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O Novo ICMS
Prof. Loberto Sasaki 
O NOVO ICMS 
CAPÍTULO I 
Noções de Direito Tributário e de Direito Empresarial 
1- Inscrições fiscais.................................................................................................... 1 
1.2- Inscrições federal................................................................................................ 1 
Esquema 1................................................................................................................. 1 
Esquema 2................................................................................................................. 2 
1.3- Inscrição Estadual.............................................................................................. 2 
Esquema 3................................................................................................................. 2
Esquema 4................................................................................................................. 3 
Esquema 5................................................................................................................. 3 
1.4- Inscrição municipal............................................................................................. 4
Esquema 6................................................................................................................. 4
Esquema 7................................................................................................................. 4 
1.5- Inscrição distrital................................................................................................. 4 
2- Profissional autônomo........................................................................................... 5
2.1- Requisitos........................................................................................................... 5 
2.2- Autônomo estabelecido...................................................................................... 5 
2.3- Autônomo não estabelecido............................................................................... 5
3- Empresas.............................................................................................................. 5
3.1- Empresário individual......................................................................................... 5
3.2- Empresário individual de responsabilidade limitada – EIRLI............................. 5 
3.3- Sociedades empresárias.................................................................................... 5 
3.4- Sociedade simples.............................................................................................. 6 
4- Constituição de uma empresa............................................................................... 6 
4.1- Instrumento constitutivo...................................................................................... 6 
4.2- Procedimentos de constituição de uma empresa............................................... 6 
5- Sociedade limitada................................................................................................ 8 
5.1- Quanto ao instrumento constitutivo.................................................................... 8 
Esquema 8................................................................................................................. 8 
Esquema 9................................................................................................................. 8 
5.2- Quanto à responsabilidade dos sócios............................................................... 9 
 O Novo ICMS 
 Prof. Loberto Sasaki 
Esquema 10............................................................................................................... 10 
5.3- Quanto ao nome da sociedade........................................................................... 10 
5.4- Quanto à administração...................................................................................... 11 
Esquema 11............................................................................................................... 11 
6- Empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI.................................. 12 
7- Sociedade anônima ou companhia....................................................................... 12 
7.1- Quanto ao instrumento constitutivo.................................................................... 12 
7.2- Quanto à impessoalidade................................................................................... 12 
7.3- Quanto à divisão e representação do capital...................................................... 12 
7.4- Quanto ao nome da sociedade........................................................................... 12 
7.5- Quanto aos tipos de sociedades anônimas........................................................ 13 
7.6- Quanto à estrutura de uma S/A.......................................................................... 13 
Esquema 12............................................................................................................... 13 
Esquema 13............................................................................................................... 14 
9- Diversas formas (ou regimes) de tributação.......................................................... 14 
9.1- Tributo cumulativo............................................................................................... 14 
9.2- Tributo não cumulativo....................................................................................... 15 
9.3- ICMS substituição tributária............................................................................... 15 
9.4- ICMS tributação monofásica............................................................................... 16 
9.5- Retenção tributária.............................................................................................. 17 
 
CAPÍTULO II 
 
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS 
1- ICMS – Lei Federal e Lei Estadual....................................................................... 18 
1.1- Lei Federal......................................................................................................... 18 
1.2- Lei Estadual e Distrital........................................................................................ 18 
Emenda constitucional nº 87, de 16 de abril de 2015................................................ 19 
Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de 2015....................................................... 20 
 
CAPÍTULO III 
 
O ICMS Interpretado Passo a Passo 
1- Regras constitucionais........................................................................................... 25 
1.1- Princípios............................................................................................................ 25 
1.2- Alíquotas............................................................................................................. 25 
 O Novo ICMS 
 Prof. Loberto Sasaki 
Esquema 1................................................................................................................ 26 
1.3- Alíquotas nas operações interestaduais............................................................ 26 
Esquema 2.................................................................................................................26 
Esquema 3................................................................................................................. 27 
Esquema 4................................................................................................................. 27 
Esquema 5................................................................................................................. 28 
1.4- O princípio da não cumulatividade e seus efeitos.............................................. 28 
Esquema 6................................................................................................................. 29 
1.5- A seletividade e seus efeitos.............................................................................. 29 
Esquema 7................................................................................................................. 29 
2- O fato gerador do ICMS........................................................................................ 30 
3- Sujeição passiva tributária..................................................................................... 30 
4- ICMS (substituição tributária)................................................................................ 31 
Esquema 8................................................................................................................. 31 
Esquema 9................................................................................................................. 32 
5- Base de cálculo...................................................................................................... 32 
6- Dispensas de tributação........................................................................................ 33 
7- Benefícios fiscais................................................................................................... 33 
8- O novo ICMS interestadual, alterado pela EC nº 87/2015.................................... 33 
8.1- Aplicação............................................................................................................ 33 
8.2- Alíquota.............................................................................................................. 33 
8.3- Novo diferencial de alíquota............................................................................... 33 
8.4- Partilha do DIFAL – regras de transição............................................................ 34 
8.5- Rentabilidade pelo recolhimento........................................................................ 34 
Esquema 10............................................................................................................... 34 
Esquema 11............................................................................................................... 35 
8.6- Síntese conclusivo.............................................................................................. 35 
8.7- Normas estaduais que recepcionaram a EC 87/15............................................ 36 
8.8- Base de cálculo................................................................................................... 36 
8.9- Base de cálculo com benefícios fiscais.............................................................. 37 
8.10- Cálculo do imposto........................................................................................... 37 
8.11- Cálculo do fundo de combate a pobreza (FCP)................................................ 37 
8.12- Cálculo do imposto da prestação de serviço de transporte.............................. 38 
8.13- Recolhimento.................................................................................................... 38 
8.14- Momento de recolhimento................................................................................ 38 
 O Novo ICMS 
 Prof. Loberto Sasaki 
8.15- Obrigações acessórias..................................................................................... 39 
8.16- Fiscalização...................................................................................................... 39 
8.17- Simples nacional.............................................................................................. 39 
8.18- Obrigação acessória – considerações finais.................................................... 39 
Índice da coletânea de legislação pertinente (atualizado até 20/1/2016).................. 41 
Exercício para fixação nº 1......................................................................................... 42 
Exercício para fixação nº 2......................................................................................... 43 
Exercício para fixação nº 3......................................................................................... 44 
Exercício para fixação nº 4......................................................................................... 45 
Exercício para fixação nº 5......................................................................................... 46 
Exercício para fixação nº 6......................................................................................... 47 
 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
1 
CAPÍTULO I 
 
NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO E 
DE DIREITO EMPRESARIAL 
 
1 - INSCRIÇÕES FISCAIS 
 
1.1 - A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DOS PRINCIPAIS IMPOSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
CF/88 
UNIÃO 
IR 
 
ESTADOS E DF 
 
 
 
 ICMS 
 
 
 
* PRODUTOS 
 
 
 
*SERVIÇOS 
MINERAIS 
 
ENERGIA ELÉTRICA 
 
COMUNICAÇÕES 
 
TRANSPORTES 
 
 
ESTADUAL 
 
MUNICIPAL 
*Os impostos incidentes sobre esses produtos e serviços acima eram da 
competência tributária federal; mas, a partir da CF/88, passaram a ser da 
competência tributária dos Estados e do Distrito Federal. 
MUNICÍPIOS 
ISS 
  
1.2 - INSCRIÇÃO FEDERAL 
É a inscrição no CNPJ; 
A pessoa jurídica e a ela equiparada na forma da Lei do Imposto de Renda está obrigada a 
inscrever-se no CNPJ; 
A matriz e a filial são uma única pessoa jurídica, devendo possuir inscrição federal única. 
Os tributos federais, tais como Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição 
Social sobre o Lucro (CSL), PIS sobre faturamento e COFINS devem ser recolhidos 
centralizadamente na matriz. 
 
ESQUEMA 1: 
 
 Contrato Social Alteração Contratual 
 
 
 
 
 
 
 CNPJ: CNPJ: 
 00.111.222/0001-42 00.111.222/0002-58 
 
 
 
 
 
 
Cláusula 1ª 
 Sede → Matriz 
Cláusula 2ª 
 Endereço: “X” 
Cláusula 1ª 
 Filial 
Cláusula 2ª 
 Endereço: “Y” 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
2 
 
 
ESQUEMA 2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3 - INSCRIÇÃO ESTADUAL 
É a inscrição no ICMS; 
Está obrigada a inscrever-se no ICMS o contribuinte do ICMS; 
Fundamentalmente, contribuinte do ICMS é a pessoa física ou pessoa jurídica que circula 
mercadorias e/ou presta serviços de comunicação e/ou transportes interestadual e/ou intermunicipal, 
com habitualidade ou com fins econômicos, devendo constituir-se na forma de sociedade empresária 
ou empresário individual. 
Como o ICMS é da competência tributária Estadual e Distrital, a inscrição estadual deve ser 
feita por estabelecimento. Isto significa que a filial deve ter sua inscrição estadual independente da 
inscrição estadual da matriz. 
 
