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AMANDA FARIA 05/10/2020 – 2º PERÍODO Glicólise e os Destinos do Piruvato VISÃO GERAL Na sequência do processo de glicólise, ocorre a continuidade do metabolismo glicolítico em metabolismo oxidativo para potencializar o ganho energético. Esse metabolismo oxidativo parte do produto gerado na glicólise que é o piruvato, sendo obtida duas moléculas de piruvato e 2 ATP de saldo. VIA FERMENTATIVA O piruvato em grandes quantidades tende a seguir pela via fermentativa, como nos atletas, os quais necessitam de grande demanda energética. Eles se situam armazenados na via fermentativa, porém caso a pessoa não precise de grande demanda energética ou se a maquinaria metabólica estiver funcionando normalmente, o piruvato é encaminhado para a via de oxidação completa. VIA DE OXIDAÇÃO A vida oxidativa utiliza o piruvato da melhor maneira possível a fim de gerar a maior quantidade energética possível. Para que ocorra a oxidação completa do piruvato, ele precisa passar pelo Ciclo de Krebs. CONVERSÃO DO PIRUVATO EM ACETIL-CoA O piruvato não entra no ciclo de Krebs no formato de piruvato, para que ele entre no Ciclo de Krebs, é fundamental que ele seja convertido em Acetil-CoA. Se tudo funciona corretamente, o piruvato não é facilmente acumulado, ele tem vias de escape que são: produção de lactato (via fermentativa) e a formação de acetil- CoA (via oxidativa). A acetil-CoA é uma molécula muito importante no metabolismo. Ela, ao se associar ao oxalacetato, inicia o Ciclo de Krebs. PIRUVATO DESIDROGENASE A enzima piruvato desidrogenase é a responsável por converter o piruvato em acetil-CoA. Essa enzima realiza uma desidrogenação, recebendo um radical CoA, passando ser a estrutura acetil-CoA, que é a entra no Ciclo de Krebs permitindo com que a sequência dessa reação ocorra. CICLO DE KREBS O ciclo de Krebs é uma das etapas da glicólise, formado por um conjunto de 10 reações. A ideia da oxidação completa da glicose tem como objetivo gerar mais energia que a glicólise, uma vez que ao transformar o piruvato em acetil-CoA e ela se unir ao oxalacetato, gera-se um maior número de reações, o que gera mais energia. ENERGIA NO CICLO DE KREBS No Ciclo de Krebs não há uma grande concentração de ATP formado, são formados 2 GTP, que é análogo ao ATP. Cada Ciclo de Krebs forma um GTP e ocorrem dois ciclos, uma vez que na glicólise formam-se dois piruvatos. Apesar de não ter uma grande concentração de ATP, no Ciclo de Krebs há uma grande quantidade de energia circulando e esse alto fluxo de energia está AMANDA FARIA 05/10/2020 – 2º PERÍODO relacionado com intermerdiários energéticos, que são o NADH e o FADH2. Essas estruturas do NADH e do FADH2 são fundamentais para que posteriormente, na sequência do processo oxidativo, tenha muito mais produção de moléculas de energia. A relação de quantos ATPs são formados dependem de quanto NADH e FADH2 existem. Cada molécula de NADH gera 3 ATP e cada molécula de FADH gera 2 ATP na estrutura da cadeia transportadora de elétrons. Sendo assim, no Ciclo de Krebs, são geradas 12 moléculas de ATP (3 NADH x 3 + 1 FADHx2 + GTP [ATP]). Essas 12 moléculas são considerando apenas um ciclo, ou seja, metade de uma molécula de glicose. Considerando uma molécula de glicose inteira, são dois ciclos, o que resulta em 24 ATPs. Dois ciclos de Krebs (uma glicose) geram 24 ATPs. Fora do Ciclo de Krebs também são formadas moléculas de NADH, sendo 2NADH gerados na glicólise (fase de pagamento) e 1NADH na reação da piruvato desidrogenase. FUNÇÕES DA VIA GLICOLÍTICA (OXIDAÇÃO COMPLETA) As funções da glicólise são: 1. Gerar ATP de forma rápida; 2. Gerar intermediários para a síntese; 3. Gerar NADH. Ao gerar o NADH, a via glicolítica gera energia para a cadeia transportadora de elétrons para que ela possa gerar muito mais ATP. SALDO DE NADH 1. Glicólise: formam-se 2 NADH; 2. Piruvato Desidrogenase: 1 NADH; 3. Ciclo de Krebs: 6 NADH e 2 FADH. Ao total, entram na cadeia transportadora 9 NADH. CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS A cadeia transportadora é por onde há a passagem de energia. As moléculas de NADH e FADH transferem energia para uma sequência de citocromos ou complexos enzimáticos que estão na membrana, na camada intramembranar da mitocôndria, na membrana interna da mitocôndria. A cadeia transportadora foi descoberta pelo Dr. Peter D. Mitchell, o qual ganhou o prêmio Nobel por essa descoberta. Ele mostrou como ocorre a transferência de energia dos próprios elétrons em energia química, que é a energia