo
empreendedor ao órgão licenciador antes da emissão da licença de
instalação)
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GI = Grau de Impacto nos ecossistemas, podendo atingir valores de 0 a
0,5%. O EIA/RIMA deverá conter as informações necessárias ao cálculo
do GI. O grau de impacto considera o Impacto sobre a Biodiversidade;o
Comprometimento de Área Prioritária; e a Influência em Unidades de
Conservação.
Jurisprudência
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 36 E SEUS §§ 1º, 2º E
3º DA LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. CONSTITUCIONALIDADE
DA COMPENSAÇÃO DEVIDA PELA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS
DE SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL. INCONSTITUCIONALIDADE
PARCIAL DO § 1º DO ART. 36.
1. O compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da
Lei nº 9.985/2000 não ofende o princípio da legalidade, dado haver
sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos com as
unidades de conservação da natureza. De igual forma, não há violação
ao princípio da separação dos Poderes, por não se tratar de
delegação do Poder Legislativo para o Executivo impor deveres aos
administrados.
2. Compete ao órgão licenciador fixar o quantum da compensação,
de acordo com a compostura do impacto ambiental a ser
dimensionado no relatório - EIA/RIMA.
3. O art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o PRINCÍPIO USUÁRIO-
PAGADOR, este a significar um mecanismo de assunção partilhada da
responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade
econômica.
4. Inexistente desrespeito ao postulado da razoabilidade.
Compensação ambiental que se revela como instrumento adequado à
defesa e preservação do meio ambiente para as presentes e futuras
gerações, não havendo outro meio eficaz para atingir essa finalidade
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constitucional. Medida amplamente compensada pelos benefícios que
sempre resultam de um meio ambiente ecologicamente garantido em sua
higidez.
5. Inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior a
meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do
empreendimento", no § 1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da
compensação-compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao
impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a
ampla defesa. Prescindibilidade da fixação de percentual sobre os
custos do empreendimento.
6. Ação parcialmente procedente.
(STF: ADI 3378 DF, Relator: CARLOS BRITTO, Data de Julgamento:
08/04/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-112 Divulg. 19-06-
2008 Public. 20-06-2008)
Pessoal, por fim cabe dizer que o novo Código Florestal (Lei
12.651/2012) dispôs em seu artigo 41, § 6o, que os proprietários
localizados nas zonas de amortecimento de Unidades de Conservação de
Proteção Integral são elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da
compensação prevista no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000,
com a finalidade de recuperação e manutenção de áreas prioritárias para
a gestão da unidade.
Assistam ao vídeo sobre a compensação ambiental com questões
comentadas para complementar o estudo:
https://www.youtube.com/watch?v=7fh3iyNnvBw
Obs.: Consulte na busca do Youtube ☜Rosenval Júnior☝ e assista ao vídeo
#3 sobre Compensação Ambiental
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Reserva da Biosfera
A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa
Intergovernamental "O Homem e a Biosfera ♠ MAB", estabelecido pela
Unesco, organização da qual o Brasil é membro.
Trata-se de um modelo, adotado internacionalmente, de
gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos
naturais. É gerida por um Conselho Deliberativo, formado por
representantes de instituições públicas, de organizações da sociedade civil
e da população residente.
É constituída por áreas de domínio público ou privado; podendo
ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público.
Possui como objetivos básicos a preservação da diversidade
biológica, pesquisa científica, monitoramento ambiental, educação
ambiental, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da
qualidade de vida das populações.
Quando a Reserva da Biosfera abranger o território de apenas
um Estado, o sistema de gestão será composto por um conselho
deliberativo e por comitês regionais.
Quando a Reserva da Biosfera abranger o território de mais de um
Estado, o sistema de gestão será composto por um conselho
deliberativo e por comitês estaduais.
A única diferença é que se a RB abranger apenas um estado
terá comitês regionais. No caso de abranger mais de um Estado, o
sistema de gestão terá comitês estaduais. Nas duas situações
haverá conselho deliberativo.