ESQUEMA 3: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Matriz Filial 
Pessoa Jurídica 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL 
 
A Legislação Tributária Federal, no que 
tange à IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, 
determina que a apuraçãodeve ser pela pessoa 
jurídica, com recolhimento centralizado na 
matriz. 
 Cálculo: 
Receita (Matriz + Filial) 
(x) Alíquota 
(=) COFINS 
 
 DARF 
  CNPJ da Matriz 
 Código da Receita Tributária 
 Valor: 
 
Contribuinte 
do 
ICMS 
 Circula mercadorias 
 e/ou 
 
 Presta Serviços 
 Comunicações 
 e/ou 
 Transportes  Interestaduais 
 e/ou 
 Intermunicipais 
  Habitualidade 
 com e/ou 
  Fins econômicos 
NOTA: o contribuinte do ICMS, via de regra, deve estabelecer-se, constituir-se na forma de 
sociedade empresária ou empresário individual e escrever-se no ICMS (inscrição 
estadual). 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
3 
 
 
ESQUEMA 4: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESQUEMA 5: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Matriz Filial 
Pessoa Jurídica 
Um estabelecimento Outro estabelecimento 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL 
 
É aplicada ao estabelecimento, e não à 
pessoa jurídica. 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
4 
1.4 - INSCRIÇÃO MUNICIPAL 
 
É a inscrição no ISS; 
Está obrigada a inscrever-se no ISS o contribuinte do ISS, que é o profissional 
autônomo e a empresa prestadora de serviços, exceto os serviços que incidem ICMS; 
A inscrição no ISS também deve ser feita por estabelecimento. Assim, a matriz e a filial 
devem ter inscrições municipais autônomas, ou seja, uma independente da outra. 
 
 
ESQUEMA 6: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESQUEMA 7: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.5 - INSCRIÇÃO DISTRITAL 
As empresas do Distrito Federal estão obrigadas à inscrição no Cadastro Fiscal do DF 
(CF/DF), que substitui as inscrições no ICMS e no ISS. 
Matriz Filial 
Pessoa Jurídica 
Um estabelecimento Outro estabelecimento 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL 
 
É aplicada ao estabelecimento, e não à 
pessoa jurídica. 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
5 
2 - PROFISSIONAL AUTÔNOMO 
 
2.1 - REQUISITOS 
a. deve possuir formação técnica de nível médio ou superior e diploma registrado no MEC; 
b. deve inscrever-se no órgão da sua classe profissional. Por exemplo, CRM, CRC, OAB, 
etc; 
c. deve inscrever-se no ISS na categoria profissional autônomo; e 
d. deve inscrever-se no regime geral da previdência social (INSS). 
 
2.2 - AUTÔNOMO ESTABELECIDO 
a. deve possuir estabelecimento (sede), ou seja, local (próprio ou alugado) para a prestação 
dos serviços; 
b. deve possuir alvará de funcionamento; e 
c. pode contratar até dois empregados (técnicos ou não técnicos). 
 
2.3- AUTÔNOMO NÃO ESTABELECIDO 
a. não possui estabelecimento e, geralmente, presta serviços no local do tomador do serviço; 
b. deve informar, no RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo), o endereço residencial; 
c. não pode contratar empregado. 
 
3 - EMPRESAS 
 
3.1 - EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
a) Atividade: é mercantil (venda de mercadorias, produtos e serviços que não requer 
formação técnica); 
b) Registro: na Junta Comercial; 
c) Fundamento: Código Comercial alterado pelo novo código civil; 
d) No campo do Direito: pessoa física; 
e) No campo da Legislação Tributária: é equiparada à pessoa jurídica; 
f) No campo da Contabilidade: o princípio contábil da entidade determina que a 
contabilidade visa o patrimônio da entidade (empresa individual) independentemente do 
patrimônio empreendedor (proprietário); 
g) Nome da firma: é o da própria pessoa investidora. 
 
3.2 - SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
a) Atividade: é mercantil (venda de mercadorias, produtos e serviços que não requer 
formação técnica); 
b) Registro: na Junta Comercial; 
c) Fundamento: Código Comercial alterado pelo novo Código Civil; 
d) Exemplo: Sociedade Limitada, Sociedade Anônima,... 
 
3.3 - SOCIEDADE SIMPLES 
a) Atividade: a sociedade simples não exerce atividade para a produção de bens e serviços, 
destina-se a atividades intelectuais, científicas, literárias ou artísticas que unem capitais e 
criam uma pessoa jurídica sem adoção de uma organização empresária. Segundo o artigo 
982 do código civil, a sociedade simples é definida como uma forma de exclusão das 
outras sociedades, conforme segue: “considera-se empresária as sociedades que tem por 
objeto o exercício da atividade própria de empresário sujeito a registro (artigo 967); e, 
Simples, as demais.” 
b) Registro: no Cartório de Registro de Títulos e Documentos, exceto sociedade simples de 
advogados , que dever ser registrada na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); 
c) Fundamento: Código Civil. 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
6 
4 - CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA 
 
4.1 - INSTRUMENTO CONSTITUTIVO 
a) Empresário Individual 
Termo de constituição de empresário individual; 
 
b) Sociedades Limitada e Sociedade Simples 
Contrato Social, devendo conter assinaturas de todos os sócios; 
 
c) Sociedade Anônima 
Estatuto Social, devendo conter assinaturas somente dos representantes (membros do 
conselho de administração). 
 
NOTA: usa-se estatuto, também, na formalização de entidades sem fins lucrativos, como, por exemplo: 
Club, Associação, Condomínio, organização não governamental. 
 
4.2 - PROCEDIMENTOS DE CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA 
1º PASSO: 
Preparar o processo (documentação). 
- Contrato Social (mínimo: 4 vias) 
 
 
Cláusula primeira 
Sociedade Limitada 
Cláusula segunda 
Venda e prestação de 
serviços 
  
 
  
 
  
Ass. dos Sócios 
Ass. duas testemunhas 
 
- outros documentos: 
 Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; 
 Escritura do imóvel ou contrato de locação (cópia); 
 Carteira de identidade e CPF dos sócios (cópias); 
 Guia de recolhimento da taxa de registro; 
 outros. 
 
2º PASSO: 
Legalizar a empresa na esfera Federal. 
Órgão: Junta Comercial 
- Registro no comércio (nasce a pessoa jurídica); 
- Inscrição Federal (CNPJ) 
00.111.222/0001-41 
- Inscrição na Seguridade Social (INSS), é automática, sendo que o número é o 
mesmo do CNPJ. 
3º PASSO: 
Legalização na esfera Estadual 
Órgão: Secretaria da Fazenda Estadual 
- Inscrição Estadual (ICMS) 
Caso a empresa seja contribuinte do ICMS. 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
7 
4º PASSO: 
Legalização na esfera Municipal 
Órgão: Secretaria de Finanças Municipal ou Equivalente 
- Inscrição Municipal (ISS) 
Caso a empresa seja contribuinte do ISS. 
5º PASSO: 
Solicitar o alvará de funcionamento, para tal receberá as seguintes inspeções: 
 Corpo de Bombeiro 
 
 Saúde Pública 
6º PASSO: 
Confeccionar notas fiscais para iniciar as atividades. 
A autorização para a impressão de Documentos Fiscais é dada pela secretaria da 
fazenda estadual, no caso de notas fiscais de vendas e serviços de comunicação e transporte 
interestadual e intermunicipal e pela secretaria de finanças municipal, no caso de notas fiscais de 
serviços. 
 
PROCEDIMENTO: 
1º) Preencher a AIDF (autorização para impressão de documentos fiscais) em três vias, 
com assinaturas dos representantes legais da gráfica e da empresa encaminhá-la ao 
órgão competente. 
2º) O órgão fazendário (estadual ao municipal) autoriza, retém uma via e devolve duas 
vias à gráfica. 
3º) A gráfica por sua vez, confecciona as notas fiscais e as encaminha à empresa, 
acompanhada de uma via da AIDF. 
 
 
 Estadual (Nota Fiscal de Contribuinte do ICMS) 
Órgão 
 Municipal (Nota Fiscal de Contribuinte do ISS) 
 
 
 Empresa 
 
Gráfica 
 
AIDF 
Solicitamos autorização para 
impressão de 500 blocos de notas fiscais, 
série 1, de nº 001 ao 12.500. 
Ass. Gráfica 
Ass. Empresa 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
8 
5 - SOCIEDADE LIMITADA 
 
5.1 - QUANTO AO INSTRUMENTO CONSTITUTIVO 
Deve ser constituída por meio de Contrato Social, devendo conter no mesmo as 
assinaturas de todos os sócios. 
Como fica a partir do NCC (11/1/2003). 
 a) Sociedade antiga, constituída antes de 11/1/2003: 
1º) fazer a reformulação do contrato social, adaptando a sociedade às exigências do 
NCC;2º) daí por diante, qualquer modificação deve ser realizada por meio de Ata, devendo a 
mesma ser registrada na junta comercial. 
 
