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Capítulo 14- Materiais dentários A dentística é a especialidade que trata toda e qualquer sequela deixada pela doença cárie, restaurando-os os dentes afetados e colocando-os em sua função novamente. Com pouco conhecimento da causa dessas doenças, o único tratamento era a restauração e exodontia do elemento afetado. Já que a dentística se conceitua na remoção do tecido cariado, em seguida da restauração do dente por ser a melhor opção. Medidas educativas e preventivas tem os melhores resultados na redução de forma efetiva na doença cárie. É nesse contexto que a equipe de saúde bucal trabalha eficazmente o verdadeiro papel multiplicando ações de saúde bucal. Figura 01: Leões de Cárie. Novos conceitos de promover saúde bucal está ensinando os indivíduos de forma a colocar em prática há prevenção da instalação das doenças orais e que essas técnicas das prevenções sejam estendidas futuramente a sociedade. • Explicar ao paciente a formação de placa bacteriana, sua composição e sua ação sobre a estrutura dentária. • Orientar sobre a higiene oral corretamente. • Importância do flúor e os meios por onde é obtido. • Esclarecer sobre a ingesta de alimentos na atuação da lesão cariosa. CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO Este cimento forrador tem como finalidade isolamento térmico do complexo dentina-polpa, indução de formação de dentina, podendo também ser utilizado para cimentação de provisórias. Para tomar a presa ocorre na junção química entre duas pastas quando manipuladas podendo também apresentar na forma de fotoativadas. Instrumentos Necessário • Bloco de espatulação de papel (fornecido pelo fabricante). • Instrumento para a mistura e colocação do material na cavidade. Mistura: espátula metálica n° 22 ou n° 1. Colocação: instrumento aplicador de hidróxido de cálcio. A: B: Figura 02 – A: Manipulação do Cimento de hidróxido de cálcio na Placa de Vidro B: Aplicador de hidróxido de cálcio. Manipulação: • Proporcionar quantidades iguais (aproximadamente 2 mm) de pasta base e pasta catalizadora sobre o bloco de espatulação, sempre imediatamente antes do momento de sua utilização. • Misturar as duas porções até que a mistura tenha uma cor homogênea e consistência uniforme, e tempo máximo de espatulação é de 10 segundos. • Passar o aplicador de cimento para o operador e em seguida posicionar o bloco de espatulação, já com a mistura pronta, logo abaixo do queixo do paciente, para que o operador posso utilizar-se do cimento. O aplicador deve ser limpo antes de se levar cada porção a cavidade. Orientações para a limpeza: Esfregar com esponja ou gaze, mesmo após a presa final. Marcas comerciais: Life, Hidro-C, Dycal, Hidrex e outros. CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO Indicação: Função principal é agir como agente cimentante. É usado para reter coroas unitárias, pontes fixas, blocos metálicos e bandas ortodônticas. Esse cimento foi utilizado como base restaurações em dentes que tinham lesão cariosa extensa e como restaurador provisório. Esse material foi substituído por um cimento biologicamente compatível e que possuam liberação de fluoretos e maior adesão ao complexo dentina esmalte. Apresentação comercial: Sob forma de pó que deverá ser incorporado ao líquido. Marcas comerciais: • Cimento de fosfato de Ziinco da S.S. White. • Le Smith. • Tenacin. • Bayer Zinc Phosphate Ciment. • Lumicon. Natureza química: Pó: 1 – Óxido de Zinco 90%. 2 – Óxido de Magnésio 8% a 9%. 3 – Óxido de silício, tri-óxido de bismuto, além de modificadores químicos. Figura: 03 – Pó do fosfato de zinco. Líquido: 1- Ácido Fosfórico 38%. 2- Água 36%. 