À Comissão Brasileira para o Programa "O Homem e a Biosfera" ♠
COBRAMAB - compete criar e coordenar a Rede Nacional de Reservas da
Biosfera.
O Brasil possui atualmente as seguintes Reservas da Biosfera
distribuídas pelos grandes biomas brasileiros:
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RB Mata Atlântica,
RB Pantanal,
RB Caatinga,
RB Cerrado,
RB Amazônia Central,
RB da Serra do Espinhaço e
RB Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (que integra a RB
Mata Atlântica).
A primeira dessas Reservas da Biosfera foi a da Mata Atlântica
(RBMA), que tem atualmente 350.000 km2 e forma um grande corredor
envolvendo 15 estados brasileiros, incorporando centenas de áreas núcleo
(Unidades de Conservação). A RBMA foi reconhecida em cinco fases entre
1991 e 2002, e é a segunda maior reserva da biosfera do mundo.
As Reservas da Biosfera são constituídas de:
Áreas-núcleo: destinadas à proteção integral da natureza;
Zonas de amortecimento: só são admitidas atividades que
não resultem em dano para as áreas-núcleo; e
Zonas de transição: Não possui limites rígidos, onde o
processo de ocupação e o manejo dos recursos naturais são
planejados e conduzidos de modo participativo e em bases
sustentáveis.
Veja abaixo as ilustrações sobre a constituição das Reservas da
Biosfera.
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Autorização para a Exploração de Bens e Serviços
A exploração de produtos, sub-produtos ou serviços inerentes às
unidades de conservação, de acordo com os objetivos de cada categoria
de unidade, podem ser autorizados.
A RESERVA da
BIOSFERA
é constituída por:
1 ou várias
áreas-núcleo
1 ou várias
zonas de
amortecimento
1 ou várias
zonas de
transição
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Nesse caso, o órgão executor deve viabilizar a participação de
pessoas físicas ou jurídicas, observando-se os limites estabelecidos pela
legislação vigente sobre licitações públicas e demais normas em vigor.
Além disso, a autorização deve estar fundamentada em estudos de
viabilidade econômica e investimentos elaborados pelo órgão executor,
ouvido o conselho da unidade. Ficando proibida a construção e
ampliação de benfeitoria sem autorização do órgão gestor da unidade
de conservação.
Os produtos, sub-produtos ou serviços inerentes à unidade de
conservação seriam:
I - aqueles destinados a dar suporte físico e logístico à sua administração
e à implementação das atividades de uso comum do público, tais como
visitação, recreação e turismo;
II - a exploração de recursos florestais e outros recursos naturais em
Unidades de Conservação de Uso Sustentável, nos limites estabelecidos
em lei.
O uso de imagens de unidade de conservação com finalidade
comercial será cobrado conforme estabelecido em ato administrativo pelo
órgão executor. Quando a finalidade do uso de imagem da unidade de
conservação for preponderantementecientífica, educativa ou cultural, o
uso será gratuito.
Resumindo: o uso de imagem com fim comercial será cobrado!
Quando o uso for predominantemente para fins científicos será gratuito!
Conselho Consultivo e Deliberativo
As categorias de unidade de conservação poderão ter conselho
consultivo ou deliberativo, que serão presididos pelo chefe da unidade
de conservação, o qual designará os demais conselheiros indicados pelos
setores a serem representados.
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Conforme artigo 29 da Lei 9.985/00, cada unidade de
conservação do grupo de Proteção Integral disporá de um
Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de
organizações da sociedade civil, por proprietários de terras localizadas em
Refúgio de Vida Silvestre ou Monumento Natural, quando for o caso, e,
das populações tradicionais residentes, conforme se dispuser em
regulamento e no ato de criação da unidade.
Para as unidades de uso sustentável há previsão específica de
conselho para algumas unidades e omissão em relação a outras.
