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Enfermagem e os cuidados ao paciente em terapia : Hemotransfusional, Terapia hemodiálitica e Transplante de medula . C O M P O N E N T E S : B R U N A D O N A S C I M E N T O J A Q U E L I N E C U P E R T I N O J E L Y A N E L E O C Á D I A L O R E N A C U N H A Governador Mangabeira - BA 2021 Hemotransfusional Enfermagem e os cuidados ao paciente em terapia Hemoterapia A hemoterapia é um tipo de tratamento em que uma quantidade pré-determinada de sangue é coletada de uma pessoa e, após processamento e análise, os componentes e derivados (hemoderivados) do sangue podem ser transfundidos para outra pessoa. As transfusões de sangue são realizadas quando os riscos cobrem os benefícios, são orientadas pelo médico e gerenciadas pela equipe de enfermagem. O procedimento envolve a administração de sangue total, hemoderivados ou hemocomponentes para reverter a condição de descompensação ou risco para o paciente receptor. Normatização RDC 57/2010 e o Decreto nº 2.712/2013, regulamenta a pratica de hemoterapia no Brasil; Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 34 de 11 junho de 2014 e da Portaria Ministerial Nº 158 de 04 de fevereiro de 2016, que normatizaram os procedimentos, da coleta à utilização; Lei nº 10.205, de 21/3/2001, regulamento a doação de sangue; Resolução do conselho federal de enfermagem (COFEN) COFEN 511/2016 é a resolução vigente que dispõe sobre a atuação da equipe de enfermagem no processo de hemoterapia; Resolução do Conselho Federal de Enfermagem nº 306/2006, estabelece as atribuições e Responsabilidades dos enfermeiros na área de hemoterapia . Ciclo do sangue Captação do doador Triagem clinica Processamento do sangue Analise sorológica e imunomatologiacas Armazenamento e Distribuição Transfusão Hemocomponentes e Hemoderivados Concentrado de hemácias Concentrado de Plaquetas Plasma fresco congelado Crioprecipitado Concentrado de granulocitos QUALQUER ADULTO QUE CUMPRA OS REQUISITOS PODE SER DOADOR DE SANGUE. A SELEÇÃO DE DOADORES DE SANGUE APRESENTA ETAPAS QUE TENTAM, DETERMINAR SE O INDIVÍDUO ESTÁ EM BOAS CONDIÇÕES DE SAÚDE. Doação de sangue Etapas da seleção de doadores de sangue 1 . CADASTRO 2. FORNECIMENTO DE MATERIAL EDUCACIONAL 3. TRIAGEM CLÍNICA Compatibilidade sanguínea, sistema ABO e fator Rh Tipos de transfusão Indicação PROGRAMADA: AGENDA-SE O DIA E HORA; NÃO URGENTE : A SE REALIZAR DENTRO DE 24H URGENTE : REALIZADA ATÉ 3H APÓS A SOLICITAÇÃO; EXTREMA URGÊNCIA: QUANDO O RETARDO NA ADMINISTRAÇÃO DA TRANSFUSÃO PODE ACARRETAR RISCO PARA A VIDA DO CLIENTE . AS INDICAÇÕES BÁSICAS DE TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS SÃO DE RESTAURAR OU MANTER: A CAPACIDADE DE TRANSPORTE DE OXIGÊNIO E A HEMOSTASIA . A indicação de transfusão deve ser feita exclusivamente por médico e baseada principalmente em critérios clínicos. CONSIDERAR QUE TODA A TRANSFUSÃO TRAZ EM SI RISCOS , SEJAM IMEDIATOS , OU TARDIOS E QUE OS BENEFÍCIOS DA TRANSFUSÃO DEVEM SUPERAR OS RISCOS . Garantir a assinatura do termo de consentimento pelo paciente ou familiar responsável. Verificar a permeabilidade da punção, do calibre do cateter e sinais de infecção. Confirmar obrigatoriamente a identificação do receptor, do rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de liberação, a validade do produto. Fazer a inspeção visual da bolsa e a temperatura por meio de dupla checagem ; Aferir e anotar os sinais vitais do paciente. Cuidados de enfermagem antes da transfusão Cuidados De Enfermagem Confirmar, novamente, a identificação do receptor; Verificar duas vezes o rótulo da bolsa de sangue ou derivado sanguíneo; Verificar o número e tipo de hemoderivado e conferir se o mesmo corresponde ao prontuário do paciente; Verificar se não há bolhas de ar na bolsa ; A transfusão deve iniciar em até 30 minutos após a remoção da bolsa do refrigerador