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ç EPIDEMIOLOGIA • Contracepção → principal preocupação das mulheres em idade fértil • Gestações não planejadas o EUA 50% → Metade dos casos em uso de método contraceptivo no momento da concepção • Brasil → planejamento familiar (Lei 9263/96) o “Conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal” o OMS → qualidade de vida ESCOLHA DO MÉTODO • Depende das circunstâncias sociais, percepções e interpretações de cada indivíduo • Fatores que devem ser avaliados → características da potencial usuária, doenças de base, efeitos adversos, custo, disponibilidade do método e preferência da paciente EFETIVIDADE E EFICÁCIA DO MÉTODO • Fator importante para escolha do método • Depende o Características do método o Uso correto e consistente • Índice de PEARL o Eficácia → número de gestações em 100 mulheres utilizando o método por um ano o Avalia o número de falhas do método em um ano em 100 mulheres o Quanto menor o índice → maior a eficácia do método contraceptivo • Uso típico x uso perfeito o Uso típico = efetividade → sujeito a esquecimentos, vômitos, diarreia o Uso perfeito = eficácia → índices sugeridos pelos fabricantes. BULA. • Método contraceptivo mais eficaz → implante subcutâneo (implanon) → 0,05 CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE (MEC) CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS MÉTODOS COMPORTAMENTAIS ASPECTOS GERAIS • Métodos de abstinência periódica → pressupõem o conhecimento do período fértil, época em que são evitadas as relações sexuais • Tipos o Métodos baseados no calendário o Métodos baseados nos sintomas • Indicações → casos de preferências pessoais ou questão religiosa que não permita uso de outro método • Evitar nos casos de: o Menarca e perimenopausa → ciclos anovulatórios o Ciclos muito curtos (<26 dias) ou muito longos (>35 dias) • Lembrete o Espermatozoide → tempo médio de vida no trato genital feminino é de 72h o Óvulo → tempo médio de vida de 48h o Abstinência do casal → 3 a 4 dias antes da ovulação e por 3 dias após • Todas as mulheres podem usar os métodos comportamentais • Situações que diminuem sua eficácia o Aceitação X Cautela X Adiamento • São categoria 1 • Deve-se adiar ou usar com cautela: o Baseado no calendário → se estiver tomando quaisquer drogas que alterem o humor, tais como terapias de combate à ansiedade (Exceto BZD), antidepressivos, uso por longo prazo de certos ATB ou de qualquer AINE. o Baseado em sintomas → se estiver tomando alguma droga que altere o humor tais como terapias de combate à ansiedade (exceto BZD), antidepressivos, antipsicóticos (inclusive haloperidol) MÉTODO OGINO-KNAUS • Também chamado de ritmo, tabelinha ou calendário • Registrar o ciclo por no mínimo 6 meses e calcular a diferença entre o ciclo mais longo e o ciclo mais curto o Não usar o método se a diferença for maior que 10 dias • Período de abstinência o Subtrair 18 do ciclo mais curto → início do período fértil o Subtrair 11 do ciclo mais longo → término do período fértil TEMPERATURA CORPORAL BASAL • Ovulação → aumento nos níveis séricos de progesterona → centro termorregulador no hipotálamo o Elevação da temperatura basal entre 0,3-0,8ºC o Permanecer por 11 a 16 dias ▪ < 11 dias → deficiência do corpo lúteo ▪ > 16 dias → gravidez • Registro → diário, pela manhã, após repouso de no mínimo 5h sem realizar qualquer atividade, sempre pela mesma via de aferição (oral, retal ou vaginal) • Principais críticas → vários fatores podem influenciar, ansiedade, não permite prever a ovulação • Período de abstinência → durante toda a primeira fase do ciclo até a manhã do 4º dia de aumento da temperatura basal MÉTODO DO MUCO CERVICAL OU BILLINGS • Evolução do muco cervical no ciclo menstrual o Depois da menstruação (7º ao 10º dia do ciclo) → período seco pré- ovulatório • Aparecimento muco cervical → PERÍODO ÚMIDO o Escasso, turvo e pegajoso → aumenta em quantidade, elasticidade e transparência (clara de ovo cru) → máximo no dia do pico estrogênico o Depois da ovulação por ação da progesterona, o muco perde a elasticidade e diminui muito em quantidade até a próxima menstruação • Período de abstinência → da percepção do muco ou sensação de lubrificação vaginal até o 4º dia após a percepção máxima de umidade • Índice de fala → 39 em 100 mulheres por ano (39%) MÉTODO SINTOTÉRMICO • Associação do método da tabelinha com o da temperatura basal e muco cervical • Período de abstinência o Quando a mulher perceber as secreções cervicais ou o dia do começo do período fértil, determinado pelo calendário o Para maior proteção → abster de relações sexuais desde o 1º dia da menstruação até o 4º dia após sinais inequívocos de ovulação (ápice do muco cervical, aumento da temperatura basal, ou algum sintoma ou sinal que consistentemente ocorra durante a avaliação) o Sinais de ovulação → dor pélvica (dor do meio, dor da ovulação), modificações cervicais, sensibilidade mamária, mudanças de humor • O uso combinado de todos os sinais pode aumentar a precisão de detecção da ovulação, permitindo períodos mais curtos de abstinência. O período em que as possibilidades de engravidar são praticamente nulas é desde 3 dias depois da ovulação até a menstruação seguinte. OUTROS TIPOS • Métodos dos dias fixos/método do colar ou cyclebeads → período de abstinência do 8º dia do ciclo ao 19º dia do ciclo para mulheres com ciclos entre 26 e 32 dias • Ejaculação extravaginal ou coito interrompido → índice de falha de 25% MÉTODOS DE BARREIRA ASPECTOS GERAIS • Mecanismo de ação → interposição de uma barreira mecânica ou química que impeça a ascensão dos espermatozoides da vagina para o útero • Tipos o Condon masculino e feminino o Diafragma o Capuz cervical e esponja o Espermicida • Taxa de falha → varia entre 2-6% no primeiro ano de uso PRESERVATIVO MASCULINO PRESERVATIVO FEMININO • Material → tubo de poliuretano medindo 17x8cm com uma extremidade fechada e outra aberta • Modo de uso → deve ser inserido até 8h antes do ato e não precisa ser retirado imediatamente. Pode ser associado a espermicidas • Vantagem → inserção fora do intercurso sexual DIAFRAGMA • Material → membrana de silicone ou de látex, em forma de cúpula, portanto, côncavo-convexo, circundada por um anel flexível. Diâmetro varia de 50mm a 105mm • Modo de uso → deve ser inserida até 2h antes do ato sexual e retirada até 8h depois. Associar com geleia espermicida • Restrições o Alergia ao látex, história de síndrome do choque tóxico, história de doença valvar cardíaca, virgens, pacientes com infecções genitais ou DIP o Evitar em pacientes com prolapsos, RVF uterina fixa, alterações anatômicas (septo vaginal) CAPUZ CERVICAL E ESPONJA • Esponja o Material de poliuretano com espermicida o Descartável e de fácil colocação o Pode ser utilizado por 24h o Desvantagem → muito caro, produto importado • Capuz cervical o Dispositivo de borracha ou látex que se adapta ao colo e se adere a ele por sucção o Inserido até 24h antes da relação e deve ser retirado 6 a 8h após o Pode ser usado em pacientes com prolapsos o Desvantagem → produto importado ESPERMICIDAS • Modo de ação → substâncias químicas que