 
ESQUEMA 8: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 b) Sociedade nova, constituída a partir de 11/1/2003: 
1º) a constituição da sociedade deve ser por meio de contrato social. 
2º) daí por diante, qualquer modificação deve ser realizada por meio de Ata, devendo a 
mesma ser autenticada na Junta Comercial. 
 
 
ESQUEMA 9: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) O DNRC (Departamento Nacional do Registro do Comércio), orienta que as Deliberações 
dos sócios serão: 
a) formalizadas em alteração contratual, quando tomadas por todos os sócios e por esses 
assinada, dispensada, nesse caso, a reunião ou assembléia de sócios. (art. 1.072, § 3º 
CC/2002); 
b) formalizadas em Ata de Reunião de Sócios, quando as deliberações não forem tomadas 
por todos os sócios e o número dos sócios da sociedade não exceder a 10 (art. 1.072 
CC/2002); 
c) formalizadas em Ata de Assembléia de Sócios, quando as deliberações não forem 
tomadas por todos os sócios e o número deles for superior a dez. 
A Ata de Reunião ou Assembléia de Sócios, mesmo que contenha a aprovação e a transcrição 
do texto da alteração contratual, não dispensa o arquivamento deste instrumento em separado. 
 
 
 
Ass. todos 
os sócios 
Contrato 
Social 
 
Ass. todos 
os sócios 
 
Ass. todos 
os sócios ATA 
 Reunião 
≤ 10 Sócios 
 Assembléia 
> 10 Sócios 
Alteração 
Contratual 
Reformulação 
Contratual 
 
Ass. todos 
os sócios 
Contrato 
Social 
ATA 
 Reunião 
≤ 10 Sócios 
 Assembléia 
> 10 Sócios 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
9 
5.2 - QUANTO À RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS 
A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem 
solidariamente pela integralização do capital. Isto significa que cada sócio (quotista) entra com 
uma parcela do capital social, ficando responsável diretamente pela integralização da cota que 
subscreveu e indiretamente ou subsididariamente pela integralização das quotas subscritas por 
todos os outros sócios. Uma vez integralizadas as quotas de todos os sócios, nenhum deles pode 
mais ser chamado para responder com seus bens particulares pelas dívidas da sociedade. 
Por exemplo, João e José constituíram em 20/4/20X3, a sociedade Zebu Agroindustrial 
Ltda, subscrevendo cada um o capital de R$ 500,00, sendo que João integralizou o seu capital 
assim que a sociedade foi constituída. Após dois anos de funcionamento, a justiça decretou a 
falência da sociedade e o quadro da massa falida é o seguinte, sabendo-se que o sócio José não 
chegou a integralizar a sua parte e não possui nenhum patrimônio particular. 
 BP 
 (Massa Falida) 
 
 
A = 3.000 
 
P = 6.000 
A Administração Judicial da massa falida assim procedeu: 
 1º) vendeu os ativos .........................................................................R$ 3.000 
 2º) com valor arrecadado, pagou uma parte dos passivos.............R$ 3.000 
 3º) cobrou do sócio João a parcela do capital que o sócio José 
 subscreveu e não integralizou, 
 para pagar mais uma parte dos passivos........................................R$ 500 
 4º) após as operações acima, ainda sobraram dívidas no valor de 
 R$ 2.500. Significa que é o passivo a descoberto, que reverte-se 
 ao nome dos sócios, após o término do processo de falência. 
 
PL = 3.000 
 
 
 
 
NOTA: 
A limitação de responsabilidade acima descrita é exclusivamente junto a credores de 
operações mercantis, especificamente em caso de falências; não se lhe aplicando às dívidas 
tributárias, trabalhistas, ambientais e consumeristas, tendo em vista que nestas se aplica a teoria 
da desconsideração, ou seja, desconsidera-se o NCC e aplica-se as leis especificas de cada área. 
Em outras palavras, os patrimônios dos sócios respondem, ilimitadamente para pagar as referidas 
dívidas. 
 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
10 
ESQUEMA 10: 
SOCIEDADE LIMITADA 
 
A responsabilidade dos sócios é solidária e limitada ao valor do Capital Social. 
 
 
 
 2 Anos 
 
 ▪ João 
Subscreveu: R$ 500 
 e 
 integralizou no ato 
Foi decretada a falência 
do devedor 
Administrador Judicial 
 
 Vendeu........................... R$ 3.000 
SÓCIOS A = 3.000 (–) Liquidou parte ................ R$ 3.000 
 (–) Patrimônio do João ........ R$ 500 
 ▪ José 
Subscreveu: R$ 500 
 e 
 não integralizou 
 P = 6.000 (=) Passivo a descoberto .......R$ 2.500 
 
 
 
 
 
NOTA 1: 
Por trata-se de sociedade de pessoas, “esse passivo a descoberto” será registrado em 
nome dos sócios e estes não poderão praticar o ato empresarial até que paguem essa dívida 
ou aguardem o transcurso do período decadencial (entre cinco e dez anos, conforme o caso). 
 
NOTA2: 
A responsabilidade é limitada ao valor do capital social, mas somente para as 
dívidas mercantis, não se aplicando para as seguintes dívidas: 1- Trabalhistas, 2- Tributárias, 
3- Consumeristas e 4- Legislação Ambiental. 
 
 
5.3 - QUANTO AO NOME DA SOCIEDADE 
Conforme art. 1.158, pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, 
integradas pela palavra final “limitada” ou a sua abreviatura “LTDA”. 
 
a) - Razão Social (§1º) 
A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de 
modo indicativo da relação social. 
 
Exemplo: 
. Duarte e Moraes Ltda 
. Abreu, Gonçalves & Cia Ltda 
. Santos & Netos Ltda 
 
b) - Denominação Social (§2º) 
A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o 
nome de um ou mais sócios. 
 
 
 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
11 
Exemplo: 
. ABC Comercial de Papéis Ltda 
. Ivan Alves Curso de Língua Portuguesa Ltda 
. Vicente Paulo Orientações para Concursos Ltda 
. Sementes Willian Douglas Ltda 
Nota (§3º): 
A omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos 
administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. 
 
5.4 - QUANTO À ADMINISTRAÇÃO 
A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato 
social ou em ato separado (Ata). 
A Administração atribuída no contrato, a todos os sócios não se estende de pleno 
direito aos que posteriormente adquirem essa qualidade. 
Se o contrato permitir administradores estranhos, a designação deles dependerá de 
aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de dois 
terços, no mínimo, após a integralização. 
O Administrador é aquele que exerce o ato de gestão, ou seja, assina e responde pelos 
atos da sociedade; tendo direito a remuneração denominada “Pró-Labore”. 
A sociedade deve ter pelo menos um administrador, sócio ou terceiro. Neste último, o 
contrato deve prever a possibilidade de nomeação de gestor estranho à sociedade. Contudo, é 
necessário fazer constar no contrato quantas assinaturas no mínimo vão validar os atos da gestão. 
Os sócios que não exercem atividades administrativas (gestão) são denominados sócios-
quotistas. A sua condição na sociedade é de investidor, apenas. 
 
 
ESQUEMA 11: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TODOS OS SÓCIOS → SÃO QUOTISTAS 
 ADMINISTRADOR 
a) Cada sócio entra com uma parcela do 
capital social; 
 
b) Cada sócio participa da distribuição do 
lucro na proporção percentual de sua 
participação no capital social ou por 
outra forma de distribuição pactuada 
em contrato social. 
a) Exerce no ato da gestão, assinando e respondendo pelos 
atos da sociedade; 
 
b) Tem direito a remuneração, pelos serviços prestados, 
denominada “Pró-Labore”. 
Obs.: administrador pode renunciar-se do seu cargo, bastando, para tal, 
registrar na junta comercial, o documento de renúncia assinado. 
 
c) A sociedade deve ter, no mínimo, um administrador. 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
12 
6- EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EIRELI 
 
DEFINIÇÃO 
Criada pela Lei 12.441, de 11/07/2011, a Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada - EIRELI é aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital 
social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-
mínimo vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da 
empresa. 
A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada 
somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou a 
denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade 
societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
A Empresa individual de responsabilidade limitada será regulada, no que couber, pelas normas 
aplicáveis às sociedades limitadas. 
O DREI - Departamento de Registro Empresarial e Integração, publicou a Instrução 
Normativa nº 10/2013, em 05/12/2013, que aprova o Manual de Atos da Empresa Individual de 
Responsabilidade Limitada, conforme seu Anexo V (consulte o Manual da EIRELI, no site da 
Junta Comercial). 
 