3- Derivados de Alumínio e Zinco +/- 16%. Figura 04: Líquido do fosfato de zinco. Mecanismo de reação O pó de óxido de zinco, é misturado com o ácido fosfórico, a superfície das partículas sofre uma dissolução; durante o desenvolvimento dessa reação acidobásica que se forma o produto – composta por um fosfato de zinco amorfo. Relação pó-líquido Esta relação vai depender para qual função desse material. Por exemplo, fixar coroas ou prótese fixas a viscosidade será baixa; bandas ortodônticas um cimento, mas espesso. Por fim quando for utilizado como base para cavidade deverá ser mais espessa. Manipulação O desempenho clínico deste cimento depende de sua espatulação. Conforme a sua espatulação afetará na sua longevidade clínica. A reação entre as duas partes é exotérmica, logo a manipulação deverá ser realizada em temperatura mais baixa que ambiente. Para ocorrer a liberação dessa energia, o cimento deverá ser manipulado em uma grande área da placa. A placa deve estar a uma temperatura entre 18° a 24°C, caso esteja muito resfriada gotículas de água poderá ser incorporada ao cimento prejudicando sua propriedade. Sempre utilizar a quantidade preconizada pelo fabricante, nunca alterá-la. O pó proporcionado na placa deverá ser compactado com uma espátula n°24 de aço inox, até se obter forma retangular de 1mm de espessura. A seguir esses retângulos de pó deverá ser dividido em 8 parte. A quantidade de líquido descrito pelo fabricante é dispensada no centro da placa, e então a menor porção de pó é incorporada a ao líquido, usando a maior área possível da placa até ficar homogêneo. Logo a incorporação de porções menores do pó ao líquido diminuí a reação exotérmica e otimiza a reação química. O tempo total de manipulação é de 90 segundos. Figura 05: Consistência do cimento de fosfato de zinco após a manipulação. Propriedades Tempo de Presa É o tempo que vai desde o início da espatulação até que adquire a natureza da fragilidade. Tempo de Trabalho Desde o início da espatulação até que o cimento da exiba a plasticidade a ser usada. Essas duas propriedades são alteradas pela reação pó-líquido, pela temperatura da placa, pela maneira de que o pó é incorporado no líquido. Resistência O efeito da relação pó-líquido na resistência a compressão mostra que quanto maior a quantidade de pó adicionado a uma mesma porção de líquido, maior a resistência a compreensão. A adição de pequenos incrementos de pó resulta numa resistência apreciavelmente diferente. Solubilidade e desintegração Clinicamente é a mais importante pois é quase impossível fechar a interface da superfície do esmalte, o agente cimentante ficará continuamente exposto a saliva. Se o cimento exibir níveis de solubilidade e desintegração alto o aparecimento de cáries secundarias será possível. pH O pH do líquido do cimento é aproximadamente 2,0. Tão logo o pó e o líquido combinam-se. Três minutos após a manipulação o valor varia entre 3,5 e 4,0. Em uma hora chega a 6,0 levando 48hs para atingir a neutralidade. Limpeza do material Após a manipulação, esperar o cimento secar, deixar a placa vítrea e os instrumentos utilizados imersos na água até que o cimento se destaque. Cuidados gerais O fabricante pode padronizar certas propriedades físicas e mecânicas do cimento, cuidados especiais devem ser tomados. A alteração original entre água e ácido é comumente alterada cada vez que o frasco é aberto. Como os fabricantes já reconhecem a probabilidade de alterar a relação entre ácido e a água eles normalmente fornecem a mais 20%. A alteração na relação entre água e ácido afeta a resistência, bem como a solubilidade do cimento de fosfato de zinco. O frasco do pó deve ser agitado sempre antes de ser aberto, com finalidade de homogeneizar os constituintes do mesmo. CIMENTO DE ÓXIDO DE ZINCO Indicações • Restaurações provisórias (curativos). • Forramentos (característica sedativa). Apresentação Comercial Pó: óxido de zinco, resina para reduzir a fragilidade, estrato de zinco (para um plastificador) e acetato de zinco para aumentar a dureza. Líquido: eugenol e óleo de olivacomo plastificador. Para aumentar a sua resistência, polímeros de metacrilato de metila ou alumínio são adicionados ao pó e ácido ethoxibenzoico ao líquido. Nomes comerciais Pulpo-san®, Alganol®, Temporex®, OZE®, IRM®, Restaurim®, EBA-Plus®, Cavitec®. Figura 06: Cimento de