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OMBRO • Articulação muito instável sob o ponto de vista biomecânico, pois a glenoide, diferentemente do acetábulo (quadril) é pouco profunda, além do fato de um maior movimento dos membros superiores • Maguito rotador o Músculo subescapular (inserção na pequena tuberosidade) ▪ Rotador interno ▪ Restritor da subluxação posterior ▪ Flexor e abdutor (1/3 superior) ▪ Depressor e adutor (1/3 inferior) ▪ Abdutor quando o ombro está em elevação ▪ Inervação vem do plexo braquial o Músculo supraespinhal (inserção na grande tuberosidade) ▪ Do ponto de vista funcional (não anatômico) → é um músculo que fica dentro de uma articulação → nos movimentos de abdução pode ter questão de impacto e nas lesões traumáticas pode ser também lesado. ▪ Está ativo em qualquer movimento envolvendo elevação, principalmente os primeiros 30º ▪ Inervação: nervo supraescapular o Músculo infraespinal ▪ Principal rotador externo (60%) ▪ Depressor da cabeça umeral ▪ Restritor da sublxação anterior ▪ Abdutor quando o ombro está em elevação ▪ Inervação: nervo supraescapular o Músculo redondo menor ▪ Rotador externo (45%) ▪ Depressor da cabeça umeral ▪ Inervação: nervo axilar • Quando paciente chega, tem que se fazer Rx SÉRIE TRAUMA → como a clavícula é inclinada normalmente anteriormente para se ter uma visão da articulação glenoide, tem que fazer com que a clavícula e a escápula encostem no gradil costal, para isso tem que rodar 30º a 40º. Assim, terá um AP da série trauma, que será um AP VERDADEIRO. • Tem outra incidência que é a AXILAR → porém se o paciente tem traumatismo mais violento, não consegue fazer esse movimento. • Incidência PERFIL DE ESCÁPULA → quando o paciente não consegue fazer o movimento axilar. Paciente inclina 20º e vai encostar o ombro, com isso o raio entra tangenciando a escápula. FRATURAS DO COLO DO ÚMERO • Paciente que chega com dor no ombro, apresenta equimose que a depender do grau pode se estender para os brancos ou para o tórax. Não consegue movimentar o ombro. • Classificação o Estáveis < 1cm → não tem tendência a se deslocar, podendo ter inclusive vários fragmentos (cominutiva), mas sem desvio entre estes → boa vascularização e consolidação rápida → TTO conservador o Instáveis > 1cm → geralmente se dissociam em cabeça, parte da diáfise, pequena e grande tuberosidade → TTO cirúrgico ▪ Pois a vascularização foi lesada (vasos do manguito, artéria arqueada, artéria axilar, artéria circunflexa anterior do úmero) → necrose avascular → com isso a consolidação não é boa, podendo inclusive não acontecer, provocando a pseudoartrose. • Classificação da fratura quanto ao tratamento: o Em duas partes ▪ Impactado: sem separação • imobilização do MS (Velpeau) por 2 a 3 semanas e, posteriormente, fisioterapia • Paciente idoso não pode ficar muito tempo imobilizado, pois há risco de complicação → ombro congelado em que a capsula terá um processo de fibrose e ele não vai mais mexer o ombro, vai congelar. ▪ Não impactado: com separação • Torna-se instável e precisa de CIRURGIA para estabilizar. Ao estabilizar, deve-se movimentar, sob risco de ombro congelado. ▪ Fratura arrancamento o Músculo supraespinhal durante um trauma pode fazer uma contração tão grande, e a paciente tendo osteoporose, que arranca. SE maior que 0,5 cm → TTO cirúrgico (síntese com parafuso canulado) ▪ Fratura por arrancamento → quando o músculo subescapular puxa e arranca parte da pequena tuberosidade do úmero o Rotação interna pode estar prejudicada o Se tiver separação maior que 1 cm → TTO cirúrgico para reinserção este fragmento ósseo no local correto o Em três partes ▪ Entre a cabeça e a diáfise do úmero ▪ Grande tuberosidade (quando o m. supraespinhal puxa) ▪ Pequena tuberosidade (quando o m. subescapular puxa) ▪ SE a separação for muito grande → TTO cirúrgico → osteossíntese para estabilizar os fragmentos ▪ Sob pena de pseudoastrose ou necrose avascular LUXAÇÃO DO OMBRO • Quando uma articulação sai totalmente • Sinal da Dragona (acrômio proeminente) • Complicações → neuropraxia do nervo axilar, fraturas, lesão do manguito e luxação recidivante • Série trauma → encosta toda a escápula para uma melhor visualização → AP verdadeiro e perfil • Cirurgia → coloca haste e reduz luxação o Em caso de paciente mais idoso, pode-se colocar a prótese (recuperação mais rápida do que com a osteossíntese) Normal Luxação anterior (cabeça do úmero foi para perto da coracoide → exemplo ao lado esquerdo) Luxação posterior (cabeça do úmero para o lado oposto da coracoide) LUXAÇÃO RECIDIVANTE (LESÃO DE BANKART) • Teste da apreensão (“Estátua da Liberdade) • Teste de reposicionamento • TTO cirúrgico → inserir o labrum na glenoide e faz-se uma sutura da cápsula LUXAÇÃO ACRÔMIO CLAVICULAR • Ligamentos que estabilizam esta articulação: o Coraco acromial o Trapezoide o Conoide • Faz-se raio x comparativo (esquerdo e direito) • Sinal da tecla do piano o Esternocleidomastóideo estará puxando a clavícula • Se houver grande separação → TTO cirúrgico → reconstrução do ligamento coracoclavicular → ÂNCORA • Se pacientes com movimentos normais e sem dor → NÃO FAZ NADA FRATURA DA CLAVÍCULA • Equimose, dor e crepitação ao movimento • Não é envolvida por músculo e tem uma vascularização deficiente, por isso não aceita muito a osteossíntese • Tratamento conservador dá bons resultados se com pouco desvio → imobilização tipo velpeau (35-45 dias) → não precisa ter o calo para dizer que está consolidado. A consolidação se confirma quando o paciente não sente dor Luxação posterior o Imobilização tipo “oito” → incomoda mais que velpeau, mas o paciente fica com os dois braços livres. O tempo é o mesmo • Tratamento cirúrgico → quando há desvio o Indicada no caso de fragmento em 3 parte FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO • Tratamento conservador → pois tem envolvimento muscular e boa vascularização o Tala de gesso em U o Controle radiológico • Indicações de tratamento cirúrgico o Paciente obeso o Lesões vásculo-nervosas associadas o Politraumatizados o Polifraturados COTOVELO • Fossa coronoidea é uma parte bem vulnerável para fraturas LUXAÇÃO DO COTOVELO • Paciente cai com a mão espalmada e por trauma indireto ocorre luxação posterior • Usar tala de gesso axilopalmar com posterior fisioterapia FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO • Dor a palpação direta na projeção anatômica da cabeça do rádio (lateral) e quando faz a pronosupinação dói mais ainda. Limitação da flexoextensão • Raio x pode mascarar diagnóstico, por isso faz TC • Faz-se imobilização com tala ou gesso completo • Tipo 1 → desvio mínimo. TTO → conservador com gesso → consolidação rápida • Tipo 2 → separação e GAP > 2mm. TTO cirúrgico • Tipo 3 → fratura cominutiva (vários fragmentos) com desvio. Reconstrução é difícil. TTO cirúrgico (placa e parafuso, mas se não der, usa prótese) • Tipo 4 → mais grave. Luxação do cotovelo e fratura da cabeça do rádio. TTO cirúrgico COMPLICAÇÃO • Miosite ossificante o Independe do médico, se operar pode piorar mais ainda FRATURA DO OLÉCRANO • Muito comum por arrancamento de uma força súbita do tríceps, mas pode também ser por trauma direto, podendo estar com desvio (tto cirúrgico) ou sem desvio (tto conservador) Classificação de Mayo • Forma eficiente e barata de tratar esta fratura → Princípio da banda de tensão o Dois fios