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Instabilidade postural, quedas e imobilidade Governador Mangabeira 2020 Introdução A instabilidade postural e as quedas fazem parte das síndromes geriátricas que representam a principal causa de incapacidade entre os idosos. Entretanto, grande parte dos profissionais da saúde não se encontra preparada o suficiente para enfrentar tal realidade, quer seja em seus aspectos preventivos, como nas questões assistenciais imediatas após a ocorrência da queda. Perda e queda da qualidade de vida Pode ocorrer em conjunto e compartilhar fatores de risco entre si Complexidade terapêutica. Características gerais Geralmente tem múltiplas etiologias Não constitui risco de morte eminente - - Idade avançada; - Frequência diminuída de atividades externas; - Utilização de uma grande quantidade de fármacos; - Diminuição de força de preensão; - Auto percepção ruim da visão e da saúde. -Iluminação do ambiente; -Superfície para deambulação; -Tapetes soltos, degraus altos ou estreitos; -Tipo de moradia ; -Renda mensal igual ou inferior a um salário-mínimo. Aspectos que contribuem para a instabilidade física Intrínsecos Extrínsecos - Afeta independência e pode ter consequências graves; - As instabilidade postural contribui para a sexta causa Mortis de idosos; - Hábitos de vida inadequados; - Doenças que acometem a terceira idade que são crônico-degenerativas; - Fatores fisicos. Instabilidade postural Aspectos importantes : Por imobilidade entende-se qualquer limitação do movimento. Representa causa importante de comprometimento da qualidade de vida. Imobilidade - Representa causa importante de comprometimento da qualidade de vida; - No grau máximo de imobilidade, conhecido como síndrome de imobilização ou da imobilidade completa, o idoso é dependente completo; - Apresenta déficit cognitivo avançado, rigidez e contraturas generalizadas, e múltiplas, afasia, disfagia, incontinência urinária e fecal, úlceras de pressão. Sistema cardiovascular: hiporresponsividade barorreceptora (taquicardia, náusea, sudorese e síncope após repouso prolongado); Sistema respiratório: redução do volume corrente e da capacidade vital, hipersecreção brônquica, tosse ineficaz; atelectasia; pneumonia; Sistema digestório: anorexia secundária a restrição dietética, doença de base, interação medicamentosa; Sistema geniturinário: aumento do volume residual da bexiga e alto risco de retenção urinária, alto risco de incontinência urinária; Pele: intertrigo nas regiões de dobras cutâneas,particularmente nas regiões inframamária e interglútea, dermatite amoniacal da "fralda", escoriações, lacerações e equimoses. As principais consequências da imobilidade em cada sistema são: É o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade, resultando ou não em dano. Essas lesões podem ocasionar limitações e incapacidades temporárias ou permanentes. Quedas - Idade avançada (80 anos e mais); - História prévia de quedas; - Imobilidade; - Baixa aptidão física; - Fraqueza muscular de membros inferiores; ------------ - Fraqueza do aperto de mão; - Equilíbrio diminuído; - Marcha lenta com passos curtos; - Doença de Parkinson; - O uso de sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia. Os fatores de risco que mais se associam às quedas Cuidados de enfermagem O enfermeiro deve de identificar os fatores de risco para quedas em idosos e planejar estratégias de prevenção, reorganização ambiental e de reabilitação funcional. • Orientar intervenções no espaço físico; • Instruir os familiares a evitar a locomoção do idoso em trajetos tumultuados, quando possível; • Orientar quanto ao uso apropriado de muleta, andador e bengala, se for necessário; • Orientar o idoso ou responsável sobre mudanças na prescrição medicamentosa que possam causar vertigens, tonturas, hipoglicemias. Diante do exposto, é possível afirmar que envelhecer é um processo fisiológico, que envolve uma serie de fatores intrínsecos e extrínsecos que podem levar a síndromes geriátricas e consequentemente a incapacidades, e os enfermeiros tem um papel muito importante na orientação, prevenção e no cuidado. Entretanto, evidencia-se que grande parte dos profissionais da saúde não se encontram preparados o suficiente para enfrentar tal realidade, quer seja em seus aspectos preventivos, como nas questões assistenciais imediatas. Conclusão Referências: - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da Criança: nutrição infantil, aleitamento materno e alimentação complementar. CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA. Brasília: Ed.1º Ministério da Saúde, 2000. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_idoso_cab4.pdf. Acessado em :20 nov. 2020. -MORAES, Dayana Cristina et al .Instabilidade postural e a condição de fragilidade física em idosos. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 27, e3146, 2019 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692019000100333&lng=en&nrm=iso>. Acessado em :20 nov. 2020. - OLIVEIRA, Adriana Sarmento de et al . Fatores ambientais e risco de quedas em idosos: revisão sistemática. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p. 637-645, set. 2014 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232014000300637&lng=pt&nrm=iso>. Acessado em : 20 nov. 2020. -Santos BW dos, Baixinho CL. Possibilidade de intervenção da enfermagem na prevenção de queda em idoso:estudo de revisão. Cogitare enferm. Acessado em: 20/11/2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.71326.
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