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CARLUCIA DOS SANTOS MENEZES LINGUAGEM E METALINGUAGEM Euclides da Cunha 2020 ENSINO DA LÍNGUA E METALINGUAGEM Geraldi (1984, p. 46) salienta sobre o ensino da língua e a metalinguagem: Parece-me que o mais caótico da atual situação de ensino de língua portuguesa nas escolas de primeiro grau consiste precisamente no ensino, para alunos que sequer dominam a variedade culta, de uma metalinguagem de análise desta variedade, com exercícios contínuos de descrição gramatical, estudo de regras e hipóteses de análise de problemas que mesmo especialistas não estão seguros de como resolver. De acordo com Geraldi (1984) durante o ensino da língua são dados muitos conteúdos, ou seja, muitas páginas sem dar tempo para o aluno ir compreendendo o significado do que está sendo estudado. Ainda segundo Geraldi (1984) uma coisa é o sujeito saber a língua, ou seja, saber ter domínio das habilidades de uso da língua em situações de interação, sendo capaz de entender e produzir enunciados e percebendo as diversas diferenças existentes entre um modo de expressão e outra. Outra coisa bem diferente é saber fazer análise de uma língua e dominar os conceitos e metalinguagens a partir do que é falado sobre a língua. É importante que se saiba que a norma padrão não é aprendida por meio da metalinguagem e nem é possível dar prioridade a mesma na escola. Caso o objetivo de ensinar metalinguagem seja preparar para vestibulares e concursos é necessário que o conhecimento seja transmitido sem as complicações e ambiguidades que são apresentadas nas gramáticas normativas. Geraldi (1984, p. 47) diz que a reflexão a respeito do “para quê” do ensino da língua exige que pensemos “Sobre o próprio fenômeno de que somos professores de linguagem – porque tal reflexão, ainda que assistemática, ilumina toda a atuação do professor em sala de aula”. REFERÊNCIAS GERALDI, João Wanderley. (1984), Prática de Produção de Textos na Escola. Trabalhos em Linguística Aplicada.
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