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ICMS ST

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ICMS ST 
 
RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTORESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTORESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTORESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 
 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 1 
 
SS UU MM ÁÁ RR II OO 
 
 
Considerações Iniciais -------------------------------------------------------------------------------- 02 
Disposições Âmbito Nacional Sobre ICMS ST -------------------------------------------------- 04 
Tabela NCM/SH ---------------------------------------------------------------------------------------- 12 
Aplicação NCM/SH Na Legislação do ICMS ST ------------------------------------------------- 14 
 
ICMS ST – MG 
 
1 - Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------ 16 
2- Conceitos -------------------------------------------------------------------------------------------- 16 
3 – Princípios Básicos --------------------------------------------------------------------------------- 16 
4 – CEST -------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 
5 – Tributação dos Estoques ----------------------------------------------------------------------- 22 
6 – Substituto Tributário e Responsável --------------------------------------------------------- 34 
7 – Distinção Entre Substituo Tributário e Responsável ------------------------------------- 34 
8 – Simplificação e Segurança na Arrecadação ------------------------------------------------ 34 
9- Quadro Prático ------------------------------------------------------------------------------------- 35 
10 – Pagamento Antecipado do Imposto ------------------------------------------------------- 35 
11 – Contribuintes Substituto e Substituído Tributário -------------------------------------- 35 
12 – Cálculo do Imposto ----------------------------------------------------------------------------- 35 
13 – Inaplicabilidade da Substituição Tributária ---------------------------------------------- 42 
14 – Substituição Tributária na Aquisição de Mercadorias --------------------------------- 45 
15 – Restituição, Ressarcimento e Complementação do Imposto ------------------------ 46 
16 – Modelos Documentos Fiscais – -------------------------------------------------------------- 55 
 
 
 
 
 
M a t e r i a l e l a b o r a d o p o r : 
 
EVARLEY DOS SANTOS PEREIRA - Sócio-Diretor da Trainee Assessoria, Consultor Jurídico Tributário, 
Contador Tributarista, Auditor, Perito Judicial, Pós Graduado em Planejamento Tributário, Gestão 
Tributária, Auditoria Tributária e Docência Superior, Ex-Gerente de Filial e da Consultoria COAD-MG, 
Instrutor de Cursos e Palestras de Conselhos Regionais de Contabilidade, SENAI, SENAC, FIEMG, 
SEBRAE, SINDUSCON, SESCOOP, AMIS, CMI/SECOVI, Sindicato de Contabilistas em MG, Escola de 
Lideres FIEMG, Revistas Legisweb, Econet, Objetiva (GO), Verbanet, Informare e COAD, Autor de 
inúmeros artigos e trabalhos 
 
w w w . t r a i n e e a s s e s s o r i a . c o m . b r 
e - m a i l : e v a r l e y @ t r a i n e e a s s e s s o r i a . c o m . b r 
 
A t u a l i z a d o a t é D e c r e t o 4 8 . 5 8 9 / 2 0 2 3 - V e r s ã o 0 1 . 2 3 
R e p r o d u ç ã o d e s t e m a t e r i a l f i c a p r o i b i d a s e m o e x p r e s s o c o n s e n t i m e n t o d o a u t o r 
o u s e m c i t a ç ã o d a f o n t e 
 
 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 2 
1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
ICMS é a sigla normalmente utilizada para designar o Imposto sobre Operações Relativas à 
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação, cuja competência foi atribuída aos Estados e ao Distrito 
Federal, conforme inciso II do artigo 155, devendo atender às disposições do § 2° do mesmo 
artigo da Constituição da República Federativa do Brasil - CF/88. 
 
Quando nos referimos ao ICMS/ST, estamos fazendo uso da sigla utilizada para designar o 
imposto incidente nas operações (mercadorias) e prestações (serviços de transporte e de 
comunicação) sujeitas ao recolhimento do ICMS devido por substituição tributária 
relativamente às operações antecedentes, concomitantes e subsequentes, cujas definições 
serão vistas adiante. Quanto ao ICMS normal, ou ICMS próprio, trata-se do imposto devido 
pelas operações ou prestações próprias do estabelecimento emitente do documento fiscal. 
 
Segundo os doutos em doutrina do Direito Tributário, o "regime jurídico-tributário de sujeição 
passiva por substituição tributária" pode ser entendido como a "alteração, pelo legislador, da 
responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária principal a terceiro que não 
praticou o futuro fato gerador, mas que possui vinculação indireta com o real contribuinte". 
 
Alguns dos maiores tributaristas brasileiros, como por exemplo, Geraldo Ataliba, Aires F. 
Barreto e Hamilton Dias de Souza, sustentam que a "ST' no ICMS infringe princípios 
constitucionais basilares do direito tributário, tais como: tipicidade tributária, não-
cumulatividade, capacidade contributiva, etc. Alegam, ainda, que vulnera o princípio 
atributivo de competência tributária aos Estados-membros e, até mesmo, que configuraria 
"empréstimo compulsório". 
 
Entretanto, por outro lado, juristas igualmente abalizados, tais como: Sacha Calmon, 
Arthur José Faveret Cavalcanti, Heron Arzua, dentre outros, defendem o regime da "ST" nos 
seguintes aspectos: praticabilidade da tributação e da fiscalização (princípio da economia 
processual), por tornar efetiva a responsabilidade tributária; necessidade de evitar a evasão 
fiscal (segurança fiscal); e de assegurar recursos com alto grau de previsão e praticabilidade 
(certeza fiscal). 
 
Sob o ponto de vista da Administração pública, o regime da substituição tributária no 
ICMS permite o aperfeiçoamento, a simplificação e a redução dos custos da arrecadação do 
imposto. A sistemática facilita a cobrança do imposto, ao concentrar em poucos sujeitos 
passivos (normalmente no industrial e no importador) a responsabilidade pelo seu 
recolhimento, evitando o acompanhamento de atividades comerciais extremamente diluídas 
e ramificadas no varejo. 
 
A substituição tributária, de acordo o entendimento do ex-Ministro do STF, Nelson Jobim, 
extraído do seu voto relativo ao julgamento da ADIN 2.777-8 São Paulo, em que o Governo do 
Estado de SP suscita a inconstitucionalidade do inciso do art. 66-B, da Lei Estadual 6.374, seria 
um "método de arrecadação de tributo. Foi instituído com o objetivo de facilitar e otimizar a 
cobrança de impostos, especialmente os não-cumulativos". 
 
O Min. Nelson Jobim enumera, ainda, as vantagens do regime de substituição tributária: 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 3 
− Maior segurança na atividade arrecadatória: o substituto é, normalmente, o sujeito 
passivo que tem condições objetivas de cumprimento da obrigação tributária; 
− Melhor desempenho da arrecadação: facilita a cobrança do tributo, que se centraliza na 
pessoa de apenas um sujeito passivo; 
− Evita a criação de uma máquina administrativa imensa e cara: a fiscalização e a cobrança 
centralizam-se em um só contribuinte, evitando acompanhar a atividades comerciais 
extremamente diluídas e ramificadas; e 
− Permite seja alcançada maior justiça fiscal pela distribuição equitativa da carga tributária 
que o sistema propicia, ao evitar a sonegação", citando Hamilton Dias de Souza. 
 
O Regime da Substituição Tributária tem como principal característica a atribuição ao sujeito 
passivo por substituição (substituto tributário) responsabilizar-se pelo cálculo, retenção 
(cobrança) e recolhimento aos cofres públicos do montante do imposto devido pelas operações de 
terceiro (antecedente, concomitante ou subsequente) - contribuinte substituído,além do seu 
próprio imposto. 
 
No "regime jurídico-tributário de sujeição passiva por substituição com retenção do 
imposto" ou "ST para frente" (ST(F)), por exemplo, o valor do ICMS/ST a ser retido é apurado 
antecipadamente em cada operação, de forma individualizada, compensando-se o valor do 
débito obtido, pela aplicação da alíquota prevista sobre a base de cálculo da ST, com o respectivo 
crédito pelo valor do ICMS normal devido pela operação própria do remetente da mercadoria, em 
conformidade ao princípio da não-cumulatividade, previsto no art. 155, § 2°, I, da CF/88. 
 
Como regra geral, tal sistemática encerra todo o ciclo de tributação de uma mercadoria sujeita ao 
imposto, não mais sofrendo gravame do ICMS nas operações seguintes. Distingue-se o 
ICMS/ST, portanto, do imposto a que está submetida a mercadoria sujeita ao regime dito 
“normal”, onde o confronto entre débitos e créditos é apurado em períodos de tempo definidos 
pela legislação (mensal, quinzenal, decendial), enquanto houver a sua circulação econômica. 
 
No meio contábil, o ICMS/ST "subsequente", ou "progressivo", ou "para frente" (ICMS/ST (F)) 
é também conhecido por "ICMS retido na fonte" ou "ICMS antecipado", dentre outras 
denominações. 
Tomemos como exemplo uma operação de saída de gasolina automotiva, de refinaria de 
petróleo para estabelecimento distribuidor, ambos situados em Betim/MG (figura abaixo). Neste 
caso, a legislação mineira atribui ao estabelecimento da refinaria de petróleo a responsabilidade 
pela retenção e recolhimento do ICMS devido nas subsequentes saídas até o consumidor final. 
 
