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ARTIGO ESTUPRO DE VULNERÁVEL - 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE DIREITO
Gabriela Fradico Diniz Lucas 
Pollyana Maciel Sales
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Uma análise do Estupro de Vulnerável à luz dos crimes contra a dignidade sexual, e da alteração
trazida pela Lei nº 13.718/18 
Contagem/MG 
2021
Gabriela Fradico Diniz Lucas e Pollyana Maciel Sales
ESTUPRO DE VULNERÁVEL – Uma análise do Estupro de Vulnerável à luz dos crimes
contra a dignidade sexual, e da alteração trazida pela Lei 13.718/18 
Artigo científico apresentado ao curso
de Direito, da faculdade UNA de
Contagem.
Orientadora: Profa. Adriana Cortopassi
Contagem/MG
2021
RESUMO
O “crime contra os costumes”, conceituado como o que era adequado em termos de pudor
público passa a se chamar, de acordo com a Lei nº 12.015/2009, “crime contra a dignidade
sexual”, buscando a adaptação ao modo de vida atual. O chamado estupro de vulnerável é
crime previsto no art. 2017-A do Código Penal Brasileiro e é caracterizado pela conjunção
carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos, ou com aqueles que por
deficiência mental ou qualquer outra causa, não tem discernimento ou não pode oferecer
resistência à prática do ato sexual. O presente artigo trata dos casos de estupro de vulnerável,
analisando aspectos da vulnerabilidade absoluta e relativa, sob a perspectiva doutrinária, e da
alteração trazida pela Lei nº 13.718/18, em que os crimes contra a dignidade sexual deixam de
ser crimes de ação pública condicionada, para ser ação de pública incondicionada. Trata ainda
da chamada “revolução sexual” ocorrida no Brasil, e da aceitação da sociedade perante a
mídia no que tange aos conteúdos que despertam o interesse sexual da criança mais cedo. Foi
realizada uma análise dos dados de casos concretos e uma demonstração dos indícios de um
abuso sexual e as suas consequências na vida das vítimas.
PALAVRAS CHAVE: Estupro de vulnerável. Dignidade sexual. Revolução sexual. Lei
13.718/18.
4
1. INTRODUÇÃO
O número de casos de estupro tem aumentado significativamente no Brasil.
A fim de contextualizar as possíveis causas desse fato, é importante esclarecer o
conceito de vulnerável, que segundo CAPEZ (2012) “vulnerável é qualquer pessoa em
situação de fragilidade ou perigo”.
O Código Penal conceitua o estupro de vulnerável como a conjunção carnal ou a
prática de outro ato libidinoso com menor de 14 anos, ou ainda, com aquele que por doença
mental ou outra enfermidade seja incapaz de consentir com a prática do ato sexual.
De todos os casos de violência contra crianças no Brasil, grande parte é caracterizada
pelo estupro. De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,
houve um aumento de quase 14% dos casos de violação de direitos de crianças e adolescentes
em 2019, se comparado à 2018. A violência sexual esteve presente em 11% das denúncias, o
que significa um aumento de 0,3% em relação ao ano de 2018.
A Lei nº 13.718/18, especialmente o §5º do artigo 217-A do Código Penal surgiu com
intuito de atenuar as discussões sobre a relativização da vulnerabilidade, e fechar as lacunas
deixadas pela Lei nº 12.015/2009.
Este artigo é de natureza explicativa e tem como objetivo elucidar os desdobramentos
acerca do crime de estupro desde o primeiro Código Criminal, em 1.830 até os dias atuais.
Além disso, pretende-se por meio de levantamento de dados e análise dos aspectos legais e
doutrinários discutir sobre a importância de um entendimento pacificado.
5
2. HISTÓRICO DO CRIME DE ESTUPRO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
O crime de estupro na legislação brasileira sofreu diversas alterações desde que foi
instituído pela primeira vez, no Código Criminal do Império em 1830.
Tal código instituía o crime de estupro em seu artigo 222, vejamos: 
Art. 222. Ter copula carnal por meio de violencia, ou ameaças, com qualquer mulher
honesta.
Penas - de prisão por tres a doze annos, e de dotar a offendida.
