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1 Aula 4 - Tecnologia da Informação na Logística O sistema de informação passou a necessitar com mais intensidade da tecnologia devido ao crescimento contínuo das bases de dados, o que tornou impossível seu gerenciamento manual. A Tecnologia de Informação (TI) proporciona maior integridade e velocidade na troca de informações, o que aperfeiçoa diversas atividades na Logística como, por exemplo, identificar onde e quando os produtos deverão ser distribuídos, o que e quando estocar, quais locais necessitam de mix de produtos etc. Para que possamos obter tais informações, são necessários diversos aplicativos, muitos deles já disponíveis no mercado. Para distinguirmos um produto ou pessoa A de outro B, temos de identificá-los, ou seja, dar-lhes um nome ou, então, um código. Está é uma das funções de identificadores como o código de barras e o RFID (Radio Frequency Identification – etiquetas eletrônicas). O primeiro, já muito usado no mercado, atinge escala com custos acessíveis. O segundo está em processo de adequação, prometendo ser a nova revolução para o mercado em termos de identificação e rastreabilidade. Porém, de nada nos adianta identificar e saber onde se encontram produtos ou pessoas se não podemos gerenciar as suas informações; para isto, os sistemas de gestão representados pelo ERP (Enterprise Resource Planning) facilitam o acesso de dados de forma consolidada, possibilitando, por exemplo, a automação de algumas funções, otimizando processos e ferramentas de planejamento e melhorando a tomada de decisão. Os benefícios diretos alcançados com o acesso à informação são melhorias na previsão das demandas, na coordenação estratégica entre os membros da cadeia e na gestão de estoques. O ERP planeja ainda os recursos necessários para a execução de projetos a partir de informações obtidas nos departamentos em que esteja implementado. 2 Com as informações gerenciadas e estruturadas, passa a ser necessária a movimentação física dos produtos para que possam ser distribuídos. Para isso, é preciso encontrá-los, por exemplo, dentro dos armazéns, e a ferramenta mais adequada é o WWS (Warehouse Management System). Este sistema melhora o desempenho do picking (coleta e separação de um pedido em um armazém) dos produtos, determinando o menor caminho para realizar a coleta, otimizando a armazenagem dos produtos nos locais mais adequados nos centros de distribuição. Isso reduz, consequentemente, os custos. Porém se não houver produtos disponíveis nas prateleiras? As empresas que os disponibilizarem mais rápido poderão provavelmente ser líderes de mercado, pois oferecem maior satisfação e melhores serviços aos clientes. Para que possa haver suprimentos contínuos e eficazes, duas ferramentas são utilizadas atualmente: o ECR (Efficient Consumer Response) e o VMI (Vendor Management Inventory). O ECR é aplicação de um conceito de relacionamento entre cliente e fornecedor, com o objetivo de obter eficiência na cadeia logística. Além de reduzir custos logísticos por minimizar estoques, pode melhorar o nível de serviço (disponibilidade dos produtos) aos consumidores finais. O VMI é a administração do estoque pelo fornecedor, possibilitando a transformação do estoque empurrado em estoque puxado. Código de Barras Independentemente do tipo de código de barras utilizado, esta tecnologia possui uma característica que a torna de grande importância para o nosso atual mercado, que é a identificação única de cada produto. Com a variedade de produtos ofertada hoje em dia pela indústria, faz-se necessário identificar os produtos individualmente para saber, por exemplo, quem o consome e quando é consumido, bem como rastreá-lo ao longo da cadeia e utilizar inúmeras operações de automação. Estoque empurrado se caracteriza pela presença do produto no ponto onde o mesmo será usado. Estoque puxado é o inverso, ou seja, há uma ausência de estoque, sendo necessária a reposição cada vez que um insumo ou produto for solicitado. 3 RFID (Radio Frequency Identification – etiquetas eletrônicas) Também conhecida como etiqueta inteligente, devido à capacidade de armazenar informações em um chip instalado em sua estrutura. Esta, na realidade, é uma das diferenças entre o RFID e o código de barras, pois este último tem a necessidade de acessar um banco de dados para coletar informações referentes aos produtos. Exemplo: em uma rede de suprimentos integrada as notas fiscais são pré- cadastradas no sistema de estoque e enviadas por meio eletrônico para a conferência do recebimento da carga. Com o uso de etiquetas inteligentes a conferência é automatizada, minimizando ainda mais tempos e processos. ERP (Enterprise Resource Planning) Tem como principal conceito a implementação de uma base de dados única, integrando os diversos módulos e subsistemas desse pacote de gestão. Exemplo: O ERP pode ser uma formidável fonte de informações para aperfeiçoar processos logísticos. Fornece a demanda em tempo real, por exemplo, de uma manufatura. Com isso, estabelece as melhores soluções para reabastecimento de uma empresa, melhorando o grau de disponibilidade do insumo sem, no entanto, manter altos estoques são viáveis. Podemos integrar entrada de insumos e expedição dos produtos da ERP, permitindo melhor gerenciamento dos armazéns. WWS (Warehouse Management System) Tem a capacidade de gerenciar: movimentações da mercadoria, recebimentos de produtos ou insumos, separações, expedições, roteirização de picking, entre outras atividades logísticas. ECR (Efficient Consumer Response) É uma solução que tem a finalidade de coordenar as trocas de informações entre indústria e varejo, implementada principalmente no setor de alimentos, tendo como principais clientes os supermercados. 4 VMI (Vendor Management Inventory) É um processo em que as empresas passam a gerenciar o estoque de seus clientes, promovendo demanda puxada. Para que se possa realizar tal tarefa, é necessário que o fornecedor conheça a estimativa de demanda de seus clientes.
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