7 - SOCIEDADE ANÔNIMA OU COMPANHIA 
 
7.1 - QUANTO AO INSTRUMENTO CONSTITUTIVO 
A sociedade anônima deve ser constituída por meio de estatuto social, devendo nele 
conter somente as assinaturas dos representantes da sociedade. 
 
7.2 - QUANTO À IMPESSOALIDADE 
A sociedade é anônima no sentido de que o que interessa são apenas os capitais 
aplicados pelos sócios (acionistas) e não os seus nomes, ou seja, não há maiores preocupações 
com qualidades ou aptidões pessoais dos acionistas. 
7.3 - QUANTO À DIVISÃO E REPRESENTAÇÃO DO CAPITAL 
O capital social é dividido ou fracionado em pequenas partes rigorosamente iguais, ou 
seja, o capital é dividido em pequenos quinhões e representado por valores mobiliários 
denominados ações. 
 
Exemplo: Cláusula primeira 
O capital social e de R$ 1.000.000,00, dividido e representado por 4.000.000 de ações 
de R$ 0,25 cada. 
7.4 - QUANTO AO NOME DA SOCIEDADE 
A sociedade anônima só pode adotar denominação social, já que o nome dos sócios não 
tem importância e sim os seus capitais. 
 
Exemplos: 
. ABC indústrias metalúrgicas S/A 
. S/A Correio Braziliense 
. Companhia Brasileira de Distribuição 
 
NOTA: 
O termo “Companhia” só deve ser usado no início da denominação social e “S/A” é a 
sigla que pode ser usada no início ou no final da denominação social. 
http://www.juntacomercial.pr.gov.br/arquivos/File/2014/LEGISLACAO_REGISTRO_MERC/eireli.pdf
http://www.juntacomercial.pr.gov.br/arquivos/File/2014/LEGISLACAO_REGISTRO_MERC/eireli.pdf
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
13 
7.5 - QUANTO AOS TIPOS DE SOCIEDADES ANÔNIMAS 
A sociedade anônima pode ser caracterizada como de capital fechado ou de capital 
aberto. 
 
a) S/A de Capital Fechado: 
 
As suas ações são vendidas somente para um grupo restrito de pessoas (Mercado 
Primário). 
 
b) S/A de Capital Aberto: 
 
Parte das suas ações são vendidas no mercado de valores mobiliários (Mercado 
Secundário - bolsas de valores). 
 
7.6 - QUANTO À ESTRUTURA DE UMA S/A 
 
 
 
 
 
 .AO 
 compra 
 .AP 
 
 Elegem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É a parcela do lucro que a lei exige a distribuição entre os acionistas 
 
NOTA: 
Valores mobiliários são papéis que somente podem ser emitidos por sociedades 
anônimas; e representam, para o subscritor, investimento e, para o emitente (S/A), meios de 
captar recursos junto ao público em geral. 
 
 
ESQUEMA 12: 
 
 
 
 
 S/A Emite 
Valores Mobiliários: 
- Ações 
- Debêntures 
- Bônus de Subscrição 
- Partes Beneficiárias 
- Outros 
 
 
 
 
Investidor 
(acionista) 
ABC 
S/A 
Capital 
Conselho de 
Administração 
Lucro 
Reservas de 
Lucros 
Total de 
ações Dividendos 
AÇÕES ORDINÁRIAS (AO) . dão direito a voto AÇÕES PREFERÊNCIAIS (AP) . não dão direito a voto, porém dão várias preferências (vantagens), principalmente, na distribuição de dividendo. . Limite: até 50% total das ações emitidas. 
= ÷ 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
14 
 
ESQUEMA 13: 
 
8 - SPED – SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL (Noções) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 - DIVERSAS FORMAS (OU REGIMES) DE TRIBUTAÇÃO 
 
9.1 - TRIBUTO COMULATIVO 
 
É o tributo que incide a cada circulação (saída), não podendo abater o tributo que 
incidiu na operação anterior (entrada). Em outras palavras, é o imposto que incide sob “cascata”. 
É o caso, por exemplo, do PIS e da COFINS de empresa tributada pelo lucro presumido, do ISS 
e outros. 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
Cia “A” 
 
Cia “B” Cia “C” 
 Vendas: R$ 100,00 
(x) Alíquota: 3% 
(=) COFINS: 3 
 Vendeu: R$ 100,00 
(x) Alíquota: 3% 
(=) COFINS: 3 
 
 
▪ NOTA FISCAL 
 ELETRÔNICA 
 
 3) Emite 
 
 
 Ao consumidor 
 
 
▪ ESCRITURAÇÃO FISCAL 
 ELETRÔNICA 
▪ Livros Fiscais 
 
 
 
 
▪ ESCRITURAÇÃO 
 CONTÁBIL ELETRÔNICA 
▪ Diário 
▪ Razão 
 
▪ ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
 FISCAL - ECF 
▪ E-LALUR 
▪ E-LACS 
▪ E-DIPJ 
EMPRESA GOVERNO 
SPED 
Trata-se de um 
grande Software 
Usuários 
▪ SRFB – 
Secretaria 
da Receita 
Federal do 
Brasil e 
Órgãos 
Governa-
mentais 
conveniados. 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
15 
9.2 - TRIBUTO NÃO CUMULATIVO 
 
Nesta modalidade, do tributo que incidir na saída é permitido subtrair o tributo que incidiu 
na operação anterior (entrada). É o caso do ICMS, IPI, PIS e COFINS, sendo que estes dois 
últimos quando a empresa é tributada pelo Regime do Lucro Real. 
 
Exemplo: 
 
 
 
Cia “A” 
 
Cia “B” Cia “C” 
 Vendas: R$ 100,00 
(x) Alíquota: 10% 
(=) ICMS: R$ 10,00 
 Vendas: R$ 100,00 
(x) Alíquota: 10% 
(=) ICMS....... R$ 10,00 
(–) ICMS .......R$ 10,00 
(=) ICMS..............  
 
 
9.3 - ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 ICMS – Normal: R$ 100 
 ICMS – Subst. Trib.: R$ 70 
 
 IND. A Vendeu COM. B Vendeu CONSUMIDOR 
 
 Nota Fiscal Nota Fiscal 
 
 
 
Produtos.................. 
*ICMS – ST........... 
 
 
1.000,00 
70,00 
 
 
 
Mercadorias................. 
 
 
1.700, 
 ICMS Incluso: 
 1.000 
 x10% 
 100 
 ICMS Incluso: 
ICMS Tributado na origem - ST 
 
 
 T = 1.070,00 T = 1.700,00 
 
Na IND. “A” Na COM. “B” 
 
 1 1 
 Caixa 
a Diversos: 
a Vendas.....................................................1.000,00 
a ICMS a Recolher ..……….........…… 70,00 
 1.070,00 
 
 Caixa 
a Vendas................................................................1.700,00 
 1.1 Fim 
 ICMS 
a ICMS a Recolher.................................... 100,00 
 
 
 
 Fim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
16 
Cálculo – IND. A 
 
 (+) 
 (=) 
 (x) 
 (=) 
 (–) 
*(=) 
Mercadorias.........................................................................1.000, 
Margem de Lucro Estimada (70%).................................... 700, 
Vendas futuras Estimadas...................................................1.700, 
Alíquota.............................................................................. 10% 
Débito de ICMS Estimado.................................................170,00 
Crédito de ICMS................................................................100,00 
ICMS – Substituição Tributária.........................................70,00 
 
 
NOTA 
 Substituição Tributária: apoia-se na margem de lucro majorada; 
 
 É retenção tributária (antecipação). 
 
9.4 - ICMS TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA 
 
 ICMS - Monofásica R$ 170 
 
 
 IND. A Vendeu COM. B Vendeu CONSUMIDOR 
 
 Nota Fiscal Nota Fiscal 
 
 
 
Produtos.................. 
 
 
 
1.000,00 
 
 
 
 
Mercadorias................. 
 
 
1.700, 
 ICMS Incluso: 
 1.000 
 x17% 
 170 
 ICMS Incluso: 
ICMS Tributado na origem 
– monofásica 
 
 
 T = 1.000,00 T = 1.700, 
 
Na IND. “A” Na COM. “B” 
 
 1 1 
 Caixa 
a Vendas.....................................................1.000,00 
 
 
 Caixa 
a Vendas................................................................1.700,00 
 1.1 Fim 
 ICMS 
a ICMS a Recolher...................................... 170,00 
 
 
 
 Fim 
 
 
NOTA 
 Tributação Monofásica: apoia-se na alíquota majorada; e 
 
 É retenção tributária (antecipação). 
 
 
 
 
 
 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
17 
9.5 - RETENÇÃO TRIBUTÁRIA 
Trata-se de modalidade tributária em que a pessoa jurídica compradora de bens ou 
tomadora dos serviços está obrigada a descontar do valor devido o(s) tributo(s) e recolhê-lo(s). 
 