Fig. 1 - Operação interna com gasolina automotiva 
 
Refinaria de Petróleo - MG Distribuidora de Combustíveis - MG Posto Revendedor - MG 
Consumidor Final 
 Substituto Tributário Contribuinte Substituído 1 Contribuinte Substituído 2 
 
Significa, de modo resumido, que, na primeira saída do produto do estabelecimento 
industrial (refinaria), o total do valor do ICMS devido até a venda da gasolina pelo posto 
revendedor de combustíveis, varejista o consumidor final, já terá sido calculado e cobrado 
antecipadamente do primeiro adquirente. A refinaria fabricante, no prazo previsto, deverá 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 4 
recolher o montante do ICMS/ST, apurado separadamente do imposto devido pelas próprias 
operações, e do "ICMS normal" devido ao Estado de Minas Gerais. Portanto, quando 
distribuidor realizar a venda da gasolina ao posto revendedor, esta operação, inclusive a 
venda ao consumidor final, não mais estará sujeita à incidência do ICMS mediante apuração 
débitoIcrédito. 
 
No tocante à substituição tributária relativa às operações antecedentes, ou "para trás" (ST 
(T)), ou regressivo, há autores que afirmam se tratar de "diferimento" do pagamento do 
imposto. Para fins de aplicação da legislação tributária mineira, a resposta da DLT (atual 
DOLT) à Consulta de contribuinte n° 068/2000, MG de 30.05.2000, esclarece didaticamente 
tal diferença: 
 
− A substituição tributária ocorre quando a responsabilidade pelo recolhimento aos cofres 
públicos de determinado tributo é transferida, por substituição, do devedor tributário, 
aquele que realizou o fato gerador do tributo, para um segundo contribuinte, determinado 
ou autorizado pelo fisco. Neste caso, o responsável pelo recolhimento, ou seja, o substituto 
obriga-se pelo exato valor devido pelo substituído; 
− O diferimento é a transferência do lançamento e do recolhimento do tributo devido em 
determinada operação ou prestação para operação ou prestação posterior, cabendo ao 
contribuinte que realizar aquela que venha a encerrar a possibilidade da transferência 
recolher a totalidade do tributo, incluindo o devido pela sua operação ou prestação, bem 
como pelas anteriores. No diferimento, a quantia a ser recolhida ou debitada pelo 
contribuinte que realizar a última operação, ou aquela que encerrar a fase do diferimento, 
será calculada tomando-se por base o valor apurado e devido apenas nessa, o que, pelo 
princípio constitucional da não cumulatividade e, uma vez que, não havendo lançamento 
nas etapas anteriores, não há a possibilidade de apropriação do respectivo crédito, acaba 
por englobar os valores do tributo devidos em cada uma das etapas anteriores da cadeia 
de circulação econômica do produto ou serviço. 
 
Quanto à substituição tributária dita "concomitante", ou "paralela", refere-se, por exemplo, 
à responsabilidade do contribuinte "D/C", tomador de serviço de transporte rodoviário de 
carga, quanto ao recolhimento do ICMS devido pelo transportador (art. 4°, Parte 1 – Anexo 
VIII). Não há exigência de imposto relativo à prestação antecedente ou subsequente. De 
modo semelhante, nas operações de compra e venda realizadas por intermédio de Bolsa de 
Cereais e Mercadorias, conveniada com a Central de Registro S/A. No encerramento do 
diferimento do pagamento do imposto, caberá ao armazém-geral, na condição de substituto, 
a responsabilidade pelo recolhimento do imposto (art. 94 da Parte 1 - Anexo IX). A 
responsabilidade do sujeito passivo por substituição, nestes casos, aplica-se à operação ou 
prestação que acontece naquele exato momento. Daí também ser conhecida por "ST 
instantânea". 
 
2 – DISPOSIÇÕES DE ÂMBITO NACIONAL SOBRE O ICMS ST 
 
Com base na legislação, pode-se concluir que o instituto da "ST" é antigo no ordenamento 
jurídico brasileiro, tendo sido previsto, por exemplo, nas normas infraconstitucionais abaixo: 
− Código Tributário Nacional - Lei nº. 5.172/66, conforme é possível se depreender do 
já revogado art. 58, § 2º, II; 
− Ato complementar nº. 34/67; 
− Decreto-lei na. 406/68; e 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 5 
− Lei Complementar na. 44/83. 
 
2.1 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Na Constituição Federal de 1988, a substituição tributária, na acepção ampla, está prevista 
no artigo 150, § 7°, redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93, que 
autoriza os entes públicos nacionais (federal, estadual e municipal), mediante lei, à cobrança 
antecipada de imposto ou contribuição decorrente de fato gerador futuro (substituição 
tributária "para frente" - ST (F)). 
 
"Art. 150 - ( ... ) 
§ 7° - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável 
pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato 
gerador presumido. ” 
 
No aspecto restrito ao campo do ICMS, a CF/88, no inciso XII do § 2° do art. 155, determina 
que a lei complementar disponha sobre a substituição tributária: 
 
"Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - ( ... ); 
II - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte Interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior; 
( ... ) 
§ 2° - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
( ... ) 
XII - cabe à lei complementar: 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; ” 
 
2.1 – LEI COMPLEMETAR 87/96 
No âmbito nacional, consoante determina a Constituição Federal, a substituição tributária 
está definida na Lei Complementar n° 87, de 13/09/96, publicada no Diário Oficial da União 
em 16/09/96, a qual, segundo a sua Ementa: 
 
"Dispõe sobre o sobre operações sobre prestações intermunicipal e imposto dos Estados e do 
Distrito Federal relativas à circulação de mercadorias e de serviços de transporte interestadual e de 
comunicação, e dá outras providências." 
 
Anteriormente à vigência da LC 87/96, o instituto da substituição tributária era muito 
contestado pelos contribuintes. Para se eximir de suas obrigações de retenção e recolhimento 
do ICMS/ST, alegavam a falta da norma infraconstitucional legal prevista na CF/88- lei 
complementar. Na época, o ICMS/ST era regulado pelo Convênio ICM 66/88, que aprovou as 
normas constantes de seu Anexo único, destinadas a regular provisoriamente o ICMS. 
Alegavam, os litigantes, que o Convênio 66/88 não teria o condão de suprir a falta da lei 
complementar. Não obstante, reiteradas decisões judiciais, inclusive em última instância, 
foram favoráveis aos entes públicos contestados. 
 
Da Lei Complementar 87/96, podemos extrair as determinações basilares que fundamentam 
a cobrança do ICMS nas operações internas e interestaduais com mercadorias sujeitas à 
substituição tributária: 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 6 
 
Art. 6
o Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a 
responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto 
tributário. 
 § 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou 
mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao 
valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações 
que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte 
do imposto. 
 § 2o A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços 
previstos em lei de cada Estado. 
Art. 7º Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato 
gerador do imposto, a entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em 
outro por ele indicado. 
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será: 
 I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação 
ou prestação praticado pelo contribuinte substituído; 
 II - em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo somatório das parcelas 
seguintes: 
 a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo 
substituído intermediário; 
 b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis 
aos adquirentes ou tomadores de serviço; 
 c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações 
subsequentes. 
 § 1º Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações 
antecedentes, o imposto devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo 
responsável, quando: 
 I – da entrada ou recebimento da mercadoria, do bem ou do serviço; 
 II - da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não tributada; 
 III - ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do 
pagamento do imposto. 
 § 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, 
seja fixado por órgão público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição 
tributária, é o referido preço por ele estabelecido. 
 § 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei 
estabelecer como base de cálculo este preço. 
 § 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput será estabelecida com base em 
preços usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por 
amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades 
representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados, 
devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei. 
 § 5º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese do inciso II do caput, 
corresponderá à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as 
operações ou prestações internas do Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor 
do imposto devido pela operação ou prestação própria do substituto. 
 § 6o Em substituição ao disposto no inciso II do caput, a base de cálculo em relação às 
operações ou prestações subsequentes poderá ser o preço a consumidor final usualmente praticado 
no mercado considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de 
livre concorrência, adotando-se para sua apuração as regras estabelecidas no § 4o deste artigo. 
Art. 9º A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de 
acordo específico celebrado pelos Estados interessados. 
 § 1º A responsabilidade a que se refere o art. 6º poderá ser atribuída: 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 7 
 I - ao contribuinte que realizar operação interestadual com petróleo, inclusive lubrificantes, 
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, em relação às operações subsequentes; 
 II - às empresas geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, nas operações internas e 
interestaduais, na condição de contribuinte ou de substituto tributário, pelo pagamento do imposto, 
desde a produção ou importação até a última operação, sendo seu cálculo efetuado sobre o preço 
praticado na operação final, assegurado seu recolhimento ao Estado onde deva ocorrer essa 
operação. 
 § 2º Nas operações interestaduais com as mercadorias de que tratam os incisos I e II do 
parágrafo anterior, que tenham como destinatário consumidor final, o imposto incidente na 
operação será devido ao Estado onde estiver localizado o adquirente e será pago pelo remetente. 
Art. 10. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago 
por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. 
 § 1º Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o 
contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, 
devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo. 
 § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte 
substituído, no prazo de quinze dias da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos 
lançados, também devidamente atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis. 
 