Se a violentada fôr prostituta.
Penas - de prisão por um mez a dous annos. (BRASIL, 1830)
É perceptível que havia certa discriminação com a mulher prostituta, ou seja, o
indivíduo que praticasse com ela ato sexual mediante violência, não precisava ser tão
severamente punido, já que a mulher teria como meio de sobrevivência o comércio do próprio
corpo para fins sexuais.
Posteriormente, Código Penal Republicano, do ano de 1940, estabeleceu uma pena
ainda menor para aquele que cometesse o crime de estupro. Contudo, o legislador definiu o
crime de Estupro em seu artigo 269 “O ato pelo qual o homem, abusa com violência de uma
mulher, sendo ela virgem ou não”. 
Em 1932 começou a ser elaborada uma primitiva ideia do estupro de vulnerável, pois
o artigo 269 passou a considerar a violência não só como o emprego da força física, como
também de meios ardis que privassem a mulher de suas faculdades psíquicas e por
consequência, de sua capacidade de resistir.
O Código Penal como conhecemos, surgiu em 1940, e trouxe consigo os “Crimes
contra os costumes” e “Crimes contra a dignidade sexual”. Entretanto, o nosso Código ainda
considerava que somente a mulher poderia ser vítima do crime de estupro.
Somente com o advento da Lei nº 12.015/2009 o artigo 213, que trata do crime de
estupro, passou a atentar que qualquer pessoa pode ser vítima de estupro.
Surgiu ainda, o instituto do “Estupro de Vulnerável”, o qual será tratado adiante.
Em consonância à Lei nº 12.015/2009, os chamados “crimes contra os costumes’’
passaram a ser chamados de crimes contra a dignidade sexual, buscando adaptação à
6
legislação e às novas tendências vindas do desenvolvimento das relações interpessoais e à
própria Constituição.
A alteração do nome não se limita ao sentimento de repulsa e indignação social a esse
tipo de conduta, mas também à efetiva lesão da dignidade sexual de quem sofre esse tipo de
agressão.
3. DO ESTUPRO DE VULNERÁVEL
O estupro de vulnerável previsto no Art. 217-A do Código Penal é definido como:
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
(catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência.
§ 2º (VETADO)
§ 3oSe da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4oSe da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
§ 5º As penas previstas no capute nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se
independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido
relações sexuais anteriormente ao crime. (BRASIL, 1940)
Vejamos que o parágrafo primeiro do artigo supracitado considera como estupro de
vulnerável a conduta de abusar da pessoa que por enfermidade, ou doença mental, não tiver
discernimento necessário para a prática de atos sexuais.
3.1. ELEMENTOS DO TIPO
No crime de estupro de vulnerável, o bem jurídico tutelado é a dignidade sexual tanto
do menor de quatorze anos, quanto do enfermo mental, ou daquele que não tenha
discernimento, ainda que momentâneo, para a prática do ato sexual. Acerca disso,
BITTENCOURT (2012) explica:
Na realidade, na hipótese de crime sexual contra vulnerável, não se pode falar em
7
liberdade sexual como bem jurídico protegido, pois se reconhece que não há a plena
disponibilidade do exercício dessa liberdade, que é exatamente o que caracteriza sua
vulnerabilidade. (BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 4:
parte especial: dos crimes contra a dignidade sexual até os crimes contra a fé
pública. 6ª ed. São Paulo. Saraiva, 2012. p. 95.)
Relativamente aos sujeitos do crime, qualquerpessoa pode ser configurada como
sujeito ativo, sendo homem ou mulher, inclusive praticando o crime contra pessoa do mesmo
sexo. No mesmo sentido, o sujeito passivo poderá ser qualquer pessoa, desde que se encaixe
no tipo penal descrito no art. 217-A do Código Penal, ou seja, menores de 14 anos, enfermos
mentais, ou ainda, aqueles com incapacidade de consentir com o ato.
Entende-se que o delito de estupro de vulnerável se consuma-se com a prática da
conjunção carnal ou do ato libidinoso, e admite a modalidade tentada, quando o resultado não
ocorre por circunstância alheia à vontade do agente. 
