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Nome: Fabiano Teixeira de Lima 
RA: 1466043 
Turma: 003104A02
APS - DIREITO PROCESSUAL PENAL
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA 
Contraditório são a ciência e participação. O individuo tem o direito de estar ciente de todos os atos, para que possa se comportar de forma coerente e conveniente com sua pretensão, tendo força constitucional expressa.
 Além de ciência, é preciso que tenha condições de participar do processo, produzindo provas, elaborando pedidos, indicando providências. 
A grande inspiração do processo moderno é essa, em que as partes estão em igualdade, não se confundido com tratamento igual, mas que deixem em pé de igualdade, respeitando as desigualdades na busca dos respectivos interesses.
No processo em que as partes são colaboradoras e há bilateralidade, elas têm o direito de serem cientificadas sobre qualquer fato processual ocorrido e a oportunidade de manifestarem-se sobre ele, antes de qualquer decisão jurisdicional (CF, art. 5º, inc. LV). A ciência dos atos processuais é dada através da citação, intimação e notificação.
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Já no princípio da ampla defesa elencado ao bojo do Art. 5º Inciso LV. Leva a crer que qualquer pessoa ofendida, utilizando-se dos meios e recursos peculiares, terá o direito de se defender em juízo, tanto em processos judiciais como administrativos. Desta forma recebe proteção constitucional estando localizada no rol do capitulo “dos direitos e deveres individuais e coletivos”, ou seja, a ampla defesa é uma clausula pétrea, podendo ainda ser classificadas como autodefesa ou a defesa técnica. 
A autodefesa é a garantia individual, uma vez que é humana a necessidade do poder, pessoalmente, argumentar a acerca da própria inocência ou justificar os próprios atos. Seria degradante impedir a pessoa a expor perante o representante do Estado de forma direta, o que, aliás, torna bastante controversa a constitucionalidade de atos praticados por videoconferência, em especial o interrogatório por outro lado, apenas o envolvido sabe exatamente onde estava no momento dos fatos, e tem conhecimento das circunstâncias que lhe pode ser favoráveis.
A defesa técnica é a garantia de que o ensejo de liberdade do individuo será traduzido para a linguagem jurídica da melhor forma, e que a parte terá como aproveitar todas as faculdades permitidas pela a lei na defesa do seu interesse. Sendo que apenas a defesa técnica tem condições de participar do processo de forma apta a influir no resultado dentro dos limites pelo o mundo jurídico.
A autodefesa sem defesa técnica é grito desarticulado, emoção sem razão. A defesa técnica sem autodefesa é forma sem conteúdo, apenas o conjunto pode satisfazer a garantia constitucional sob pena de nulidade.
Execução penal. FALTA GRAVE. Procedimento apuratório em que foi realizada oitiva do apenado apenas pelo diretor do estabelecimento prisional com a presença de defensor. Necessidade de oitiva pela autoridade judiciária. Devolução de toda a matéria para apreciação. Inobservância do contraditório e da ampla defesa. Prejuízo verificado. Decisão anulada, com o restabelecimento do regime anterior. 
(TJSP; Agravo de Execução Penal 0009260-55.2020.8.26.0502; Relator (a): Otávio de Almeida Toledo; Órgão Julgador: 16ª Câmara de Direito Criminal; Campinas/DEECRIM UR4 - Unidade Regional de Departamento Estadual de Execução Criminal DEECRIM 4ª RAJ; Data do Julgamento: 16/10/2020; Data de Registro: 16/10/2020)
Ementa: Execução penal. FALTA GRAVE. Procedimento apuratório em que foi realizada oitiva do apenado apenas pelo diretor do estabelecimento prisional com a presença de defensor. Necessidade de oitiva pela autoridade judiciária. Devolução de toda a matéria para apreciação. Inobservância do contraditório e da ampla defesa. Prejuízo verificado. Decisão anulada, com o restabelecimento do regime anterior.
“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.
EXECUÇÃO PENAL. FALTA GRAVE. REGRESSÃO DE REGIME. AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO JUDICIAL. IMPRESCINDIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL MANIFESTO. TEMA PACIFICADO NO ÂMBITO DESTA CORTE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.
