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Exame físico Osteoarticular Exame da Coluna Vertebral COLUNA CERVICAL - Inspeção estática: Torcicolo (redutível ou não), altura de implantação dos cabelos Tumores na fossa clavicular (Pancoast) o Tumor de ápice pulmonar; fortemente associado a tabagismo Assimetria de músculos de membro superior Cicatrizes - Inspeção dinâmica: avaliar amplitude de movimento (ADM) Flexo extensão 130º Rotação interna e externa 80º Inclinações laterais 45º - Palpação: Trapézio, espinhosos, ligamento nucal posterior ECM, mandíbula e incisura do esterno Hioide Cartilagem tireoidiana Primeiro anel cricóide e tubérculo carotídeo - Ramos nervosos: C5 o Sensitivo: inerva a face lateral do braço o Motor: inerva os flexores do cotovelo e deltoide o Reflexo: bicipital C6 o Sensitivo: inerva a face lateral do antebraço e 1º e 2º quidrodátilos o Motor: bíceps braquial, extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do carpo o Reflexo: braquioradial C7 o Sensitivo: 3º quirodáctilo o Motor: tríceps, flexores do punho, extensores dos dedos o Reflexo: tricipital C8: o Sensitivo: 4º e 5º quirodáctilos, medial do antebraço o Motor: interósseos e flexores dos dedos T1: o Sensitivo: face medial do cotovelo o Motor: interósseos, abdutor do 5º quirodáctilo - Teste de Spurling: O paciente encontra-se sentado com a cabeça inclinada para um dos lados O examinador exerce uma pressão contínua no topo da cabeça do paciente no sentido axial por cerca de 15 seg Usado para avaliar radiculopatia Positivo quando os sintomas são reproduzidos ou exacerbados por meio da compressão o O paciente pode referir dor irradiada para o MS do lado da inclinação da cabeça - Teste da Distração (Spurling reverso) Com o paciente sentado, o examinador posiciona as mãos no queixo e região occipital e faz força para cima O paciente refere alívio da dor da compressão radicular COLUNA TORÁCICA - Inspeção estática: Região frontal: músculos peitorais, pectus escavatus e carinatus, simetria de expansão do tórax Lateral: curvaturas fisiológicas (lordose cervical, cifose torácica e lordose lombar) Região posterior: altura dos ombros, triângulo do talhe (escoliose), tufos de pelo e neurofibromas, manchas na pele, cicatrizes - Inspeção dinâmica: Teste de Adams (inclinação anterior): útil para diagnóstico de escoliose o O avaliador solicita que o paciente se incline para a frente com as mãos unidas, pés juntos e joelhos esticado o Diferença de altura no tórax ou outras assimetrias podem indicar a presença de escoliose Amplitude de movimento: 45º de inclinações laterais e de flexão; 50º de rotações laterais (sentado com a pelve fixa) Músculo serrátil anterior: o Paciente em pé empurrando a parede o Avalia-se as costas do paciente o É positivo caso a escápula se afaste do gradil costal (escápula alada) - Palpação: Romboides, escápula, pontos dolorosos, assimetria de músculos TODOS os processos espinhosos Espinha da escápula (nível de T3) e ângulo inferior da escápula (nível de T7) - Neurológico: Correspondência dos dermátomos: T4 (linha mamilar), T7 (cartilagem xifoide), T10 (umbigo), T12 (virilha) COLUNA LOMBAR - Inspeção estática: Região frontal: observar proeminência abdominal, desvios laterais Região lateral: curvaturas fisiológicas da coluna Região dorsal: alinhamento das cristas ilíacas, linha de prumo do espinhoso (C7 até sulco interglúteo) - Inspeção dinâmica: Amplitude de movimento: flexão de 40-60º; extensão de 20-35, inclinação lateral 15-20º, rotação 3-18º - Pode-se avaliar radiculopatias de maneira semelhante ao teste de Spurling - Palpação: Processos espinhosos, músculos paravertebrais, nervo isquiático Cristas ilíacas (L4-5), espinha ilíaca posterosuperior (S2) - Neurológico: L2: o Motor: extensão do quadril o Sensitiva: face ântero-proximal da coxa L3: o Motor: flexão do quadril e extensão do joelho o Sensitiva: face ântero-distal e medial da coxa e joelho L4: o Motor: extensão do quadril e do