3.2. DA VULNERABILIDADE ABSOLUTA E RELATIVA
A fim de contextualizar a questão da vulnerabilidade, CAPEZ (2017) leciona:
A lei não se refere aqui à capacidade para consentir ou à maturidade sexual da
vítima, mas ao fato de se encontrar em situação de maior fraqueza moral, social,
cultural, fisiológica, biológica etc. (CAPEZ, Fernando. Estupro de Vulnerável e a
contemplação lasciva. Migalhas. 2017)
No mesmo sentido, BITTENCOURT (2012):
Na realidade, o legislador utiliza o conceito de vulnerabilidade para diversos
enfoques, em condições distintas. Esses aspectos autorizam-nos a concluir que há
concepções distintas de vulnerabilidade. (BITTENCOURT, Cezar Roberto. O
conceito de vulnerabilidade e a violência implícita. Revista Consultor Jurídico.
2012)
Conforme o exposto, cabe analisar as duas hipóteses de vulnerabilidade, quais sejam, a
vulnerabilidade absoluta e a relativa.
O legislador trata como vulnerabilidade absoluta aquela que não admite prova em
contrário, e refere-se aos menores de 14 anos, e aos enfermos mentais, ou aqueles que por
qualquer outra causa, não podem oferecer resistência à prática do ato sexual.
No caso da relativização da vulnerabilidade, ou seja, aquela que admite prova em
contrário, antes da Lei nº 13.718/18, eram levados em conta alguns fatores, como leciona
NUCCI (2019):
Em outros termos, poderia haver algum caso concreto em que o menor de 14 anos
tivesse a perfeita noção do que significaria a relação sexual, de modo que estaria
afastada a presunção de violência? Muitas decisões de tribunais pátrios, mormente
8
quando analisavam situações envolvendo menores de 14 anos já prostituídos,
terminavam por afastar a presunção de violência, absolvendo o réu. Seria, então,
uma presunção relativa. (NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal –
Parte Especial – v. 3. Grupo GEN, 2019. p. 55.)
Sendo assim, era demonstrada a “presunção de vulnerabilidade” de forma que a
tipicidade do crime era afastada.
Deste modo, a Lei nº 13.718/18 reduziu as discussões acerca da possibilidade da
presunção relativa de violência e a passou a tratar devidamente o crime de estupro de
vulnerável, sendo a vulnerabilidade sempre absoluta, nos termos do artigo 217-A, parágrafo
5º.
3.2.1. DA IDADE DA VÍTIMA E DA VULNERABILIDADE CARACTERIZADA POR
ENFERMIDADE MENTAL OU OUTRA CAUSA QUE IMPEÇA O OFERECIMENTO
DE RESISTÊNCIA
De acordo com GONÇALVES (2020):
A alteração legislativa relacionada ao crime de estupro de vulnerável não foi bem
aceita por uma minoria, que sempre procura argumentos para impedir a punição
daqueles que mantêm relações sexuais com menores de 14 anos, deficientes mentais
etc. (ex.: que a vítima já tinha experiência sexual). (GONÇALVES, Victor Eduardo
Rios. Esquematizado – Direito Penal – Parte Especial. Editora Saraiva, 2020. p.
633.)
Apesar da minoria referida, o tema já é pacificado na jurisprudência do STJ:
Pacificou-se a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça no sentido de que,
segundo o sistema normativo em vigor após a edição da Lei n. 12.015/09, a
conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos configura o
crime do artigo 217-A do Código Penal independente-mente de grave ameaça ou
violência (real ou presumida), razão pela qual tornou-se irrelevante eventual
consentimento ou autodeterminação da vítima para a configuração do delito” (AgRg
no REsp 1.363.531/MG — Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura — 6a Turma —
julgado em 27-6-2014 — DJe 4-8-2014).
No contexto da enfermidade mental, para MASSON (2014):
A fragilidade da vítima e a amplitude dos efeitos negativos causados à pessoa de
pouca idade, portadora de enfermidade ou deficiência mental ou sem possibilidade e
resistir ao ato sexual, torna o crime de estupro de vulnerável mais grave, justificando-
se a maior reprovabilidade na covardia do agente. (MASSON, Cleber. Direito Penal
Esquematizado, vol. 3: parte especial, arts. 213 a 359-H. - 4. ed. rev. e atual. Editora
MÉTODO, 2014.)
