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Bruna França – Medicina UFAL A sinapse é uma junção especializada onde uma parte do neurônio faz contato e se comunica com outro neurônio ou tipo celular (p. ex., uma célula muscular ou glandular). A informação geralmente flui em uma única direção, de um neurônio para sua célula-alvo. O primeiro neurônio é denominado pré-sináptico, e a célula-alvo é denominada póssináptica. As sinapses elétricas são relativamente simples em estrutura e função e permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. As sinapses elétricas ocorrem em sítios especializados, denominados junções comunicantes. As junções comunicantes ocorrem em quase todas as partes do corpo e interconectam muitas células não neurais, como células epiteliais, musculares lisas e cardíacas, hepáticas, algumas células glandulares e células gliais. Quando as junções comunicantes interconectam neurônios, elas funcionam propriamente como sinapses elétricas. Na junção comunicante, as membranas celulares são separadas por uma fenda atravessada por conexinas (proteínas). Há cerca de 20 tipos de conexinas, e aproximadamente metade delas ocorrem no encéfalo. Seis subunidades de conexina juntam-se para formar um canal, denominado conéxon, e dois conéxons (um de cada membrana) combinam-se para formar o canal da junção comunicante. Esse canal permite que íons passem diretamente do citoplasma de uma célula para o citoplasma de outra. Portanto, o fluxo é bidirecional. Como a corrente elétrica (na forma de íons) pode passar através desses canais, as células conectadas por junções comunicantes são ditas eletricamente acopladas. A transmissão nas sinapses elétricas é muito rápida e, se a sinapse for grande, é também infalível. Assim, um potencial de ação em um neurônio pré-sináptico pode gerar, quase instantaneamente, um potencial de ação no neurônio póssináptico. Quando dois neurônios estão acoplados eletricamente, o potencial de ação no neurônio pré-sináptico induz um pequeno fluxo de corrente iônica para o outro neurônio através da junção comunicante. Essa corrente causa um potencial pós-sináptico (PPS) eletricamente mediado no segundo neurônio; quando o segundo neurônio gerar um potencial de ação, ele irá, por sua vez, induzir um PPS no primeiro neurônio. O PPS produzido por uma única sinapse elétrica no encéfalo de mamíferos é, em geral, pequeno – com pico de 1 mV ou menos – e, por sua vez, pode não ser grande o suficiente para desencadear um potencial de ação na célula póssináptica. Entretanto, um neurônio geralmente faz sinapses elétricas com muitos outros neurônios, de forma que vários PPS ocorrendo simultaneamente podem excitar fortemente um neurônio (integralização sináptica) Função: são frequentemente encontradas onde a função normal requer que a atividade dos neurônios vizinhos seja altamente sincronizada. Nas sinapses químicas, temos as membranas pré e pós- sinápticas nas sinapses químicas são separadas por uma fenda sináptica, esta é preenchida com uma matriz extracelular de proteínas fibrosas visando manter a adesão entre as membranas pré e pós- sinápticas. O lado pré-sináptico de uma sinapse, também chamado de elemento pré-sináptico, normalmente é um terminal axonal que, geralmente, contém dúzias de Bruna França – Medicina UFAL pequenas esferas envoltas por membrana chamadas de vesículas sinápticas - essas vesículas armazenam neurotransmissores, substâncias químicas utilizadas na comunicação com neurônios pós-sinápticos - também secretam grânulos secretores. Acumulações densas de proteínas na e adjacentes à membrana plasmática, de ambos os lados da fenda sináptica, são coletivamente denominadas diferenciações da membrana. No lado pré-sináptico, chama-se sítios de liberação de neurotransmissores, denominados zonas ativas. As vesículas sinápticas são agrupadas no citoplasma adjacente às zonas ativas. O acúmulo denso de proteínas dentro e logo abaixo da membrana póssináptica é denominado densidade pós- sináptica (DPS), aonde contém os receptores pós- sinápticos, que convertem os sinais químicos intercelulares (i.e., neurotransmissores) em sinais intracelulares.
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