A lei 9.985/00 especifica que Reserva Extrativista (Art. 18, § 2º) e
Reserva de Desenvolvimento Sustentável (Art. 20, § 4º) serão geridas por
conselho deliberativo. Assim como para Reserva da Biosfera (Art. 41, § 4º da
Lei 9985/00). Floresta Nacional disporá de um conselho consultivo (Art. 17, §
5º) e a Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo
órgão responsável por sua administração e constituído por representantes
dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população
residente (Art. 15, § 5º).
Nos demais casos a legislação é omissa, o que nos leva a entender
que seria facultativo, uma vez que o decreto 4.340/02, em seu artigo 17,
dispõe que as categorias de unidade de conservação poderão ter
conselho consultivo ou deliberativo.
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Questões comentadas
Unidades de Conservação - Lei 9.985/00
1 - (CESPE - Juiz - TRF - 1ª REGIÃO - 2011)
Os espaços territoriais previstos na CF dizem respeito apenas às
porções do território nacional, isto é, pertencentes à União, não
podendo atingir áreas estaduais ou municipais.
Errado. Art. 225, § 1º, III da CF/88.
"Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público: III - definir, em TODAS as UNIDADES DA FEDERAÇÃO,
espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através
de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos
atributos que justifiquem sua proteção."
Sendo assim, teremos espaços territoriais e seus componentes
a serem especialmente protegidos em TODAS as UNIDADES DA
FEDERAÇÃO [U, E, DF e M].
2 - (Cesgranrio - Petrobrás - Profissional Júnior - 2010)
A Estação Ecológica é uma das categorias de unidade de
conservação da natureza dentre as quais se incluem as áreas de
preservação permanente.
Errado. Pessoal, não confundam Unidade de Conservação com área de
preservação permanente (APP) e com reserva legal (RL). São espaços
territoriais especialmente protegidos (ETEP) distintos.
ETEP é o gênero. UC, APP e RL são espécies.
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Assim toda UC é um espaço territorial especialmente protegido, mas
nem todo espaço territorial especialmente protegido é uma UC. Pois um
ETEP pode ser uma UC ou APP ou RL, por exemplo. Entendido?
Além disso, APP e RL NÃO são unidades de conservação.
Unidades de conservação são as 12 categorias que apresentei para
vocês, dentre elas, APA, Parque Nacional, entre outras.
Vejam o esquema abaixo com alguns exemplos de ETEP:
3 - (Promotor de Justiça MPE-MT - 2008)
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza é
constituído somente pelo conjunto das unidades de conservação
federais e estaduais.
Errado. Art. 3º da Lei 9.985/00.
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC é
constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais,
estaduais e municipais.
Espaços
Territoriais
Especialmente
Protegidos (ETEP):
Unidades de
Conservação (UC)
Lei 9.985/00
Áreas de
Preservação
Permanente (APP)
Reserva Legal (RL)
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4 - (PGE-RO - Procurador - 2011)
As Unidades de Conservação integrantes do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação dividem-se em três grupos: Unidades de
Proteção Integral, Unidades de Uso Sustentável e Unidades de
Preservação Permanente.
Errado. São 2 grupos: UC de Proteção Integral e UC de Uso
Sustentável.
5 - (PGE-RO - Procurador - 2011)
As Unidades de Conservação podem ser criadas por ato do Poder
Executivo ou do Poder Legislativo.
Correto. São criadas por ato do Poder Público. Pode ser por lei ou por
decreto.
6 - (CESPE - Juiz - TJ-PB - 2011)
Sendo o objetivo básico das unidades de proteção integral manter
os ecossistemas livres de alterações causadas por interferência
humana, não se admite o uso, mesmo indireto, dos recursos
naturais nelas situados.
Errado. O objetivo das unidades de conservação de proteção integral é
preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus
recursos naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC.
7 - (TRF - Juiz - TRF - 4ª REGIÃO - 2010)
O Grupo das Unidades de Uso Sustentável tem como objetivo
básico preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto
dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na
Lei 9.985/2000.