 ISSRF: 50 
 
Cia “a” Cia “B” 
 
 
Serviço ................................................ 
 
1.000 
ISS Incluso: 
 Retenção na fonte pagadora 
 
 
T = 1.000 
 Cálculo: 
 Valor Faturado .................1.000 
(–) ISSRF (5%) ..................... 50 
(=) Líquido a Pagar............... 950 
 
9.6 - TRIBUTO CALCULADO “POR DENTRO” 
É o tributo que está incluso na sua base de cálculo, ou seja, no valor da operação 
(preço). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.7 - TRIBUTO CALCULADO “POR FORA” 
É o tributo que não está incluso na sua base de cálculo, e é cobrado à parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado 
Cia “B” Cia “A” 
Nota Fiscal 
Mercadoria........................................ 1.000 
ICMS incluso: 1.000 x 17% = 170 
T = 1.000 
 
paga 
ICMS: 170 
União 
Com. “B” Ind. “A” 
Nota Fiscal 
Produto.................................................. 1.000 
IPI incluso: 1.000 x 20% ...................... 200 
T = 1.200 
 
paga 
IPI: 200 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
18 
CAPÍTULO II 
 
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS 
E SERVIÇOS - ICMS 
 
1 - ICMS – Lei Federal e Lei Estadual 
 
1.1 - LEI FEDERAL 
Aplica-se nas operações externas. 
 
1.1.1 - OPERAÇÕES EXTERNAS 
Sinteticamente, entende-se por operações externas: 
a) as operações interestaduais entre contribuintes; 
b) as operações de exportações; 
c) as operações de incentivo a produção. 
 
1.1.2 - QUANTO ÀS ALÍQUOTAS EXTERNAS 
a) Operações interestaduais entre contribuintes dos estados das regiões sul e sudeste para 
estados de outras regiões: 7% 
b) Outras operações interestaduais entre contribuintes: 12% 
c) Operações de exportações: isentas 
NOTA: para fins de ICMS o Estado do Espírito Santo é equiparado a estado da Região 
Nordeste. 
 
1.1.3 - OBJETIVOS DA LEI FEDERAL 
a) Proporcionar a distribuição da renda tributária, beneficiando os estados das regiões 
menos favorecidas economicamente; 
 
 SP PI 
 
 Venda...................R$ 1.000,00 Venda ...............R$ 1.000,00 
 (x) Alíquota............... 7 % (x) Alíquota............ 17 % 
 (=) ICMS.................. R$ 70,00 (=) ICMS............... R$ 170,00 
 (- ) ICMS ...............R$ 70,00 
 (=) ICMS ...............R$ 100,00 
 
b) Incentivar a exportação, desonerando o custo e a receita de exportação, para tornar o 
produto brasileiro mais competitivo no mercado externo; 
c) Incentivar a produção, desonerando o custo do investimento em imobilizado. Para isso, 
permite-se recuperar o ICMS incluso na compra de imobilizado com o ICMS incluso na 
venda do produto fabricado. 
d) Harmonizar as operações interestaduais entre contribuintes com intuito de evitar a 
“Guerra Fiscal” entre os Estados e Distrito Federal. 
 
1.2 - LEI ESTADUAL E DISTRITAL 
Aplicam-se nas operações internas. 
 
1.2.1 - OPERAÇÕES INTERNAS 
Entende-se por operações internas, basicamente: 
a) Operações entre contribuintes dentro do Estado ou Distrito Federal; e 
* b) Operações de vendas a consumidores finais. 
 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
19 
1.2.2 - QUANTO A ALÍQUOTAS INTERNAS 
a) Produtos que compõem a denominada cesta básica: 12% 
b) Produtos supérfluos: 25% ou mais 
c) Alíquota Geral: 17% ou mais 
Aplica-se esta alíquota para produtos que não estejam na lista de isentos, não tributáveis e tributáveis com alíquota 
específica. 
d) Existem outras alíquotas intermediárias, que devem ser consultadas na legislação 
específica de cada Estado ou Distrito Federal. 
 
* NOTA: observar EC nº 87/2015, a partir de 1º/1/2016. 
 
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 87, 
DE 16 DE ABRIL DE 2015 
 
Altera o § 2º do art. 155 da Constituição Federal e inclui o art. 99 no Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias, para tratar da sistemática de cobrança do imposto 
sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação incidente sobre as operações e 
prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, 
localizado em outro Estado. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos 
termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto 
constitucional: 
 
Art. 1º Os incisos VII e VIII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal passam a 
vigorar com as seguintes alterações: 
"Art. 155.................................................................................... 
.......................................................................................................... 
§ 2º............................................................................................ 
.......................................................................................................... 
VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, 
contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual 
e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a 
alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; 
a) (revogada); 
b) (revogada); 
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença 
entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: 
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; 
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; 
................................................................................................."(NR) 
 
Art. 2º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do 
seguinte art. 99: 
"Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de operações 
e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado em 
outro Estado, o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será 
partilhado entre os Estados de origem e de destino, na seguinte proporção: 
I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta 
por cento) para o Estado de origem; 
II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% 
(sessenta por cento) para o Estado de origem; 
III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% 
(quarenta por cento) para o Estado de origem; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art155§2vii.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art155§2viii.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#adctart99
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
20 
IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte 
por cento) para o Estado de origem; 
V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino." 
 
Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, 
produzindo efeitos no ano subsequente e após 90 (noventa) dias desta. 
 
Brasília, em 16 de abril de 2015. 
 
CONVÊNIO ICMS 93, DE 17 DE SETEMBRO DE 2015 
 
Publicado no DOU de 21.09.15, pelo Despacho 180/15. 
Alterado pelo Conv. ICMS 152/15. 
Vide cláusula terceira do Conv. ICMS 152/15, que trata de inscrição estadual e de procedimento 
a ser adotado na fiscalização. 
Vide Conv. ICMS 153/15, que dispõe sobre a aplicação dos benefícios fiscais da isenção de 
ICMS e da redução da base de cálculo de ICMS. 
Vide Convs. ICMS 81/93, 92/15 e 155/15, relativamente ao regime de substituição tributária e 
antecipação de recolhimento do ICMS. 
 
Dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que 
destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em 
outra unidade federada. 
 
O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 247ª reunião extraordinária, 
realizada em Brasília, DF, no dia 17 de setembro de 2015, tendo em vista o disposto nos incisos 
VII e VIII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal e no art. 99 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias - ADCT da Constituição Federal, bem como nos arts. 102 e 199 do 
Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), resolve celebrar o 
seguinte: 
CONVÊNIO 
 
Cláusula primeira Nas operações e prestações que destinem bens e serviços a 
consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada, devem ser 
observadas as disposições previstas neste convênio. 
 
Cláusula segunda Nas operações e prestações de serviço de que trata este convênio, o 
contribuinte que as realizar deve: 
 
I - se remetente do bem: 
 
a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o 
ICMS total devido na operação; 
 
b) utilizar a alíquota interestadual prevista para a operação, para o cálculo do imposto 
devido à unidade federada de origem; 
 
c) recolher, para a unidade federada de destino, o imposto correspondente à diferença 
entre o imposto calculado na forma da alínea “a” e o calculado na forma da alínea “b”; 
 
II - se prestador de serviço: 
 
a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o 
ICMS total devido na prestação; 
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/despacho/2015/despacho-180-15
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenio-icms-152-15
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenio-icms-152-15
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenio-icms-153-15
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/1993/cv081_93
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenios-icms-92-15
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenio-icms-155-15
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
21 
b) utilizar a alíquota interestadual prevista para a prestação, para o cálculo do imposto 
devido à unidade federada de origem; 
 
c) recolher, para a unidade federada de destino, o imposto correspondente à diferença 
entre o imposto calculado na forma da alínea “a” e o calculado na forma da alínea “b”. 
 
Nova redação dada ao § 1º da cláusula segunda pelo Conv. ICMS 152/15, efeitos a 
partir de 01.01.16. 
 
§ 1º A base de cálculo do imposto de que tratam os incisos I e II do caput é única e 
corresponde ao valor da operação ou o preço do serviço, observado o disposto no § 1º do art. 13 
da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. 
 
Redação original, sem efeitos. 
 
§ 1º A base de cálculo do imposto de que tratam os incisos I e II do caput é o valor da 
operação ou o preço do serviço, observado o disposto no § 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 
87, de 13 de setembro de 1996. 
Acrescido o § 1º-A à cláusula segunda pelo Conv. ICMS 152/15, efeitos a partir de 
01.01.16. 
 
§ 1º-A O ICMS devido ás unidades federadas de origem e destino deverão ser 
calculados por meio da aplicação das seguintes fórmulas: 
 
ICMS origem = BC x ALQ inter 
 
ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem 
 
Onde: 
 
BC = base de cálculo do imposto, observado o disposto no § 1º; 
 
ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação ou prestação; 
 
ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação ou prestação no Estado de destino. 
 