comprometem a vitalidade dos espermatozoides. Agentes surfactantes na membrana • Tipos → cremes, geleias, comprimidos, tabletes e espumas • Substâncias usadas → nanoxinol-9 (não comercializado no Brasil, pode aumentar o risco de transmissão de HIV), mentengol, cloreto de benzalcôneo • Uso correto → 15 minutos antes da relação até 2h após aplicação DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS ASPECTOS GERAIS • Material → artefatos pequenos e flexíveis de polietileno • Tipos o Medicados ▪ Cobre (DIU-cu) → 1380ª e multiload 375 ▪ Progesterona→ Mirena o Inertes (não é mais usado) • Mecanismo de ação → interfere nas etapas que precedem a fertilização, além de promover uma reação inflamatória de corpo estranho • É um método de longa duração, assim como o implanon • Como se usa o Colocado em qualquer dia do ciclo desde que se tenha uma certeza razoável de que a paciente não está grávida ▪ Até o 7º dia do ciclo menstrual ▪ Sem relação sexual no mês prévio a inserção, com menstruação normal ▪ Uso consistente de qualquer método contraceptivo confiável ▪ Em caso de pós parto → até 48h do parto ou após 4-6 semanas ▪ Em caso de aborto, pode se colocar imediatamente após a curetagem ou aguardar a menstruação subsequente o É mais fácil colocar com a mulher menstruada, devido a menor resistência do orifício cervical interno o A inserção deve ser feita de maneira asséptica o Para minimizar a dor da inserção não há ainda nenhum tratamento que se provou melhor do que o placebo (AINE, spray de xilo) • Monitorização o OMS → monitorizar com comprimento do fio de DIU ou naquelas com queixa o Recomendado → 1 USG após inserção e repetir se paciente apresentar queixas DIU DE COBRE • É um método NÃO hormonal medicado com cobre de uso intrauterino • Mecanismo de ação o Reação inflamatória por ação de corpo estranho o Produção de citocinas citotóxicas, prostaglandinas e enzimas endometriais que vão afetar transporte de esperma e a motilidade espermática • Eficácia o Falha → em torno de 0,6 a 0,8/ano com 1380A o Multiload tem uma eficácia inferior ao T1380A o Taxa de eficácia se mantém por todo o tempo de uso → sem necessidade de pausa para troca por outro DIU • Pontos positivos o Método de longa duração, com troca a cada 5 ou 10 anos o Tem alta eficácia o Método custo-efetivo mais baixo que existe (considerando preço, duração e risco de falha) o DIU pode reduzir em torno de 40% o risco de câncer de colo uterino • Pontos negativos o Maior chance de aumento do volume menstrual e de spottings (estes melhoram com o tempo, especialmente após 6 meses) o Dor na inserção o Aumento de cólicas (em geral leves, que cedem com analgésico ou AINES) DIU HORMONAL COM LEVONOGESTREL • Dispositivo em forma de T • Kyleena serve APENAS para contracepção. • Aumenta as chances de gestação ECTÓPICA • Mecanismo de ação: o Espessamento do muco cervical → diminui a motilidade dos espermatozoides o Alta concentração de LNG no endométrio impede a resposta ao estradiol o Efeito antiproliferativo no endométrio o Inibe atividade mitótica do endométrio • Eficácia o Alta o Falha do DIU-LNG em torno de 0,1 a 0,2/ano o Taxa de eficácia se mantém por todo o tempo de uso de 5 a 7 anos o Sem necessidade de pausa para troca por outro DIU • Pontos positivos o Ação basicamente local com poucos efeitos sistêmicos o Diminuição do volume menstrual e da dismenorreia o 50% das mulheres entram em amenorreia com 5 anos • Pontos negativos o Sangramento irregular ou spotting nos primeiros 3 a 5 meses o Possíveis efeitos colaterais → cefaleia, náusea, ganho de peso, acne e mastalgia • Intercorrências com DIU o Expulsão ▪ Não há diferença entre as taxas de expulsão de nulíparas e multíparas, com taxas inferiores a 5% o Perfuração uterina ▪ 0 a 1,3% (geralmente é de 1 a 3 casos/1000 inserções) ▪ Nulíparas x multíparas → sem estudo o DIP ▪ Inserção do DIU → aumento de DIP nas primeiras 3 semanas pós- procedimento. De 3 semanas a 8 anos não há aumento do risco de DIP comparado com o não uso de métodos contraceptivos ▪ O que fazer? • Antibioticoterapia e se não houver melhor dentro de 48h retirar o DIU (Controverso) o Infertilidade ▪ Não há qualquer associação confirmada o Uso no pós parto e pós aborto ▪ OMS liberou o DIU em abortos de qualquer IG ▪ Pós parto • Até 48h, o risco de expulsão é superior ao de após 4 semanas, mas ainda é aceito este risco • A colocação entre 48h e 4 semanas, tem o risco de expulsão de 69,8%, um risco que não vale a pena inserir neste período o Gravidez o Migração ▪ É raro, mas pode acontecer • Contraindicações o DIU de Cobre → gravidez, sepse puerperal, DIP, cervicite mucopurulenta, câncer cervical ou endometrial, SUA não diagnosticada, malformação uterina/distorção da cavidade (mioma) o DIU Levonogestrel → gravidez, sepse puerperal, DIP, cervicite mucopurulenta, câncer cervical ou endometrial, SUA não diagnosticado, malformação uterina/distorção da cavidade (mioma), câncer de mama, gravidez ectópica prévia MÉTODOS HORMONAIS ASPECTOS GERAIS • Utilização de drogas, classificadas como hormônios são os esteroides sexuais sintéticos → estrógenos e progestágenos • Tipos o Contraceptivos orais ▪ Combinados → monofásicos, bifásicos, trifásicos, tetrafásico (Qlaira) • Com concentrações diferentes de hormônio na pílula ▪ Progestágenos ▪ Pílula do dia seguinte o Injetáveis ▪ Mensais X Trimestral o Implantes o Anéis vaginais o Adesivos cutâneos (Patch) • Mecanismo de ação o Combinados ▪ Anovulação → supressão de FSH e LH basais. Diminuem a capacidade da hipófise de secretar gonadotrofinas. Impedem a maturação folicular ▪ Estrogênio → inibe a secreção de FSH ▪ Progesterona → inibe a secreção de LH o Progestogênios ▪ Ciclos ovulatórios em cerca de 40% dos casos ▪ Ação → atrofia do endométrio, espessamento do muco cervical e alteração da motilidade tubária o Quanto mais antiandrogênicas a progesterona for, maior o risco de trombose • Interações medicamentosas CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS (COC) • Hoje em dia todas as pílulas basicamente são de 3ª ou 4ª geração • Como usar o Iniciar o uso tomando a primeira pílula da primeira cartela no 1º dia do ciclo (1º dia de menstruação) o Ao terminar a cartela, fazer pausa de, no máximo, 7 dias, quando a formulação contiver 21 pílulas. Quando for de 22, 24 ou 26 pílulas, a pausa máxima será respectivamente de 6, 4 ou 2 dias. Essa pausa pode ser omitida com uso ininterrupto das pílulas, se a paciente desejar ficar sem ter os sangramentos periódicos o Se a usuária esquecer de tomar, deve toma-la tão logo se lembrar. Se menos de 12h do horário, tem como garantir a eficácia. Se mais de 12h não tem como garantir • Mecanismo de ação o Alteram o mecanismo de estimulação ovariana pelas gonadotrofinas e pela interferência direta sobre os mecanismo de feedback → bloqueio gonadotrófico especialmente do pico de LH → impedem que ocorra a ovulação o Progesterona ▪ Muco cervical, tornando-o impenetrável pelo espermatozoide ▪ No endométrio, tornando-o hipotrófico, sem condição de sofrer a implantação do embrião • Eficácia o Depende essencialmente do uso correto o Se o modo de uso for perfeito, a taxa de falhas, independentemente