do banco de sangue . Cuidados de enfermagem durante a transfusão Cuidados De Enfermagem Sempre monitorar a transfusão durante todo o processo e permanecer ao lado do leito do paciente durante os 10 primeiros minutos de transfusão; Infundir lentamente a quantidade, lembrando-se de infundir o máximo de 5 mL/min nos primeiros quinze minutos da transfusão; Observar o paciente, em relação a reações adversas durante a transfusão, sempre monitorando os sinais vitais em intervalos regulares e comparando-os com medidas anteriores; Trocar o equipo a cada duas unidades transfundidas, para minimizar riscos de contaminação bacteriana. Cuidados de enfermagem durante a transfusão Cuidados De Enfermagem Aferir os sinais vitais e compará - los com as medidas anteriores; Descarta de maneira adequada todo o material descartável utilizado; Sempre registrar as atividades desenvolvidas pelo setor de hemoterapia ; O paciente deve ser monitorado por algumas horas após o procedimento de transfusão; Orientar paciente/acompanhante quanto a possíveis reações adversas, especialmente nas primeiras 24 horas após procedimento. Cuidados de enfermagem após a transfusão Cuidados De Enfermagem Reação hemolítica ; Reação alérgica ; ; Reação anafilática ; Febre, tremor/calafrios; Dor no local da infusão, dor torácica e/ou lombar; Hipotensão ou hipertensão; Tosse, dispnéia, taquipneia. Os sinais e sintomas mais comumente relacionados às transfusões: Reações Transfusionais Prurido, edema, rubor facial; Náuseas e/ou vômitos, cefaléia; Alteração da cor da urina (hemoglobinúria), oligúria, anúria; Sobrecarga de volume e de ferro . Reações Transfusionais Terapia Hemodiálitica Enfermagem e os cuidados ao paciente em terapia É UM MÉTODO TERAPÊUTICO UTILIZADO COM MAIS FREQUÊNCIA AOS PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL, CONHECIDO COMO HEMODIÁLISE . O que é a Terapia Hemodialítica? Introdução Insuficiência Renal Crônica (DRC) Insuficiência Renal Aguda (IRA) A Insuficiência Renal (IR) trata-se de uma síndrome caracterizada pelas alterações da função renal com retenção de metabólitos e eletrólitos no organismo. Condições pré-renais perda de volume (hemorragia, vômitos), desempenho cardíaco prejudicado e vasodilatação; Condições intrarrenais - Lesões para os glomérulos ou túbulos renais, resultantes de queimaduras, esmagamento e infecções. Condições pós-renais - Obstrução do trato urinário por cálculos, tumores, hiperplasia, estenoses ou coágulos. Causas Oligúria (menos que 400 ml de urina ao dia); Anúria (menos de 50 ml de urina por dia); Alterações no contorno renal; Níveis aumentados de uréia e creatina; Hipercalemia; Acidose metabólica; Cálcio e fósforo anormais; Anemia. Sinais e sintomas: Modalidade de tratamento O tratamento da insuficiência renal pode ser feito com tratamento direto dos sintomas, por meio de medicamentos, mudanças na dieta e monitorização constante do paciente. Nos casos mais graves podem exigir o suporte da dialise, que realiza as funções do rim debilitado. Diálise Terapia Hemodialítica CATETER NA VEIA SUBCLÁVIA, JUGULAR INTERNA OU FEMORAL FISTULA ARTERIOVENOSA ENXERTO ARTERIOVENOSO É o método utilizado com mais frequência. Um equipamento denominado dialisador substitui os glomérulos e túbulos renais, servindo com um filtro para os rins doentes. As substâncias nitrogenadas tóxicas do sangue são extraídas e o excesso de água é removido. O tratamento geralmente acontece três vezes por semana e cada sessão dura entre 3 e 4 horas. Identificar as necessidades individuais de cada paciente; Estimular o autocuidado; Identificar e tratar fenômenos decorrentes da terapia hemodialítica; Possuir uma visão holística para atender todas as necessidades de cuidado. O Papel do enfermagem na terapia hemodialítica Orientar sobre a enfermidade, tratamento, formas de terapia renal substitutiva, estímulo a reflexão de riscos