§ 2º Considera-se unidade federada de destino do serviço de transporte aquela onde 
tenha fim a prestação. 
 
§ 3º O recolhimento de que trata a alínea “c” do inciso II do caput não se aplica quando 
o transporte for efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem (cláusula CIF - Cost, 
Insurance and Freight). 
 
§ 4º O adicional de até dois pontos percentuais na alíquota de ICMS aplicável às 
operações e prestações, nos termos previstos no art. 82, §1º, do ADCT da Constituição Federal, 
destinado ao financiamento dos fundos estaduais e distrital de combate à pobreza, é considerado 
para o cálculo do imposto, conforme disposto na alínea “a” dos incisos I e II, cujo recolhimento 
deve observar a legislação da respectiva unidade federada de destino. 
Acrescido o § 5º à cláusula segunda pelo Conv. ICMS 152/15, efeitos a partir de 
01.01.16. 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
22 
§ 5º No cálculo do imposto devido à unidade federada de destino, o remetente deve 
calcular, separadamente, o imposto correspondente ao diferencial de alíquotas, por meio da 
aplicação sobre a respectiva base de cálculo de percentual correspondente: 
 
I - à alíquota interna da unidade federada de destino sem considerar o adicional de até 
2% (dois por cento); 
 
II - ao adicional de até 2% (dois por cento). 
 
Cláusula terceira O crédito relativo às operações e prestações anteriores deve ser 
deduzido do débito correspondente ao imposto devido à unidade federada de origem, observado 
o disposto nos arts. 19 e 20 da Lei Complementar nº 87/96. 
 
Acrescida a cláusula terceira-A pelo Conv. ICMS 152/15, efeitos a partir de 01.01.16. 
 
Cláusula terceira-A As operações de que trata este convênio devem ser acobertadas 
por Nota Fiscal Eletrônica - NFe, modelo 55, a qual deve conter as informações previstas no 
Ajuste SINIEF 07/05, de 30 de setembro de 2005. 
 
Cláusula quarta O recolhimento do imposto a que se refere a alínea “c” dos incisos I e 
II da cláusula segunda deve ser efetuado por meio da Guia Nacional de Recolhimento de 
Tributos Estaduais - GNRE ou outro documento de arrecadação, de acordo com a legislação da 
unidade federada de destino, por ocasião da saída do bem ou do início da prestação de serviço, 
em relação a cada operação ou prestação. 
 
Renumerado o parágrafo único para § 1º da cláusula quarta pelo Conv. ICMS 152/15, 
efeitos a partir de 01.01.16. 
 
§ 1º O documento de arrecadação deve mencionar o número do respectivo documento 
fiscal e acompanhar o trânsito do bem ou a prestação do serviço. 
 
Acrescidos os §§ 2º e 3º à cláusula quarta pelo Conv. ICMS 152/15, efeitos a partir de 
01.01.16. 
 
§ 2º O recolhimento do imposto de que trata o inciso II do § 5º da cláusula segunda 
deve ser feito em documento de arrecadação ou GNRE distintos. 
 
§ 3º As unidades federadas de destino do bem ou do serviço podem, na forma de sua 
legislação, disponibilizar aplicativo que calcule o imposto a que se refere a alínea “c” dos incisos 
I e II da cláusula segunda, devendo o imposto ser recolhido noprazo previsto no § 2º da cláusula 
quinta. 
 
Cláusula quinta A critério da unidade federada de destino e conforme dispuser a sua 
legislação tributária, pode ser exigida ou concedida ao contribuinte localizado na unidade 
federada de origem inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. 
 
§ 1º O número de inscrição a que se refere esta cláusula deve ser aposto em todos os 
documentos dirigidos à unidade federada de destino, inclusive nos respectivos documentos de 
arrecadação. 
§ 2º O contribuinte inscrito nos termos desta cláusula deve recolher o imposto previsto 
na alínea “c” dos incisos I e II da cláusula segunda até o décimo quinto dia do mês subsequente à 
saída do bem ou ao início da prestação de serviço. 
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/2005/aj_007_05
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
23 
§ 3º A inadimplência do contribuinte inscrito em relação ao imposto a que se refere a 
alínea “c” dos incisos I e II da cláusula segunda ou a irregularidade de sua inscrição estadual ou 
distrital faculta à unidade federada de destino exigir que o imposto seja recolhido na forma da 
cláusula quarta. 
 
§ 4º Fica dispensado de nova inscrição estadual ou distrital o contribuinte já inscrito na 
condição de substituto tributário na unidade federada de destino. 
Acrescido o § 5º à cláusula quinta pelo Conv. ICMS 152/15, efeitos a partir de 01.01.16. 
 
§ 5º Na hipótese prevista no § 4º o contribuinte deve recolher o imposto previsto na 
alínea “c” dos incisos I e II da cláusula segunda no prazo previsto no respectivo convênio ou 
protocolo que dispõe sobre a substituição tributária. 
 
Cláusula sexta O contribuinte do imposto de que trata a alínea “c” dos incisos I e II da 
cláusula segunda, situado na unidade federada de origem, deve observar a legislação da unidade 
federada de destino do bem ou serviço. 
 
Acrescido o parágrafo único à cláusula sexta pelo Conv. ICMS 152/15, efeitos a partir 
de 01.01.15. 
 
Parágrafo único. As unidades federadas de destino podem dispensar o contribuinte de 
obrigações acessórias, exceto a emissão de documento fiscal. 
 
Cláusula sétima A fiscalização do estabelecimento contribuinte situado na unidade 
federada de origem pode ser exercida, conjunta ou isoladamente, pelas unidades federadas 
envolvidas nas operações ou prestações, condicionando-se o Fisco da unidade federada de 
destino a credenciamento prévio na Secretaria da Fazenda, Economia, Finanças, Tributação ou 
Receita da unidade federada do estabelecimento a ser fiscalizado. 
 
§ 1º Fica dispensado o credenciamento prévio na hipótese de a fiscalização ser exercida 
sem a presença física da autoridade fiscal no local do estabelecimento a ser fiscalizado. 
 
§ 2º Na hipótese do credenciamento de que trata o caput, a unidade federada de origem 
deve concedê-lo em até dez dias, configurando anuência tácita a ausência de resposta. 
 
Cláusula oitava A escrituração das operações e prestações de serviço de que trata este 
convênio, bem como o cumprimento das respectivas obrigações acessórias, devem ser 
disciplinadas em ajuste SINIEF. 
 
Cláusula nona Aplicam-se as disposições deste convênio aos contribuintes optantes 
pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, instituído pela Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação ao imposto devido à unidade 
federada de destino. 
 
NOTA: Notícias STF - Quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016 
 
LIMINAR SUSPENDE CLÁUSULA DE CONVÊNIO DO CONFAZ SOBRE ICMS EM COMÉRCIO ELETRÔNICO 
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar para suspender cláusula do Convênio ICMS 
93/2015, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que trata da incidência do Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações de comércio eletrônico. A decisão, proferida na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) 5464, suspende a cláusula nona do convênio, que inclui as micro e pequenas empresas optantes pelo 
Simples no novo regime do comércio eletrônico. 
Segundo o entendimento adotado pelo ministro, a norma prevista na cláusula nona do convênio cria novas obrigações que 
ameaçam o funcionamento das empresa optantes pelo Simples, e invade área reservada a disciplina por lei complementar – o 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
24 
Simples é regulado pela Lei Complementar 123, de 2006. Segundo o relator, a norma criada pela cláusula nona do convênio 
contraria o regime diferenciado das micro e pequenas empresas previsto na legislação. 
A cláusula questionada na ADI determina às empresas do Simples, assim como às empresas incluídas nos demais regimes de 
tributação, o recolhimento de alíquotas do ICMS sobre operações que destinem bens e serviços ao consumidor final localizado 
em outro estado. Segundo o pedido feito pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autor da ADI, pela 
Lei Complementar 123/2006 as empresas do Simples são sujeitas a uma alíquota única sobre a receita bruta mensal. A nova 
regra, ao impor a cobrança do ICMS sobre cada operação, ameaça a competitividade e a própria sobrevivência das pequenas 
empresas, conforme a entidade. 
“A Constituição dispõe caber a lei complementar – e não a convênio interestadual – estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária, especialmente sobre definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte”, afirmou o ministro Dias Toffoli em sua decisão. 
Liminar 
O ministro entendeu ser o caso de concessão da liminar em razão do perigo da demora, uma vez que a norma questionada coloca 
em risco as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples. Citando o pedido feito pela OAB, o ministro afirma que a norma 
ameaça o funcionamento dessas empresas ao impor custos burocráticos e financeiros, encarecer seus produtos e dificultar o 
cumprimento de obrigações assessórias. 
A decisão (leia a íntegra) deve ser submetida a referendo do Plenário do STF. 
ADI 5469 
O relator observou ainda que o Convênio ICMS 93/2015 como um todo é objeto de questionamento na ADI 5469, ajuizada pela 
Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), e também de sua relatoria. 
Segundo a Abcomm, o convênio é ato normativo inadequado para tratar de fato gerador específico (as operações envolvendo 
consumidor final não contribuinte do ICMS e localizado em outra unidade da federação), pois a matéria cabe à lei complementar 
(artigo 146 da Constituição). 
Entre outros pontos, a associação a Lei Complementar 87/1996, que trata do ICMS, não dispõe sobre a base de cálculo aplicada 
ao consumidor final da forma descrita no Convênio 93, que criou quatro bases para estas operações – uma para aplicação da 
alíquota interestadual, outra diferencial de alíquota partilha para o estado de origem, a terceira diferencial de alíquota partilha 
para o estado de destino e a quarta destinada ao Fundo de Amparo à Pobreza (FECOP). E aponta “a superficialidade com a qual o 
tema foi tratado, ferindo por completo qualquer segurança jurídica”. 
A ADI 5469 pede a concessão de medida cautelar para suspender a eficácia dos dispositivos questionados até o julgamento do 
mérito. A Abcomm acena para o risco que o convênio representa para a manutenção da ordem econômica e financeira, “tendo 
por fim principal a busca da segurança jurídica do sistema tributário nacional”. 
 