GRECO (2014) define enfermidade mental como “toda doença ou moléstia que
comprometa o funcionamento adequado do aparelho mental”, tendo que ser comprovada
perante perícia a sua real existência, no caso concreto, sob pena de ser uma hipótese
descartada.
9
3.3. DA ALTERAÇÃO TRAZIDA PELA LEI nº 13.718/18
A Lei nº 13.718/2018 aduz: 
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para
tipificar os crimes de importunação sexual e de divulgação de cena de estupro,
tornar pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade
sexual e dos crimes sexuais contra vulnerável, estabelecer causas de aumento de
pena para esses crimes e definir como causas de aumento de pena o estupro coletivo
e o estupro corretivo; e revoga dispositivo do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro
de 1941 (Lei das Contravenções Penais). (BRASIL. LEI N° 13.718, DE 24 DE
SETEMBRO DE 2018) 
Uma das principais alterações trazidas pela Lei n° 13.718/18, está relacionada ao tipo
de ação que será movida contra o agente, que deixa de ser ação penal pública condicionada, e
torna-se ação penal pública incondicionada, ou seja, independe da iniciativa de qualquer
pessoa para ser iniciada.
De acordo com FAVORETTO (2015), a ação penal pública incondicionada “Trata-se
da regra geral do ordenamento jurídico brasileiro, sendo de titularidade do Ministério
Público.”
 No mesmo sentido, o autor conceitua a ação penal pública condicionada: 
A ação penal pública condicionada, trata-se de uma das exceções previstas pelo
ordenamento jurídico, onde o Ministério dependerá em determinados crimes da
representação do ofendido ou da requisição do Ministério da Justiça, sem as
referidas condições de procedibilidade, o ministério público não poderá ingressar
com a ação penal. (FAVORETO, Affonso Celso, Direito Penal Parte Geral e Parte
Especial. São Paulo. Editora RIDEEL, 2015. p. 186)
Assim, quando a ação for promovida pelo Ministério Público, não haverá necessidade
de manifestação de vontade da vítima ou de qualquer outra pessoa interessada, portanto, os
crimes contra a liberdade sexual e os crimes sexuais contra vulnerável tornaram-se de
natureza incondicionada.
Além disso, a nova lei trouxe o crime de divulgação de cena de estupro de vulnerável,
de cena de sexo ou de pornografia. O art. 218-C traz vários núcleos como oferecer, trocar,
disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, e induzir,
se tratando de um único crime mesmo se cometido todos os tipos do núcleo.
Na oportunidade, o legislador ajustou o entendimento quanto à idade da vítima, pois
anteriormente à Lei nº 13.718/18, haviam divergências doutrinárias e jurisprudenciais
relacionadas à presunção de vulnerabilidade.
10
Sendo assim, a lei deu fim à discussão sobre a vulnerabilidade relativa, essencialmente
em razão do parágrafo 5º, do artigo 217-A, onde destaca-se que sendo a vítima menor de 14
anos, ainda que a relação sexual seja consentida ou que esta tenha experiência anterior, será
tipificado o crime de estupro de vulnerável. 
3.4. CASOS CONCRETOS RELACIONADOS AOS MENORES DE 14 ANOS
A vulnerabilidade relativa no tocante à idadeera aceita por uma corrente minoritária,
que defendia o afastamento da tipicidade a depender da situação fática. Neste sentido,
GILABERTE (2020):
Já dizia José Henrique Pierangeli: “Afixação de uma idade como limite de validade
de consentimento é de todo inaceitável, pois o amadurecimento fisiológico de uma
pessoa não segue padrões fixos, variando de indivíduo para indivíduo.