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Errado. Aqui houve uma inversão de conceitos. A definição apresentada
pela questão diz respeito às Unidades de Proteção Integral. As unidades
de Uso Sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza
com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
8 - (PGE-RO - Procurador - 2011)
Todas as Unidades de Conservação, sem exceções, devem dispor
de um plano de manejo.
Correto. Não há exceção! As unidades de conservação devem
dispor de um Plano de Manejo, que deverá ser elaborado (pelo órgão
gestor ou pelo proprietário quando for o caso) no prazo de 5 anos a
partir da data de sua criação.
O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de
conservação, sua zona de amortecimento e os corredores
ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à
vida econômica e social das comunidades vizinhas.
9 - (CESPE - Promotor de Justiça - MPE-RN - 2009)
Considerando a Lei n.º 9.985/2000, assinale a opção correta
acerca do SNUC.
(A) O Ministério do Meio Ambiente é o órgão consultivo e
deliberativo do SNUC.
(B) O Conselho Nacional do Meio Ambiente é o órgão central do
SNUC.
(C) O refúgio de vida silvestre é unidade de conservação de uso
sustentável.
(D) A floresta nacional é unidade de conservação de proteção
integral.
(E) O objetivo básico das unidades de proteção integral é
preservar a natureza, sendo admitido apenaso uso indireto de
seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos em lei.
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Gabarito: E
A- Errado. O Conama é o órgão consultivo e deliberativo do SNUC.
B - Errado. O MMA é o órgão central.
C- Errado. Refúgio da Vida Silvestre é UC de proteção integral.
D- Errado. Floresta Nacional é UC de uso sustentável.
E- Correto. Perfeito. Literalidade do art. 7º, § 1º da Lei 9.985/00.
10 - (TRF - 4ª REGIÃO - Juiz - 2010)
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Podem ser constituídas de terras particulares:
I. Área de proteção ambiental.
II. Refúgio de vida silvestre.
III. Reserva biológica.
IV. Área de relevante interesse ecológico.
V. Reserva extrativista.
(A) Estão corretas apenas as assertivas I e V.
(B) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
(C) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV.
(D) Estão corretas apenas as assertivas II, III e V.
(E) Nenhuma assertiva está correta.
Gabarito: C
Pessoal, as unidades que podem ser constituídas de áreas
particulares ou públicas são:
Monumento Natural;
Refúgio da Vida Silvestre;
APA;
Área de Relevante Interesse Ecológico.
A RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) é uma área
privada gravada com perpetuidade.
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As demais unidades são de domínio Público.
11 - (CESPE - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)
De acordo com a Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, o refúgio de
vida silvestre é unidade de conservação de proteção integral
restrita às áreas públicas.
Errado. De fato, é uma UC de proteção integral, no entanto o Refúgio da
Vida Silvestre pode ser de domínio público ou privado. Vide questão
anterior.
12 - (CESPE - Advogado - IBRAM-DF - 2009)
A reserva biológica, unidade de proteção integral da qual trata a
Lei nº 9.985/2000, em áreas particulares ou públicas, tem como
objetivo a preservação integral da biota e dos demais atributos
naturais existentes em seus limites.
Errado. Meus alunos, estão notando como são as questões? Estou
buscando passar o pulo do gato para na prova vocês responderem essas
questões muito rapidamente e sem esforço.
Basta memorizar quais são as Unidades de domínio público ou
privado. E quais são elas?
Monumento Natural;
Refúgio da Vida Silvestre;
APA;
Área de Relevante Interesse Ecológico.
A RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) é uma
área privada gravada com perpetuidade.
As demais unidades são de domínio Público.
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Pronto! Saibam que 2 unidades do grupo de proteção integral
(Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre) e 2 unidades do grupo
de uso sustentável (APA e Área de Relevante Interesse Ecológico) podem
ser de domínio público ou privado.
RPPN só pode ser área privada. Acabou! Todas as outras 7
categorias são de domínio público!