Cláusula décima Nos exercícios de 2016, 2017 e 2018, no caso de operações e 
prestações que destinem bens ou serviços a consumidor final não contribuinte localizado em 
outra unidade federada, o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a 
interestadual deve ser partilhado entre as unidades federadas de origem e de destino, cabendo à 
unidade federada: 
 
I - de destino: 
 
a) no ano de 2016: 40% (quarenta por cento) do montante apurado; 
 
b) no ano de 2017: 60% (sessenta por cento) do montante apurado; 
 
c)no ano de 2018: 80% (oitenta por cento) do montante apurado; 
 
II - de origem: 
 
a) no ano de 2016: 60% (sessenta por cento) do montante apurado; 
 
b) no ano de 2017: 40% (quarenta por cento) do montante apurado; 
 
c) no ano de 2018: 20% (vinte por cento) do montante apurado. 
 
§ 1º A critério da unidade federada de origem, a parcela do imposto a que se refere o 
inciso II do caput deve ser recolhida em separado. 
 
§ 2º O adicional de que trata o § 4º da cláusula segunda deve ser recolhido 
integralmente para a unidade federada de destino. 
 
Cláusula décima primeira Este convênio entra em vigor na data de sua publicação no 
Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2016. 
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ADI5464.pdf
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
25 
CAPÍTULO III 
 
O ICMS INTERPRETADO PASSO A PASSO 
 
1- REGRAS CONSTITUCIONAIS 
 
1.1 - PRINCÍPIOS 
Compete aos estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre operações relativas à 
Circulação de Mercadorias e sobre prestação de serviços transportes interestadual, e 
intermunicipal e de comunicação (ICMS), ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior, observado o seguinte: 
 
a) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o 
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; 
 
b) poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e de serviços; 
 
c) não incidirá sobre operações com destinatário no exterior. 
 
 Fundamento: CF/88 – art. (está ilegível na foto) 
 
1.2 - ALÍQUOTAS 
Basicamente, no ICMS, há duas espécies de alíquotas: Interna e Interestadual, quais 
sejam: 
 
a) nas operações ou prestações internas → 7% a 19% (como regra, de acordo com o 
RICMS de cada Estado); 
 
b) nas operações ou prestações interestaduais: 12%, exceto 
 
b.1) nas operações e prestações realizadas nas Regiões Sul e Sudeste, destinadas às 
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo, em que a 
alíquota será de 7%. 
 
c) nas operações interestaduais com bens e mercadorias importadas do exterior: 4% 
(bens industrializados: conteúdo de importação superior a 40%; não se aplica a 
produtos “sem similar nacional” listados pela CAMEX). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
26 
 
ESQUEMA 1: 
 
Operações e Prestações Interestaduais 
 
b) Regra Geral 
 
 
 
 
 
b.1) Exceção 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Mercadorias Importadas do Exterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundamento: CF/88, art. 155, §2º, Resolução do Senado Federal nºs 22/89 e 13/2013. 
 
1.3 - ALÍQUOTAS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS 
 
REGRA ATÉ 31/12/2015: 
Em relação à operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final 
localizado em outro estado, adotar-se-á: 
 
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; 
 
 
ESQUEMA 2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SP DF Vende 
 Alíquota 
 Interestadual: 7% 
 Cálculo: 
  Alíquota interna 17% 
(–)  Alíquota interestadual: 7% 
(=)  DIFAL: 10 
Estado 1 Estado 2 12% 
Estado Estado 7% 
Sul e 
Sudeste 
N, ND, 
CO e ES 
Exterior 
Estado 1 Estado 2 4% 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
27 
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; 
 
 
 
ESQUEMA 3: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na hipótese da alínea “a” do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do 
destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual 
(DIFAL). 
 
REGRA A PARTIR DE 1º/1/2016: 
Operação e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou 
não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao 
Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota 
interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual: 
 
A responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a 
alíquota interna e a interestadual (DIFAL) será atribuída: 
 
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; 
 
 
 
ESQUEMA 4: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SP NÃO CONTRIBUINTE Vende 
 Alíquota 
 Interna 
Estado 1 Estado 2 Vende 
Contribuinte 
 
 
NF → Alíquota 
Interestadual 
 
 Contribuinte 
 
 
Cálculos e Recolhimentos: 
 
 
  Alíquota interna 
(–)  Alíquota interestadual 
(=)  DIFAL → partilha: 2016, 2017 e 
 2018 
 + 
 
  FCP 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
28 
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; 
 
 
ESQUEMA 5: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundamento: CF/88 – art. 155 (II), §2º, inciso VII e VIII, Emenda Constitucional nº 87/2015. 
 
1.4 - O PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE E SEUS EFEITOS 
1. O princípio da não cumulatividade emerge de norma constitucional, e não de lei, 
assim o legislador não poderá condicionar o seu exercício. 
 
2. O princípio da não cumulatividade esta direcionado ao consumidor final, buscando 
inibir o duplo pagamento do tributo sobre a mesma base no ciclo de produção e 
comercialização dos produtos. 
 
3. O crédito e o débito são antes distintos e inconfundíveis. 
 
4. O direito ao crédito na entrada não está condicionado ao efetivo pagamento de 
tributo que se encontra no documento fiscal do fornecedor. 
 
5. O aproveitamento do crédito não está vinculado ao período da saída da mercadoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado 1 Estado 2 Vende 
 Contribuinte Não Contribuinte 
 
 
NF → Alíquota interestadual 
 
 
Cálculos e Recolhimentos: 
 
 
  Alíquota interna (Estado de destino) 
(–)  Alíquota interestadual 
(=)  DIFAL → partilha: 2016, 2017 e 2018 
 + 
  FCP (Estado de destino) 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
29 
 
ESQUEMA 6: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundamento: CF/88 art. 155 (II) / LC nº 87/96, artigos 19 e 20. 
 
1.5 - A SELETIVIDADE E SEUS EFEITOS 
a) A seletividade requer a verificação do grau de essencialidade (utilidade) do produto 
para o consumidor final e atende ao princípio da capacidade contributiva. 
 
b) Quando mais essencial o produto, menor será a tributação. Assim, temos 3 categorias 
de utilidade: 
 
1. Fundamental à subsistência → alíquotas brandas, podendo chegar ao zeramento; 
 
2. útil, mas não fundamental → alíquotas moderadas; 
 
3. produtos supérfluo → alíquotas elevadas. 
 
NOTA: Embora a CF/88 trate a seletividade no ICMS como um princípio facultativo, o STF já 
se manifestou no sentido de que deve ser obrigatório. 
 
ESQUEMA 7: 
 
Alíquotas Internas Usuais 
 
1 – Produtos da Cesta Básica: 7ou 12% 
 
2 – Produtos em Geral: 17% ou mais 
 
3 – Produtos da Cesta Básica: 25% ou mais 
 
 
 Fundamento: CF/88 – arts. 153 (IV) e 155 (II) / Recurso Extraordinário nº 634.457/RJ e RE nº 714.139/SC. 
Cia “A” Cia “B” Vendeu 
Vendeu: R$ 1.000 Vendeu: R$ 1.000 
(x) Alíquota: 10% (–) Alíquota: 10% 
(=) Débito: R$ 100 (=) Débito: R$ 100 
(–) Crédito: R$ Ø (–) Crédito: R$ 100 
(=) ICMS: R$ 100 (=) ICMS: R$ Ø 
 + 
 
 Conclusão: 
 
 Entrada Saída 
 
 
Crédito de ICMS Débito de ICMS 
Consumidor Vendeu 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
30 
2 - O FATO GERADOR DO ICMS 
Considerando-se ocorrido o fato gerador do ICMS: 
 
a) em se tratando de mercadoria: a saída do estabelecimento do contribuinte: 
 
b) em se tratando de serviços de transporte: o início da prestação de serviços de 
transporte interestadual ou intermunicipal, por qualquer via; 
 
c) no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
 
1. não compreendidosna competência tributária dos Municípios; 
 
2. compreendidos na competência tributária dos Municípios em com indicação 
expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei 
complementar aplicável; 
 
d) no desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas do exterior. 
 
