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Emergências médicas em Odontologia Emergência: situação mórbida que requer tratamento imediato, por existir risco de morte eminente. Podem acontecer na sala de espera, durante ou após o procedimento odontológico. Urgência: situação mórbida que requer tratamento precoce, mas não existe risco de morte eminente. : *Aumento de frequência em procedimentos cirúrgicos por: • Aumento do estresse e ansiedade do paciente; • Grande variedade de drogas utilizadas no procedimento; • Procedimentos mais demorados. *Idade do paciente: crianças e idosos são mais afetados por emergências médicas no consultório odontológico. *Pacientes portadores de patologias sistêmicas. *Aumento do arsenal terapêutico: quanto mais fármacos são utilizados, maior é o risco de reação. : *Diagnóstico precoce: é importante que seja realizado de forma imediata para proceder com o manejo do paciente. *Conhecimento dos fármacos e equipamentos: o profissional deve conhecer bem os instrumentos necessários para uma boa abordagem em situação de emergência para evitar perda de tempo. *Tempo: o tempo é crucial em situações de emergência médica. : *Anamnese bem detalhada: é preciso fazer a identificação completa do paciente, saber os motivos que o levaram à consulta, seu histórico médico e odontológico e uso de medicamentos. *Realização de exames complementares: exames laboratoriais, ECG, exames de imagem... *Solicitação de avaliação médica, quando indicada: por exemplo, paciente hipertenso descompensado, impedindo a realização do procedimento odontológico. *Diminuição da ansiedade: é importante acalmar o paciente a fim de evitar emergências médicas. : *Ambiente tranquilo; *Música ambiente; *Passar mensagem positiva ao paciente; *Atenção a comentários negativos entre a equipe que possam assustar o paciente; *O paciente precisa estar alimentado com refeição balanceada antes da consulta; *Horário do procedimento: pessoas ansiosas devem passar o menor tempo possível na sala de espera para evitar o aumento da tensão sobre o procedimento. Urgências e emergências no consultório odontológico : *Ocorre quando há aumento súbito dos níveis pressóricos; *Etiologia: dor, ansiedade, injeção intravascular de anestésico, hipertensão previa sem medicação; *Achados clínicos: dores de cabeça, tontura, mal estar e confusão mental. *Conduta: • Interromper o tratamento; • Colocar o paciente em posição confortável; • Aferir PA e FC → Situação leve/moderada: PA menor que 180/110mmHg: encaminhar o paciente para avaliação médica. Mais de 70% das emergências médicas no consultório odontológico estão ligadas ao medo e ansiedade. → Situação grave: PA maior que 180/110mmHg: contatar serviço móvel de urgência e solicitar avaliação médica imediata. : *Pode ocorrer dois tipos: • Angina pectoris: diminuição temporária do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias → Achados clínicos: dor subesternal do lado esquerdo; propagação da dor para braço esquerdo, pescoço, mandíbula e dentes; aumento da pressão arterial e frequência cardíaca; dispneia, sudorese e palidez. • Infarto agudo do miocárdio: necrose de parte do músculo cardíaco devido à insuficiência do suprimento sanguíneo na região. Evolução da angina pectoris. → Achados clínicos: dor subesternal mais intensa; palpitações e arritmias; cianose; parada cardiorrespiratória. *Etiologia: é causada pela aterosclerose (provoca a falta de oxigênio, pela não passagem de sangue por causa da obstrução dos vasos, causando dor), por paciente com prática de exercícios físicos não frequentes e por situações de extremo estresse. *Conduta: • Interromper o tratamento; • Colocar o paciente em posição confortável; • Administrar vasodilatador coronariano: Isordil 5mg Via Sublingual ou spray de nitroglicerina; • Administrar oxigênio 3 a 4 l/min e monitorar os sinais vitais; • Após 10 minutos, se ainda persistir a dor, deve- se repetir o vasodilatador coronariano; • Persistindo os sintomas, solicitar um serviço médico de urgência. : *Etiologia: ansiedade; hipersensibilidade; mudanças bruscas de temperatura; interações medicamentosas. *Achados clínicos: dispneia em repouso (dificuldade respiratória); sibilo (som anormal ao respirar) e dilatação do tórax; tosse com ou sem secreção; ansiedade angustia, pânico e taquipneia.; hipertensão leve, sensação de aperto no peito. *Conduta: • Interromper o tratamento; • Tranquilizar o paciente; • Colocar o paciente em posição confortável; • Administrar broncodilatador (Salbutamol) em aerossol. • Administração de 0,5 ml IM (intramuscular) ou 00,3 ml SC (subcutânea) de adrenalina 1:1000. : *Achados clínicos: dispneia; tosse forçada, face ruborizada, cianose; quando ultrapassa 3 minutos, pode evoluir para parada respiratória e sem seguida parada cardíaca. *Conduta: • Remoção do corpo estranho: inspeção com os dedos em pacientes inconscientes e quando os objetivos estiverem acima da epiglote; • Manobra de Heimlich em adultos; • Em bebês: golpes nas costas; • Em grávidas, obesos e bebês: compressões torácicas. : *Ocorre pelo excesso de ventilação, com entrada excessiva de ar nos alvéolos pulmonares, gerando uma falta de CO2 no sangue associada à alcalose respiratória. *Etiologia: situações de medo, ansiedade, pânico e estresse. *Achados clínicos: aumento da frequência