e benefícios associados a cada modalidade terapêutica ; Orientação em relação aos acessos vasculares, cuidados com fístula arteriovenosa(FAV); Orientação em relação a dieta, restrição hídrica, uso de medicamentos; Orientações em relação a pressão arterial, controle de índices glicêmicos . O Papel do enfermagem na terapia hemodialítica Risco de infecção ; Volume de líquidos excessivos ; Risco de desequilíbrio eletrolítico; Constipação ; Risco de integridade da pele prejudicada; Deambulação prejudicada; Dor crônica ; Risco de trauma vascular ; Débito cardíaco diminuído ; Intolerância a atividade ; Risco de perfuração tissular cerebral ineficaz ; Padrão do sono prejudicado ; Risco de nutrição desequilibrada. Riscos Medo ; Ansiedade relacionada a morte ; Tristeza crônica ; Sentimento de impotência ; Falta de adesão ; Autocontrole ineficaz de saúde ; Desesperança ; Risco de solidão . Disfunção sexual Padrão de sexualidade ineficaz EM RELAÇAO A SEXUALIDADE: Diagnósticos psicossociais Assistência e cuidado de enfermgem ao paciente em tratamento hemodialítico Administrar analgésicos para controle da dor, quando prescritos; Manter a pele limpa e bem umedecida para evitar coceiras; Monitorar os sinais vitais, principalmente a pressão arterial; Evitar e controlar infecções; Limpar o cateter com água e sabão; Verificar sempre se o cateter está fixo; Auxiliar o paciente emocionalmente, na aceitação de sua nova autoimagem. Não aferir pressão ou tirar sangue no braço com acesso vascular Não realizar curativos apertados ou contenções no braço com o acesso para hemodiálise; Verificar a cada 8 horas a permeabilidade do acesso; Administrar terapia intravenosa lentamente; Monitorar as complicações; Transplante de medula Enfermagem e os cuidados ao paciente em terapia O TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS , COMUMENTE CHAMADO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA, CONSISTE NA SUBSTITUIÇÃO DE UMA MEDULA ÓSSEA DOENTE OU DEFICITÁRIA POR CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS NORMAIS OBTIDAS DA MEDULA ÓSSEA, DO SANGUE PERIFÉRICO OU DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO , COM O OBJETIVO DE NORMALIZAR A FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS . (BRASIL , 2001) DEFINIÇÃO Medula Óssea É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. (INCA, 2020) Tipos de transplantes 01 02 03 04 Transplante singenico Transplante autólogo Transplante alogênico Transplante haploidêntico Coletas das células tronco Medula Óssea Sangue Periférico Sangue de Cordão Umbilical/ Placentário Indicações de transplante O transplante pode ser indicado para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia aguda; leucemia mieloide crônica; leucemia mielomonocítica crônica; linfomas; anemias graves; anemias congênitas; hemoglobinopatias; imunodeficiências congênitas; mieloma múltiplo; síndrome mielodisplásica hipocelular; imunodeficiência combinada severa; osteopetrose; mielofibrose primária em fase evolutiva; síndrome mielodisplásica em transformação; talassemia major, entre outras. Como é feito os transplantes Quem pode doar medula 01 Ter de 18 a 55 anos e estar em bom estado de saúde 02 Procurar o hemocentro mais próximo de você. 03 Preencher um formulário com dados pessoais e, neste mesmo dia, ter coletada uma amostra de sangue para testes que determinam as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre doador e paciente. PARA O PACIENTE , OS PRINCIPAIS RISCOS SE RELACIONAM ÀS INFECÇÕES E ÀS DROGAS QUIMIOTERÁPICAS UTILIZADAS DURANTE O TRATAMENTO; PARA O DOADOR, OS RISCOS SÃO POUCOS . DENTRO DE POUCAS SEMANAS , A MEDULA ÓSSEA ESTARÁ INTEIRAMENTE RECUPERADA. UMA AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DETALHADA VERIFICA AS CONDIÇÕES CLÍNICAS E CARDIOVASCULARES DO DOADOR VISANDO A ORIENTAR A EQUIPE ANESTÉSICA ENVOLVIDA NO PROCEDIMENTO