da formulação, fica em torno de 0,5/100 mulheres-ano o O risco relativo de gravidez durante o uso é maior para formulações com baixas doses de hormônio • Efeitos positivos o Regularização dos ciclos menstruais o Alívio da TPM, melhora do hirsutismo e acne leve o Diminuem risco de DIP, gestação ectópica e doença trofoblástica gestacional o Reduzem risco de neoplasia de ovário e endométrio o Diminuem o fluxo menstrual e a dismenorreia o Aumentam a DO o Parece melhorar a artrite reumatoide e diminuir o risco de miomatose • Efeitos negativos o Estrogênicos → náusea, aumento do tamanho das mamas, retenção de líquidos, ganho de peso rápido e cíclico, leucorreia, complicações tromboembólicas, adenoma hepatocelular, câncer hepatocelular, aumento da concentração de colesterol na bile, crescimento de miomas, telangiectasias o Progestagênicos → aumento do apetite e ganho lento de peso, depressão, fadiga, cansaço, diminuição da libido, acne e pele oleosa, aumento do tamanho das mamas, aumentos dos níveis de LDL-colesterol, diminuição dos níveis de HDL-colesterol,efeito diabetogênico (aumenta a resistência insulínica) e prurido • Esquecimento o 1 pílula → tomar a pílula assim que lembrar e tomar a pílula seguinte no horário regular o 2 ou mais pílulas → tomar a pílula imediatamente e associar método de barreia durante 7 dias. Se restam menos de 7 pílulas para o fim da cartela, orientar a continuar outra cartela. o É preciso tomar 7 dias consecutivos para que se assegure que a ovulação será suprimida CONTRACEPTIVOS ORAIS PROGESTÁGENO (POP) • Método contraceptivo de progestagênio isolado • A cartela vem com 28 compridos, sendo que a prescrição deve ser de 1 comprimido/dia (iniciando até o 5º dia do ciclo) por 28 dias, sem pausa entre as cartelas • Eficácia é igual a dos métodos contraceptivos orais, pois o progestagênio que inibe o LH, altera o muco, atrofia o endométrio e altera a secreção e peristal das trompas. • Pontos positivos o Redução da dismenorreia, TPM, volume menstrual, risco de DIP • Pontos negativos o Sangramento irregular o Cefaleia o Acne • Não pode ser usado em concomitância com drogas que usam o citocromo P450, em especial a enzima CYP3A4 → anticonvulsivantes (Carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, topiramato) e alguns antirretrovirais (lopinavir, ritonavir, efavirenz) CONTRACEPTIVO HORMONAL INJETÁVEL MENSAL • Iniciar do 1º ao 5º dia do ciclo, mensalmente com intervalos de 30 dias • Mensal → com estrogênio e progesterona • Mecanismo de ação → o mesmo das pílulas combinadas → bloqueio ovulatório • Eficácia → muito alta, próxima de zero falhas, desde que usados corretamente • Pontos negativos o Irregularidades menstruais o Amenorreia em 1% dos casos o Mastalgias, cefaleias, tonturas e aumento de peso • Após a suspensão do uso, o retorno à fertilidade é rápido, sendo de aproximadamente 60 dias após a última injeção CONTRACEPTIVO HORMONAL INJETÁVEL TRIMESTRAL • No Brasil, a única formulação deste existente é o acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMPD) → substância de depósito • 150mg IM, de 3 em 3 meses, com tolerância de mais ou menos 15 dias • Mecanismo de ação → efeito antigonadotrófico: inibição da ovulação + atrofia do endométrio • Efeitos colaterais o Amenorreia (50%) o Spottings ou sangramentos irregulares o Sangramento intenso o Efeitos antiestrogênico → pequenos graus de osteopenia • Retorno fertilidade o 6 a 8 meses, a depuração é mais lenta em mulheres com sobrepeso IMPLANTES • Método de longa duração • Pequenas cápsulas ou bastões permeável, que contém