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ODONTOLEGISTA DOCUMENTAÇÃO ODONTOLEGAL PARTE I Documentos Odontológicos • Na Odontologia, como acontece na Medicina e em outras ciências correlatas, o profissional cuida do registro gráfico, radiográfico e documental de todos os procedimentos realizados nos seus pacientes. • Código de Ética Odontológica (2012) o Artigo 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma física ou digital. Prontuário Odontológico • Uma coletânea de documentos e peças, todas elas com valor probante, em caso de processos judiciais. o Ficha clínica odontológica (diagnóstico, tratamento, prognóstico e intercorrências) o A documentação radiográfica o A documentação fotográfica (opcional) o A documentação histopatológica o Traçados ortodônticos o Instruções de higienização o Fichas de índice de placa • Uma coletânea de documentos e peças, todas elas com valor probante, em caso de processos judiciais. o Recomendações pós-operatórias o Esclarecimentos sobre limitações para trabalhos e/ou procedimentos o Cópia do TCE o Cópia do Contrato de Prestação de Serviços Profissionais o Cópia dos orçamentos, anuídos pelo paciente o Moldagens em gesso o Cópia de atestados, declarações, recibos Guarda da Documentação Odontológica • Código de Ética Odontológica (2012) o Artigo 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma física ou digital. • Código Civil Brasileiro (2002) o Prazo prescricional de 3 anos para os profissionais liberais (Odontologia). o Exceção para leis complementares • Código de Defesa do Consumidor (1990) o Prazo de 5 anos o Termo inicial: a partir do conhecimento do dano e da autoria CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 Art. 299, CP: Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. • Reclusão de um a cinco anos, e multa - quando o documento objeto da fraude é público; • Reclusão de um a três anos, e multa - se o documento for particular. Documentos Odontolegais – Tipos • Notificação Compulsória o Comunicações compulsórias feitas às autoridades competentes de um fato profissional, por necessidade social ou sanitária e que não exponham o cliente a procedimento criminal. ▪ Observados ou constatados no exercício da profissão o Doenças infectocontagiosas de notificação compulsória o Morte encefálica comprovada em estabelecimento de saúde o Crimes de ação pública o Acidentes de trabalho ▪ Para fins previdenciários e securitários. as doenças profissionais (tecnopatias), as doenças do trabalho (mesopatias) e os acidentes de percurso equiparam-se aos acidentes de trabalho. • Atestado o Declaração pura e simples, por escrito, de um fato odontológico e suas consequências o Elaborados de maneira simples, em papel timbrado (ou receituário) o Finalidades ▪ Provar um estado mórbido real, atual ou anterior, para fins de licença, dispensa ou justificativas ▪ Estado de higidez o Lei 5081/ 66 ▪ Artigo 6/ III. Compete ao cirurgião-dentista atestar, no setor de sua atividade professional, estados mórbidos e outros, inclusive para justificativas de faltas ao emprego o Qualificação do profissional: nome, CRO, especialidade, endereço o Identificação do paciente: nome. R.G. e endereço (opcional) o Finalidade para a qual foi expedido: fins trabalhistas, escolares, desportivos, etc o Horário e data em que o paciente foi atendido o Fato ocorrido: declaração de que o paciente esteve sobre os seus cuidados profissionais, sem especificar a natureza do atendimento. Conclusão relativa às consequências e impossibilidade de comparecer ao trabalho o Se for recomendado repouso, este será indicado em horas o Recomendando-se que o paciente assine a rodapé do atestado anuindo com a publicidade do seu diagnóstico, evitando- se infração ética por revelação de segredo (art. 9, CEO) o Local e data da expedição o Assinatura do cirurgião-dentista responsável pela declaração o Carimbo (nome e número do CRO, mesmo quando for utilizado o receituário) • Relatório • Laudo • Parecer ODONTOLEGISTA DOCUMENTAÇÃO ODONTO LEGAL PARTE II Relatório • Finalidade: responder à solicitação da autoridade policial ou judiciária frente ao inquérito o Oferecer à autoridade julgadora elementos de convicção para aquilo que ela supõe mas de que necessita se convencer • Exige compromisso prévio o Odontolegista é dispensado desse ato – compromisso permanente • Se esse relatório é realizado pelos peritos após suas investigações, contando para isso com a ajuda de outros recursos ou consultas a tratados especializados, chama-se laudo • O Relatório denomina-se laudo quando é escrito pelo próprio perito o Ex.: Laudo de Exame de Corpo de Delito • Auto quando é ditado pelo perito ao escrivão o Ex.: Auto de Exumação Laudo – Legislação -CPP • Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. o Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. -Elucidativo • Art. 181, CPP o No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. o Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente. -Ilustrativo • Art. 165, CPP o Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. -Conclusivo e convincente • Art. 182, CPP o O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. Laudo – Estrutura • Preâmbulo, refere-se à o Hora, data e local exatos em que o exame é feito o Autoridade requisitante o Perito designado o Qualificação do examinado o Exame a ser realizado o Quesitos a serem respondidos • Nas ações penais: já se encontram formulados os chamados quesitos oficiais. • Por vontade da autoridade competente podem existir quesitos acessórios. Quesitos do laudo criminal --Artigo 129 CP 1. Resultou ofensa à integridade corporal ou à saúde do examinado? 2. Qual o instrumento ou meio empregado na produção da(s) lesão(ões)? 3. Trata-se de lesão que determine incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias? -Art. 168, § 2º CPP Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, CP, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime 4. Resultou perigo de vida? No caso afirmativo caracterizá-lo. 5. . Resultou debilidade permanente de membro, sentido ou função? 6. Resultou incapacidade permanente para o trabalho, enfermidade incurável, perda ou inutilização de membro, sentido ou função ou deformidade permanente? Histórico ou Comemorativo • Relato sucinto, ainda que completo, do fato justificador do pedido de perícia • Esclarecer e orientar a ação do legisperito • Creditada ao periciado, não se devendo imputar ao perito nenhuma responsabilidade sobre seu conteúdo Descrição (visum et repertum) • Contém, com todos os detalhes, os achadosobjetivos e subjetivos dos exames realizados • É a parte mais importante do relatório odontolegal • Necessário expor todas as particularidades que a lesão apresenta, não devendo ser referida apenas de forma nominal. Ex.: lesão contusa Discussão • Confrontação de hipóteses, citação de literatura Conclusão • Síntese diagnóstica • Posição final procurada pelo requerente da perícia Respostas aos Quesitos • Permite a formação de juízos de valor, quer pelas partes, quer pelo Magistrado • Afirmação ou negação Parecer • É a resposta escrita a uma consulta formulada com o intuito de esclarecer questões de interesse jurídico, procurando interpretar e esclarecer dúvidas levantadas em relação a um relatório odontolegal. • Valor e credibilidade do parecer o Prestígio, bom conceito, renome científico e moral usufruído por aquele que o emite (parecerista) • Não exige compromisso legal do parecerista o Não se enquadra como falsa perícia
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