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Oxigenoterapia e Funcionamento Respiratório

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OXIGENOTERAPIA 
ALTERAÇÕES PRIMÁRIAS O 
FUNCIONAMENTO RESPIRATÓRIO: 
A hipóxia é uma situação que ocorre 
quando a quantidade de oxigênio 
transportada para os tecidos do corpo é 
insuficiente, causando sintomas como dor 
de cabeça, sonolência, suor frio, dedos e 
boca arroxeados e até desmaios. 
Hipoxemia é a deficiência de contração de 
oxigênio no sangue arterial. 
O volume corrente é o volume pulmonar 
que representa o volume normal do ar 
circulado entre uma inalação e exalação 
normal, sem um esforço suplementar. 
Um shunt pulmonar é uma condição 
fisiológica que resulta quando os alvéolos 
do pulmão são perfundidos normalmente 
com sangue, mas a ventilação (o 
fornecimento de ar) falha em suprir a região 
perfundida. 
 
HIPERVENTILAÇÃO 
❖ Ventilação acima do necessário para 
eliminar o CO2 produzido pelo 
metabolismo celular. O aumento da 
ventilação é para reduzir a quantidade de 
CO2. 
❖ Principais indutores: 
 ✓ Ansiedade aguda = causa perda de 
consciência por expiração excessiva de 
CO2; 
✓ Infecções, febre = elevação da 
temperatura, aumenta a taxa metabólica, 
ocorre aumento da produção de CO2, 
levam ao aumento da profundidade da 
respiração; 
✓ Químicos = salicilato, anfetaminas, 
cetoacidose, aumentam a ventilação pois 
elevam produção de CO2. 
 
 
 
HIPOVENTILAÇÃO 
❖ Quando a ventilação alveolar é 
inadequada para atender à demanda 
corporal de O2 ou para eliminar o CO2. 
Conforme a ventilação alveolar diminui, o 
corpo retém CO2; 
Principais indutores: 
✓ Atelectasia = “colapso dos alvéolos”, 
impede troca normal entre O2 e CO2, os 
alvéolos colabam e ventilam menos o 
pulmão; 
✓ Oferta excessiva de O2 na DPOC: os 
pacientes se adaptam a níveis mais altos 
de CO2 e possuem quimiorreceptores 
sensíveis a CO2 não funcionantes. Nesses 
pacientes o estímulo para respirar é ter um 
nível reduzido de O2 arterial. A 
administração de O2 acima de 24-28% faz 
com que a PaO2 caia, oblitera o estímulo 
para respirar = hipoventilação. 
❖ Sinais e sintomas clínicos 
 ✓ Mudanças do estado mental 
✓ Arritmias com potencial para parada 
cardíaca 
✓ Convulsões 
✓ Inconsciência 
✓ Morte 
❖ Tratamento 
✓ Melhorar oxigenação dos tecidos 
✓ Restaurar função ventilatória 
 ✓ Corrigir causa 
 
✓ PaCO2 entre 35 - 45 mmHg 
✓ PaO2 entre 95 - 100 mmHg; 
 
 
 
 OXIGENOTERAPIA 
Sinais e sintomas de hipóxia: 
 ➢ Inquietação; 
➢ Ansiedade; 
 ➢ Desorientação; 
➢ Rebaixamento do nível de consciência; 
➢ Tontura; 
 ➢ FC aumentada; 
➢ Palidez; 
➢ Cianose; ➢ Dispnéia / taquipnéia 
➢ Respiração laboriosa (retração 
intercostal, batimento de asa do nariz). 
Possíveis causas de hipóxia: 
➢ Diminuição do nível de Hb/ Redução na 
capacidade de transporte de O2 pelo 
sangue; 
➢ Concentração diminuída de O2 
inspirado; 
➢ Difusão diminuída/ Hematose 
diminuída; 
➢ Redução do fluxo sanguíneo; 
 ➢ Ventilação comprometida 
As indicações básicas de oxigenoterapia 
são: 
✓ PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 
% (em ar ambiente); 
✓ Sat O2 < 88% durante a 
deambulação, exercício ou sono 
em portadores de doenças 
cardiorrespiratórias; 
✓ IAM; 
✓ Intoxicação por gases (monóxido 
de carbono); 
✓ Envenenamento por cianeto. 
Objetivos da oxigenoterapia: 
✓ Corrigir a hipoxemia suspeita ou 
comprovada; 
✓ Reduzir os sintomas da hipoxemia 
crônica; 
✓ Reduzir carga de trabalho que a 
hipoxemia impõe ao sistema 
cardiovascular. 
✓ É NECESSÁRIO Fluxo alto > 
4L/min 
✓ NÃO É NECESSÁRIO Fluxo baixo 
< 4L/min (Exceto em TQT) 
✓ A umidade previne o ressecamento 
nasal. 
✓ Fluxometros com calibradores 
menores podem ser mais seguros 
para pacientes que necessitam de 
uma baixa dose de oxigênio, 
especialmente quando altas doses 
podem ser prejudiciais, como em 
pacientes com doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC) 
 