2.3 – CONVÊNIOS E PROTOCOLOS ICMS 
De acordo com o art. 100, IV, do Código Tributário Nacional (CTN), os Convênios que entre si 
celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são normas complementares 
das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos. 
 
O art. 9° da lei Complementar 87/96, determina que a adoção do regime de substituição 
tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico celebrado pelas 
unidades da Federação. Conforme o interesse dos envolvidos, estes acordos podem ser definidos 
como Convênios e Protocolos ICMS. 
 
2.3.1 - CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA - CONFAZ 
A Lei Complementar 24/75, além de dispor sobre as normas gerais aplicáveis aos convênios 
celebrados Entre as unidades da Federação, criou o Conselho Nacional de Política Fazendária 
(Confaz). 
 
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) é um colegiado vinculado ao Ministério da 
Fazenda, constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (representando o Governo Federal) e 
pelos Secretários de Fazenda, Tributação ou Finanças (representando o Governo das unidades da 
Federação). 
 
O Confaz tem a finalidade de, entre as demais atribuições e disposições contidas no seu 
Regimento (Convênio ICMS 133/97): 
− Promover a celebração de convênios concedendo ou revogando benefícios fiscais do 
ICMS nos termos da referida lei; 
− Sugerir medidas visando a simplificação e a harmonia de exigências legais objetivando 
reduzir despesas decorrentes de obrigações tributárias acessórias, com reflexos 
favoráveis no custo de comercialização de mercadorias e serviços; 
− Promover estudos e sugerir alterações visandoo aperfeiçoamento do Sistema 
Tributário Nacional, como mecanismo de desenvolvimento econômico e social, nos 
aspectos de inter-relação entre tributações federal e estadual. 
 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 8 
A Comissão Técnica Permanente do ICMS (COTEPE/ICMS) é um Colegiado constituído por 04 
representantes do Ministério da Fazenda (o presidente da COTEPE/ICMS, 01 representante da 
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, 01 da Secretaria da Receita Federal e 01 da Secretaria do 
Tesouro Nacional) e um representante do Distrito Federal e de cada Estado. Foi criada com a 
finalidade de, entre as demais conferidas pelo seu Regimento (Resolução Confaz n° 03/97): 
− Dar apoio técnico ao Confaz nos assuntos que lhe são pertinentes; 
− Coordenar os trabalhos relacionados com a política e a administração do ICMS, visando 
ao estabelecimento de medidas uniformes no tratamento deste tributo em todo o 
território nacional; 
− Opinar sobre questões relacionadas com a aplicação das normas previstas no Sistema 
Integrado de Informações Econômicas - Fiscais (SINIEF); 
− Assessorar o Ministro da Fazenda e os Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito 
Federal em assuntos e diretrizes básicas sobre a política do ICMS. 
 
De acordo com o art. 100, IV, do Código Tributário Nacional (CTN), Convênio celebrado entre as 
unidades da Federação é uma das espécies de normas complementares das leis, dos tratados e 
das convenções internacionais e dos decretos. 
 
Conforme determina o art. 9° da Lei Complementar 87/96, a adoção do regime de substituição 
tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados 
interessados. Conforme o interesse das unidades da Federação envolvidas, estes acordos podem 
ser definidos como Convênios e Protocolos ICMS. 
 
2.3.2 - CONVÊNIOS ICMS 
De modo geral, em se tratando de substituição tributária, os Convênios ICMS obrigam os 
contribuintes estabelecidos nas unidades da Federação signatárias ao cumprimento de seus 
dispositivos. Suas determinações entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação da 
ratificação do mesmo no Diário Oficial da União, salvo disposição em contrário. 
 
O art. 4° da Lei Complementar na 24/75 dispõe que "Dentro do prazo de 15 (quinze) dias 
contados da publicação dos convênios no Diário Oficial da União e independentemente de 
qualquer outra comunicação, o Poder Executivo de cada Unidade da Federação publicará decreto 
ratificando ou não os convênios celebrados, considerando-se ratificação tácita dos convênios a 
falta de manifestação no prazo assinalado neste artigo". 
 
A ratificação de Convênios ou Protocolos ICMS celebrados com fundamento na referida Lei 
Complementar tem ocorrido, pelo Estado de Minas Gerais, normalmente de forma tácita, porém 
quando há interesse em antecipar a vigência inicial dos mesmos (data da ratificação nacional), é 
feita de forma expressa, conforme acordado pelas unidades Federadas. 
 
Os Convênios ratificados "obrigam" todas as Unidades da Federação, inclusive as que, 
regularmente convocadas, não se tenham feito representar na reunião. Não obstante, podem 
dispor que a aplicação de qualquer de suas cláusulas seja limitada a uma ou a algumas Unidades 
da Federação. 
Para efeitos práticos, visando o assunto - ICMS/ST - que estamos analisando, a classificação 
tradicionalmente usada para os Convênios é a seguinte: 
− Autorizativos: autorizam as unidades da Federação à implementação do disposto em 
suas cláusulas. 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 9 
− Determinativos: atribuem o cumprimento de suas cláusulas a todas as unidades da 
Federação que o ratificarem. 
 
Caso a unidade da Federação, após ratificar determinado Convênio ICMS, não tenha mais 
interesse em continuar participando do mesmo, deverá formalizar a sua denúncia. 
 
2.3.3 - PROTOCOLOS ICMS 
Dois ou mais Estados e Distrito Federal poderão celebrar entre si Protocolos, estabelecendo 
procedimentos comuns visando à implementação de políticas fiscais, a permuta de informações 
e fiscalização conjunta, a fixação de critérios, para elaboração de pautas fiscais e outros assuntos 
de interesse dos mesmos. 
 
Os Protocolos não se prestarão ao estabelecimento de normas que aumentem, reduzam ou 
revoguem benefícios fiscais. Apenas as unidades da Federação signatárias são obrigadas ao 
cumprimento de suas determinações, porém todas deverão concordar com seus termos. 
Eventual e posteriormente outros Estados poderão optar por sua adesão, com a possibilidade de 
sua exclusão ou reintegração conforme conveniência dos interessados. 
 
2.4 – CONVÊNIO ICMS 142/2018 
O Convênio ICMS 142/2018, de 19/12/2018, estabelece as normas gerais a serem aplicadas a 
regimes de Substituição tributária instituídos por Convênios e Protocolos firmados entre os 
Estados e o Distrito Federal, relativamente às operações interestaduais. 
 
As determinações do Convênio ICMS 142/2018, além de outras, versam sobre: 
− Listagem dos produtos passiveis de aplicação do regime (cláusula 7ª); 
− Sujeito passivo por substituição (cláusula 8ª); 
− Não aplicação da substituição tributária (cláusula 9ª); 
− Sistemática de cálculo (cláusula 10ª); 
− Recolhimento do imposto retido (cláusula 14º); 
− Ressarcimento (cláusula 15ª); 
− Inscrição do sujeito passivo por substituição junto à Fazenda da unidade da Federação 
destinatária das mercadorias (cláusula 17ª); 
− Obrigações acessórias, tais como: 
o Forma de emissão do documento fiscal (cláusula 20ª); 
o Apresentação de arquivos magnéticos: SINTEGRA, GIA-ST e DESTDA 
(cláusula 21ª). 
− Industrial produtor em escala industrial não relevante (cláusula 22ª); 
− Formas de apuração e fixação do MVA e PMPF (cláusulas 23ª e 24ª); 
− Cumprimento das normas da legislação da unidade da Federação de destino da 
mercadoria (cláusula 28ª); 
− Fiscalização do estabelecimento responsável pela retenção do ICMS/ST (cláusula 29ª); 
 
2.4.1 - SUJEITO PASSIVO POR SUBSTITUIÇÃO (cláusula oitava) 
A qualidade de sujeito passivo por substituição é atribuída ao contribuinte que realizar 
operações interestaduais com as mercadorias a que se referem os correspondentes Convênios 
ou Protocolos, ficando responsável pela retenção e recolhimento do imposto em favor do 
Estado destinatário, ainda que o imposto já tenha sido retido anteriormente. 
Portanto, o que define a responsabilidade pela substituição tributária é a realização, por 
contribuinte do ICMS, de operação interestadual com mercadoria sujeita ao regime da 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 10
substituição tributária (responsabilidade objetiva), de acordo com o respectivo Convênio ou 
Protocolo ICMS. 
Regra geral, tal obrigação é atribuída ao estabelecimento industrial, que, neste estudo, 
denominamos de sujeito passivo originário, e ao importador. 
 
Trata-se, assim, de uma obrigação objetiva em relação à espécie de mercadoria envolvida. 
Basta que a mercadoria esteja sujeita à substituição tributária para que o contribuinte que 
efetuar a respectiva operação interestadual destinada à comercialização, ou uso ou consumo ou 
ativo permanente, pelo estabelecimento destinatário seja o responsável pelo pagamento do 
ICMS/ST, conforme os termos do respectivo Convênio ou Protocolo ICMS. 
 