que permite a associação de ADP em ATP. Ele criou a Teoria Quimiomótica. ESQUEMA GERAL DA CTE As enzimas na membrana interna da mitocôndria são as principais responsáveis pela produção de ATP. O NADH transfere energia para o complexo I, permitindo que ele abra a sua passagem e jogue 4 H+ para o espaço intra-membranar. Esse complexo I transfere energia para o complexo II, o qual não é um poro, não passando nada para o espaço, mas transfere energia para o AMANDA FARIA 05/10/2020 – 2º PERÍODO complexo III. O complexo III, que é um poro, ele por ter recebido energia, ele joga 4 H+ para o espaço intra-membranar, além de transferir energia para o citocromo c, do complexo IV. O complexo IV também é um poro, permitindo a passagem de 2 H+ para fora. GRADIENTE Os complexos que funcionam como poros, eles abrem um canal para a passagem de íons de H nesse espaço intra-mebranar. Isso ocorre contra o gradiente, o espaço intra-membranar é carregado positivamente e se for forçado a entrada de mais íons, em algum momento por excesso de carga, eles tendem a ser transportados de volta para dentro. Esse transporte para o interior da membrana ocorre na enzima ATPsintase, que é a enzima F1/F0. Com a passagem de H por essa enzima, essa passagem gera um movimento da enzima, transferindo energia a ela para que ela possa unir o ADP a um Pi, gerando ATP. Para que se tenha energia suficiente na enzima, são necessários 3 íons de H passando por ela. A cada 3 íons, forma-se 1 ATP. QUANTIDADE EM SALDO A energia que o NADH passa para os complexos é a energia que ele recebeu no Ciclo de Krebs. Ao total, contando todas as moléculas de H+ que saíram pelos poros são 10 íons de H+. Considerando que a cada 3 H+ formam-se 1 ATP, tendo 10 H+, são formados 3 ATP, sobrando 1 H+, isso a cada molécula de NADH. Como são 9 moléculas de NADH, formam- se 27 ATP, porém em cada molécula de NADH sobra um H, ou seja, sobrando 9 H+, forma-se 3 ATP. Com isso, há um total de 30 ATPs. FADH2 O FADH2 ao invés de transferir energia para o complexo I, transfere para o complexo II. Ao se associar ao complexo II, ele transfere energia, a coenzima Q transfere energia do complexo III, permitindo a ida de 4 H+ para o espaço intra-membranar. O complexo III, por sua vez, transfere energia para o complexo IX, permitindo a ida de mais 2 H+. Para cada molécula de FADH2 há a ida de 6 H+, resultando em 2 ATPs. FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA O papel o O2 é produzir a água, quando ele se liga aos H+, que passam pelas enzimas. Na respiração celular, é fundamental a presença de O2, uma vez que ele é o aceptor final de elétrons da cadeia transportadora de elétrons. Sem o O2 para realizar essa função, esse sistema para uma vez que ele fica sobrecarregado devido à presença de H+ dentro dele. Se esse elétron não sair, não há esse engarrafamento, consequentemente, não há H+ saindo e não terá H+ voltando. CIANETO E A CTE O cianeto impede o transporte de oxigênio nas hemácias, se ligando as hemoglobinas. Com isso, ele impede o funcionamento da cadeia transportadora de elétrons por falta AMANDA FARIA 05/10/2020 – 2º PERÍODO de oxigênio, uma vez que o oxigênio é essencial para a continuidade e funcionamento da cadeia. Se isso ocorre em todas as células do corpo, a produção de ATP é pausada em qualquercélula do corpo, parando de transferir energia. Assim que o individuo morre na injeção letal de cianeto na pena de morte dos EUA, há uma completa paralisação da utilização do oxigênio. REGULAÇÃO DA VIA GLICOLÍTICA Na via glicolítica, da glicólise até a oxidação total tem como principais pontos de controle os pontos iniciais: a enzima hexocinase, fosfofrutocinase (primeira e terceira enzima em pontos em que a glicose é mobilizada para ser quebrada) e piruvato cinase (formação do piruvato no fim da via, que permite ele ser direcionado para outra série de vias, majoritariamente aceil-CoA). Outra regulação importante é a dos níveis de ATP e níveis de substratos. Quando a acetil-CoA entra no ciclo de Krebs ele vai formar vários NADH, mas pra isso tem que ter disponível o NAD+ (ele tem que ficar disponível para o H ser liberado e os dois se juntarem). Além do NAD, é necessário o FAD. Os níveis de ATP regulam as velocidades das reações, para começar a reação já há um gasto de ATP. Para regular a velocidade de direção e reação é feita com o nível de ATP. Se há muito ATP, não é necessário estimular a produção de ATP, a via foca em gerar outros processos que utilizam esse ATP.
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