Galera, para quem está estudando pela primeira vez esse assunto,
sugiro que primeiro entenda essa divisão dos 2 grupos, memorizem as
categorias e a qual grupo elas pertencem. A maioria das questões exige
esse conhecimento.
13 - (CESPE - Procurador de Estado - PGE-AL - 2009)
O ser humano há muito tempo delimita áreas para preservação de
sua fauna e flora. Indica-se como precursor da ideia de parques e
outros espaços territorialmente protegidos a criação do parque
nacional de Yellowstone, em 1872, nos Estados Unidos da
América. No Brasil, o primeiro parque nacional instituído foi o de
Itatiaia, em 1937. A Lei n.º 9.985/2000 buscou sistematizar
critérios para a criação, implantação e gestão de unidades de
conservação (UCs). Assinale a opção correta com relação aos
enunciados normativos dessa legislação.
(A) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação estabelece
dois grupos de UCs: as de proteção integral e as de uso
sustentável.
(B) Estação ecológica e reserva biológica são unidades de
proteção de uso sustentável.
(C) Parque nacional e área de proteção ambiental são unidades de
uso sustentável.
(D) Refúgio da vida silvestre é unidade de uso sustentável.
(E) Entende-se por UC o espaço territorial e seus recursos
ambientais, exceto os recursos hídricos nele existentes.
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Gabarito: A
A - Correto. Art. 7º da Lei 9.985/00.
B - Errado. Estação Ecológica e Reserva Biológica são Unidades de
Proteção Integral.
C- Errado. Parque Nacional é UC de proteção integral, mas APA é UC de
uso sustentável.
D - Errado. Refúgio da Vida Silvestre é UC de proteção integral.
E- Errado. Inclusive os recursos hídricos. E até o subsolo e o espaço
aéreo, sempre que influírem na estabilidade do ecossistema. Art. 24 da
Lei 9.985/00.
14 - (Cesgranrio - Engenheiro Ambiental - SEAD Amazonas - 2005)
A Lei Federal no 9.985, de 18 de julho de 2000, institui o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e
estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão
das unidades de conservação. Segundo esta lei, a restituição de um
ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma
condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição
original, é denominada:
(A) recuperação.
(B) conservação.
(C) melhoria.
(D) restauração.
(E) proteção
Gabarito: A
Quando for restituição a uma condição não degradada, que
pode ser diferente de sua condição original, estaremos falando de
RECUPERAÇÃO.
Em se tratando de restituição o mais próximo possível da sua
condição original será RESTAURAÇÃO.
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15 - (Cesgranrio - Analista Ambiental Júnior Biologia - Petrobras
março/2010)
De acordo com a Lei no 9.985 de 2.000, uma unidade de
conservação da natureza criada na esfera administrativa
municipal ou estadual pode, excepcionalmente, integrar o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação desde que
(A) a integração seja aprovada pelo Conselho Nacional de Meio
Ambiente.
(B) a unidade inclua trechos do território de mais de um
município.
(C) a unidade possua pelo menos 100 ha de área.
(D) a zona de amortecimento desta unidade não inclua terrenos
de marinha.
(E) os objetivos de manejo desta unidade possam ser claramente
atendidos por alguma categoria prevista nesta Lei.
Gabarito: A
Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do
Conama, unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas
para atender a peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de
manejo que não possam ser satisfatoriamente atendidos por nenhuma
categoria prevista na lei do SNUC e cujas características permitam, em
relação a estas, uma clara distinção.
16 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -
março/2010)
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), instituído
pela Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, estabelece que as
unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em
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dois grupos, com características específicas: as Unidades de
Proteção Integral e as Unidades de Uso Sustentável.Constituem
um exemplo de unidade de proteção integral e um exemplo de
unidade de uso sustentável, respectivamente,
(A) área de proteção ambiental e estação ecológica.
(B) reserva biológica e reserva extrativista.
(C) reserva de fauna e monumento natural.
(D) floresta nacional e refúgio da vida silvestre.