TIPOS DE SISTEMAS 
 
 Sistemas de baixo fluxo: 
 
 Fornecem oxigênio suplementar 
diretamente às vias aéreas com 
fluxos de até 6 l/min ou menos. 
 
 FiO2 baixa e variável 
 
Cânula nasal 
✓ 1 – 6 L/min: 24 – 44% 
✓ Limitar o fluxo máximo de O2 a 
6l/min o ressecamento da 
mucosa nasal; 
✓ Usar sempre umidificador; 
Vantagens 
✓ Seguro e simples; 
✓ Facilmente tolerado; 
✓ Efetivo para baixas 
concentrações; 
✓ Não impede de comer ou falar; 
Concentração baixa de O2 
 OXIGENOTERAPIA 
✓ Barato, descartável; 
Desvantagens 
✓ Não pode ser usada se há 
obstrução nasal; 
✓ Resseca membranas mucosas; 
✓ Pode facilmente ser deslocada; 
✓ Pode causar irritação cutânea e 
lesões auriculares ou das 
narinas; 
✓ O padrão respiratório do 
paciente afeta a FiO2 exata; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cateter nasal 
✓ Inserção de uma sonda de 
aspiração conectada à uma fonte 
de O2, através das fossas nasais 
até a nasofaringe. 
Vantagens 
✓ Dispositivo simples; 
✓ Dispositivo de baixo custo; 
✓ Fácil aplicação; 
✓ Redução da perda de O2 
Desvantagens 
✓ Nem sempre é bem tolerado pelo 
paciente; 
✓ Respiração bucal reduz a FIO2; 
✓ Irritabilidade tecidual da 
nasofaringe; 
✓ Necessidade de revezamento 
das narinas a cada 8h; 
✓ Facilidade de deslocamento do 
cateter 
 
Máscara simples 
✓ 5 – 10 L/min: 30 – 60% 
Vantagens 
✓ Método econômico e que utiliza 
dispositivos simples; 
✓ Facilidade de aplicação; 
Geralmente bem tolerada 
 
Desvantagens 
✓ Concentração real liberada de 
O2 varia com o padrão 
respiratório; 
 
✓ Contraindicada em pacientes 
com hipercapnia; 
✓ Inadequado para o paciente com 
DPOC por causa do potencial 
para oxigenação excessiva; 
 
✓ Pode produzir claustrofobia; 
✓ Difícil aplicação em pacientes 
com sondas naso ou 
orotraqueais ou pacientes com 
lesões e traumas de face; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Usar a “Regra dos Quatro” para 
estimar a concentração: para cada 
l/min de O2, a concentração aumenta 
em 4% (ex: 1 l/min fornece 24%, 2 
l/min fornecem 28%). 
Mecanismo efetivo de suplementação 
utilizado para oferta de oxigênio em 
taxas de até 6 L/min. Útil para baixas 
doses de oxigênio utilizadas em 
pacientes com DPOC 
Concentração baixa de O2 
Concentração moderada 
de O2 
É necessário um fluxo 
mínimo de 5 l/min de O2 para 
evitar que o paciente reinale 
o dióxido de carbono 
expirado contido no 
reservatório; 
Dificulta a expectoração; 
Uma máscara facial simples 
pode suprir concentrações 
de 30 a 60% utilizando taxas 
de fluxo de 5 a 10 L/min. E 
mais tolerável do que outras 
mascaras 
 OXIGENOTERAPIA 
Máscara com reservatório 
✓ 6 – 12 L/min: 40 – 70% 
 