2.4.2 - INSCRIÇÃO DE SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO (cláusula décima sétima) 
A cláusula decima sétima do Convênio ICMS 142/2018, efeitos a partir de 01.01.2019, deixa a 
critério do órgão fazendário da UF de destino da mercadoria a possibilidade da concessão de 
inscrição no respectivo cadastro de contribuintes, na qualidade de substituto tributário, ao sujeito 
passivo previsto no respectivo Convênio ou Protocolo. 
Entretanto o RICMS/2002 prevê que o sujeito passivo por substituição domiciliado em outra 
unidade da Federação DEVERÁ inscrever-se no Cadastro de Contribuintes do ICMS de MG 
(art. 40 da Parte 1 do Anexo VIII). 
 
Trata-se, portanto, de ato discricionário da administração de cada UF, não necessariamente umdireito do contribuinte. No entanto já houve casos de, em a administração ter negado a concessão 
da inscrição, a empresa interessada obtê-la por via judicial. 
 
Depois de concedida à inscrição, o seu número deverá constar de todos os documentos dirigidos à 
UF destinatária, inclusive da GNRE. Com a concessão da inscrição, a empresa passa a ter o direito a 
proceder a apuração do imposto dentro do período previsto pela respectiva UF, sem a 
necessidade do recolhimento a cada operação. 
 
O recolhimento do ICMS/ST retido, no caso de Minas Gerais, deve ser feito até o dia 09 do mês 
subsequente ao da apuração, exceto para os produtos previstos no Convênio ICMS 03/99 
(combustíveis, lubrificantes e outros produtos), até o dia 10. 
 
Em contrapartida, está sujeita também ao cumprimento de obrigações acessórias, como por 
exemplo, manter suas informações cadastrais atualizadas, transmitir a GIA-ST e o arquivo 
eletrônico previsto no Convênio ICMS 57/95, etc. 
 
Enquanto não for concedida a inscrição ao sujeito passivo por substituição, ou esse não 
providenciá-la, deverá efetuar o recolhimento do imposto devido ao Estado destinatário, em 
relação a cada operação, por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - 
GNRE, por ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento, devendo uma via acompanhar 
o seu transporte (§ 2° da cláusula sétima). 
 
2.4.3 - DESTAQUE DO VALOR DO ICMS/ST NA NOTA FISCAL (cláusula vigésima) 
A nota fiscal emitida pelo sujeito passivo por substituição deverá conter, além das indicações 
normalmente exigidas pela legislação tributária (especificação, quantidade, embalagem, valor 
unitário e total da mercadoria, destaque do ICMS próprio, etc.), o valor da base de cálculo para a 
retenção e o valor do imposto retido. 
 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 11
A inobservância do destaque do ICMS/ST no campo próprio da nota fiscal implica a exigência do 
imposto de acordo com o que dispuser a legislação tributária da unidade da Federação de destino 
da mercadoria (falta de retenção). 
 
2.4.4 - INAPLlCABILlDADE DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (cláusula nona) 
Regra geral, a substituição tributária não se aplica às: 
I. Operações interestaduais que destinem bens e mercadorias submetidas ao regime de 
substituição tributária a estabelecimento industrial fabricante do mesmo bem e mercadoria; 
II. Transferências interestaduais promovidas entre estabelecimentos do remetente, exceto 
quando o destinatário for estabelecimento varejista; 
III. Operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento industrial para 
emprego em processo de industrialização como matéria-prima, produto intermediário ou 
material de embalagem, desde que este estabelecimento não comercialize o mesmo bem ou 
mercadoria; 
IV. Operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento localizado em 
unidade federada que lhe atribua a condição de substituto tributário em relação ao ICMS 
devido na operação interna; 
V. Operações interestaduais com bens e mercadorias produzidas em escala industrial não 
relevante, nos termos deste convênio. 
 
Ficam as unidades federadas de destino autorizadas a não aplicar o regime nas operações entre 
estabelecimentos de empresas interdependentes, exceto se o destinatário for varejista. 
 
Não se considera industrialização a modificação efetuada no bem ou na mercadoria pelo 
estabelecimento comercial para atender à especificação individual do consumidor final. 
 
O disposto no inciso IV somente se aplica a partir do primeiro dia do primeiro mês subsequente ao 
da disponibilização, pelas unidades federadas, em seus respectivos sítios na internet, do rol dos 
contribuintes e respectivos segmentos de bens, mercadorias ou itens, detentores de regimes 
especiais de tributação que lhes atribuam a responsabilidade, na condição de substituto tributário, 
pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas operações subsequentes. 
 
2.5 – OUTRAS NORMAS DE ÂMBITO NACIONAL SOBRE O ICMS/ST 
 
2.5.1 - DEFINITIVIDADE E RESTITUIÇÃO DO ICMS/ST 
O CONVÊNIO ICMS 13/97, dispõe sobre a definitividade e casos de restituição do ICMS/ST - 
Harmoniza Procedimento referente a aplicação do § 7º, artigo 150, da Constituição Federal 
e do artigo 10 da Lei Complementar 87/96. 
 
2.5.2 - GUIA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E APURAÇÃO DO ICMS/ST - GIA-ST 
O Ajuste SINIEF 04/93, em sua cláusula décima instituiu a Guia Nacional de Informação e 
Apuração do ICMS Substituição Tributária - GlA-ST, utilizada para a informação e apuração 
do ICMS devido por substituição tributária à unidade federada diversa daquela do domicílio 
fiscal do substituto. 
 
A GIA-ST deve ser apresentada por transmissão eletrônica de dados ou em meio magnético, 
a critério da unidade federada favorecida, após ser validada pelo programa de computador 
aprovado pela COTEPE/ICMS (§ 5° da cláusula décima do Ajuste SINIEF 04/93). 
 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 12
3 – TABELA NCM/SH 
 
A partir de 01/01//2007, entrou em vigor no Brasil a nova versão da Nomenclatura Comum do 
Mercosul (NCM) adaptada à IV Emenda do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação 
de Mercadorias, aprovada pelo Conselho de Cooperação Aduaneira (SH-2007). 
 
A adaptação à IV Emenda do Sistema Harmonizado, assim como a correspondente Tarifa 
Externa Comum (TEC), foi aprovada pelo Grupo Mercado Comum, por sua Resolução 70/06, e 
publicada no Brasil pela Resolução CAMEX 43, de 22/12/2006. Esta Resolução da CAMEX 
incorporou também as modificações da NCM e da TEC decididas no âmbito do Mercosul pelas 
Resoluções GMC 42/06 e 68/06. 
Tais alterações referem-se tão somente à reclassificação e desdobramentos de códigos. Isto 
não implica, salvo melhor juízo, em modificação quanto ao tratamento tributário dispensado 
pela legislação do ICMS às mercadorias relacionadas na Parte 2 do Anexo VIII do RICMS/02, 
uma vez que não houve alteração no produto objeto da substituição tributária. 
 
Como as novas alterações da Tabela NCM/SH ainda não foram recepcionadas pela legislação 
tributária mineira, de acordo com orientação da SUTRI, os códigos constantes da Parte 2 do 
Anexo VIII, por enquanto, permanecem com a redação vigente até 31/12/2006. 
 
O Sistema Harmonizado é um método internacional de classificação de mercadorias baseado 
em uma estrutura de códigos e respectivas descrições. Foi criado para promover o 
desenvolvimento do comércio internacional, assim como aprimorar a coleta, a comparação, a 
análise das estatísticas, particularmente as do comércio exterior, além de facilitar as 
negociações comerciais internacionais. 
 
A composição dos códigos do Sistema Harmonizado, formado por seis dígitos, permite que 
sejam atendidas as especificidades dos produtos, tais como: origem, matéria constitutiva e 
aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível de 
sofisticação das mercadorias. 
 
De acordo com informações obtidas no endereço eletrônico na Internet da Secretaria 
de Comércio Exterior - SECEX, o Sistema Harmonizado (SH) abrange: 
− Nomenclatura - Compreende 21 seções, composta por 97 capítulos, além das Notas 
de Seção, de Capítulo e de Subposição. Os capítulos, por sua vez, são divididos em 
posições e subposições, atribuindo-se códigos numéricos a cada um dos 
desdobramentos citados. Enquanto o Capítulo 77 foi reservado para uma eventual 
utilização futura no SH, os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais 
pelas Partes Contratantes. O Brasil, por exemplo, utiliza o Capítulo 99 para registrar 
operações especiais na exportação; 
− Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado – Estabelecem as 
regras gerais de classificação das mercadorias na Nomenclatura; 
− Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) – Fornecem esclarecimentos e 
interpretam o Sistema Harmonizado, estabelecendo, detalhadamente, o alcance e 
conteúdo da Nomenclatura. 
 
Na classificação de mercadorias é fundamental que sejam consideradas, quandohouver, as 
Notas de Seção e Notas de Capítulo. Nas Seções que constam Notas, estas estão ao final da 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 13
descrição da Seção. As Notas de Capítulo antecedem os códigos e descrições de cada um 
deles. 
 
As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) compreendem as Notas de Seção, de 
Capítulo e de Subposição. Trata-se de material extenso e pormenorizado que estabelece, 
detalhadamente, o alcance e conteúdo da Nomenclatura abrangida pelo SH. 
 