joelho o Sensitiva: face ântero-medial da perna e medial do pé o Reflexo patelar L5: o Motor: flexão do joelho e extensão do primeiro polidáctilo (extensor longo do hálux) o Sensitiva: face lateral da perna, dorso do pé S1: o Motor: tríceps sural e mm. Fibulares o Sensitiva: face lateral e plantar do pé o Reflexo aquileo - Teste de Lasegue Avalia dor induzida pelo estiramento do nervo isquiático ou de uma de suas raízes Extensão gradual e lenta do joelho do MI com quadril em 90º e paciente em decúbito dorsal Dor ciática corresponde aos ângulos de 30-70º Pode-se melhorar a sensibilidade do teste fazendo a flexão do tornozelo - Teste de Kernig: Paciente com joelho e quadril fletidos Realiza-se extensão da perna Positivo caso o paciente sinta dor no trajeto do nervo isquiático e tente impedir o movimento - Teste de Nachlas: Para avaliação de sacroileíte, disfunção lombossacral ou inflamação de raízes nervosas lombares Paciente em decúbito ventral com MMII estendidos Flexão passiva do joelho sintomático Positivo caso o paciente sinta dor lombossacral irradiada para a perna Testa nervo femoral Exame do Membro Superior OMBRO - Inspeção estática: Atitude do MS em relação ao tronco, contraturas, cicatrizes, hipotrofias, discrepâncias Avaliar deformidades da coluna cervical (possuem efeito direto sobre os MMSS) Deformidades ósseas na clavícula, articulação acrômio- clavicular, acrômio (sinal da Dragona – luxação), escápula (assimetrias, escápula alada, ...) Trofismo muscular - Inspeção dinâmica: paciente na posição anatômica Avaliar amplitude de movimento Flexão de 0-180º, extensão 0-60º, elevação 0-180º, abdução 0-90, adução (com flexão de 30º) 0-75º, rotação interna, rotação externa (com cotovelo fletido a 90º) 0-75/90º - Teste de Neer: Consiste na projeção da cabeça do úmero contra a face ântero-inferior do acrômio Elevação passiva do MS no plano da escápula Pode ser potencializado com rotação interna do membro É considerado positivo se houver dor entre os ângulos de 70-120º de elevação – Indicativo de tendinite, bursite, OA, ... - Testes para supra-espinhoso: Teste do supra-espinhoso: rotação neutra do MS + elevação curta no plano da escápula contra resistência o Positivo se houver dor ou perda de força – indicativo de tendinite ou rupturas de tendão Teste de Jobe: o paciente realiza flexão e abdução de 30º dos MMSS e uma rotação interna o O paciente deve realizar força contra a resistência - Teste do infraespinhoso (teste de Patte) Paciente com braço em abdução a 90º, cotovelos fletidos e rotação interna Pede-se para realizar rotação externa contra resistência - Teste de Gerber: Paciente em adução e rotação interna do MS com dorso da mão na altura da região lombar Pede-se para que o paciente afaste o dorso da mão da lombar Se o paciente não conseguir realizar a ação, indica inflamação ou ruptura do tendão do músculo subescapular - Teste de Yergason: Usado para determinar patologias no tendão longo do bíceps braquial Paciente com cotovelo estabilizado sobre o tronco, em 90º de flexão Examinador aplica resistência manual contra a supinação do antebraço e rotação externa do ombro Positivo caso haja dor na área do sulco bicipital COTOVELO - Inspeção estática: Observar região anterior, posterior,medial e lateral Alterações de pele e fâneros Aumentos de volume, trofismo muscular, sinais inflamatórios nas articulações Ângulo de carreamento - Inspeção dinâmica: Sempre na posição anatômica ADM o Flexão 0-140º, extensão 0-5º, supinação 80º, pronação 75º o Arco funcional: 30-130; 50-0-50º - Palpação: no sentido medial – anterior – lateral – posterior Medial: nervo ulnar, epicôndilo medial Anterior: fossa cubital Lateral: epicôndilo lateral, origem da musculatura extensora, cabeça do rádio Posterior: olecrano, bursa - Testes de epicondilite lateral (extensor radial curto do carpo) Teste de Cozen: o Realizado com o cotovelo em 90º de flexão e antebraço em pronação o Pede-se que o paciente realize extensão