(E) reserva particular do patrimônio natural e parque nacional.
Gabarito: B
Galera, se por algum motivo vocês não tiverem tempo de ler toda a
lei, memorizem pelo menos os nomes das Unidades de Conservação e a
qual grupo elas pertencem.
Decorem as 5 Unidades do grupo de proteção integral. Desta forma,
vocês podem responder as questões mais simples, que exigem apenas
esse decoreba. Sabendo as 5 de proteção integral é possível responder
por exclusão quais são as 7 de uso sustentável! ;-)
DICA: A única Reserva que é de proteção integral é a Reserva
Biológica. As outras Reservas (Reserva Extrativista, Reserva de Fauna,
Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do
Patrimônio Natural) são de uso sustentável.
2 grupos:
(Art. 7º)
Proteção Integral Preservar a natureza+uso
indireto
Uso Sustentável Conservação da natureza+uso
sustentável
5 categorias de UC no grupo de UC de PROTEÇÃO INTEGRAL
(Art. 8º)
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I - Estação Ecológica (EE);
II - Reserva Biológica (ReBio);
III - Parque Nacional (ParNa);
IV - Monumento Natural (MN);
V - Refúgio de Vida Silvestre (RVS).
7 categorias de UC no grupo de UC de USO SUSTENTÁVEL
(Art. 14)
I - Área de Proteção Ambiental (APA);
II - Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE);
III - Floresta Nacional (FloNa);
IV - Reserva Extrativista (ResEx);
V - Reserva de Fauna (RF);
VI ♠ Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
17 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras ♠ 2008)
Conforme o artigo 6o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000,
alterado pela Lei no 11.156, de 28 de agosto de 2007, um dos
órgãos executores do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
é o(a)
(A) Serviço Florestal Brasileiro.
(B) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
(C) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
(D) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
(E) Fundação Cultural Palmares
Gabarito: B
Um dos órgãos executores federais do SNUC é o ICMBio, o outro
é o IBAMA, que atua em caráter supletivo.
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Além desses, temos os órgãos estaduais e municipais.
A função dos órgãos executores é implementar o SNUC, subsidiar as
propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais,
estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuação.
O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos:
Órgão consultivo e
deliberativo
Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama)
Órgão central Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Órgãos executores Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o
Ibama, em caráter supletivo, os
órgãos estaduais e municipais.
18 - (Cesgranrio - Engenheiro Ambiental - Tocantins ♠ 2004)
Entre os objetivos básicos inerentes ao modelo reserva de
biosfera, NÃO se inclui:
(A) educação ambiental.
(B) monitoramento ambiental.
(C) melhoria da qualidade de vida.
(D) controle da poluição ambiental.
(E) atividade de pesquisa.
Gabarito: D
A Reserva da Biosfera possui como objetivos básicos:
a preservação da diversidade biológica,
desenvolvimento de atividades de pesquisa;
monitoramento ambiental;
educação ambiental;
o desenvolvimento sustentável; e
a melhoria da qualidade de vida das populações.
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Não consta entre os seus objetivos básicos o controle da poluição
ambiental.
19 - (Cesgranrio - Engenheiro Ambiental - SEAD Amazonas ♠ 2005)
A proteção da biodiversidade no Brasil ocorre, principalmente, por
meio da criação de unidades de conservação. A Lei n° 9.985/00
institui o Sistema Nacional das Unidades de Conservação (SNUC). As
Áreas de Proteção Ambiental são uma categoria de um dos grupos
das unidades de conservação integrantes do SNUC. Em relação a
Áreas de Proteção Ambiental (APA), está correto afirmar que:
(A) são áreas em geral extensas, com um certo grau de ocupação
humana, tendo como objetivos básicos proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
(B) disporão de um Conselho presidido pelo órgão responsável por
sua administração e constituído somente por representantes de
órgãos públicos.
(C) são de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares
incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que
dispõe a lei.