(GILABERTE, Bruno. Crimes contra a dignidade sexual. Rio de Janeiro. Freitas
Bastos Editora, 2020. p. 100)
Na mesma linha, alguns doutrinadores defendiam que deveria ser realizada a avaliação
da vítima através de perícia, com o intuito de apurar a sua imaturidade sexual no momento do
ato, pois, de acordo com tal entendimento, se a vítima fosse menor de 14 anos mas experiente
sexualmente, não havia que se falar no crime de estupro de vulnerável.
É sabido que o bem jurídico tutelado no crime de estupro de vulnerável é a dignidade
sexual dos vulneráveis. Contudo, existem casos em que o menor de 14 anos mantém, por
escolha própria, relacionamentos amorosos e consequentemente relações sexuais. Senão,
vejamos:
PENAL PROCESSUAL PENAL – APELAÇÃO CRIMINAL – ESTUPRO DE
VULNERÁVEL (ART. 217-A, CAPUT, DO CP) – CONDENAÇÃO – APELO
DEFENSIVO – PRESUNÇÃO RELATIVA DE VULNERABILIDADE –
ABSOLVIÇÃO – RECURSO PROVIDO.
1. Em que pese a vítima contar à época dos fatos com 13 (treze) anos de idade, a
hipótese em concreto, por se tratar de situação especial da vida humana, afasta a
maior culpabilidade do apelante e o injusto penal, dificultando o enquadramento
típico e demandando a aplicação do princípio da intervenção mínima e do seu
correlato princípio da ofensividade.
2. In casu, torna-se razoável a flexibilização da presunção de violência prevista no
tipo descrito no art. 217-A do CP, tomando-a por relativa para, assim, admitir como
conduta legítima e juridicamente possível que o acusado e até a própria vítima
possam produzir prova em contrário, em que se constatou a ausência de violência
real e a existência de relacionamento amoroso entre a vítima e o agente,
notadamente diante da notícia de que o casal, desde o início do relacionamento,
demonstra interesse em constituir família, além de manterem-se resguardados de
qualquer outro relacionamento ao aguardarem, resignados, o desfecho do processo
para firmarem a união, apenas obstados pela preocupação e vigília da família da
vítima;
3. Recurso conhecido e provido, à maioria, no sentido de que seja mantido o
11
posicionamento firmado pelo TJPI, para que, no caso concreto, seja afastada a
presunção absoluta de vulnerabilidade e, diante da constatada ausência de violência
real, existência de relacionamento amoroso entre a vítima e o agente, bem como, em
respeito à escolha do casal em constituir família e à maturidade e firmeza da vítima
quanto das suas manifestações de vontade, reformando-se a sentença para fins de
absolvição, ressalvado o posicionamento do relator.
(TJPI | Apelação Criminal Nº 2014.0001.007778-0 | Relator: Des. José Francisco do
Nascimento | 1ª Câmara Especializada Criminal | Data de Julgamento: 03/06/2015 )
Neste diapasão, antes da Lei nº 13.718/18, a jurisprudência admitia a conduta
supramencionada, em razão do exercício da liberdade sexual e sobretudo, no sentido de
reconhecer o adolescente como sujeito de direitos.
3.4.1. PACIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL APÓS A LEI Nº
13.718/18
Com o advento da Lei nº 13.718/18, cessaram as discussões acerca da relativização da
vulnerabilidade relacionada à idade, tendo em vista a proteção especial prevista na
Constituição Federal sobre os direitos da criança e do adolescente, não admitindo-se
correlação entre o desenvolvimento sexual e o início da atividade sexual.
Em se tratando da divergência acerca da idade da vítima, esta era maior no meio
doutrinário. Neste sentido, NUCCI (2021):
A inclusão do § 5.º ao art. 217-A possui o nítido objetivo de tornar claro o caminho
escolhido pelo Parlamento, buscando colocar um fim à divergência doutrinária e
jurisprudencial, no tocante à vulnerabilidade da pessoa menor de 14 anos. Elege-se a
vulnerabilidade absoluta, ao deixar nítido que é punível a conjunção carnal ou ato
libidinoso com menor de 14 anos independentemente de seu consentimento ou do
fato de ela já ter tido relações sexuais anteriormente ao crime. Em primeiro lugar, há
de se concluir que qualquer pessoa com menos de 14 anos, podendo consentir ou
não, de modo válido, leia-se, mesmo compreendendo o significado e os efeitos de
uma relação sexual, está proibida, por lei, de se relacionar sexualmente.
