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Í É Í É : • Marcada pelo aumento da bilirrubina (BT geralmente < 1mg/dl). • Espera-se que haja clínica, inicialmente com escleras ictéricas, quando a bilirrubina está na faixa de 3mg/dl (NOTE: Há interação entre a bilirrubina com a elastase). • A partir de valores > 5mg/dl, o paciente já começa a cursar com coloração amarelada da própria pele. ÇÃ : • Hemoglobina é degradada em heme e globina. • A globina é carreada pela haptoglobina, enquanto o heme é degradado em Ferro (reaproveitado) e Protoporfina IX. • Essa última, inicia uma cascata de transformação em biliverdina e, posteriormente, em bilirrubina. ÇÃ : • O primeiro produto de degradação da bilirrubina é a B. indireta ou não conjugada, que precisa ser carreada pela albumina até o fígado pelo seu grau de insolubilidade (sua excreção renal é, portanto, impossibilitada). • No fígado, a BI é captada, conjugada pela ação da Glucoronil transferase, passado a se chamar bilirrubina direta ou conjugada, e, em seguida, excretada na bile. Causas de aumento da bilirrubina indireta: hemólise, erros de captação e erros de conjugação (Síndrome de Gilbert, parcial, e Síndrome de Crigler-Najjar, total). Causas de aumento da bilirrubina direta: colestase. Quando há lesão de hepatócito: Primeiro temos elevação da BD, porque o processo de excreção é o que demanda mais ATP, e subsequentemente temos elevação da BI. No geral, encontramos tanto BD quanto BI elevadas nessa situação. Portanto, pensar sempre em hepatites. - Comemorativos da hemólise: anemia, aumento da LDH e diminuição da haptoglobina. - Comemorativos da colestase e da hepatite (pelo aumento de BD): acolia fecal, colúria e prurido (ocorre por acúmulo de sais biliares e, portanto, sua presença fala mais a favor de colestase). : AST e ALT bastante elevadas (normalmente > 10x), enquanto GGT e FA apenas pouco elevadas ou normais. NOTE: Se AST/ALT > 1.000mg/dl, pense em hepatite viral (ALT se eleva mais que AST - L de liver). Quando a AST > ALT (2x), pense na hepatite alcoólica (a explicação para isso é que o paciente alcoolista tem déficits de vitaminas. Como a vitamina B6 é importante para a formação da ALT, acaba que menos dela é formada). : FA e GGT se elevam normalmente > 4x, enquanto as transaminases apenas pouco elevadas ou normais. Ú : Aumento dos valores de bilirrubina e mais nada. Ú : • Síndrome de Gilbert (Glucoronil transferase - GT preguiçosa). Bilirrubina indireta geralmente não ultrapassa valores > 4mg/dl; condição comum (> 8% da população, normalmente em homens adultos); fatores preciptantes: jejum, estresse, álcool, exercício...; melhora: fenobarbital e dieta hipercalórica (mais normalmente a conduta é observacional). BI aumentada funciona como antioxidante. • Síndrome de Crigler Najjar: GT deficiente (até 3º dia de vida): tipo I - deficiência total (BI entre 18-45mg/dl) "Kernicterus"; tipo II - deficiência parcial (BI entre 6-25mg/dl), conduzida com fenobarbital. • Distúrbio de BD: o Síndrome de Rotor e Dubin-Johnson: deficiência na excreção da BD. A primeira é parcial e a segunda é total. Á : "Obstrução do trato biliar" : • Doença Calculosa Biliar; • Neoplasia Maligna; • Doença Autoimune de Via Biliar. : • Ducto hepático direito + ducto hepático esquerdo --> ducto hepático comum; • Ducto cístico + ducto hepático comum --> Colédoco; • A chegada do ducto pancreático principal (Wirsung) é geralmente no mesmo local da chegada do Colédoco --> Ampola de Vater (Papila duedenal, que contém o esfíncter de Oddi) : • Colestase identificada em laboratório, deve ser seguida por USG de abdome; • O USG de abdome ajuda a localizar o sítio da obstrução - apesar de geralmente não mostrar a lesão; • Bile: Excreções hepáticas + colesterol + sais biliares. Estes últimos são reabsorvidos no ileo, pela circulação entero-hepática, para serem reaproveitados (95%). • Cálculos biliares: o Cálculo amarelo: mais comum (80%); composto de