(D) nas áreas da APA que estão sob domínio público, as condições
para a realização de pesquisa científica e visitação pública serão
estabelecidas pelo órgão de controle ambiental enquadrante.
(E) a utilização de uma propriedade privada localizada em uma APA
é de competência de seu proprietário, não cabendo o
estabelecimento de normas ou restrições de uso pelo gestor da APA.
Gabarito: A
A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma área em geral
extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações
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humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
APA é constituída por terras públicas ou privadas. A utilização
da propriedade privada localizada em uma APA pode ficar sujeita
a normas e restrições.
É o órgão gestor da unidade que estabelece as condições para
a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob
domínio público
Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário
estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público,
observadas as exigências e restrições legais.
A APA disporá de um Conselho presidido pelo órgão
responsável por sua administração e constituído por representantes:
dos órgãos públicos,
de organizações da sociedade civil e
da população residente.
20 - (Cesgranrio - Especialista em Regulação de Petróleo e
Derivados, Álcool Combustível e Gás Natural - Especialidade: Meio
Ambiente - ANP 2008)
A proteção da biodiversidade no Brasil ocorre, principalmente,
por meio da criação de unidades de conservação. A Lei no
9.985/00 institui o Sistema Nacional das Unidades de Conservação
(SNUC). A Unidade de Conservação definida como uma área, em
geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação
humana, com características naturais extraordinárias ou que
abriga exemplares raros da biota regional, e que tem como
objetivo manter os ecossistemas naturais de importância
regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de
modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da
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natureza, é a (o)
(A) Área de Relevante Interesse Ecológico.
(B) Área de Proteção Ambiental.
(C) Reserva de Desenvolvimento Sustentável.
(D) Reserva Particular do PatrimônioNatural.
(E) Parque Nacional.
Gabarito A.
Coloquei uma questão de APA e outra de ARIE de propósito.
Nas provas os examinadores costumam trocar as definições das
duas.
APA é área em geral EXTENSA, com CERTO GRAU de
ocupação.
ARIE é área em geral pequena, com POUCA ou NENHUMA
ocupação.
21 - (FGV - Exame de Ordem Unificado - OAB - 2010.3)
A Lei 9.985/2001, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação ♠ SNUC, previu que as unidades de conservação
devem dispor de uma zona de amortecimento definida no plano de
manejo.
A esse respeito, assinale a alternativa correta.
(A) Os parques, como unidades de conservação de uso
sustentado, não têm zona de amortecimento.
(B) As Áreas de Proteção Ambiental ♠ APAs não precisam
demarcar sua zona de amortecimento.
(C) Tanto as unidades de conservação de proteção integral como
as de uso sustentado devem elaborar plano de manejo,
delimitando suas zonas de amortecimento.
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(D) As Reservas Particulares do Patrimônio Natural ♠ RPPN são
obrigadas a elaborar plano de manejo delimitando suas zonas de
amortecimento, por conta própria e orientação técnica particular.
Gabarito: B
Art. 25. da lei 9.985/2000. "As unidades de conservação, exceto
Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio
Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando
conveniente, corredores ecológicos."
ATENÇÃO!
APA e RPPN NÃO precisam ter zona de amortecimento!
22 - (CESPE - Analista de Atividade do Meio Ambiente -
Engenheiro Florestal - IBRAM - 2009)
Na estação ecológica, a pesquisa científica depende de
autorização do órgão responsável por sua administração,
permitido-se alterações dela decorrentes em área de até 3% da
extensão total da unidade e não superior a 1.500 ha.
Certo. Art. 9º, § 4º da Lei 9.985/00
Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos
ecossistemas no caso de:
I - medidas que visem à restauração de ecossistemas modificados;
II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade
biológica;
III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades
científicas;
IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do
que aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de
componentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no
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máximo 3% da extensão total da unidade e até o limite de 1.500
hectares.
Pesquisa científica em Estação Ecológica
MÁX.: 3% da extensão total da unidade
ATÉ o limite de 1.500 hectares.