hormônio para ser liberado gradualmente quando colocados no tecido celular subcutâneo • Progesterona → etonogestrel que se transformar em desogestrel • Tem duração de 3 anos • Como funciona? o Inibe LH → inibe ovulação (100%), MAS não quer dizer que a paciente não vai menstruar o Alteração do muco o Não altera o FSH, assim, a produção de estrogênio endógeno mante-se dentro da normalidade • Método mais eficaz disponível no mundo • Pontos positivos o Maior eficácia contraceptiva o Poucas restrições de uso ▪ Contraindicação absoluta → história pessoal de câncer de mama ou gravidez o Redução dos sintomas associados a pausa de hormônio o Uso na perimenopausa o Ausência de efeito negativo na massa óssea o Redução da dor associada à endometriose o Uso no pós-parto imediata • Pontos negativos o Sangramento irregular o Cefaleia o Acne → trata com espironolactona ANEL VAGINAL • Tópico → estrogênio e progesterona • Muito bom para pacientes com SUA • Não é reutilizável • Eficácia alta • Pontos positivos o Controle do ciclo o Praticidade • Vantagens → evitar a primeira passagem dos hormônios dos contraceptivos pelo fígado ADESIVO CUTÂNEO • Substituído a cada semana, por 3 semanas consecutivas, seguido de uma semana de pausa sem adesivo. Portanto, o uso é por 21 dias seguido de pausa de 7 dias • Vantagens → evitar a primeira passagem dos hormônios dos contraceptivos pelo fígado CONTRAINDICAÇÕES AO USO DE ESTROGÊNIO (PROVA) • Trombofilia conhecida (fator V de Leiden, mutação do gene protrombina, deficiência de proteína C, S e antitrombina III) • Tabagista com 35 anos de idade ou mais • Hipertensão (mesmo que tratada) • História pessoa de TEV ou TEP, assim como AVC, infarto agudo do miocárdio e doença valvar complicada • Enxaqueca com aura • Enxaqueca sem aura com 35 anos de idade ou mais • Câncer de mama • Diabetes com lesão microvascular ou mais de 20 anos de duração • Hepatite viral ativa • Cirrose • Tumor hepático benigno ou maligno • Uso de medicações que interferem no metabolismo hepático, principalmente no citocromo P450, como rifampicina, anticonvulsivantes (fenitoína, Carbamazepina), barbitúricos, primidona, topiramato) • LES com anticorpos anticardiolipina e anticoagulante lúpico positovos • Colestase relacionada ao ACO • Doença da vesícula biliar atual, em tratamento clínico CONTRACEPÇÃO CIRÚRGICA ASPECTOS GERAIS • Lei 9263/96 – Planejamento familiar o Ter mais de 25 anos de idade e/ou pelo menos 2 filhos vivos o O casal deve consentir • Laqueadura tubária (feminina) • Vasectomia (masculina) SITUAÇÕES ESPECIAIS MÉTODO DA LACTAÇÃO E AMENORREIA • Uso de amamentação como método temporário • Baseia-se na inibição da ovulação • Alta taxa de falha • Critérios de inclusão → amenorreia, amamentação exclusiva, menos de 6 meses pós-parto • Contraindicações → mãe HIV+ com RN HIV- CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA • Deve ser usada após intercurso sexual desprotegido ou após falha de método • Indicações → estupro, ruptura de condon, deslocamento de DIU, coito episódico não protegido • Método de escolha → Levonogestrel é mais efetivo. Pode ser usado por mulheres em uso de retrovirais • Mecanismo de ação → vai depender da fase do ciclo, podendo impedir a ovulação. Mais importante é a modificação do muco cervical e interferir na capacitação dos espermatozoides • Efeitos colaterais → náuseas, vômitos, fadiga, cefaleia e dor abdominal • Se vômitos → até 2h da tomada, a dose deve ser repetida. SE persistir, por via vaginal • Contraindicação → GRAVIDEZ
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