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Proteínas e Enzimas 2P

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AMANDA	FARIA	
11/11/2020	–	2º	PERÍODO	
	
Enzimas Digestivas 
VISÃO GERAL 
As enzimas são um grupo de substâncias 
orgânicas de natureza geralmente 
proteica. Toda enzima possui uma 
composição proteica, apesar de algumas 
não serem constituídas apenas por 
enzimas, por exemplo, há enzimas 
glicoproteícas. 
As enzimas realizam um papel essencial no 
sistema digestório. 
FUNÇÕES GERAIS DAS ENZIMAS 
As enzimas possuem atividade enzimática 
intracelular ou extracelular, sendo 
produzidas e armazenadas em 
compartimentos, atuando dentro ou fora 
deles, a exemplo há as enzimas dentro dos 
lisossomas (dentro de um compartimento) 
e as enzimas que são liberadas no meio 
extracelular. 
As enzimas realizam funções 
catalisadoras, isto quer dizer, elas 
catalisam reações químicas que sem elas 
ocorreriam em uma velocidade 
demasiadamente baixa. Diminui-se a 
energia de ativação, ou seja, a energia 
necessária para aquela reação ocorrer, a 
enzima torna a realização desse trabalho 
menos desgastante. 
TEORIAS CLÁSSICAS 
Uma das teorias clássicas relacionadas às 
enzimas é o caso do encaixe perfeito com 
o seu substrato, o conhecido como modelo 
chave-fechadura. 
Isso é uma ideia criada para facilitar a 
compreensão, porém é uma proposta 
didática e não é 100% realidade. 
Essa ideia de encaixe não é precisa, uma 
vez que não há na enzima e no substrato 
um modelo fixo e permanente de encaixe. 
REGULAÇÃO DE ENZIMAS 
Quando um substrato se liga a uma 
enzima, há um passo intermediária da 
reação chamada de complementariedade. 
Complementariedade: é a etapa em que o 
substrato e a enzima se tornam unidade 
complementares, eles se encaixam. 
Essa complementariedade é similar à ideia 
do modelo chave-fechadura, porém essa 
estrutura não é fixa. Para acontecer o 
encaixe, é necessário que a enzima ou o 
substrato mude sua conformação de modo 
que um se ajuste ao outro; ambos são 
maleáveis. 
Podem ocorrer três situações: 
1. Mudança conformacional na enzima; 
2. Mudança conformacional no 
substrato; 
3. Mudança conformacional em 
ambos; 
Há a possibilidade da enzima ou do 
substrato não se regularem um ao outro e 
com isso, não ocorre a reação. 
PROCESSOS BIOQUÍMICOS 
A reação enzimática é formada por dois 
passos: passo da ligação do substrato e 
passo catalítico. 
LIGAÇÃO AO SUBSTRATO 
Durante as reações enzimáticas há um 
processo intermediário, chamado de 
ligação ao substrato, que é um processo 
reversível (essa parte reversível/ 
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desligamento, pode ocorrer por ausência 
de movimentos da complementariedade 
ou por haver uma estrutura não pronta). 
PASSO CATALÍTICO 
O passo catalítico constitui a parte em que 
ocorre a catálise, ou seja, acontece a 
aceleração da reação com a ação da 
enzima. A enzima associada ao substrato 
realiza a reação química e libera o produto 
(não mais um substrato). 
Com a liberação do produto, a enzima 
torna-se livre para atuar em outra reação 
enzimática. Esse aspecto é uma 
característica importante das enzimas para 
o organismo humano, uma vez que elas 
não se degradam durante o processo de 
catálise. Elas são capazes de catalisar a 
reação de vários substratos em sequência 
em um mesmo ambiente. 
Elas são reaproveitadas para vários 
processos. 
 