Descumprido o preceito, seu(sua) parceiro(a) será punido(a) (maior de 18, estupro
de vulnerável; menor de 18, ato infracional similar ao estupro de vulnerável). Cai,
por força de lei, a vulnerabilidade relativa de menores de 14 anos. Associa-se a lei
ao entendimento esposado pelo Superior Tribunal de Justiça (Súmula 593). A
segunda parte está enfocando, primordialmente, a prostituição infantojuvenil; afinal,
a norma penal refere-se, de propósito, a relações sexuais (no plural), pretendendo
apontar para a irrelevância da experiência sexual da vítima. Essa experiência, como
regra, advém da prostituição. (NUCCI, Guilherme Souza. Manual de Direito Penal.
Grupo GEN, 2021. p. 797)
No que concerne à jurisprudência, as decisões conflitantes geravam insegurança jurídica
sobre o tema, ou seja, aquele que praticava ato sexual com menor de 14 anos, poderia ou não,
responder pelo crime de estupro de vulnerável, a depender do juízo a que fosse submetido,
portanto, a importância de se pacificar o entendimento jurisprudencial.
Neste sentido, ilustra a jurisprudência:
12
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ESTUPRO DE VULNERÁVEL - ARTIGO
217-A DO CÓDIGO PENAL - ABSOLVIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - AUTORIA
E MATERIALIDADE COMPROVADAS - DOSIMETRIA - PENA-BASE -
REGIME FECHADO - MANUTENÇÃO.
- Demonstradas a materialidade e a autoria do delito estupro de vulnerável praticado
contra sobrinha, não há como acolher o pleito de absolvição com base em
insuficiência de provas.
- Mantém-se a pena aplicada ao agente quando adequada às circunstâncias do delito.
- Diante da quantidade de pena imposta ao réu, deve ser preservado o regime
fechado, nos termos do artigo 33, § 2º, alínea "a", do Código Penal. (TJMG - 
Apelação Criminal 1.0223.12.026224-9/001, Relator(a): Des.(a) Maurício Pinto
Ferreira , 8ª CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 21/05/2020, publicação da
súmula em 25/05/2020)
Pode-se inferir da jurisprudência supracitada dois importantes aspectos, quais sejam, a
palavra da vítima como meio de prova, e a desnecessidade de perícia para comprovação do
crime. Além disso, no caso em tela, o acusado arguiu em sede de defesa, que a vítima já tinha
experiência sexual anterior, o que em nada importa para fins de condenação por estupro de
vulnerável, nos termos da Lei 13.718/18.
3.5. ALGUNS DADOS DA VIOLÊNCIA SEXUAL NO BRASIL
A violência sexual, sobretudo aquela cometida contra crianças e adolescentes pode
ocorrer dentro de casa, ou na comunidade onde o jovem está inserido, podendo ser inclusive
praticada por pessoas próximas à vítima.
De acordo com dados de 2020 da OMS (Organização Mundial da Saúde), no mundo, 1
em cada 2 jovens com idade entre 2 e 17 anos sofre alguma violência todos os anos. A
estimativa é de que 58% dos jovens na América Latina e 61% na América do Norte, sofreram
determinado tipo de abuso no último ano.
Segundo o Fórum Nacional de Segurança Pública, no ano de 2018 foram registrados
mais de 66.000 casos de estupro no Brasil, dos quais 81.8% foram cometidos contra mulheres,
sendo que 53.8% destes foram praticados contra menores de 13 anos, o que resulta em uma
média de 4 meninas de até 13 anos estupradas a cada hora.
4. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SEXUALNA PREVENÇÃO DO ABUSO
SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
É sabido que o assunto “sexo” ainda é um tabu nos lares de muitas famílias no Brasil.
Contudo, há uma grande diferença entre sexo e sexualidade. O termo sexo remete ao ato
sexual em si, ao passo que a sexualidade trata-se de uma figura universal, que é desenvolvida
naturalmente ao longo da vida, tendo em vista as experiências obtidas por meio do convívio
social. 
