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Julia Silva Infecções Uterinas . Contaminação uterina Infecção uterina Presença de bactérias Aderência, colonização, liberação de toxinas, etc... Eliminação em até 5 semanas após o parto Resposta imunológica Espécies e quantidade de bactérias O ambiente uterino puerperal se torna um bom meio para crescimento de microrganismos, alto índice de invasão de microrganismos pôs parto (>98% dos animais). OBS: Bactérias mais comuns são: Trueperella pyogenes, Escherichia coli, Fusobacterium necropharum. Classificação Dos Processos Inflamatórios · Metrites · Endometrites (graus de catarro genital) · Perimetrites (serosa) · Parametrites (ligamentos) · Panmetrites Fatores predisponentes a essas infecções se encontram no meio e manejo do animal, além da nutrição e sanidade, da higiene no parto, traumas sofridos no momento do parto, atonia uterina, retenção de placenta. Metrite Puerperal Ocorre geralmente na 1° a 2° semana, estando relacionada com a retenção de placenta e distocias no momento do parto. tem sinais clínicos agudos de toxemia ou septicemia, febre alta, depressão e anorexia com queda severa da produção do leite, podendo ocorrer uma descarga uterina aquosa e fétida (coloração amarronzada) monitoração do animal se faz necessária com medicação da temperatura, avaliar presença de corpos cetônicos, mastite e motilidade ruminal. Tratamento: administração sistêmica de antibióticos, AINEs e terapia de suporte (fluidoterapia IV ou oral). Endometrite Clinica 21 dias ou mais após o parto, sem sinais sistêmicos, mas com presença de exsudato uterino purulento ou mucopurulento na vagina. Classificação das secreções genitais: · Grau 0: conteúdo translucido, sem presença de pus. · Grau 1: mais opaco com estrias de pus. · Grau 2: 50% muco e 50% pus. · Grau 3: conteúdo acima de 50% purulenta podendo ter presença de sangue. Fonte: Sheldon et al. (2006). O tratamento varia dependendo do grau apresentado, nos casos de grau 1 o animal pode melhorar sozinho ou iniciasse tratamento com prostaglandinas 10 dias após cio, infusão com ATB + secretolitico. Em grau 2 o prognostico já é mais reservado, se iniciando o tratamento da mesma forma com uso de mucoliticas (cloridrato de bromexina), e em grau 3 o tempo de tratamento é maior sendo necessário repetir o tratamento a cada 11 dias caso não ocorrer melhora. Piometra Acumulo de material purulento ou mucopurulento, com presença de corpo luteo o que faz a cérvix se manter fechada. O tratamento é semelhante a endometrite de grau 3 porem o prognostico é ruim na maioria dos casos. Prolapso Uterino/Vaginal Saída do local, com exteriorização total ou parcial. Em fase de puerpério o mais comum é o prolapso uterino, principalmente em vacas. É dividido em estágios: · Estagio 1: ocorre protrusão da mucosa vaginal através da vulva, quando o animal esta deitado, desaparecendo quando ele se levanta. · Estagio 2: protrusão permanente da mucosa vaginal, mesmo com o animal em estação. A cérvix não é visível. · Estagio 3: prolapso vaginal e cervical. Etiologia: · Predisposição hereditária · Idade · Tração · Atonia com contração abdominal · Lesões no canal · Recidivas Tratamento: limpeza com água e recolocação (uso de anestesia epidural) – avaliar as condições se está pálido, friável, se tem necrose pode-se utilizar gelo ou açúcar para diminuir o edema desse útero, sutura (método de Buhner ou U horizontal) e uso de anti-inflamatórios, antibióticos e antitetânicas (no caso de equinos). REFERENCIAS Sheldon IM, Lewis GS, LeBlanc S, Gilbert RO. Defining postpartum uterine disease in cattle. Theriogenology, 65:1516-1530. 2006.
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