Da mesma forma que o Sistema Harmonizado, as NESH são preparadas, revistas e atualizada 
pela OMA - Organização Mundial das Alfândegas, que regularmente promove alterações nas 
notas com vistas a ampliar e ajustar a abrangência das posições e subposições da 
nomenclatura. 
 
A NESH contém várias características em seu texto que facilitam o uso e a consulta de forma 
universal das posições e subposições da nomenclatura. Todo o trabalho é publicado, 
oficialmente, em quatro volumes, que devem respeitar a mesma divisão de capítulos adotada 
pela OMA, como também a numeração e o conteúdo das páginas. 
 
Além de refletir a interpretação oficial do Sistema Harmonizado, no decorrer do seu texto são 
encontrados comentários e exemplos que possibilitam eliminar diversas dúvidas sobre o 
conteúdo e a abrangência dos textos das posições e subposições. 
 
As Notas Explicativas são divulgadas nos idiomas inglês e francês, que são as duas línguas 
oficiais da OMA. A partir dessa divulgação, técnicos da Secretaria da Receita Federal, 
representando o Brasil, e da Direção-Geral das Alfândegas, representando Portugal, 
encarregam-se de promover a devida tradução para o idioma português. 
 
A preparação das Notas Explicativas, bem como outros guias para a interpretação do Sistema 
Harmonizado, é uma das funções do Comitê do Sistema Harmonizado, que é composto por 
representantes dos países que adotam o SH. 
 
A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes Regras Gerais para a 
Interpretação do Sistema Harmonizado, que ora resumimos: 
1. Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os 
efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de 
Seção e de Capítulo e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas 
posições e Notas, pelas Regras seguintes. 
2. Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange (...) igualmente o 
artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das disposições 
precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar. 
3. ( ... ) 
4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima 
enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes. 
5. ( ... ) 
6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, 
para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, 
assim como, "mutatis mutandis" (mudando-se o que se deve mudar), pelas Regras 
precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. 
 
3.1 – ESTRUTURA DO CODIGO NCM/SH 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 14
O Código NCM atual de uma mercadoria é composto por oito dígitos: os seis primeiros são 
formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a 
desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do MERCOSUL. 
 
A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM/NCM) 
obedece à seguinte estrutura: 
 
Exemplo: Código NCM 9405.10.92 Lustres de vidro 
 
Capitulo (2 primeiros dígitos 
do SH) 
94 Móveis; mobiliário médico-cirurgião; colchões, 
almofadas e semelhantes; aparelhos de iluminação 
não especificados nem compreendidos em outros 
Capítulos; anúncios, cartazes ou tabuletas e placas 
indicadoras, luminosos e artigos semelhantes; 
construções pré-fabricadas 
Posição (4 primeiros dígitos 
do SH) 
9405 Aparelhos de iluminação (incluídos os projetores) e 
suas partes, não especificados nem compreendidos 
em outras posições; anúncios, cartazes ou tabuletas 
e placas indicadoras luminosos, e artigos 
semelhantes, contendo uma fonte luminosa fixa 
permanente, e suas partes não especificadas nem 
compreendidas em outras posições. 
Subposição (6 primeiros 
dígitos do SH) 
9405.10 -Lustres e outros aparelhos elétricos de iluminação, 
próprios para serem suspensos ou fixados no teto 
ou na parede, exceto os dos tipos utilizados na 
iluminação pública 
Item (7º Digito NCM) 9405.10.9 Outros 
Subitem (8º Digito NCM) 9405.10.92 De vidro 
 
Observações 
a) Os termos e as expressões assinaladas com asterisco (*) na tabela da NBM são de 
utilização corrente em Portugal; 
b) O termo "Ex" é utilizado na Tabela de Incidência do IPI - TIPI para estabelecer, no âmbito 
de cada código, uma determinação específica exclusiva para a descrição da mercadoria 
destacada, em relação ao código NBM a que pertence. 
 
4 – APLICAÇÃO DA NBM/SH NA LEGISLAÇÃO DO ICMS ST 
 
Encontramos atualmente na legislação do ICMS/ST, em nível federal, a classificação de 
mercadorias de acordo com a NBM nas duas situações: pelo sistema de classificação adotado 
até de 31 de dezembro de 1996 (10 dígitos) e pelo sistema de classificação adotado a partir 
de 1° de janeiro de 1997 (8 dígitos). 
 
Em reiteradas respostas de consultas formuladas por contribuintes, a DOET/SUTRI tem se 
pronunciado no sentido que a aplicação da substituição tributária estabelecida na Parte 2 do 
Anexo VIII do RICMS/2002, tem por condições cumulativas: 
− Encontrar-se o produto classificado no código citado; e 
− Enquadrar-se na descrição contida no subitem respectivo daquela Parte 2 do Anexo 
referido (Consulta de Contribuinte nº 078/2006). 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 15
De um modo mais prático, de acordo com orientação da Superintendência de Tributação, 
através da Diretoria de Gestão de Projetos, para determinarmos os produtos sujeitos ao 
ICMS/ST, devemos utilizar os seguintes critérios: 
− Quando a descrição da mercadoria relacionada no respectivo Subitem da Parte 2 
do Anexo VIII do RICMS/2002 corresponde exatamente à redação da NBM, todos 
os produtos abrangidos pelo código NBM previsto estão na ST. 
− Quando a descrição da mercadoria é diferente da redação da NBM, o legislador 
quis limitar a incidência da ST apenas à mercadoria descrita, ou seja, a ST não se 
estende a todas as mercadorias classificadas no código. É limitada àquela 
especificada. 
 
Portanto, a chave para verificar se um produto está sujeito à ST, ou não, é: 
− Inicialmente analisar a tabela da NBM. Se o código do produto na NBM não estiver 
listado em algum subitem da Parte 2 do Anexo VIII, não está na ST. 
− Se o código estiver listado em algum subitem da Parte 2 do Anexo VIII, temos de 
comparar a descrição da mercadoria no respectivo subitem da Parte 2, com a 
redação original da NBM: 
o Se a redação for coincidente, todos os produtos com aquela 
classificação estão sujeitos à ST; 
o Se a redação for diferente, o legislador quis limitar a aplicação da ST 
apenas à mercadoria descrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 16
ICMS ST – MINAS GERAIS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Aos Estados e ao Distrito Federal é permitido, pela Constituição da República Federativa do Brasil, 
instituir o regime de Substituição Tributária do ICMS em relação às operações de circulação de 
mercadorias e às prestações de serviços de transporte intermunicipal e interestadual e de 
comunicação, devendo ser assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso 
não se realize o fato gerador presumido. 
 
2. CONCEITO 
 
Na área do ICMS, a chamada SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA é a atribuição, por força de lei estadual, a 
determinado contribuinte ou a depositário a qualquer título, da responsabilidade pela retenção e 
recolhimento do impostoaos cofres da respectiva unidade da Federação. 
 
O contribuinte responsável pela retenção e recolhimento do imposto é denominado SUBSTITUTO 
e aquele do qual o ICMS é retido intitula-se SUBSTITUÍDO. 
 
3. PRINCÍPIOS BÁSICOS 
 
A responsabilidade pelo pagamento de obrigação tributária alheia, por outrem, que não o exato 
contribuinte, pode ser legalmente atribuída a esse outrem, estranho à realização da hipótese de 
incidência, mas a ela ligado pela proximidade a tal hipótese. 
 
O substituto assume a posição do contribuinte natural, calculando o tributo, descontando-o do 
pagamento do titular e recolhendo-o ao Erário Público nos prazos estabelecidos. 
 
O CTN - Código Tributário Nacional, em seu artigo 128, dispõe que: 
“A lei pode atribuir, de modo expresso, a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, 
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte 
ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
” 
 
Como vimos, muito embora o CTN não faça menção expressa à figura do substituto, o referido 
artigo 128 autoriza a previsão do mesmo em lei. 
 
Tem-se presente à figura do substituto tributário quando o legislador exclui inteiramente o 
contribuinte, como tal entendido aquele cuja capacidade contributiva é evidenciada pelo fato 
gerador, ou, por outras palavras, aquele que tem relação pessoal e direta com o fato gerador. 
 
É indispensável à caracterização do substituto a existência de regra legal garantindo a este o 
direito de haver do contribuinte o valor do tributo. 
 
Na substituição, em virtude de dispositivo expresso de lei, a obrigação tributária é vinculada, 
desde logo, ou melhor, dizendo, desde o seu surgimento, a pessoa diversa daquela que tem 
relação pessoal e direta com o respectivo fato gerador, ou seja, o contribuinte, ficando este 
liberado de qualquer relação com o Fisco, embora sujeito ao ônus econômico do tributo. 
 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 17
Operações Antecedentes, Concomitantes ou Subsequentes 
O art. 6º da Lei Complementar n° 87/96 descreve que a responsabilidade por substituição 
tributária poderá ser atribuída em relação a imposto incidente sobre uma ou mais operações ou 
prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes. 
• Substituição tributária em operações antecedentes - Aplica-se a substituição tributária na 
modalidade antecedente, quando o imposto devido pelo remetente ou alienante da 
mercadoria ficar sob a responsabilidade do destinatário. Diz-se substituição tributária 
"para trás". 
• Substituição tributária em prestações concomitantes - Aplica-se a substituição tributária 
na modalidade concomitante, quando, por exemplo, o recolhimento do imposto devido 
pelo prestador de serviço de transporte rodoviário de carga ficar sob a responsabilidade do 
alienante ou do remetente por ocasião da saída da mercadoria, em relação à prestação 
realizada. 
• Substituição tributária em operações subsequentes - Aplica-se a substituição tributária na 
modalidade subsequente, quando o recolhimento do imposto devido pelo adquirente ou 
destinatário da mercadoria, nas sucessivas operações até o consumidor final, ficar sob a 
responsabilidade do alienante ou remetente da mercadoria. Diz-se, comumente, 
substituição tributária "para frente". 
• Vedação - Para fins de recolhimento do imposto, é vedada a compensação de débito 
relativo à substituição tributária com qualquer crédito do imposto decorrente de entrada 
de mercadoria ou de utilização de serviço. 
 