CONDICÇÕES AMBIENTAIS 
As condições ambientais são necessárias 
para as reações ocorrerem e até 
identificarem onde as enzimas atuam. 
TEMPERATURA 
A temperatura é uma das condições para 
um funcionamento ótimo das enzimas. 
Proteínas, quando em altas temperaturas, 
são desnaturadas e se degradam. 
As estruturas de proteínas primárias, 
secundárias, terciárias e quaternárias 
desnaturam (perdem a forma) devido à 
temperatura. 
O mesmo ocorre com as enzimas, se a 
temperatura aumenta, uma enzima é 
inativada (termo mais específico para 
enzima), elas são inativadas, pois 
desnaturam e perdem seu formato. Ao 
perder o seu formato, elas não são 
capazes de realizarem a mudança 
conformacional para se ligarem ao seu 
substrato. 
Em uma temperatura ótima, tem-se a 
velocidade máxima de ativação de uma 
enzima, isto quer dizer, em uma dada 
temperatura, a enzima funciona na sua 
melhor condição. 
A enzima até continua trabalhando fora da 
temperatura ótima, porém não é na sua 
melhor condição. Isso ocorre, claro, se 
não for na temperatura muito baixa ou na 
temperatura de desnaturalização. 
Em temperaturas baixas as enzimas são 
inativadas, pois reduz-se a mobilidade da 
enzima, uma vez que o meio não permite 
que ela se movimente. Mesmo que exista 
vários substratos, a reação não ocorre 
porque as enzimas se mantêm estáticas 
em um meio que está se solidificando. 
pH 
O pH é uma outra condição para o 
funcionamento das enzimas. Toda proteína 
possui uma carga, podendo ser carregada 
positivamente ou negativamente, tendo 
capacidade maior ou menor de se associar 
a uma determinada estrutura ou 
substratos. 
Essa carga permite que a proteína trabalhe 
de uma forma confortável em um ambiente 
com um pH favorável. Por exemplo, se 
houver um ambiente com um pH muito 
ácido, que desestabiliza a estrutura da 
enzima, ela não funciona bem, ou se 
houver um ambiente que também não 
permite que ela mantenha sua estrutura 
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estável, ela também não funciona 
corretamente. 
Com isso, cada enzima para cada 
atividade que realiza ela pode alcançar 
um pH ótimo. 
Da mesma maneira da temperatura, a 
enzima continua funcionando em outros 
níveis de pH, porém existe um pH que é p 
ideal. Nesse pH ideal com a temperatura 
ideal, a enzima tem a capacidade de 
realizar maior número de reações por 
minuto. 
Na condição de uma temperatura ótima e 
um pH diminuído, ela continua 
trabalhando, caso essa variação de pH seja 
pouca. Porém, se houver uma grande 
variação, essa enzima não possui condição 
de trabalhar, pois perde sua estabilidade. 
PROCESSO DE DIGESTÃO E 
ENZIMAS 
No processo de digestão, é necessária 
uma estrutura de enzima funcional, 
estrutura essa a qual depende do ambiente 
(pH e temperatura) para que ela possa se 
associar ao substrato e gerar o produto. 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
O sistema digestório humano realiza uma 
série de processos para quebrar os 
alimentos. Esse sistema inicia-se pela 
boca, passa através do esôfago para o 
estômago, intestinos e daí em diante até 
ser absorvido ou descartado e excretado. 
DIGESTÃO 
A digestão é utilizar as macromoléculas 
obtidas na alimentação transformando-as 
em micromoléculas para a absorção pelo 
organismo, para que seja metabolizado. 
 
Sistema Digestório X Sistema Digestivo: 
Antigamente o sistema era chamado de 
digestivo e hoje em dia é chamado de 
digestório, isso ocorreu devido à 
concepção que digestório se diz respeito 
ao local onde ocorre a digestão (tudo 
“tório” é local. Já digestivo, se diz respeito 
a quem realiza a digestão, como as 
enzimas, que ainda são chamadas de 
enzimas digestivas, por serem 
responsáveis pela ação. 
 