óxido de zinco e eugenol. Instrumentos necessários • Espátula metálica não flexível (rígida) n 36. • Placa de vidro grossa (espessura dupla). • Espátula de inserção n 1. Figura 07: Espátula 36 e espátula de inserção 1. Manipulação Seguir o manual quanto ao tempo de trabalho. Agitar o frasco do pó e gotejar o líquido, com o frasco totalmente na posição vertical e afastado da placa. a) Quantidade de pó e líquido de acordo com o fabricante separada um dos outros na placa de vidro. b) Juntar aos poucos o pó e líquido em espatulação vigorosa (pressionar a massa contra a placa). c) Espatular até que se forme uma massa homogênea e seja possível fazer um rolinho com o produto. Espatular cerca de 1 minuto. Figura 08: Consistência do cimento de OZE após espatulação. Cuidados gerais Manter os frascos do kit sempre fechados. Sempre estarem limpos e armazenados em local sem umidade e longe do calor. Propriedades A relação entre os materiais afeta o tempo de presa (quanto maior a relação pó- líquido, mais rápida é a presa). Tempo de espatulação é cerca de um minuto. Fatores a serem considerados • A relação pó-líquido afeta o tempo de presa do material. • Apresenta um bom vedamento. • Se o líquido estiver amarelado deverá ser descartado. Orientações para limpeza A limpeza deverá ser feita com algodão, gaze ou papel absorvente. Depois de ser lavado com água e sabão e esponja macia para não riscar o instrumento. IONÔMERO DE VIDRO Indicações a) Restauração provisória de longa duração com alta carga de mastigação. b) Restauração definitiva em face (palatina e vestibular). c) Cimentação definitiva de prótese. d) Cimentação de banda ortodônticas. e) Obturados de canais endodônticos. Composição Pó • Sílica • Alumina • Fluoreto de Cálcio Líquido • Ácido poliacrílico • Ácido itacônico • Ácido tartárico • Água Reação Por meio da mistura pó-líquido inicia-se uma reação de presa essa reação ocorre em três estágios: a) Fase de aglutinação, nesta fase o cimento apresenta brilho devido a presença de grupos carboxílicos. b) Fase da formação de matriz e poliácidos: nesse processo o cimento endurece. A aparência do ionômero é opaca, o clínico deve ter cuidado para evitar a perda ou ganho de líquido pelo cimento, pois haveria danos irreversíveis par o ionômero. c) Fase de formação do gel de sílica e incorporação do vidro e matriz: esse ocorre nas primeiras 24hs Vantagens • Liberação de flúor. • Baixa solubilidade. • Alta resistência a compressão. • Adesão química a estrutura dental. Desvantagens • Alta solubilidade nas primeiras 24h. • Material sensível a técnica. Apresentação • Pó-líquido. • Cápsulas. Classificação por indicação clínica a) Tipo I: para cimentação. b) Tipo II: para restauração. c) Tipo III: para forramento. d) Tipo IV: para restauração definitiva e núcleos. Figura 09: Cimento de ionômero de vidro ativado quimicamente. Figura 10: Cimento de ionômero de vidro fotoativado. Considerações Logo após a execução da restauração de ionômero de vidro deverá ser protegida a restauração com verniz ou resina fluida a base de BIS-GMA. Cuidados durante a técnica clínica Os cuidados devem ser rigorosos. Cuidados com o pó e o líquido • Os frascos devem estar bem fechados para evitar ganho e perda de água. • O Líquido não deve ser armazenado na geladeira. • O pó e a placa se forem mantidas resfriadas irá aumentar o tempo de trabalho. • Usar o triturador fornecido pelo fabricante. Obs: independente do fornecedor o ionômero só poderá ser usado se estiver um aspecto brilhante. Proporção do pó e do líquido • A adição de pouco pó resulta em uma mistura fluida. • A adição de muito pó origina um menor tempo de trabalho e de presa. • O pó e o líquido devem utilizados conforme indicação do representante. • Deverá agitar bem o pó. • O frasco do líquido deverá ser posicionado na vertical. • O tempo de aglutinação deverá ser de acordo com o fabricante. Figura 11: Materiais para a manipulação de cimento de ionômero de vidro. Cuidados para prevenir falhas na adesão • Limpar e secar a