ativa do punho contra resistência o É positivo se houver dor Teste de Mill: o Cotovelo em extensão, punho em dorsiflexão e mão fechada o O examinador força o punho em flexão o Positivo se o paciente referir dor no epicôndilo lateral - Teste para epicondilite medial Paciente sentado com cotovelo em extensão e mão em supinação Pede-se para que o paciente flexione o punho contra resistência - Hook-teste (teste do gancho) Realiza-se supinação do cotovelo flexionado com o examinador pressionando o tendão do m. bíceps braquial MÃO - Inspeção estática: Paciente sentado com cotovelo apoiado na mesa de exame Realizar sempre de maneira comparativa Perguntar se o paciente é destro ou canhoto Avaliar pregas palmares Observar escoriações, abrasões, disposição dos pelos, coloração, pregas cutâneas, unhas, saliências ou depressões, atitude dos dedos, deformidades ou malformações, cicatrizes, retrações, calosidade, sinais de inflamação, tumorações - Inspeção dinâmica: Movimentos do punho o Flexão 70-80º, extensão 60-70º Adução 45º; abdução 15º; pronação e supinação 80-0-90º Metacarpofalangianas o Extensão 30º, flexão 100º, adução 20º, abdução 30º Interfalangianas proximais o Extensão 0º, flexão 100º Interfalangianas distais o Extensão 15º, flexão 90º Polegar o Extensão 20º, flexão 20º, adução 50º, abdução 20º rotação interna 40º, rotação externa 20º - Palpação: sempre no sentido lateral – anterior – medial – posterior Localizar pontos de dor Lateral: tubérculo de Lister, tabaqueira anatômica, exafoide, trapézio, processo estiloide do rádio Anterior: polias, aponeurose palmar, trofismo tenar e hipotênar, hámulo do hamato e pisiforme Processo estiloide da ulna, fibrocartilagem triangular, piramidal, semilunar OA – Nódulos de Bouchart e Heberden - Exame neurológico: Nervo mediano: inerva superfície palmar radial da mão e falanges distais do 1º, 2º e 3º quirodáctilos o Músculos flexores profundos do 1º, 2º e 3º dedos Nervo ulnar: inerva superfície palmar e dorsal do 4º e 5º dedos e lado ulnar da mão o Adutores e abdutores dos dedos Nervo radial: inerva superfície dorsal exceto as falanges distais do 1º, 2º e 3º dedos e dorso radial da mão o Extensores do punho e polegar - Teste de Finkelstein Para tenossinovite De Quervain Dobrar o polegar para baixo da palma da mão e cobrir o polegar com os dedos Dobrar o pulso em direção ao quinto dedo - Síndrome do túnel do carpo: Teste de Phalen: 1 minuto com os punhos em flexão forçada o Positivo se houver parestesia na região do nervo mediano Teste de Tinel: percussão do nervo (positivo se houver choque irradiando) Teste de Durkan: é mais específico o Flexão do punho e compressão do nervo mediano por 30 segundos Exame do Membro Inferior QUADRIL - Inspeção estática: Observar desvios posturais, contraturas, cicatrizes, hipotrofias, discrepâncias, aumento de rotação interna ou externa Avaliar comprimento dos membros - Inspeção dinâmica Amplitude de movimento do quadril – Pelve estabilizada Flexão 120º, extensão 30º, rotação interna 40º, rotação externa 50º, abdução 50º, adução 30º - Palpação: sentido medial – anterior – lateral – posterior Tubérculo púbico, adutores, reto abdominal, canal inguinal, ANV, espinha ilíaca ântero-superior, sartório, reto femoral Trocânter maior do fêmur, glúteo médio, bursas Crista ilíaca, espinha ilíaca póstero-superior, tuberosidade isquiática, nervo isquiático, rotadores externos - Teste de Thomas: Paciente em decúbito dorsal Flexiona-se um quadril e segura-se, realiza extensão do quadril a ser avaliado Ângulo entre mesa e coxa = flexura do m. psoas - Teste de Trendelenburg: Paciente em pé apoiado com apenas um dos pés Avalia força de sustentação do quadril Positivo se houver desvio – lesão ou insuficiência do glúteo médio - Teste de FABERE: Avaliação da articulação sacroilíaca e do quadril Paciente em decúbito dorsal Quadril testado em flexão, abdução e rotação externa, com joelho fletido e tornozelo apoiado no membro oposto O examinador comprime