OPERATÓRIO . Quais possíveis riscos para o paciente e doador Cuidados de enfermagem O primeiro contato do enfermeiro com o paciente ocorre no ambulatório, quando este é encaminhado com indicação para o transplante. Com a inclusão do cliente no programa, é iniciado o protocolo de preparo que inclui as orientações de admissão na unidade, seguindo-se a internação para o transplante propriamente dito. Após a recuperação hematopoética, ocorre a alta hospitalar planejada, e a continuação do tratamento será realizada no ambulatório (Lacerda e Lima, 2007). Cuidados de enfermagem Cuidados relacionados a procedimentos: infusão de células- tronco hematopoéticas, atividades de controle e distribuição de plaquetas, coleta de sangue de medula óssea no centro cirúrgico; Cuidados com a proteção do paciente: lavagem e desinfecção das mãos antes e após: entrar na unidade, preparar e administrar medicamentos, entrar em contato com o paciente, manipular eliminações; Cuidados com a terapia intravenosa: preparo de substâncias intravenosas, cuidados com hemotransfusão, cuidados com infusão de nutrição parenteral, cuidados com infusão de quimioterápicos; Cuidados com cateter de Hickman: troca de curativo e fixação, manutenção e heparinização das vias, mensuração do comprimento da extensão do cateter, atividades para prevenção de infecções; Cuidados de enfermagem Execução da Sistematização da Assistência de Enfermagem Entrevista: Exame físico, diagnósticos de enfermagem, prescrição de enfermagem, execução da prescrição de enfermagem e checagem dos cuidados, anotação de enfermagem, evolução de enfermagem, registro das etapas da SAE em instrumentos padrão Verificação e acompanhamento de dados do paciente: Verificação de sinais vitais do paciente e do doador aparentado, verificação de valores de saturação de oxigênio, peso, circunferência abdominal e glicemia capilar, controle de balanço hídrico, registro dos dados para acompanhamento do paciente; Documentações e registros: Checagem dupla de hemocomponentes em conjunto com a equipe de enfermagem assistencial e anexação da etiqueta da bolsa do hemocomponente no prontuário do paciente, checagem dupla de medicações quimioterápicas com a equipe de enfermagem assistencial, conferência no prontuário do paciente se os exames pré-transplante foram realizados, transmissão de prescrição médica de plaquetas para enfermeira do plaquetário para liberação interna e externa ao setor. Obrigada ! Referencias : BARBOSA, Halana Batistel; NICOLA, Anair Lazzari. ENFERMAGEM NA TERAPIA TRANSFUSIONAL E HEMOVIGILÂNCIA: análise da conformidade em um hospital de ensino. Saúde (Santa Maria), [S.L.], p. 97-104, 3 nov. 2014. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/13074. Acesso em: 11 set. 2021. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Ações de enfermagem para o controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 3ª ed. Rio de Janeiro: INCA; 2008. 628p BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia para o uso de hemocomponentes. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Transplantes de medula óssea, tecidos e pele. Brasília, 2021. Silva, B. S. da ., Nascimento, M. I. S. do, o Ramos, E. M. F. do C., Paixão, E. F. da S. ., & Ronconi, F. de S. (2020). TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM. Revista Científica Da Faculdade De Educação E Meio Ambiente, 10(Especial), 124–130. SOUSA, Cleudismar Pereira et al. Terapia transfusional: da captação a transfusão em um hospital de referência de palmas- tocantins. Brazilian Journal Of Health Review, [S.L.], v. 3, n. 1, p. 138-152, 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/6019/5358. Acesso em: 11 set. 2021. https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/13074 https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/6019/5358
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