cavidade preparada. • Usar proporção pó e líquido correta. • Inserir material com o brilho. • Não contaminar com umidade. • Não remover matriz precocemente. • Remover os excessos. • Realizar acabamento na próxima sessão. Cuidados para prevenção de erosão • Usar proporção pó-líquido correta. • Não contaminar com umidade. • Aplicar proteção superficial. Cuidados para diminuir a porosidade e o manchamento • Comprimir o material durante 5 minutos. • Não inserir o cimento após a perda do brilho. • Realizar o acabamento e polimento tardios com instrumentos lubrificados. Cuidados para prevenção de trincas e rachaduras • Não usar proporção do material errado. • Proteger a restauração imediatamente após a remoção da matriz. • Não sobre aquecer a restauração durante acabamento. • Não dar acabamento sobre jatos de ar. Conclusões • Usá-lo no meio bucal. • Pode ser usado com resinas compostas ou amalgamas de prata como forro. • É indicado como material restaurador de cavidade. • Usado como selantes de fóssulas e fissuras. • Não apresentam boa adesividades de braquetes mas apresentam bons resultados na cimentação de bandas. • Indicado para restaurações. Figura 12: Forramento com CIV. RESINA COMPOSTA Polimerização • Química: Sistema pó-liquido, sistema pasta-líquido, sistema pasta- pasta. • Física: Luz halógena, led. Resinas autopolimerizáveis Apresenta em duas pastas: a) Pasta universal. b) Pasta catalizadora. O sistema pasta-pasta nas resinas ativadas quimicamente é o mais utilizado. • Os potes de pastas não devem sofrer contaminação para não iniciar a polimerização. • As duas resinas não devem ser retiradas dos dois potes com o mesmo instrumento. • Deverão ser utilizados plásticos ou de madeira devido a abrasão nos instrumentos metálicos. Nomes Comerciais Concise®, Silar®, P-10 (3M) ®, Adaptic®, Miradapat (J&J) ®, Isopast®, Isomolar (Vivadent) ®, Ultra Bond (Den mat) ®, Simulate (Kerr) ®, Profile (SSW) ®. Indicações Restauração Classe III, V e IV. Espatulação Deve-se colocado partes iguais no papel impermeável e espatular conforme indicação. O Material deve ser completamente misturado com uma distribuição homogênea. Fatores a serem considerados sobre as resinas compostas quimicamente ativadas • Estabilidade reduzida e necessidade de geladeira. • Não manipular o material frio, pois aumenta a porosidade. • Devem ser misturadas partes iguais até uma consistência homogênea. • Ocorre o escurecimento, pois faz troca com o meio. • Melhor ser injetado com seringas na cavidade evitando bolhas. • O material deve ser pressionado até sua completa polimerização. Resinas fotopolimerizáveis Apresentação: seringa com pasta de resina pronta para uso. Uma das vantagens da resina fotopolimerizáveis, é que o CD tem controle sobre o seu tempo de trabalho, mais resistência ao desgaste. As resinas fotopolimerizaveis são colocadas em cavidades pequenas. Nomes comerciais Filtek®, P60®, Z250®, A110® e Silux (3M) ®; Tetric Ceram (vivadent) ®; Herculite XRV®, Point 4® e Prodigy (Kerr) ®; Suprafil (SSW) ®, Fill Magic (vigodent) ®; TPH Spectrum®, Surefil (Dentsplay) ®; Solitarie®, Durafill VS®, Charisma (Heraeus) ®; Definite® e Degufill Mineral (Degussa-Huls) ®; Renamel® e Pack Seulpt (Cosmedent) ®; Vitalescence (Oraltech) ®. Substâncias usadas ante das resinas compostas Ácido para condicionamentoÁcido fosfórico a 37% Fazer profilaxia do dente, lavagem, secagem, aplicação do ácido com pincel, por 15 segundos e lavar com abundância. Sistema de adesão – primer e resina fluida Após a aplicação do ácido, e da lavagem, em seguida aplica-se o adesivo também conhecido como bond pode ser químico ou fotoativado. É levado a cavidade com um pincel. Fatores a serem considerados sobre resinas compostas fotoativadas Vantagens • Prolonga a estabilidade de armazenamento. • Tempo de trabalho aumentado. • Estabilidade de cor. Propriedades 1. Rugosidade Superficial 2. Radiopacidade Instrumento Necessário Restauração em resina composta fotopolimerizável 1- Espátulas diversas para inserção e condensação. 