DIGESTÃO MECÂNICA E 
DIGESTÃO QUÍMICA 
O processo inicial da digestão na boca 
ocorre de duas maneiras: digestão química 
e digestão mecânica. 
Quando um alimento entra na boca, ele é 
um nutriente megacomposto, uma vez que 
há diversos macronutrientes presentes. 
Sendo assim, é necessário inicialmente 
quebrar essa estrutura, com o processo de 
digestão mecânica. 
Essa digestão mecânica é feita através da 
mastigação, realizada pelos dentes e com 
o auxílio da língua, que ajudam a quebrar 
aquele alimento em partes a fim de facilitar 
a sequência do processo de digestão de 
forma química. 
A mastigação tritura, rasga e esmaga o 
alimento, facilitando sua deglutição e a 
ação dos sucos digestórios, uma vez que 
expõe maior área de ação para estes 
sucos. 
A digestão química na boca é feita pelas 
enzimas, feita pela enzima amilase salivar, 
a qual é a responsável pela quebra do 
amido. Com isso, apenas os carboidratos 
serão digerido na boca, os demais 
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macronutrienteserão apenas quebrados 
mecanicamente, será apenas mastigado 
para que possa ser deglutido. 
GLÂNDULAS ACESSÓRIAS 
A fim de ocorrer a digestão química, é 
necessária a liberação das enzimas por 
parte das glândulas salivares presentes na 
boca para que elas possam, durante o 
processo de mastigação, iniciar o 
processo de digestão química. 
As enzimas são produzidas e 
armazenadas nessas glândulas, para 
serem liberadas no momento de sua 
atuação. 
As glândulas salivares são um tipo de 
glândula acessória. A saliva, além de 
umidificar o alimento, contém também uma 
enzima, a ptialina ou amilase salivar, que 
digere o amido (gerando maltose e 
glicose), como anteriormente falado. Essas 
glândulas caracterizam o local onde é 
produzido o suco enzimático. 
O pH da boca tende a neutro. Caso ele 
fique alcalino, há a possibilidade da 
formação de tártaro e quando ele fica 
ácido, há a possibilidade da maior 
formação de cárie. Além disso, o pH é 
importante para a ação das enzimas. 
Outra coisa importante que ocorre na boca 
é a percepção dos sabores pela língua. O 
estímulo do paladar permite que 
percebamos a qualidade do alimento e 
estimula a produção dos sucos digestórios. 
FARINGE E ESÔFAGO 
Após o início do processo de digestão, o 
bolo alimentar passa pela faringe e 
esôfago. 
A faringe é um canal comum de passagem 
do alimento e do ar, sendo conhecida 
também como garganta. Ao final da 
faringe, há a entrada do esôfago e da 
laringe (sistema respiratório). 
O esôfago é um tubo muscular que realiza 
os movimentos peristálticos, auxiliando 
com que o alimento se encaminhe para o 
estômago. 
ESTÔMAGO 
Na sequência do esôfago, o alimento 
desemboca no estômago. O estômago 
possui pH de 2/3, normalmente, ele é 
extremamente ácido, devido ao suco 
gástrico produzido por ele, sendo um local 
para uma forte digestão química. 
Devido ao pH ácido, assim que esse bolo 
alimentar chega ao estômago, mesmo que 
esteja embebido em ptialina, essas 
enzimas presentes nele não irão atuar e 
irão se degradar, interrompendo o 
processo de digestão de amido que se 
iniciou na boca. 
No estômago ocorre uma forte digestão 
química do alimento. Esse órgão produz o 
suco gástrico. 
SUCO GÁSTRICO 
O suco gástrico possui ácido clorídrico e a 
enzima pepsina. O ácido clorídrico tem pH 
bastante ácido, necessário à ação da 
pepsina e, também, atua matando 
possíveis microrganismos ingeridos junto 
com o alimento. Além disso, o ácido 
clorídrico é necessário por ajudar a 
interromper o processo de digestão 
iniciado na boca. 
A pepsina, por sua vez, digere proteínas, 
transformando-as em moléculas menores 
– os peptídeos. As células da parede do 
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estômago também produzem um muco 
que impede que o suco gástrico aja 
digerindo o próprio órgão. 
Também há a enzima lipase gástrica, além 
da pepsina, ela é a primeira enzima que 
inicia o processo de degradação. 
Ambas as enzimas atuam no pH ácido 
como seu pH ótimo, favorecendo a reação 
de quebra de proteínas e lipídios. 
Após haver a quebra de carboidratos (na 
boca), proteínas (estômago) e lipídios 
(estômago), esse bolo alimentar é lançado 
no intestino. 
INTESTINO DELGADO 
O intestino delgado é um tubo de 6m de 
comprimento que se divide em três partes: 
duodeno, jejuno e íleo. 
INDUODENO 
O duodeno é a menor porção do intestino 
e é onde desemboca o estômago. O 
duodeno possui um pH extremamente 
básico, cerca de um pH 8, podendo chegar 
a 9 ou 10. 
As partes do duodeno produzem o suco 
entérico que possui várias enzimas. Além 
disso, desembocam no duodeno canais 
vindos do fígado e do pâncreas, trazendo 
sucos digestórios produzidos por estas 
glândulas anexas. 
Essa alteração de pH do ácido para o 
básico é muito importante durante a 
digestão, tendo atuação das glândulas 
acessórias. 
GLÂNDULAS ACESSÓRIAS 
As glândulas acessórias do mesmo tipo 
das que produzem a saliva. Glândulas 
acessórias ao intestino delgado, 
associadas (suas saídas) ao duodeno, 
tanto o ducto biliar, quanto o ducto 
pancreático. 
A glândula acessória do fígado auxilia na 
mudança de pH com os sais e a glândula 
acessória do pâncreas auxilia na mudança 
de pH com o bicabornato. 
 