23 - (FCC - Procurador - PGE-SP - 2009)
Com o julgamento da ADI 3.378-6 DF, ajuizada pela Confederação
Nacional da Indústria, pelo Supremo Tribunal Federal, a
compensação ambiental, de que trata o artigo 36 da Lei Federal no
9.985/2000, foi considerada inconstitucional, não mais podendo
ser exigida pelo órgão ambiental competente nos processos de
licenciamento ambiental.
Errado. Esse tema já está bastante manjado e vocês não podem errar!
Cuidado! O STF declarou a inconstitucionalidade apenas do piso de
0,5%. A compensação ambiental é constitucional e continua sendo
exigida.
24 - (Cesgranrio - Petrobras - Advogado - 2011)
Sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, analise as
afirmações a seguir:
I - Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de
significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão
ambiental competente, com fundamento em Estudo de Impacto
Ambiental e respectivo Relatório (EIA/Rima), o empreendedor é
obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de unidade de
conservação do Grupo de Proteção Integral.
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Correto. Questão aborda o instrumento da compensação ambiental.
Pessoal, o item é cópia literal do artigo 36 da Lei 9.985/2000.
II - Quando o empreendimento sujeito à compensação ambiental
afetar a zona de amortecimento de uma Área de Proteção
Ambiental (APA), essa Unidade de Conservação deverá ser uma
das beneficiárias dos recursos da compensação ambiental.
Errado.
ATENÇÃO!
Confira comigo o artigo Art. 25. da lei 9.985/2000. "As unidades de
conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva
Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de
amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos."
Ora, se APA e RPPN não possuem zona de amortecimento como
poderiam ter essas áreas afetadas???
III - O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor a
título de compensação ambiental não pode ser inferior a meio por
cento dos custos totais previstos para a implantação do
empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental
licenciador de acordo com o grau de impacto ambiental causado
pelo empreendimento.
Errado.
O Supremo declarou a inconstitucionalidade da expressão
"não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos
para a implantação do empreendimento." (STF. ADI 3.378-DF,
Relator Min. Carlos Britto. Julgamento: 09-04-2008. DJ 20-06-2008).
Embora o item tenha reproduzido a literalidade do art. 36, deve ser
analisado como errado, pois desconsiderou a decisão do STF.
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IV - Dentre as unidades de conservação de uso sustentável, cujo
objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o
uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais,
encontram-se as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de
Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais e as
Reservas de Fauna.
Certo.
7 categorias de UC no grupo de UC de USO SUSTENTÁVEL
I - Área de Proteção Ambiental (APA);
II - Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE);
III - Floresta Nacional (FloNa);
IV - Reserva Extrativista (ResEx);
V - Reserva de Fauna (RF);
VI ♠ Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
A) I e II, apenas.
B) I e IV, apenas.
C) II e III, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.
Gabarito B.
25 - (INÉDITA - 2013)
Um Parque Nacional obteve R$ 10.000 mediante a cobrança de
taxa de visitação. Desse valor poderão ser aplicados até R$
5.000,00 na implementação, manutenção e gestão de outras
unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral.
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Certo. Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de
Proteção Integral (exemplo: Parques Nacionais) mediante a cobrança de
taxa de visitação e outras rendas decorrentes de arrecadação, serviços e
atividades da própria unidade serão aplicados de acordo com os seguintes
critérios:
até 50%, e não menos que 25%, na implementação,
manutenção e gestão da própria unidade;
até 50%, e não menos que 25%, na regularização fundiária
das unidades de conservação do Grupo;
até 50%, e não menos que15%, na implementação,
manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo
de Proteção Integral.
Dessa forma, como o valor arrecadado foi de R$ 10.000,00 o Parque
Nacional, unidade de proteção integral, poderia aplicar até R$ 5.000,00,
ou seja, 50% do total arrecadado na implementação, manutenção e
gestão de outras unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral.
26 - (FGV - OAB

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