2- Tira de poliéster. 3- Matriz de poliéster. 4- Cunhas reflectivas. 5- Tesoura. 6- Pincel aplicadores diversos. 7- Fotopolimerizador. Figura 13: Espátulas. Orientações para a Limpeza A limpeza deverá ser feita com algodão gaze ou papel absorvente. Depois lavado com água e sabão com esponja macia para não riscar o instrumento. AMÁLGAMA O amalgama é o material dentário mais utilizado para restaurar os dentes. Aproximadamente quase 80% das restaurações são realizadas com amalgama. Nomes comerciais Permalit®, Lojic+®, GS-80 (SDI) ®; DFL- alloy (DFL) ®, Dispersalloy®, e Duralloy (Dentsply) ®, Pratic e Pratic NG2 (Vigodent) ®. Trituração É a mistura do pó da liga com o mercúrio para fazer o amálgama. Proporção Atualmente recomenda-se a quantidade mínima de mercúrio para produzir uma massa ideal a relação entre elas recomendadas para a maioria das ligas modernas principalmente as enriquecidas com cobre é de 1-1. Consistência da mistura Se a mistura ficar muito mole, brilhante e pegajosa é sinal que pode haver uma supertrituração ou excesso de mercúrio. E se estiver fosca, ressecada granulosa, esfarelando será quantidade de mercúrio insuficiente ou massa subtriturada. Indicações Restaurações Classe I e II (dentes posteriores). Trituração Também chamada de amalgamação é a remoção dos óxidos que recobre as partículas da liga. Homogeneização É a manobra que consiste em deixar a massa, mas homogênea possível. Inserção de condensação O amalgama deverá ser inserido em pequenas porções, com o porta amalgamas, principalmente depositado nas retenções das cavidades. A condensação busca a adaptar o material, á cavidade regulando o conteúdo do mercúrio tornando o material, mas denso, capaz de ser esculpido e polido. Normalmente a condensação deve ser iniciada com o condensador de menor diâmetro seguindo para um de menor diâmetro. Brunidura e pré-escultura Após a cavidade ser preenchida é usado um brunidor para poder esculpir, com esse procedimento acredita-se • Reduzir microporosidade. • Reduzir infiltrações. • Reduzir quantidade de mercúrio. • Reduzir a corrosão do amalgama. Escultura A escultura procura devolver a anatomia e função do dente sempre com o auxílio da estrutura dental. Para esta manobra devemos utilizar os seguintes instrumentais • Discoide-cleoide • Espátulas hollenback 3 ou 3s. • Instrumentos de escultara de Frahn. • Colher de dentina n 11 1-2. • Dentre outros. Vale ressaltar que, qualquer que seja o material deverá estar bem afiado. Brunidura pós-escultura Uma vez concluída a escultura o brunimento deve ser praticado. Acabamento e polimento As restaurações de amalgama são consideradas finalizadas após receberem adequadamente o acabamento e polimento, para essa finalização deverá aguardar entre 24 e 48hs. São finalidade do acabamento e polimento: • Reduzir asperezas da restauração. • Refinar a escultura. • Regularizar as bordas. • Corrigir a oclusão. O acabamento está relacionado ao contorno de superfície, já o polimento relaciona a lisura da superfície. Deve ser respeitados alguns cuidados técnicos: • Alta rotação não indicado para polir. • Deve se polir em campo lubrificado. Figura 14: Restauração com amalgama classe I. Acabamento das restaurações Deverá ser iniciada com brocas de 12 lâminas especificas nos melhores formatos. As pedras montadas de granulação são usadas para promover o refinamento. Polimento das Restaurações Técnica convencional Polimento inicial Realizada com escova de Robinson, com pastas abrasivas. E na face proximal dos dentes deverá usar tiras de lixa. Polimento final O brilho final poderá ser obtido com pasta óxido de zinco, óxido de estanho e álcool 96% aplicados com escova de Robinson, pincel e taça de borracha entre outros. Polimento com borrachas abrasivas O conjunto de borrachas para polimento de amálgamas é composto por instrumentos em forma de taças e cones com abrasividade decrescentes marrom, verde e azul. O gel lubrificante minimiza a geração de calor. Materiais necessário 1. Condensadores para amálgama. 