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4 Fundação Instituída nos termos da Lei nº 5.152, de 21/10/1966 – São Luís - Maranhão. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - SÃO BERNARDO DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE FÍSICA PROFESSOR: Dr. JOSBERG SILVA RODRIGUES PÊNDULO SIMPLES EDMILSON LIMA ALVES São Bernardo 2021 EDMILSON LIMA ALVES PÊNDULO SIMPLES Relatório referente ao experimento “Pêndulo Simples”, apresentado à disciplina de Laboratório de Física, do Curso de Licenciatura em Ciências Naturais/Química, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus – São Bernardo. São Bernardo 2021 1 INTRODUÇÃO Ao realizar experimentos com pêndulos, Galileu percebeu que o tempo da oscilação do pêndulo independe do peso do corpo que está preso na extremidade do fio, sendo o mesmo tempo de oscilação para um corpo mais leve ou mais pesado. Sabendo que a ação do pêndulo e da queda livre são causados pela gravidade, Galileu provou que duas pedras de diferentes massas que iniciam a queda da mesma altura gastam o mesmo tempo para alcançar o solo, sendo essa conclusão conflitante com o que se acreditava na época devido aos ensinamentos de Aristóteles O sistema de um pêndulo é composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade. Existem diversos pêndulos estudados por físicos famosos e que possibilitaram diversos avanços tecnológicos como os pêndulos cônicos, os de torção, espirais, invertidos e de Karter, mas o mais conhecido é o pêndulo simples. Esse pêndulo consiste em uma massa, presa a um fio flexível e inextensível por uma de suas extremidades e livre por outra, representado da seguinte forma: Afastando-se e soltando a massa da posição de repouso, o pêndulo realiza oscilações. Ao desconsiderarmos a resistência do ar, as únicas forças que atuam no pêndulo são a tensão sobre o fio e o peso da massa m, logo: A componente da força Peso que é dada por Pcosθ se anulará com a força da Tensão do fio, sendo assim, a única causa do movimento oscilatório é a força restauradora Psenθ: F = - Psenθ (1) O sinal negativo da fórmula deve-se a sua ação de tentar manter o corpo em seu estado inicial de repouso, no centro da trajetória descrita pelo movimento. No entando, o ângulo θ, expresso em radianos, é dado pelo cociente do arco descrito pelo ângulo, que no movimento oscilatório do pêndulo é representado por x e o raio de aplicação do mesmo é representado por L, assim: θ = Assim é possível concluir que o movimento de um pêndulo simples não descreve um MHS (Movimento Harmônico Simples), já que a força não é proporcional à elongação e sim ao seno dela. No entanto para ângulos pequenos θ ≥ rad, o valor do seno do ângulo é aproximadamente igual a este ângulo. Então, ao considerarmos os casos de pequenos ângulos de oscilação, temos: F = - Psenθ =- P F = - x (2) Como p = mg, e m, g e L são constantes nesse sistema, podemos considerar que: K = = Então, reescrevemos a força restauradora do sistema como: F = -Kx (3) Ainda podemos desenvolver F = -Psenθ da seguinte maneira: ma = -mgsenθ Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para as oscilações pequenas, um pêndulo simples descreve um MHS. E, como para qualquer MHS, o período é dado por: T = 2π E como K = , temos o período do pêndulo expresso por 2 OBJETIVO · Calcular a intensidade da aceleração gravitacional g. 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 MATERIAIS Os materiais necessários para a realização do experimento foram: · Simulador PhET · Programa Word · Programa Excel 3.2 MÉTODOS Optou-se por utilizar o Simulador PhET para esse experimento, por falta de alguns matérias necessários, o Simulador PhET está disponível gratuitamente no site:< https://phet.colorado.edu/sims/html/pendulum-lab/latest/pendulum-lab_es.html>. O mesmo pode ser utilizado para diversos experimentos além do pêndulo simples, sendo uma excelente ferramenta para o ensino de física, química e até mesmo matemática. Ao entrar na simulação é necessário organizar os dados a serem analisados, no caso deste experimento inicialmente foi escolhido o comprimento do fio e a massa do bloco, respectivamente 1m e 1 kg, e utilizando a gravidade de 9,8 m/s². Após puxar o fio com auxílio do mouse para o lado direito até formar o ângulo de 45° e solta-la o pêndulo começou a oscilar, seguindo o roteiro mediu-se o tempo necessário para o pêndulo oscilar 5 vezes, repetindo esse processo 5 vezes para diminuir o erro ao máximo possível, os dados obtidos estão na tabela presente nos resultados e discussões. Após essa primeira parte o procedimento foi repetido mudando o comprimento do fio para 95 cm, 90 cm e 85 cm, os dados obtidos estão presentes resultados e discussões. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Podem ser constatados nas tabelas a seguir os resultados obtidos durante a realização do experimento. Optou-se novamente em demonstrar o resultado em forma de tabela pois, além de manter um padrão organizado, possibilita uma leitura rápida, direta e de simples compreensão acerca do assunto tratado. Tabela 1 L= 1m (tempo de 5 oscilações) t1 (s) t2 (s) t3 (s) t4 (s) t5 (s) ~t T 10,52 10,51 10,47 10,50 10,43 10,486 2,0972 Tabela 2 L= 95 cm 7(tempo de 5 oscilações) t1 (s) t2 (s) t3 (s) t4 (s) t5 (s) ~t T 10,25 10,51 10,47 10,50 10,43 10,432 2,0524 Tabela 3 L= 90 cm (tempo de 5 oscilações) t1 (s) t2 (s) t3 (s) t4 (s) t5 (s) ~t T 09,93 09,97 09,93 09,91 09,90 9,928 1,9856 Tabela 4 L= 85 cm (tempo de 5 oscilações) t1 (s) t2 (s) t3 (s) t4 (s) t5 (s) ~t T 09,63 09,63 09,63 09,63 09,71 9,646 1,9292 Ao observar as quarto tabelas, percebe-se que tempo necessário para 5 oscilação diminui a medida que o comprimento do fio diminui. Além disso, observou-se que a massa do bloco não alterou o tempo. Abaixo uma tabela com os dados do comprimento do fio pelo tempo. Tabela 5 L e T L (cm) 100 95 90 85 T (s) 2,0972 2,0524 1,9856 1,9292 Gráfico T X L A partir do gráfico percebe-se que o tempo aumenta a medida que o comprimento é aumentado. Na penúltima parte do experimento foi feito os cálculos para encontrar o valor g para o comprimento de 1m de fio. Utilizando a equação 2 do roteiro foi possível obter o valor 9,11 m/s², infelizmente o resultado encontrado é um pouco maior do que o valor esperado de 9,8 m/s², isso deve-se principalmente por erro humano na medição do tempo. 5 CONCLUSÃO Com esse experimento foi possível observar que o período de um pêndulo não depende da massa do bloco, além disso, foi possível entender a importância da repetição de um processo durante um experimento, no caso para esse experimento na parte de medir o tempo de 5 oscilações repetiu-se 5 vezes para assim evitar os erros humano principiante na hora de cronometrar o tempo. REFERÊNCIAS YONG, H. D., FREEDMAN, R. A., SEARS, F. W. Física, vol. 1. São Paulo: Pearson, 2005. COMPRIMENTO X TEMPO L(m) 2.0972 2.0524 1.9856 1.9292 100 95 90 85 TEMPO COMPRIMENTO
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