13
Sendo a sexualidade um fato inerente ao ser humano, faz-se extremamente importante a
discussão sobre o tema, sobretudo com crianças e adolescentes, com o intuito de promover a
informação, visto que nessa fase acontecem as descobertas do próprio corpo. Neste contexto,
a criança deve aprender sobre as suas partes íntimas, sua privacidade e sobre o respeito às
outras pessoas e as suas individualidades. 
Sendo assim, de acordo com o portal EDUCA MUNDO (2019):
Atualmente, o lugar mais propício é na escola. Estima-se que grande
parte dos casos são identificados por professores e funcionários da
escola, denunciados pro conselho tutelar para o Ministério Público.
Por isso é de extrema importância que os professores consigam
abordar esse tipo de assunto dentro da sala de aula, com o objetivo de
os alunos aprenderem a diferença de afeto e abuso, a conhecerem o
próprio corpo e poderem se defender de uma possível violência
sexual. (Equipe Educa Mundo. A importância da educação sexual a
crianças e adolescentes na escola. Educa Mundo – Educação sem
fronteiras. 2019)
Neste sentido, por meio da educação sexual, as crianças aprendem os nomes dos órgãos
genitais, as suas funcionalidades, e consequentemente, podem com mais facilidade identificar
e relatar um abuso, e ainda, aprender como evitar doenças sexualmente transmissíveis, além
de gestações indesejadas.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A alteração trazida pela Lei nº 13.718/2018, principalmente no que concerne ao crime
de estupro de vulnerável teve como objetivo harmonizar os entendimentos doutrinários e
jurisprudenciais, tendo em vista que a Lei nº 12.015/2009 havia deixado brechas para a
relativização da vulnerabilidade.
É sabido que desde a concepção do Código Penal de 1940 a sociedade brasileira passou
por diversas mudanças, dentre elas sociais e culturais. Diante disso, houve a necessidade de se
adequar a legislação ao modo de vida atual. 
Apesar de ser o entendimento minoritário, ainda havia quem defendesse a
vulnerabilidade relativa, nos casos em que a vítima já tinha alguma experiência sexual, ou
ainda, que consentisse com a prática do ato, mesmo em tenra idade. 
Como resultado das alterações socioculturais, a Lei nº 13.718/2018 foi de suma
importância a fim de cessar as discussões sobre a possibilidade da prática de relações sexuais
com menores de 14 anos. Além disso, gerou segurança jurídica sobre o tema, fazendo com
que todos os tribunais decidam no mesmo sentido.
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Ademais, a ação pertinente ter se tornado de natureza pública incondicionada, a palavra
da vítima ser admitida como meio de prova e a desnecessidade de perícia a fim apurar a
maturidade sexual daquele que sofre o estupro, são uma espécie de conquista para a legislação
pátria.
Além disso, percebemos o quanto a violência sexual cresceu no Brasil, mesmo diante da
alteração legislativa retratada. 
Neste sentido, tendo em vista que os abusos ocorrem em todas as classes sociais e em
todas as regiões do país, faz-se necessária a criação de políticas públicas no enfrentamento à
violência sexual contra crianças e adolescentes, dentre elas, a inserção da educação sexual nos
currículos escolares, a fim de que desde cedo as crianças aprendam sobre os seus corpos e
sobre o respeito consigo e com os demais.
Por fim, conclui-se que o estupro de vulnerável não deve ser tratado somente como um
problema legislativo, mas sim como um problema social que merece a devida atenção com o
intuito de preservar a vida e a dignidade das vítimas.
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	CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
	INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
	CURSO DE DIREITO
	ESTUPRO DE VULNERÁVEL
	RESUMO
	1. INTRODUÇÃO
	O crime de estupro na legislação brasileira sofreu diversas alterações desde que foi instituído pela primeira vez, no Código Criminal do Império em 1830.
	Tal código instituía o crime de estupro em seu artigo 222, vejamos:
	Art. 222. Ter copula carnal por meio de violencia, ou ameaças, com qualquer mulher honesta.
	3. DO ESTUPRO DE VULNERÁVEL

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