 
Vantagens 
✓ Suplementa maior FiO2 
✓ Umedece facilmente o oxigênio; 
✓ Não resseca membranas 
mucosas; 
Desvantagens 
✓ Pelo fato de ser quente e 
apertada, a máscara pode irritar 
a pele; 
✓ pode ser necessária uma 
vedação justa; 
✓ Interfere com a alimentação e a 
comunicação; 
✓ O saco pode estar torcido; 
✓ Não deve ser totalmente 
esvaziado 
 
 
 
Máscara sem reservatório 
✓ 6 – 15 L/min: 60 – 80% 
 
 
 
Vantagens 
✓ Suplementa a maior FiO2 
possível sem necessidade de 
intubação; 
✓ Não resseca membranas 
mucosas; 
Desvantagens 
✓ Requer vedação justa; 
✓ Difícil de manter e é 
desconfortável 
✓ Pode irritar a pele; 
✓ O saco pode estar torcido; não 
deve ser totalmente esvaziado; 
 
 
 
 
Sistemas de alto fluxo: 
 
 Os sistemas de alto fluxo fornecem 
uma determinada concentração de 
oxigênio em fluxos iguais ou 
superiores ao fluxo inspiratório 
máximo do paciente. 
 
 FiO2 conhecida 
 
Máscara de venturi 
✓ 4 – 12 L/min: 24 – 80% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vantagens 
✓ Suplementa a FiO2 exata pré-
estabelecida; 
independentemente do padrão 
respiratório do paciente; 
✓ Não resseca membranas 
mucosas; 
Concentração alta de O2 
 de O2 
Útil para terapias em curto 
prazo, de 24 horas ou 
menos. 
Concentração alta de O2 
 de O2 
Dispositivo deescolha para suprimento 
de alta FiO2 em curto prazo. As válvulas 
previnem que o ar exalado entre no 
reservatório. 
 
Concentração alta ou moderada de O2 e a FiO2 é 
conhecida 
Suplementa a exata FiO2 pré-determinada 
independentemente do padrão respiratório do 
paciente. 
A cor do dispositivo reflete a concentração de 
oxigênio empregada: 
Quanto menor for o diâmetro deste, maior a velocidade 
do fluxo e maior quantidade de ar arrastado. 
O maior jato fornece a menor velocidade de oxigênio e 
daí o maior arrastamento de ar e maior FiO2 
 
 
 
 
 OXIGENOTERAPIA 
✓ Pode ser utilizada para 
umedecer; 
Desvantagens 
✓ Pelo fato de ser quente e 
apertada, a máscara pode irritar 
a pele; 
✓ A FiO2 pode ser menor se a 
máscara não estiver bem 
ajustada; 
✓ Interfere com a alimentação e a 
comunicação; 
 
 
 
❖ Assim como os efeitos positivos, o 
oxigênio pode apresentar efeitos 
citotóxicos se administrados em 
excesso. 
 
❖ Pacientes que permaneceram com 
uma FiO2 maior que 60 por mais de 
48h já apresentam algum sinal de 
toxicidade pulmonar 
 
❖ Em pacientes com FiO2 de 100% 
em uso por 12h ou mais, podem 
apresentar depressão do sistema 
respiratório 
 
❖ Pacientes com DPOC, o estimulo 
para respiração é a diminuição do 
oxigênio, e quando aplicado em 
excesso, essa orientação é perdida 
e o paciente acaba retendo mais 
CO2 e gerando hipercapnia 
também pode haver atelectasia por 
absorção porque o oxigênio em 
excesso acaba lavando o nitrogênio 
que é um dos maiores responsáveis 
por mantem o alvéolo aberto, 
aumento do efeito shunt. 
 
Saturação: 
SpO2 tem que ser >95% 
Gasometria: 
pH 7.35 - 7.45 
pO2 80-100mmHg 
pCO2 35-45 mmHg 
HCO3- 22-26 mEq/l

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