2. Brunidores para amálgama. 3. Esculpidores para amálgama Hollemback. 4. Cureta n 11. 5. Pote dappen de vidro. 6. Porta-amálgama. 7. Tesoura para ouro. 8. Cunha de madeira individualizada. 9. Disco de lixa grossa montado em mandril. 10. Lençol de camurça. 11. Alicate de rebite n 141. 12. Alicate bico chato n 121. 13. Tiras de aço 0,5 e 0,7mm. Fatores a ser considerados Cuidados com o mercúrio residual. MATRIZES E CUNHAS O sistema matriz e cunha são utilizados para procedimentos restauradores que envolvam as faces proximais de dentes posteriores e anteriores, para proteger ou afastar o dente adjacente durante o processo de preparo cavitário e restauração. Existem muitos tipos e formas de matrizes e cunhas no mercado, a escolha vai de acordo com cada dente a ser restaurado. Matrizes Metálicas As matrizes metálicas existem vários tamanhos e diferentes tipos de metal encontrada comumente aço inox. No mercado a mais comum variam entre 5 a 7 mm. Existem as pré- fabricada e as parciais. Figura 15: Matrizes parciais. Poliéster São tiras de matriz transparentes que se apresentam em forma de fitas ou pré-fabricadas com o contorno do dente a ser restaurado. Figura 16: Matriz de poliéster. Cunhas São dispositivos que permite a perfeita adaptação da matriz na superfície do dente, afastam os dentes e o tecido gengival. Possuem anatomia triangulares. Madeira Em pente, são várias unidas que devem ser destacadas e individualizadas com lâmina de bisturi ou discos abrasivos para se acomodar perfeitamente na região interproximal. Pré-fabricadas: apresenta vários formatos e tamanhos diferentes. Figura 17: cunhas de madeira. Poliéster São mais flexíveis e apresentam-se em diferentes tamanhos. Objetivo do sistema matriz-cunha • Contorno gengival justo entre matriz e estrutura do dente. • Restabelecimento do ponto de contato proximal. • Estabilidade da matriz. Tipos de Matrizes • Universal: matrizes adaptadas a um porta-matriz, que é um dispositivo que dá contorno da fita de matriz e estabiliza ao redor do dente. • Individual: matrizes confeccionadas para cada situação. • Pré-fabricadas: são matrizes parciais ou totais pré-moldadas para cada tipos de situação. Confecção de matrizes individuais Matriz em C: indicada para dentes posteriores com pouca largura. Escolha a fita da matriz metálica e corte-a do tamanho que corresponde a toda extensão da face proximal do dente, arredonde as bordas e coloque a fita sobre uma gaze e com um brunidor 29 dê a curvatura. Adapte a matriz com a cunha individualizada. Matriz rebitada: Indicada para todos os tipos de reconstruções de dentes posteriores. Adapte a matriz ao redor do dente e prenda as duas extremidades com um alicate 121 ou porta-agulha. Arredonde as extremidades e readapte ao dente com cunhas individualizadas. Matriz soldada: a diferença e que nesta, as extremidades são soldadas com máquina de solda. Matriz de Barton: Indicadas para restaurar com amálgamaas faces palatinas de molares. São duas matrizes uma envolvendo toda a coroa do dente e outra em C envolvendo a face palatina ou vestibular. Entre as matrizes uma cunha de adaptação. Matrizes pré-fabricadas Parciais: são matrizes pré-contornadas com diferentes tamanhos e formas são estabilizadas por um grampo específico. Figura 18: Matriz parcial. Totais: também são pré-contornadas, com diferentes anatomias. Envolvendo toda a coroa do dente, podendo ser estabilizadas, por uma porta-matriz ou um sistema regulável em conjunto com a matriz. CONCLUSÃO Restauração estéticas são muitos valorizadas pela odontologia atual. Preparos conservadores são indicados sempre que possível para execução de uma correta dentística. A odontologia moderna está baseada em um tratamento restaurador duradouro e seguro. Novas técnicas e materiais estão sendo constantemente desenvolvidos. Além disso, o trabalho do CD, junto ao ASB e TSB, proporciona mais segurança e qualidade no resultado final dos procedimentos restauradores.
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