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais 
operações ou prestações, sejam estes antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao 
valor decorrente da diferença entre alíquotas internas e interestadual nas operações e prestações 
que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte 
do ICMS. Ocorre a substituição tributária, quando o recolhimento do imposto devido pelo: 
1º) Pelo alienante ou remetente da mercadoria ou pelo prestador de serviço de transporte ou de 
comunicação, ficar sob a responsabilidade do adquirente ou do destinatário da mercadoria ou 
do usuário do serviço; 
2º) Pelos adquirentes ou destinatários da mercadoria, pelas operações subsequentes, ficar sob a 
responsabilidade do alienante ou do remetente da mercadoria; 
3º) Pelo adquirente ou destinatário da mercadoria ficar sob a responsabilidade do alienante ou do 
remetente, nas hipóteses de entrada ou recebimento em operação interestadual de: 
a. Mercadoria para uso, consumo ou ativo permanente; 
b. Petróleo, de lubrificante e combustível líquido ou gasoso dele derivados ou de energia 
elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização do próprio 
produto, ainda que o adquirente ou destinatário não seja inscrito como contribuinte 
deste Estado; 
4º) Pelo prestador do serviço de transporte ficar sob a responsabilidade do alienante ou do 
remetente da mercadoria ou de outro prestador de serviço; 
5º) Pelo depositante da mercadoria, em operações anteriores ou subsequentes, ficar sob a 
responsabilidade do depositário. 
 
Também ocorrerá o recolhimento do imposto por substituição tributária nas seguintes hipóteses: 
a) Sobre a saída de produtos hortifrutigranjeiros, ovos e frutas, quando promovidas pelo 
produtor rural a estabelecimento industrial situado no estado; 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 18
b) A empresa transportadora de carga inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS deste 
Estado, excepcionado no caso de transporte Intermodal, pelo pagamento do serviço de 
transporte devido por terceiros no caso de subcontratação; 
c) A empresa de oura unidade da federação geradora ou distribuidora de energia elétrica, nas 
operações com destino a consumidor final localizando neste estado; 
d) O contribuinte situado em outra unidade da Federação que a este Estado petróleo, lubrificante 
e combustível líquido ou gasoso dele derivados, não destinados a comercialização ou a 
industrialização do próprio produto. 
 
A substituição tributária, além das hipóteses previstas, poderá ser atribuída a outro contribuinte 
ou a categoria de contribuintes, inclusive entidade representativa de produtores rurais, mediante 
regime especial definido neste Regulamento ou concedido pelo diretor da Superintendência de 
Tributação. 
 
Na hipótese de pedido de regime especial realizado por contribuinte situado em outra unidade da 
Federação para atribuir-lhe, nas remessas das mercadorias submetidas ao regime de substituição 
tributária relacionadas na Parte 2 do Anexo VIII, para estabelecimento de contribuinte deste 
Estado, a responsabilidade, na condição de sujeito passivo por substituição, o titular da Diretoria 
de Gestão Fiscal da Superintendência de Fiscalização poderá autorizar, provisoriamente, até a 
decisão do pedido, a retenção e recolhimento do imposto pelo interessado. 
 
Na hipótese de pedido de regime especial formulado por contribuinte importador, para a retenção 
do imposto devido por substituição tributária no momento da saída da mercadoria do 
estabelecimento, o titular da Diretoria de Gestão Fiscal da Superintendência de Fiscalização 
poderá autorizar, provisoriamente, até a decisão do pedido, que a retenção do imposto devido por 
substituição tributária se dê no momento da saída da mercadoria do estabelecimento. 
 
Para os efeitos de substituição tributária, o contribuinte mineiro que promover operação 
interestadual observará a legislação da unidade da Federação de localização do estabelecimento 
destinatário. 
 
Lei Definirá Mercadorias e Serviços 
A atribuição dessa responsabilidade terá que se formalizar em relação a mercadorias ou serviços 
previstos na lei de cada Estado ou do Distrito Federal. No Estado de MG está disposto na Tabela 
“E” da Lei 6.763/75. 
 
O âmbito de aplicação do regime de substituição tributária é interno relativamente às operações 
com mercadoriasprovenientes de unidades da Federação constantes da coluna “Exceções” dos 
capítulos da Parte 2 do Anexo VIII. 
 
O regime de substituição tributária alcança somente as mercadorias constantes dos itens 
vinculados aos respectivos capítulos nos quais estão inseridas. As mercadorias passíveis de 
sujeição ao regime de substituição tributária relativo às operações subsequentes são todas as 
mercadorias relacionadas na Parte 2 do Anexo VIII, nos termos do Convênio ICMS 52, de 07 de 
agosto de 2017 
 
As mercadorias submetidas ao regime de substituição tributária relativo às operações 
subsequentes neste Estado são apenas aquelas para as quais foi instituído tal regime, conforme o 
âmbito de aplicação constante da Parte 2 do Anexo VIII. 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 19
De conformidade com a alteração promovida na Lei Complementar 123/2006, feita pela Lei 
Complementar 147/2014, para as empresas optantes pelo simples nacional será aplicando o 
regime de substituição tributária, tributação concentrada em uma única etapa (monofásica) e 
sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto com encerramento de tributação, 
as operações envolvendo: 
• Combustíveis e lubrificantes; 
• Energia elétrica; 
• Cigarros e outros produtos derivados do fumo; 
• Bebidas; 
• Óleos e azeites vegetais comestíveis; 
• Farinha de trigo e misturas de farinha de trigo; 
• Massas alimentícias; 
• Açúcares; 
• Produtos lácteos; 
• Carnes e suas preparações; 
• Preparações à base de cereais; 
• Chocolates; 
• Produtos de padaria e da indústria de bolachas e biscoitos; 
• Sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas; 
• Cafés e mates, seus extratos, essências e concentrados; 
• Preparações para molhos e molhos preparados; 
• Preparações de produtos vegetais; 
• Rações para animais domésticos; 
• Veículos automotivos e automotores, suas peças, componentes e acessórios; 
• Pneumáticos; 
• Câmaras de ar e protetores de borracha; 
• Medicamentos e outros produtos farmacêuticos para uso humano ou veterinário; 
• Cosméticos; 
• Produtos de perfumaria e de higiene pessoal; 
• Papéis; 
• Plásticos; 
• Canetas e malas; 
• Cimentos; 
• Cal e argamassas; 
• Produtos cerâmicos; 
• Vidros; 
• Obras de metal e plástico para construção; 
• Telhas e caixas d’água; 
• Tintas e vernizes; 
• Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos; 
• Fios; 
• Cabos e outros condutores; 
• Transformadores elétricos e reatores; 
• Disjuntores; 
• Interruptores e tomadas; 
• Isoladores; 
• Para-raios e lâmpadas; 
• Máquinas e aparelhos de ar-condicionado; 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 20
• Centrifugadores de uso doméstico; 
• Aparelhos e instrumentos de pesagem de uso doméstico; 
• Extintores; 
• Aparelhos ou máquinas de barbear; 
• Máquinas de cortar o cabelo ou de tosquiar; 
• Aparelhos de depilar, com motor elétrico incorporado; 
• Aquecedores elétricos de água para uso doméstico e termômetros; 
• Ferramentas; 
• Álcool etílico; 
• Sabões em pó e líquidos para roupas; 
• Detergentes; 
• Alvejantes; 
• Esponjas; 
• Palhas de aço e amaciantes de roupas; 
• Venda de mercadorias pelo sistema porta a porta; 
• Nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária pelas operações anteriores; e 
• Nas prestações de serviços sujeitas aos regimes de substituição tributária e de antecipação de 
recolhimento do imposto com encerramento de tributação. 
 
Produtos Fabricados por Contribuinte Industrial em Escala Não Relevante 
Em relação aos produtos abaixo, aplica-se a substituição tributária se os produtos forem 
fabricados em escala industrial relevante em cada segmento. 
1 Bebidas não alcoólicas; 
2 Massas alimentícias; 
3 Produtos lácteos; 
4 Carnes e suas preparações; 
5 Preparações à base de cereais; 
6 Chocolates; 
7 Produtos de padaria e da indústria de bolachas e biscoitos; 
8 Preparações para molhos e molhos preparados; 
9 Preparações de produtos vegetais; 
10 Telhas e outros produtos cerâmicos para construção; 
11 Detergentes. 
 
