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AristótelesAristóteles Humanidades:Humanidades: A palavra humanitas designava em latim a formação do homem no campo da educação. Correspondia ao termo grego paidéia. A palavra grega paideia estava ligada a um ideal de formação que procurava desenvolver o homem em todas as suas potencialidades, de tal maneira que pudesse ser um melhor cidadão. O ideal educativo grego aparece da paideia, que tinha por tarefa formar o homem, Platão definia paideia da seguinte forma: “ a essência de toda a verdadeira educação ou paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão, tendo a justiça como fundamento" (cit. in Jaeger, 1995: 147) Ditos sobre o homem:Ditos sobre o homem: O homem é a medida de todas as coisas - Protágoras O homem é o lobo do homem - Thomas Hobbes O homem é uma evolução do animal - Charles Darwin O homem na Grécia:O homem na Grécia: O período grego influenciou o pensamento humanista: A emergência do pensamento racional; Pensamento racional X mito. A civilização grega apresenta diferentes épocas: a arcaica, a clássica e a helenística Arcaica (desde o s. XI a. C ao VI a. C);Tales de Mileto (624 a.C. - 548 a.C.) Clássica (Atenas do s. VI a IV a.C) Helenística (s. IV a. C, período de Alexandre) A filosofia grega é composta por alguns marcos: Pré-socráticos – no domínio da oralidade, pensadores como Tales de Mileto, Heráclito e Parmênides, Anaximandro (Ápeiron) Sócrates (469-399 a.C.) Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles Aristóteles de Estagira-Macedônia (384 a.C – 322 a.C), Discípulo de a Platão - duas definições de homem: zoon politikon zoon logikon Aristóteles – Ética a NicômacoAristóteles – Ética a Nicômaco O método de Aristóteles é ir encontrando os elementos comuns e de ligação e depois explicitar a diferença. O filósofo usa um método teórico e lógico. O conceito de homem é “determinado por dois elementos de caráter lógico: a categoria próxima e a diferença específica” (José Augusto Fiorin). O homem é um animal racional Para Aristóteles, a ética condiciona a política, de modo que a conduta individual deve se voltar para as exigências comunitárias. "A vida parece ser comum até às próprias plantas, mas agora estamos procurando o que é peculiar ao homem.[...] a vida ativa do elemento que tem um princípio racional" O mundo da arte e da cultura deve seguir princípios gerais que se extraem dos atos da conduta observados pelos cidadãos e comunidade e de sua história. A ética de Aristóteles tem um fim que se resume à busca da felicidade. Aristóteles - é atual?Aristóteles - é atual? A ideia de bem comum aristotélica torna-se obsoleta e inviável fronte a política neoliberal e perante a nova organização social, que possui um caráter individualista. Uma linha de interpretação, que destaca de forma seminal a inadequação do pensamento político de Aristóteles com a modernidade, provém de B. Constant, cuja análise comparativa entre a liberdade dos antigos e a dos modernos tornou-se paradigmática: sublinha o liberalismo de Constant no diagnóstico que ele faz das vantagens da liberdade dos modernos. Considerações Finais:Considerações Finais: No campo da educação é preciso pensar criticamente, exercitando a imaginação e empenhar-se na compreensão do outro. Essa tarefa vem do passado, contando com os saberes clássicos. As Humanidades são uma forma de resistência e de reversão de um quadro em que, como observa Nussbaum (2010), há um avanço a se alastrar silenciosamente pelo mundo, que se caracteriza pela submissão da cultura ao interesses do mercado e do capital, reduzindo a educação, desde os primeiros anos de escola até a Universidade, a um processo de capacitação para os negócios e à contribuição para o PIB per capita da nação. “Foram os antigos, muito mais que os modernos, que reconheceram no princípio a luta dos pobres e dos poderosos, que reconheceram exatamente a sua realidade propriamente política” - J. Ranciére. As humanidades são uma base de aprendizado na qual são valorizados menos os conteúdos técnicos e mais as posturas favoráveis à autocrítica e à independência intelectual, capazes de resistir à submissão automática à autoridade, exercitar a imaginação (engajamento inventivo, pessoal e coletivo), empenhar-se na compreensão do outro e, enfim, uma ideia de cidadania, entendida hoje, como uma cidadania mundial, na qual as ações locais se reconhecem imediatamente como conectadas às de outras partes do planeta. Martha C. Nussbaum.Why Democracy Needs The Humanities. Princeton University Press, 2010. In: Pécora, Alcir.Por que a democracia precisa das Humanidades http://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/livros/por-que- a-democracia-precisa-das-humanidades
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