1. Deve ser mantida a decisão monocrática em que se concede liminarmente a ordem impetrada, quando evidenciado manifesto constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.
2. A matéria em discussão está pacificada no âmbito das
Turmas criminais que compõem a Terceira Seção deste Superior Tribunal, no sentido de que é imprescindível, para a regressão definitiva de regime carcerário, a prévia oitiva do apenado em juízo.
3. Agravo regimental improvido. (AgRg no HC 502.016/SC, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em
28/05/2019, DJe 04/06/2019)”. Por todos estes argumentos, considero que houve cerceamento de defesa ao agravante, o que acarreta a nulidade do feito a partir da prolação da decisão atacada, ficando prejudicada a apreciação das demais
teses defensivas.
3. Em face do acima exposto, pelo meu voto, anulo a decisão atacada por inobservância ao contraditório e ampla defesa, devendo ser restabelecido o regime anterior à homologação da falta grave. Comunique-se
imediatamente.
OTÁVIO DE ALMEIDA TOLEDO
Relator Desembargador 
O acórdão acima tratou do princípio com constitucional contraditório e da ampla defesa. Tais princípios consistem em ser garantido ao réu o direito de se defender dos fatos que lhe são imputados, devidamente assistidos, de modo a se ter amplos conhecimento da imputação e a possibilidade de apresentar argumentos contra a acusação. O desembargador observou que houve a falta do contraditório e ampla defesa no caso que dois sentenciados, tomaram uma punição administrativa no momento da troca de celas, instaurados pelo o diretor penitenciário, sem que os mesmos fossem ouvidos ou que tivessem seus representantes devidamente instaurado no processo seus (advogados) chamados para ouvir/questionar a tal punição, para que os mesmos pudessem assim defender seus respectivos clientes.
Ocorre que, em uma análise superficial dos autos, nota-se que a conduta foi homologada como falta grave sem a prévia oitiva judicial do apenado, providência que considero imprescindível em casos em que determinada a regressão de um sentenciado pelo cometimento de falta grave. Tal providência tem como propósito atender ao contraditório e à ampla defesa, não se mostrando suficiente a oitiva pelo diretor da unidade prisional.
A exigência da oitiva judicial deve-se ao fato de que a ampla defesa somente será verificada quando conjugadas a defesa técnica e a autodefesa, o que não se constata em sua integralidade nos casos em que realizada perante a diretoria da unidade prisional.
Neste caso, faltou a defesa técnica para que fosse assim homologado a tal punição, depois de observadas por um juiz se eram ou não fatos de punição, após ouvir o advogado dos sentenciados em questão, pelo o entendimento foi que foram punidos e ficaram sabendo só do resultado da punição sem qualquer chance de defesas.
CONCLUSÃO
O princípio do contraditório e ampla defesa são correlatos e consiste no dever do Estado de assegurar a faculdade do acusado de exercer sua defesa quanto aos fatos que lhe são imputados. No caso acima o agravante não foi citado e nem notificado, sem que houvesse a presença de seu defensor que não acompanhou o a punição administrativa do seu cliente, sem a chance de seu cliente ser ouvidos, sobre tais punições, que ficou baseado no depoimento do diretor antes da decisão administrativa que reconheceu a prática da falta disciplinar.
Por todos estes argumentos, considero que houve cerceamento de defesa ao agravante, o que acarretaa nulidade do feito a partir da prolação da decisão atacada, ficando prejudicada a apreciação das demais teses defensivas.
A decisão do desembargador foi correta, pois não pode alguém ser julgado sem que haja uma oitiva prévia, do porque está tomando a tal punição, houve ai no caso uma violação dos direitos e deveres de obediência e respeito ao dos agentes e ignorando o art. 5°, LV da nossa Constituição Federal que diz que aos acusados em geral são assegurados esse recurso, que foi completamente ignorado no caso acima mencionado.
Bibliografia 
Capez, Fernando. Curso de Processo Penal. 26ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
Paulo Fuller, Gustavo Junqueira e Ângela C. Cangiano Machado, Livro Processo penal v.8 9ª ed. São Paulo,2012.

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