 Fundamento: LC 87/96 – art. 12. 
 
3 - SUJEIÇÃO PASSIVA TRIBUTÁRIA 
Contribuinte: aquele que pratica o fato gerador. 
 
Responsável: uma terceira pessoa que possui uma vinculação com o fato gerador 
praticado pelo contribuinte e que é chamado expressamente pela lei para responder pelo 
pagamento (antecipado) do crédito tributário por ele devido. 
 
Exemplo: o industrial no recolhimento do ICMS. 
 
NOTA: há duas hipóteses de Responsabilidade Tributária, basicamente: 
 
 Por transferência: a obrigação nasce contra o contribuinte que praticou o fato 
gerador e, em virtude de fato posterior, é transferida para uma terceira pessoa. 
Exemplo: o herdeiro, em relação à dívida tributária do falecido; 
 
 Por substituição: a lei elege uma terceira pessoa a colaborar com o fisco, atribuindo-
lhe o dever de recolher o tributo cujo fato gerador é praticado pelo contribuinte. 
 
 Razões de racionalização e efetivação da tributação, através da ampliação das 
garantias de recebimento do tributo e diminuição da inadimplência. 
 
 Exemplo: o mecanismo de ST para frente do ICMS e nova regra de recolhimento 
do ICMS/DIFAL para consumidores finais não contribuintes. 
 
 Fundamento: Código Tributário Nacional (CTN), arts. 121 e 128. 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
31 
4 - ICMS (SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA) 
 
OBJETIVO: 
Instrumento de facilitação da fiscalização tributária e combate à evasão fiscal. 
 
NATUREZA: 
Consiste na imputação de responsabilidade a terceiro que é chamado a responder pelo 
pagamento de obrigação tributária originalmente atribuída ao contribuinte. O responsável não 
prática diretamente o fato gerador, porém possui com ele uma vinculação. 
 
Há duas espécies de ST: 
 
a) Para frente (operação subsequentes); e 
 
 
ESQUEMA 8: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA: 
 Fabricante vendeu por R$ 1.000 
 Atacadista vendeu por R$ 2.000 
 Varejista vendeu por R$ 3.000 
 Alíquota considerada: 10% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fabricante 
Contribuinte 
e 
Contribuinte por 
ST das Operações 
Posteriores 
 
 
 Nota Fiscal 
 
Atacadista Varejista Consumidor 
 
Mercadoria 
ICMS-ST 
 
 
1.000 
200 
 
ICMS incluso: 100 
 
T = 1.200 
 
paga 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
32 
b) Para trás (operações antecedentes). 
 
 
ESQUEMA 9: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundamento: CF/88 – art. 150 (§ 7º), CTN – arts. C/C 128, LC 87/96 – art. 6º. 
 
5 - BASE DE CÁLCULO 
A base de cálculo do imposto é: 
 
 o valor da operação, na saída de mercadoria; 
 
 o preço do serviço na prestação de serviço de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação; 
 
 Na importação, a soma das seguintes parcelas: 
 
a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação; 
 
b) imposto de importação; 
 
c) imposto sobre produtos industrializados; 
 
d) imposto sobre operações de câmbio; 
 
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras; 
 
 Fundamento: LC 87/96 – art. 13. 
 
Fazenda 1 
Contribuinte 
e 
Contribuinte por 
ST das Operações 
Anteriores 
 
 
 Nota Fiscal 
 
Fazenda 2 
 
Frigorifico Supermercado 
 
Mercadoria 
ICMS-ST 
 
 
1.000 
200 
 
ICMS incluso: 100 
 
T = 1.200 
 
Consumido
r 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
33 
6 - DISPENSAS DE TRIBUTAÇÃO 
Há várias espécies de dispensa de tributação: 
 
a) NÃO INCIDÊNCIA → Fato econômico não-imponível, também conhecido como 
operação não tributada. 
 
b) IMUNIDADE → Vedação de incidência sobre fatos econômicos taxativamente 
previstos pela CF/88. Trata-se da limitação ao poder de tributar dos entes federativos. 
 
c) ISENÇÃO → Fato econômico imponível, porém, em lei expressa-se a dispensa por 
prazo indeterminado. 
 
d) ALÍQUOTA ZERO → Fato econômico imponível, mas que resulta em não- 
pagamento do tributo em face da alíquota (“zero”). Técnica de não-incidência 
utilizada em função de sua “flexibilidade”, permitindo ao ente tributante suprimir 
rapidamente o benefício de não-incidência e passar a tributar determinado 
produto/operação. 
 
e) SUSPENSÃO → Fato econômico que deixa de ser tributado enquanto vigorar 
condição suspensiva. 
 
f) DIFERIMENTO → Fato econômico imponível, mas que desloca o momento da 
tributação para operação futura. 
 
7 - BENEFÍCIOS FISCAIS 
Cabe à lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do 
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão 
concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo 
Distrito Federal (Convênio ICMS, no âmbito do CONFAZ). 
Aprovação unânime por parte dos Estados. 
 
 Fundamento: CF/88 – art. 155, § 2º, inciso XII, “g”, LC nº 24/75. 
 
8 - O NOVO ICMS INTERESTADUAL, ALTERADO PELA EC Nº 87/2015 
 
8.1- APLICAÇÃO 
Se aplica a operações e prestações que destinem bens e serviços CONSUMIDOR 
FINAL, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado. 
 
8.2- ALÍQUOTA 
Adota-se sempre a alíquota interestadual nas operações entre Estados. 
 
8.3 - NOVO DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA 
Cabe ao Estado de localização do destinatário o “DIFAL” = Diferencial de Alíquota 
(Diferença entre a alíquota interna do Estado do destinatário e a alíquota interestadual). 
 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
34 
8.4 - PARTILHA DO DIFAL – REGRA DE TRANSIÇÃO 
Nos exercícios de 2016, 2017 e 2018, no caso de operações e prestações que destinem 
bens ou serviços a consumidor final não contribuinte localizado em outra unidade federada, o 
DIFAL deve ser partilhado entre as unidades federadas de origem e de destino, cabendo à 
unidade federada: 
 
I. de destino 
a) no ano de 2016: 40% (quarenta por cento) do montante apurado; 
b) no ano de 2017: 60% (sessenta por cento) do montante apurado; 
c) no ano de 2018: 80% (oitenta por cento) do montante apurado; 
 
II. de origem 
a) no ano de 2016: 60% (sessenta por cento) do montante apurado; 
b) no ano de 2017: 40% (quarenta por cento) do montante apurado; 
c) no ano de 2018: 20% (vinte por cento) do montante apurado. 
 
8.5 - RENTABILIDADE PELO RECOLHIMENTO 
A responsabilidade pelo recolhimento DIFAL será atribuída: 
 
a) ao destinatário: quando este for contribuinte do imposto; 
 
 
ESQUEMA 10: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado 1 Estado 2 Vende 
Contribuinte 
 
 
NF → Alíquota 
Interestadual 
 
 Contribuinte 
 
 
Cálculos e Recolhimentos: 
 
 
  Alíquota interna 
(–)  Alíquota interestadual 
(=)  DIFAL → partilha: 2016, 2017 e 
 2018 
 + 
 
  FCP 
O Novo ICMS – Loberto Sasaki 
35 
b) ao remetente: quando o destinatário não for contribuinte do imposto. 
 
 
 
ESQUEMA 11: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: a regra de responsabilidade tributária relativa a o DIFAL passou a ser objetiva e de 
aplicação nacional, independentemente de previsão em Convênio/Protocolo (como ocorria até 
31/12/2015). 
 
8.6 - SÍNTESE CONCLUSIVO: 
a) Foi criada uma nova hipótese de DIFAL, inexistente até 31/12/2015, com regra de 
partilha transitória: 
 
b) Nada muda nas vendas interestaduais para contribuintes que adquirem a mercadoria 
para revenda ou industrialização; 
 
c) No caso de uma venda para consumidor final contribuinte do imposto, o DIFAL já 
existia. Assim, não há partilha imposto. 
 
 Fundamento: CF/88 – art. 155, § 2º, incisos VII e VIII, na redação da EC nº 87/15. 
 
Estado 1 Estado 2 Vende 
 Contribuinte Não Contribuinte 
 
 
NF → Alíquota interestadual

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