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PÂNCREAS ENDÓCRINO ANATOMIA Formado por cabeça, colo, corpo e cauda. Inervado pelo nervo vago, nn. Esplânicos abdomnopélvicos e gânglio celíaco. Drenado pelas veias esplênicas que desembocam nas vv. Porta e mesentérica superior. O ducto pancreático estende-se através do comprimento do órgão e desagua no duodeno. HISTOLOGIA O pâncreas endócrino é composto pelas ilhotas de Langerhans, as quais são massas de células distintas no interior do pâncreas exócrino. Cada ilhota pode algumas células ou muitas centenas delas. Células poligonais dispostas em cordões irregulares e curtos, os quais são envolvidos por uma rede de capilares. Células de coloração pálida circundadas por ácinos de coloração mais intensa. São três populações de células: • Células A: localizadas perifericamente; de 15 a 20% da população na ilhota; secretam glucagon. • Células B: 60 a 70% da população; localizadas na porção central da ilhota; secretam insulina, amilina e peptídeo C; • Células D: 5 a 10%; localizadas perifericamente; secretam somatostatina; INSULINA Hormônio proteico que pertence à família gênica dos IGFs e relaxina. Codificado como pré-pró-insulina, clivagem do peptídeo N-terminal, formação da pró-insulina que é enviada para o RE. A pró-insulina contém o peptídeo C e a insulina. São empacotados juntos no complexo de Golgi, assim como proteases dentro do grânulo. Essas proteases separam a insulina madura do peptídeo C. Armazenada em grânulos associados a cristais de zinco, os quais são liberados, sob estímulo, por exocitose. Meia vida de 5 a 8 minutos. Degradada pela insulinase no fígado, rins e outros tecidos. Por ser liberada na veia porta, metade de seu conteúdo é degradado por enzimas hepáticas antes dela atingir outros tecidos. Estímulos: elevação nos níveis séricos de glicose, vários aminoácidos, inervação colinérgica vagal parassimpática em resposta a uma refeição, ácidos graxos livres de cadeia longa, glucagon, GH, cortisol, acetilcolina e resistência insulínica. Os níveis séricos de insulina começam a subir dentro de 10 min depois de uma refeição e atingem seu pico após 30 a 45 min, reduzindo rapidamente a glicose a seus níveis basais. Glicose: principal estímulo para a secreção de glicose. A glicose entra nas células beta facilitada pelo GLUT2, é, então, fosforilada em G6P, fechando o canal de K sensível a ATP, resultando em uma despolarização da célula. Isso abre os canais de Ca controlados por voltagem e ativa a exocitose dos grânulos com insulina. *sulfonilureias: secretagogos que atuam nos canais de K estimulando a secreção de insulinas *metformina: inibe a produção de glicose hepática *análogos do GLP1: aumenta a liberação de insulina dependente de nutrientes Receptor de insulina (IR): além de induzir o transporte de glicose para dentro da célula, ele atua induzindo expressão gênica (proliferação, diferenciação e desenvolvimento), síntese proteica, síntese de glicogênio, crescimento axonal, lipogênese, sobrevida/crescimento das células. Além disso, a insulina induz endocitose do IR e ativa proteínas que o desativam. AMILINA Inibe a secreção de glucagon, produz saciedade no SNC, aumenta a perda de peso, retarda o esvaziamento gástrico, diminui a glicemia. GLUCAGON Principal hormônio “contra regulatório” que eleva os níveis de glicose por meio de sua influência sobre a produção de glicose no fígado. O precursor do glucagon, o pré-pró-glucagon possui sequências para glucagon, GLP-1 e GLP- 2. Ele é clivado dentro das células alfa para produzir o glucagon. Meia vida de 6 minutos e circula de forma livre. Estímulo: hipoglicemia, catecolaminas circulantes (inibem a secreção de insulina), aminoácidos séricos (dietas ricas em proteínas elevam os níveis tanto do glucagon como da insulina, protegendo contra uma hipoglicemia pós-prandial), exercícios físicos (impedindo hipoglicemia). Secreção inibida pela insulina. AÇÕES INSULINA E GLUCAGON Insulina Glucagon Músculo e tecido adiposo: captação de glicose, captação de aminoácidos e síntese proteica e inibição da lipólise; Glicogenólise no fígado Fígado: aumento da síntese do glicogênio; Lipólise e proteólise Síntese de triglicerídeos quando a reserva de glicogênio for preenchida Sobrevida/crescimento das células Gliconeogênese Produção de corpos cetônicos SOMATOSTATINA Produzido pelas células delta, é responsável por deprimir a secreção de insulina e glucagon, diminuir a motilidade gastrointestinal, diminui secreção e absorção no trato gastro, visando permitir que os nutrientes permaneçam disponíveis no sangue por mais tempo. Estimulada pela hiperglicemia, aminoácidos, ácidos graxos livres e hormônios gastrointestinais. DIABETES MELLITOS TIPO 1 Destruição, quase sempre autoimune, das células beta pancreáticas. “diabetes dependente de insulina”. Pessoas com essa condição necessitam de insulina exógena por quase toda a vida. 90% dos casos começam na infância, entre 10 e 14 anos. 50% dos casos estão relacionados com problemas no complexo principal de histocompatibilidade do cromossomo 6. Relacionada com uma frequência elevada de certos alelos do antígeno dos leucócitos humanos (HLA) alelos DR3 e DR4. Produz cetoacidose diabética: produção e acúmulo de cetoácidos provoca acidose metabólica e hiperglicemia. Tratamento: reposição insulínica com insulina humana recombinante (NPH), insulinas análogas de ação intermediária e prolongada (detemir e glargina) ou curta ação (lispro, asparte e glulisina). Acompanhada de dietas controladas. DIBETES MELLITOS TIPO 2 Caracterizada pela resistência insulínica. 90% dos casos de diabetes. Doença progressiva e que permanece indiagnosticável por muitos anos. Frequentemente associado a obesidade visceral e falta de exercícios. Comprometimento da sensibilidade à insulina, seguida de hiperinsulinemia reativa e insuficiência das células beta. Obesidade: a lipotoxicidade nesses indivíduos pode comprometer a sensibilidade do fígado à insulina, reduzindo a capacidade da insulina de reprimir a produção de glicose hepática. A lipotoxicidade também pode reduzir a sensibilidade à insulina no tecido muscular em indivíduos obesos. Pode gerar um coma hiperosmolar glicêmico. Tratamento: mudança dos hábitos de vida. Insulina NPH. Antidiabéticos orais (biguanida – metformina) ou injetáveis (albiglutida ou incretinas; aumenta secreção de insulina, aumenta a sensibilidade dos RI, aumenta a proliferação das células beta, induz saciedade, diminui secreção de glucagon). Sulfonilureias atuam nos canais de potássio estimulando a secreção de insulina. PÂNCREAS ECTÓPICO Tecido separado do pâncreas, localizado na mucosa do estômago, no duodeno proximal, no jejuno, no antro pilórico e no divertículo ileal (de Meckel). Assintomático. PÂNCREAS ANULAR Defeito raro. Pode provocar obstrução duodenal. Uma fina e achatada banda de tecido pancreático (parte anular) envolve o duodeno descendente ou a sua segunda porção. Bbs apresentam sintomas de obstrução intestinal completa ou parcial.
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