de kirschner ou parafuso esponjoso dentro do canal medular. • Quando a fratura é cominutiva, NÃO pode ser usado este princípio, tem que usar uma placa e parafusos • ATENÇÃO o Quando a fratura é transversabanda de tensão é barata e eficiente o Quando a fratura é cominutiva ou obliqua, é melhor placa e parafuso FRATURA DO OLÉCRANO E DA CABEÇA DO RÁDIO FRATURA DO ÚMERO DISTAL FRATURA INTERCONDILIANA DO ÚMERO NO ADULTO • Fratura extra articular • Osso metafisário • TTO conservador → Gesso axilopalmar (30 dias)→ pois a região consolida muito bem, não tem desvio na fratura e não é intra articular Placa de olecrano bloqueada e já moldada em sua anatomia + Prótese de cabeça de rádio → possibilita que o paciente recupere todo o movimento FRATURA INTERCONDILIANA DO ÚMERO NO ADULTO • Traço de fratura em Y → colunas se desfazem e terá artose → TTO CIRÚRGICO → placas e parafusos Paciente é operado de lado ou bruços (não pode ser de barriga para cima) FRATURA DO CAPÍTULO • Rara e de difícil diagnóstico • Clínica → dor na região do capítulo e limitação da extensão e flexão • Raio X → meia lua do capítulo (círculo amarelo) • Tratamento cirúrgico → osteossíntese com parafuso de microfraturas FRATURAS DO ANTEBRAÇO NO ADULTO • Rádio e ulna são unidas por uma membrana interóssea e vários músculos fazem diferentes movimentos. • Quase sempre é de tratamento cirúrgico (duas placas → rádio e ulna). Na criança NÃO. • Paciente com osteoporose → deve-se optar por usar placas bloqueadas FRATURA-LUXAÇÃO DE MONTEGGIA • ATENÇÃO → se tem fratura da ulna, procura-se por luxação da cabeça do rádio. EXCETO no caso de trauma direto • Tratamento cirúrgico → placa e parafuso → osteossíntese. E com isso a cabeça do rádio normalmente vai para o lugar COMPLICAÇÕES Fratura que ocorre na ulna e luxa a cabeça do rádio FRATURA-LUXAÇÃO DE GALEAZZI • Fratura do rádio distal e luxação da rádio-ulnar distal FRATURA DO PUNHO FRATURA DO 1/3 DISTAL DO RÁDIO • Incidência o 1/6 das fraturas da emergência o Grupos etários ▪ 6 a 10 anos ▪ 60 a 69 anos ▪ Mulheres > homens ▪ Osteoporose ▪ Trauma baixa energia (Queda de própria altura, escorregou no banheiro) Fragmento distal desvia para o lado do rádio • Classificação universal CASO CLÍNICO TTO conservador TTO cirúrgico TTO → redução não cirúrgica (Tração e coloca o fragmento na posição correta) → Gesso axilopalmar CASO CLÍNICO 2 • Opções de tratamento: o Redução incruenta + fixação com fios de Kirschner + gesso axilo palmar o Placa bloqueada para rádio distal (vantagem que o paciente fica sem gesso) CASO CLÍNICO 3 • Fratura instável e precisa de cirurgia FRATURA DO ESCAFOIDE Fratura cominutiva • Pode ser: o Polo proximal o Cintura o 1/3 distal • Mecanismo → paciente cai e se apoia com a mão, fraturando o escafoide • Clínica: o Tabaqueira anatômica o Tuberosidade do escafoide • Problemas da consolidação destas fraturas: o Vascularização retrógrada do escafoide → risco de necrose → índice alto de pseudoatrose • Complicações → necrose avascular e pseudoastrose • Se sente dor → tto cirúrgico FRATURAS DA MÃO FRATURA COLO 5º METACARPO • Fratura do boxeador → desvio do fragmento para baixo • Tratamento conservador → redução incruenta (empurrando o fragmento para cima) e gesso • Indicação cirúrgica → muito desviado (45º) FRATURA DE BENNET/ ROLANDO (QUANDO TEM FRATURA EM Y) • Fratura do 1º meta → o músculo longo abdutor então puxará e vai desviar • Estabiliza-se com fios de Kirschner FRATURAS POR ARRANCAMENTO DO LONGO EXTENSOR DO DEDO • Dá um fragmento triangular • Passa-se fios de Kirschner ou parafuso de microfragmentos (bem melhor) OU em caso de fratura em Y cominutiva articular da falange usa placas de microfragmentos.