respiratória (25-30 respirações por minuto), sensação de sufocamento, dormência nas extremidades. *Conduta: • Interromper o tratamento; • Tranquilizar o paciente; • Colocar o paciente em posição confortável; • Colocar o paciente para respirar ar enriquecido com CO2 em saco de papel ou com as mãos em forma de concha. • Em caso de não melhorar: administrar diazepan 10mg VO ou EV lenta. : *Ocorre quando os níveis de glicose no sangue ficam abaixo de 60mg/dL. *Etiologia: pacientes diabéticos mal alimentados ou normais em jejum prolongado, ansiedade, pânico, estresse, cansaço físico ou mental; *Achados clínicos: sudorese intensa, pele fria; pulso rápido e fraco; bradipneia; vertigem; confusão mental, visão turva e perda de consciência; fome e cefaleia. *Conduta: • Interromper o tratamento; • Colocar o paciente em posição confortável.; • Oferecer carboidratos de baixa absorção (doces, mel, refrigerante); • Em caso de não melhora, administrar 1 ampola de insulina com 10ml a 25% EV ou glucagon 1mg IM. (mal estar passageiro sem perda total da consciência) e (perda repentina e momentânea da consciência (desmaio)) *Etiologia: estresse, ansiedade, patologias sistêmicas como hipertensão, medicações de manejo (uso de corticoides). *Achados clínicos: sensação iminente de desfalecimento, palidez, sudorese, zumbidos, visão turva e perda de consciência na sincope. *Conduta: • Interromper o tratamento e retirar o material da boca do paciente; • Avaliar o grau de consciência; • Colocar o paciente em posição supina com os pés levemente elevados e monitorar os sinais vitais; • Em caso da não melhora, solicitar socorro médico e administrar O2 em 3L/minuto. : *É a redução acentuada da pressão arterial associada a sintomas de baixa perfusão cerebral quando o paciente assume posição ereta. *Achados clínicos: redução da pressão arterial e perda da consciência. *Conduta: • Avaliar o grau de consciência; • Colocar o paciente em posição supina com os pés levemente levados; • Monitorar os sinais vitais; • Administrar O2 3-4L/min. : *Reações físicas ou mudanças no comportamento, temporárias e reversíveis que ocorrem após um episódio de atividade elétrica anormal do cérebro. *Etiologia: 65% apresentam convulsão idiopática, o restante é por hipoglicemia, paciente descompensado (cardiovascular, hipoglicemia, etc.), iluminação ambiental exagerada, síndrome de abstinência. *Fases clínicas:• Fase pré-convulsiva: ansiedade aguda; depressão • Fase convulsiva: → Fase tônica: extensão rígida da musculatura, dificuldade respiratória e cianose; → Fase clônica: movimentos alternados de contração e relaxamento muscular, respiração ruidosa e secreção bucal. • Fase pós-convulsiva: recuperação de consciência, cefaleia, dores musculares, confusão mental e flacidez muscular. *Conduta: • Abaixar a cadeira odontológica o mais próximo do chão; • Remover objetos cortantes e pontuagulos q estejam ao redor; • Remover adornos que atrapalhem a respiração, como gravatas; • Girar cuidadosamente o paciente para o lado esquerdo para evitar engasgo; • Não colocar nada entre as arcadas e não restringir os movimentos da vítima para evitar fraturas; • Em casos de mais de 3 minutos de crise ou de cianose, deve ser solicitado o SAMU; • Em crises prolongadas administrar: Midazolam 15mh VO (não muito preconizado pela dificuldade de abrir a boca do paciente) ou Diazepam 10mg IM ou IV; • Cessada a convulsão, repouso e observação do paciente por 10-15 minutos e O2 6-8L/min; • Avaliar nível de consciência. *É produzida por uma resposta exagerada do sistema imune do paciente. *As reações não são dose-dependentes. *As respostas podem ser leves e retardadas, que podem ocorrer imediatamente ou em até 48 horas após a exposição ao alérgeno. *Achados clínicos: • Manifestações dermatológicas: eritema, urticária, angioedema; • Manifestações no trato respiratório: broncoespasmo pode levar à dispneia e cianose; angioedema de laringe com obstrução total ou parcial de vias aéreas pode evoluir para óbito. *Conduta para reações brandas: • Interromper o tratamento; • Colocar o paciente em posição confortável; • Monitorar os sinais vitais; • Administrar 1 ampola de Prometazina 50mg (IM); • Quando o quadro estabilizar, prescrever anti- histamínico (VO) por 3 dias e solicitar avaliação médica para determinar a causa do quadro. *Conduta para reações graves: • Interromper o tratamento e colocar o paciente em posição confortável; • Solicitar serviço de emergência; • Administrar O2; • Administrar 0,3ml de adrenalina 1:1000 (SC); • Administrar 1 ampola de Prometazina 50mg (EM ou EV) + Hidrocortisona 100mg (EV). • Em caso de parada cardiorrespiratória, realizar manobras de Suporte Básico de Vida e, caso habilitado, considerar via aérea cirúrgica por meio da cricotiroidostomia. *Para ter uma boa preparação para intercorrências, é preciso que o cirurgião-dentista tenha a instrução adequada, que a equipe do consultório tenha recebido treinamento, que exista um sistema para encaminhamento do paciente ao tratamento hospitalar e que os equipamentos e suprimentos estejam em fácil acesso no consultório. *Equipamentos e suprimentos de emergência: oxímetro portátil, balão de oxigênio, cateter, máscara de oxigênio, agulhas de diferentes calibres e kit de primeiros socorros.
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