FÍGADO 
A primeira glândula é o fígado. O fígado 
produz a bile, que é um suco digestório 
sem enzimas. A bile é formada 
principalmente por sais e outras 
substâncias que emulsionam a gordura, 
como um detergente. 
1. Emulsificantes: eles servem para 
englobar a gordura em subunidades 
menores a fim de facilitar a quebra; 
2. Sais: os sais na bile é o início do 
processo de transformar para 
transformar o bolo alimentar ácido 
em um ambiente razoavelmente 
controlado alcalino para que as 
enzimas do duodeno funcionem. 
A bile não é lançada diretamente no 
duodeno, antes ela é armazenada em uma 
pequena bolsa que é a vesícula biliar. 
Posteriormente, essa bile armazenada na 
vesícula é liberada no duodeno para gerar 
um ambiente com pH alcalino. 
PÂNCREAS 
O pâncreas também é uma glândula 
acessória. Ele é uma glândula mista que 
produz hormônios como a insulina e o 
glucagon, os quais participam do controle 
de glicose no sangue. Além disso, o 
pâncreas produz o suco pancreático. 
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11/11/2020	–	2º	PERÍODO	
	
O suco pancreático, o qual é liberado no 
duodeno pelo ducto pancreático, possui 
diversas enzimas digestivas, que finalizam 
a digestão, quebrando as últimas 
subunidades de proteínas, amido, RNA ou 
outros grupos. 
O suco pancreático também libera 
bicarbonato, que é responsável por 
auxiliar, juntamente com os sais da bile, o 
equilíbrio do pH de ácido para básico. 
JEJUNO E ÍLEO 
As enzimas digestivas do pâncreas visam 
deixar os grupos de nutrientes nas 
menores subunidades possíveis a fim de 
que quando chegarem no jejuno e íleo, 
possam ser bem absorvidos. 
O jejuno e íleo realizam 99% da absorção 
de nutrientes, esses micronutrientes são 
capazes de passar através da parede do 
intestino para as células ou serem 
transportados pelo sangue pelo sistema 
porta hepático, sendo carreados pelo 
sangue para todo o organismo. 
Para isso, o intestino possui várias 
estruturas que aumentam a área de 
contato com o alimento, são elas: 
1. Dobras intestinais; 
2. Vilosidades; 
3. Microvilosidades. 
Além disso, o intestino é altamente 
vascularizado, permitindo que o sangue 
absorva os nutrientes e os distribua pelos 
tecidos. 
INTESTINO GROSSO 
O intestino grosso mede cerca de meio 
metro de comprimento e é dividido em 
cólon ascendente, cólon transverso e 
cólon descendente. 
O intestino grosso acumula o que não foi 
absorvido pelo intestino delgado. 
Posteriormente, com a absorção de água 
pelo organismo, há a formação das fezes, 
que será excretado no processo de 
excreção de alimentos não aproveitados 
pelo organismo. 
REGULAÇÃO HORMONAL 
A regulação hormonal é fundamental para 
que esse processo de digestão ocorra. Os 
hormônios estimulam tanto a produção, 
quanto a liberação dessas enzimas nos 
sucos.

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