Tal previsão se estenderá a todas operações subsequentes à fabricação das mercadorias ou bens 
em escala não relevante até o consumidor final. 
 
As mercadorias constantes dos capítulos da Parte 3 do Anexo VIII considerar-se-ão fabricadas em 
escala industrial não relevante quando produzidas por microempresa que atenda, 
cumulativamente, às seguintes condições: 
a) Ser optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições 
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional -, instituído 
pela Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006; 
b) Auferir, no exercício anterior, receita bruta igual ou inferior a R$ 180.000,00 (cento e oitenta 
mil reais); 
c) Possuir estabelecimento único; 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 21
d) Ser credenciada pela Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais. 
 
O bem ou mercadoria deixa de ser considerado como fabricado em escala não relevante na 
hipótese de o contribuinte não atender qualquer das condições anteriores. Neste caso, as 
operações com a mercadoria ou bem ficam sujeitas aos regimes da substituição tributária a partir 
do primeiro dia do segundo mês subsequente ao da ocorrência. 
 
4. CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – CEST 
 
O Convênio ICMS 142/2018 estabelece a sistemática de uniformização e identificação das 
mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação 
de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às operações 
subsequentes. 
 
Esta norma ser aplicada a todos os contribuintes do ICMS, optantes ou não pelo Regime Especial 
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples Nacional. 
 
O regime de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do ICMS com 
encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes, aplica-se às mercadorias ou 
bens constantes nos Anexos II a XXIX deste convênio. 
 
Aplicam-se os regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto 
independentemente de a mercadoria, bem, ou seus respectivos segmentos estarem relacionados 
nos Anexos I a XXIX deste convênio nas operações de venda de mercadorias ou bens pelo sistema 
porta a porta. 
 
Ao instituir os regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do ICMS com 
encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes com as mercadorias e bens 
listados nos anexos, a legislação interna da respectiva unidade federada deverá reproduzir, para 
os itens que adotar, os códigos CEST, NCM/SH e respectivas descrições constantes nos anexos II a 
XXIX. 
 
A exigência não obsta o detalhamento do item adotado por marca comercial, na hipótese de a 
unidade federada eleger como base de cálculo do imposto devido por substituição tributária ou de 
antecipação do recolhimento do ICMS com encerramento de tributação, o preço usualmente 
praticado no mercado, nos termos do § 4º do art. 8º da Lei Complementar 87/96. 
 
O Código Especificador da Substituição Tributária – CEST identifica a mercadoria passível de 
sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto, 
relativos às operações subsequentes. 
 
Nas operações com mercadorias ou bens listados nos Anexos II a XXIX deste convênio, o 
contribuinte deverá mencionar o respectivo CEST no documento fiscal que acobertar a operação, 
ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição 
tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto, a partir de 01/07/2017. 
 
O CEST é composto por 7 (sete) dígitos, sendo que: 
I – O primeiro e o segundo correspondem ao segmento da mercadoria ou bem; 
II – O terceiro ao quinto correspondem ao item de um segmento de mercadoria ou bem; 
III – O sexto e o sétimo correspondem à especificação do item. 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 22
 
Considera-se:a) Segmento: o agrupamento de itens de mercadorias e bens com características assemelhadas 
de conteúdo ou de destinação, conforme previsto no Anexo I deste convênio; 
b) Item de Segmento: a identificação da mercadoria, do bem ou do agrupamento de mercadorias 
ou bens dentro do respectivo segmento; 
c) Especificação do Item: o desdobramento do item, quando a mercadoria ou bem possuir 
características diferenciadas que sejam relevantes para determinar o tratamento tributário 
para fins dos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto. 
 
As operações que envolvam contribuintes que atuem na modalidade porta a porta devem 
observar o CEST previsto no Anexo XXIX, ainda que as mercadorias estejam listadas nos Anexos II a 
XXVIII deste convênio 
 
A identificação e especificação dos itens de mercadorias e bens em cada segmento, bem como 
suas descrições com as respectivas classificações na Nomenclatura Comum do Mercosul / Sistema 
Harmonizado – NCM/SH, estão tratadas nos Anexos II a XXIX deste convênio, observada a relação 
constante na alínea “a” do inciso XIII do § 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 123, de 14 de 
dezembro de 2006. 
 
Na hipótese de a descrição do item não reproduzir a correspondente descrição do código ou 
posição utilizada na NCM/SH, os regimes de substituição tributária ou de antecipação do 
recolhimento do ICMS com encerramento de tributação serão aplicáveis somente às mercadorias 
ou bens identificados nos termos da descrição contida neste convênio. 
 
ANEXO I 
SEGMENTOS DE MERCADORIAS 
(Inciso I da cláusula sexta do Convênio ICMS 142/18) 
ITEM NOME DO SEGMENTO CÓDIGO DO SEGMENTO 
01 Autopeças 01 
02 Bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope 02 
03 Cervejas, chopes, refrigerantes, águas e outras bebidas 03 
04 Cigarros e outros produtos derivados do fumo 04 
05 Cimentos 05 
06 Combustíveis e lubrificantes 06 
07 Energia elétrica 07 
08 Ferramentas 08 
09 Lâmpadas, reatores e “starter” 09 
10 Materiais de construção e congêneres 10 
11 Materiais de limpeza 11 
12 Materiais elétricos 12 
13 Medicamentos de uso humano e outros produtos farmacêuticos 
para uso humano ou veterinário 
13 
14 Papéis, plásticos, produtos cerâmicos e vidros 14 
15 Pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha 16 
16 Produtos alimentícios 17 
17 Produtos de papelaria 19 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 23
18 Produtos de perfumaria e de higiene pessoal e cosméticos 20 
19 Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos 21 
20 Rações para animais domésticos 22 
21 Sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas 23 
22 Tintas e vernizes 24 
23 Veículos automotores 25 
24 Veículos de duas e três rodas motorizados 26 
25 Venda de mercadorias pelo sistema porta a porta 28 
 
Local de Entrega das Mercadorias é Relevante 
Para efeitos da exigência do ICMS pelo regime de Substituição Tributária, devemos incluir, 
também, como fato gerador do imposto, as hipóteses de entrada de mercadoria ou bem no 
estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado. 
 
5. TRIBUTAÇÃO DOS ESTOQUES 
 
A Secretaria de Estado da Fazenda, por intermédio da Resolução 4.855/2015, que disciplina a 
apuração do estoque de mercadorias e do respectivo imposto, em decorrência da inclusão ou da 
exclusão das mesmas no regime de substituição tributária, para os fins de pagamento ou de 
restituição. Será aplicada: 
I. Aumento ou redução da carga tributária após a retenção, apuração ou pagamento do imposto 
devido a título de substituição tributária; 
II. Concessão ou de cassação, revogação, não renovação ou qualquer outra circunstância que 
interrompa a vigência de regime especial de tributação de atribuição da responsabilidade, na 
condição de substituto tributário, pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas saídas 
subsequentes. 
 
Definições 
a) Mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária é a mercadoria para a qual foi 
instituído o regime de substituição tributária neste Estado, conforme âmbito de aplicação, 
dentre a relação das mercadorias passíveis de substituição tributária constantes da Parte 2 do 
Anexo VIII do Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 43.080, de 13 de 
dezembro de 2002, observado o disposto no art. 31; 
b) Percentual de margem de valor agregado (MVA) estabelecido para a mercadoria sujeita ao 
regime de substituição são os constantes da Parte 2 do Anexo VIII do RICMS; 
c) Base de cálculo estabelecida pela legislação para cálculo do imposto devido a título de 
substituição tributária é a fixada na Parte 1 do Anexo VIII do RICMS ou aquela determinada no 
regime especial de tributação de atribuição da responsabilidade, na condição de substituto 
tributário, pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas saídas subsequentes; 
d) Microempresa ou empresa de pequeno porte é a sociedade empresária, a sociedade simples, a 
empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da 
Lei Federal nº 10.406/2002 - Código Civil -, devidamente registrados no Registro de Empresas 
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, que esteja enquadrada 
no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional - e que aufira receita bruta 
anual, apurada na forma prevista em regulamento, igual ou inferior ao sublimite estabelecido 
no § 4º do art. 19 da Lei Complementar Federal nº 123/2006; 
e) Considera-se aumento de carga tributária a majoração ou restabelecimento de alíquota ou 
diminuição da redução de base de cálculo estabelecida para a operação com a mercadoria, 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 24
ocorrido após a retenção, apuração ou pagamento do imposto devido a título de substituição 
tributária; 
f) Considera-se redução de carga tributária a redução de alíquota, a concessão de redução de 
base de cálculo ou seu incremento, ocorrida após a retenção, apuração ou pagamento do 
imposto devido a título de substituição tributária. 
 
Para efeitos do disposto no inciso “a”, considera-se mercadoria sujeita a substituição tributária 
aquela constante da Parte 2 do Anexo VIII do RICMS. 
 
Inaplicabilidade da Tributação dos Estoques 
Não se aplica a regra de tributação dos estoques ao estabelecimento industrial fabricante 
responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela retenção e pelo recolhimento 
do ICMS devido nas operações subsequentes com a mercadoria. 
 