o membro testado na direção da mesa aplicando resistência para baixo no ilíaco oposto Positivo se houver dor na execução do movimento ou se o membro testado permanecer em um plano acima do oposto - Teste da rolagem: Paciente refere dor à rotação interna Coxartrose - Pediatria: Manobras de Ortolani, Barlow, Galleazzi JOELHO - Inspeção estática: Alinhamento (varo ou valgo, ante ou recurvato, posição da patela), torção tibial Ângulo Q, Espinha ilíaca ântero-superior – centro da patela Trofismo muscular, derrame, equimoses, cicatrizes, ... - Inspeção dinâmica: Avaliar excursão patelar, crepitações ADM do joelho - Palpação: Anterior: tendões, fossa poplítea, inserções tendíneas, esporões articulares, patela, teste do cubo de gelo (para derrame articular), trofismo muscular - Testes para patela: Sinal da tecla: joelho estendido, patela flutua o Sinal de derrame articular Teste da compressão patelar: com o paciente em decúbito dorsal e membros em extensão, o examinador comprime a patela contra o sulco troclear do fêmur e faz movimentos de vai e vem o Positivo se dor ou crepitações dolorosas - Testes para meniscos: Teste de McMurray: o Paciente em decúbito dorsal com o joelho a ser examinado flexionado o Examinador segura a sola do pé com uma das mãos e palpa a face medial ou lateral da articulação tíbio- fibular o Positivo se houver dor à rotação interna (menisco lateral) ou rotação externa (menisco medial) Teste de Apley: o Paciente em decúbito ventral com joelho fletido a 90º o Coxa do paciente é fixada na mesa com o joelho do examinador o Rotação lateral e medial da tíbia com distração e compressão o Dor na rotação interna (menisco lateral), na externa (menisco medial) - Testes ligamentares: Teste de Lachman: o Paciente posicionado em decúbito dorsal com o membro a ser examinado no lado do examinador, joelho em flexão de 30º o O examinador estabiliza o fêmur do paciente com uma das mãos e, com a outra, traciona a região proximal da tíbia anteriormente o Translação com sensação final macia ou mole indica teste positivo – Translação anterior (LCA), translação posterior (LCP) Gaveta anterior: o Avalia Ligamento cruzado Anterior o Com o joelho flexionado em ângulo de 90º realiza-se anteriorização da tíbia Gaveta posterior: o Avalia ligamento cruzado posterior o Com o joelho flexionado em ângulo de 90º realiza-se a posteriorização da tíbia PÉ - Inspeção: Alinhamento dos MMII, arco longitudinal medial(plano/cavo), fórmula digital, formato do hálux e dos outros dedos Avaliação da marcha o Padrão, contato do pé com o solo, amplitude Com o paciente sentado ou deitado, observar ADM - Neurológico: Sensibilidade: o Borda medial – Nervo safeno (L4) o Dorso – Nervo fibular superficial (L5) o Borda lateral – Nervo sural (S1) o 1ª comissura – Nervo fibular profundo (S2) Força: o TA (L4), extensor longo do hálux (L5), Tríceps sural (S1) - Palpação: A. tibial posterior, a. pediosa Maléolo medial, ligamento deltoide, maléolo lateral, ligamento talofibular anterior, tendão do calcâneo, inserção do tendão do calcâneo, cabeça dos metatarsos na face plantar, exostose do 1 e do 5º, base dos metatarsos, artrelhos - Teste de Thompson (ruptura do tendão do calcâneo) Paciente em decúbito ventral com joelho em flexão A panturrilha é comprimida É positivo se não houver flexão plantar Em caso de ruptura parcial do tendão, o teste pode apresentar resultado normal - Testes para hálux e pequenos dedos: Teste de Mulder: o Compressão do antepé acompanhada de pressão na face plantar do terceiro espaço intermetatarsal o Positivo quando há estalido e dor – movimentação do neuroma no espaço Too many toes: o Avaliação de pé plano o Com o paciente em pé, visualiza-se posteriormente mais de 1 dedo Ponta dos dedos: visualização de variação do calcâneo Jack Test: o Paciente em posição ortostática o O examinador realiza extensão passiva do hálux e deve perceber a variação do retropé
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