colesterol; radiotransparente. ▪ Fatores de risco: mulher, estrogenioterapia, idade avançada, obesidade, emagrecimento rápido, doença ileal (Crohn e ressecção). o Cálculo preto: Corresponde a 15%; composto de bilirrubinato de cálcio; radiopaco. ▪ Fatores de risco: hemólise crônica, cirrose hepática e doença ileal. o Cálculo castanho: Mais raro (5%); composto também de bilirrubinato de cálcio; se forma na via biliar. Pré-requisito é colonização por bactérias. ▪ Fatores de risco: Obstrução duradoura de via biliar (cisto e tumor, por exemplo), parasita (Clonorchis sinensis). Ç : Í : "Cálculos na vesícula biliar" • Quadro Clínico: o 80% são assintomáticos! o História clássica começa com uma libação alimentar para gerar sintomas; o 20% sintomáticos: ▪ Dor em hipocôndrio direito por <6h; ▪ Mais NADA de importante... • Diagnóstico: o USG de abdome: imagem hiperecogênica com sombra acústica posterior; o NOTE: Pólipo de vesícula biliar também é evidenciado como imagem hiperecogênica, mas NÃO tem sombra acústica posterior. • Tratamento: o Colecistectomia laparoscópica: ▪ Sintomáticos; ▪ Assintomáticos se: ▪ Vesícula em porcelana; ▪ Associação com pólipo; ▪ Cálculo > 2,5 a 3cm; ▪ Anemia hemolítica. ▪ Não operar se: ▪ Risco cirúrgico alto; ▪ Recusa do paciente. ▪ Caso não opere, opção clínica: ▪ Ácido Ursodesoxicólico: indicado apenas para cálculos de colesterol <1cm. : "Inflamação da vesícula por obstrução duradoura (>6h) - podem haver bactérias em multiplicação" • Quadro clínico: o Dor abdominal (>6h) + febre + Murphy positivo (sem icterícia). • Laboratório: o Leucocitose + Bilirrubinas "normais". • Diagnóstico: o USG de abdome; o Padrão-ouro (maior acurácia): Cintilografia biliar. • Tratamento: o Principais bactérias envolvidas: E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Enterococo; o ATB: Sempre cobrir gram negativo; o Colecistectomia laparoscópica precoce (em até 72h); o Casos graves (sem teto cirúrgico): colecistostomia percutânea com dreno de Kehr. • Complicações: o Empiema; o Gangrena --> Perfuração (livre ou fístula); ▪ Em caso de fístula duodenal: Íleo biliar - abdome agudo obstrutivo. Ao USG de abdome ou Rx de abdome: aerobilia ou pneumobilia. o Colecistite enfisematosa: mais comum em homens diabéticos. ▪ Anaeróbio Clostridium: ar no interior e na parede da vesícula. Í : "Cálculo no Colédoco" • Primária (10%): cálculo castanho; • Secundária (90%): cálculo formado na vesícula. • Quadro Clínico: o Icterícia (colestática) intermitente;9 o Vesícula não-palpável. • Diagnóstico: o Início com: USG de abdome; o Melhores: ColangioRM, USG endoscópico, CPRE. *Se a ideia é diagnosticar, melhor os sublinhados. • Tratamento: o CPRE (papilotomia endoscópica); o Exploração cirúrgica: ▪ Se descoberta durante colecistectomia. o Derivação bileo-digestiva: o Casos refratários, com colédoco dilatado (consenso > 1,5cm a 2), litíase intra-hepártica, > 6 cálculos, cálculo primario. Á : "Há coledocolitíase?!" (USG de abdome e hepatograma) • Risco alto = CPRE antes da colecistectomia: o Icterícia; o USG: Cálculo no colédoco; o Bilirrubina > 4mg/dl. • Risco intermediário = Colangiografia intraop ou colangioRM pré op ou USG endoscópico pré op: o Colédoco > 6mm; o Bilirrubina 1,8 a 4mg/dl; o Outro laboratório anormal (FA e GGT); o Idade > 55 anos. • Risco baixo = só colecistectomia: o Tudo negativo. : "Obstrução duradoura da via biliar (cálculo, tumor...) + infecção" • Manifestações: o Não-grave: Tríade de Charcot (febre com calafrio + icterícia + dor abdominal); o Grave: Pêntade de Reynolds (febre com calafrio + icterícia + dor abdominal + hipotensão + RNC). • Tratamento: o ATB; o Drenagem biliar (imediata na grave ou eletiva na não-grave): ▪ Obstrução baixa: CPRE; ▪ Obstrução alta: Drenagem transhepática percutânea.ÇÕ : • Cálculo residual: pode se manifestar em até 2 anos; • Estenose da via biliar: icterícia progressiva. Conduta: derivação bileo-digestiva ou stent
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