Apuração do ICMS Relativo ao Estoque de Mercadorias 
1º) Mercadorias Ingressando no Regime ST 
O contribuinte que possuir em seu estabelecimento mercadorias cujas operações passaram a ser 
alcançadas pelo regime de substituição tributária deverá: 
I. Inventariar o estoque de mercadorias existente no estabelecimento ao final do dia anterior à 
mudança do regime de tributação; 
II. Calcular o imposto devido a título de substituição tributária, aplicando a alíquota estabelecida 
para a mercadoria em operação interna sobre o valor obtido na forma seguinte: 
a) Na hipótese em que a legislação estabeleça como base de cálculo o preço médio 
ponderado a consumidor final (PMPF), o resultado da multiplicação da quantidade da 
mercadoria em estoque pelo respectivo PMPF; 
b) Na hipótese em que a legislação estabeleça como base de cálculo o preço final a 
consumidor fixado por órgão público competente ou o preço final a consumidor sugerido 
ou divulgado pelo industrial, pelo importador ou por entidade representativa dos 
respectivos segmentos econômicos, o resultado da multiplicação da quantidade da 
mercadoria em estoque pelo respectivo preço; ou 
c) na hipótese em que a legislação estabeleça como base de cálculo o valor encontrado 
mediante utilização de percentual de MVA, o resultado da multiplicação da quantidade da 
mercadoria em estoque pelo preço médio ponderado de aquisição apurado com 
fundamento nos documentos fiscais que acobertaram as últimasentradas até a 
quantidade de mercadorias existente em estoque, adicionado da parcela resultante da 
aplicação sobre o referido montante do percentual de MVA estabelecido para a 
mercadoria. 
A microempresa ou a empresa de pequeno porte, independentemente da modalidade de base de 
cálculo estabelecida pela legislação para a mercadoria, apurará o imposto devido a título de 
substituição tributária aplicando a alíquota estabelecida para a mercadoria em operação interna 
sobre o valor resultante da multiplicação da quantidade da mercadoria em estoque pelo preço 
médio ponderado de aquisição apurado com fundamento nos documentos fiscais que 
acobertaram as últimas entradas até a quantidade de mercadorias existente em estoque e pelo 
percentual de MVA estabelecido para a mercadoria. 
Também se considera em estoque a mercadoria cuja saída do estabelecimento remetente tenha 
ocorrido até o dia anterior à mudança do regime de tributação e a entrada no estabelecimento 
destinatário tenha ocorrido sem a retenção ou recolhimento do imposto a título de substituição 
tributária. 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 25
2º) Mercadorias Com Aumento de Carga Tributária 
O contribuinte também deverá apurar o ICMS relativo às mercadorias em estoque na hipótese de: 
I. Aumento de carga tributária, inclusive aquela decorrente da implementação do adicional de 
alíquota para fins do disposto no § 1º do art. 82 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias da Constituição da República (ADCT), situação em que: 
a) Será inventariado o estoque de mercadorias existente no estabelecimento ao final do 
dia anterior àquele em que passou a vigorar o aumento de carga tributária; 
b) O imposto será apurado aplicando-se o percentual relativo ao aumento de carga 
tributária sobre o valor total das respectivas bases de cálculo utilizadas para o cálculo 
do ICMS devido por substituição tributária; 
II. Cassação, revogação, não renovação ou qualquer outra circunstância que interrompa a 
vigência de regime especial de tributação de atribuição da responsabilidade, na condição de 
substituto tributário, pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas saídas subsequentes, 
situação em que: 
a) Deverá apurar o saldo do ICMS ST, se houver, no campo 14 do registro E210 da 
Escrituração Fiscal Digital (EFD), na data: 
1. Da intimação do contribuinte sobre a revogação, a cassação ou a não renovação do 
regime especial, exceto na hipótese do item 3; 
2. Do pedido de renúncia ou desistência do regime especial pelo contribuinte; 
3. De término do regime especial, na hipótese de não renovação do regime por 
decurso do prazo. 
b) Deverá inventariar o estoque de mercadorias existente no estabelecimento no prazo 
especificado na alínea “a”, identificando, para cada mercadoria, o preço de aquisição mais 
recente, desde que não seja inferior ao valor do preço médio ponderado de aquisição da 
mesma mercadoria no mês antecedente ao inventário; 
c) Deverá calcular o imposto devido a título de substituição tributária, na forma prevista 
abaixo. Considera-se em estoque, também, a mercadoria cuja saída do estabelecimento 
remetente tenha ocorrido no dia anterior ao do aumento da carga tributária ou no prazo 
previsto na alínea “a” do inciso II e a entrada no estabelecimento destinatário ocorra após 
a referida data sem a devida retenção ou o recolhimento do imposto a título de 
substituição tributária. 
 
Na impossibilidade de identificação da correspondência das mercadorias com os respectivos 
documentos fiscais para a totalização do valor da base de cálculo de que trata a alínea “b” do 
inciso I, deverá ser utilizado o valor médio ponderado da base de cálculo do ICMS ST apurada com 
fundamento nos documentos fiscais que acobertaram as últimas entradas até a quantidade de 
mercadorias existente em estoque. 
 
Na hipótese de que trata a alínea “b” do inciso II, se o preço de aquisição mais recente for inferior 
ao valor do preço médio ponderado de aquisição da mesma mercadoria no mês anterior ao 
inventário, este deverá ser considerado. 
 
O contribuinte deverá calcular o imposto devido a título de substituição tributária, de que trata a 
alínea “c” do inciso II do art. 5º, da seguinte forma: 
I. Sem prejuízo do disposto no Anexo II do RICMS, a alíquota a ser utilizada será aquela 
estabelecida para a mercadoria em operação interna a consumidor final, aplicada sobre o valor 
obtido, na forma seguinte: 
a) Na hipótese em que a legislação estabeleça como base de cálculo o PMPF, o resultado da 
multiplicação da quantidade da mercadoria em estoque pelo respectivo PMPF; 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO E RESSARCIMENTO 
 26
b) Na hipótese em que a legislação estabeleça como base de cálculo o preço final a 
consumidor fixado por órgão público competente ou o preço final a consumidor sugerido 
ou divulgado pelo industrial, pelo importador ou por entidade representativa dos 
respectivos segmentos econômicos, o resultado da multiplicação da quantidade da 
mercadoria em estoque pelo respectivo preço; ou 
c) Na hipótese em que a legislação estabeleça como base de cálculo o valor encontrado 
mediante utilização de percentual de MVA, o resultado da multiplicação da quantidade da 
mercadoria em estoque pelo preço de aquisição mais recente, adicionado da parcela 
resultante da aplicação sobre o referido montante do percentual de MVA estabelecido 
para a mercadoria nas operações interestaduais ou aquela ajustada à alíquota 
interestadual aplicável; 
II. Da soma dos valores encontrados na forma do inciso I, deverá ser deduzido o ICMS 
correspondente à mercadoria, destacado na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) emitida; 
III. Se da apuração do campo 14 do registro E210 da EFD, resultar saldo credor, o contribuinte 
poderá utilizar o referido saldo para abater do débito do imposto devido a título de 
substituição tributária, apurado na forma do inciso II. 
 
O contribuinte que adota o regime normal de apuração do imposto e que possua saldo credor no 
período anterior à mudança do regime de tributação poderá utilizar o referido valor para abater 
do débito do imposto devido por substituição tributária, calculado na forma do item “1º”, até o 
limite deste. A dedução aqui prevista não se aplica na hipótese de aumento de carga tributária. 
 
Forma e Prazo de Pagamento do Imposto 
O imposto devido nos termos da Resolução 4.855/2015 e seus acréscimos, se for o caso, serão 
recolhidos em agência bancária credenciada, por meio de Documento de Arrecadação Estadual 
(DAE) distinto, emitido: 
• Pelo contribuinte, em se tratando de pagamento integral; 
• Pela repartição fazendária, em se tratando de parcelamento. 
 
É vedado o parcelamento do imposto devido decorrente da implementação do adicional de 
alíquota para fins do disposto no § 1º do art. 82 do ADCT, bem como o decorrente de cassação, 
revogação, não renovação ou qualquer outra circunstância que interrompa a vigência de regime 
especial de tributação de atribuição da responsabilidade, na condição de substituto tributário, 
pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas saídas subsequentes. 
 
O contribuinte que efetuar o pagamento de forma integral preencherá o DAE informando o código 
de receita 320-2 (ICMS Outros - Comércio - Outros). 
 
Relativamente ao imposto devido decorrente da implementação do adicional de alíquota para fins 
do disposto no § 1º do art. 82 do ADCT, o contribuinte preencherá o DAE informando o código de 
receita 309-5 (Fundo de Erradicação da Miséria - FEM - por operação). 
 
O recolhimento do imposto devido será efetuado até a data estabelecida para o pagamento do 
imposto devido pelas operações próprias promovidas no segundo mês subsequente ao: 
a) De início da vigência do novo regime de tributação; 
b) Do aumento de carga tributária; ou 
c) Do dia posterior ao término da vigência do regime especial de tributação de atribuição da 
responsabilidade, na condição de substituto tributário, pela retenção e recolhimento do ICMS 
devido pelas saídas subsequentes. 
ICMS ST – RESTITUIÇÃO

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