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Histologia do sistema digestório Aluna: Loren Montanha Costa - Prof: Edson Rabelo - Medicina - 2º período 2020.2 Cavidade oral: Composição: língua, glândulas salivares menores e maiores, palato duro e mole, dentes, bochecha e lábios. Função: processamento mecânico, umidificação e mistura com a saliva. Mucosa oral É a mucosa que reveste a boca (órgão úmido). Tecido epitelial (células justapostas de formatos poliédricos) de revestimento estratificado (várias camadas de células) pavimentoso (considera o formato das células mais externas, no caso são achatadas); quando a queratinização vai depender da região: não queratinizado, paraqueratinizado (pouca) ou ortoqueratinizado (muita). O epitélio é avascular, por isso logo abaixo há o tecido conjuntivo (lâmina própria) que nutre e sustenta o epitélio. O tecido conjuntivo adjacente contém células, fibras e substância fundamental amorfa. o Frouxo: não há predominância de nenhum elemento básico acima, aparecendo na mesma proporção. o Denso: há predomínio de fibras. o Mucoso: há predomínio de substância fundamental amorfa. Abaixo do tecido epitelial há sempre tecido conjuntivo frouxo. A transição entre o tecido epitelial para o tecido conjuntivo é chamada lâmina basal. As principais proteínas da lâmina basal são: laminina (forma uma lâmina junto com o colágeno), colágeno 4, etactina (suporte e fixação de moléculas) e fibrolectina (sustentação e fitração do tecido conjuntivo). Funções da LB: adesão (une o epitélio ao tecido conjuntivo.) e filtração (seleciona quais moléculas ordem passar do tecido epitelial para o conjuntivo). Membrana basal: lâmina basal + fibras reticulares (colágeno 3) Nem todo tecido epitelial tem membrana basal. A camada mais basal do epitélio é uma camada única de células e são mais coradas. Nessa camada há muitas células tronco que sofrem muitas mitoses para regenerar o tecido. Por isso é mais corada, pela presença de DNA que é ácido. A mucosa oral pode ser dividida em 3 tipos: o Mucosa de revestimento. o Mucosa mastigatória. o Mucosa especializada. Mucosa mastigatória: Áreas expostas à força de fricção e atrito. Gengiva, superfície dorsal a língua e palato duro. Epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado ou ortoqueratinizado. o Não encontra epitélio não queratinizado nessa mucosa, pois ela sofre atrito. A queratina serve para proteger. Abaixo do epitélio tem o tecido conjuntivo denso não modelado. o Extrato córneo: queratina. o Extrato granuloso: células mais externas. o Extrato espinhoso: células globosas, presença de desmossomo para promover a adesão das células que parecem espinhos. o Extrato basal: camada basal. Mucosa de revestimento: Não entra em contato com o alimento. Restante da mucosa da cavidade oral. Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (pois não sofre atrito). Mucosa labial e mucosa jugal. Tecido conjuntivo denso não modelado subjacente. Mucosa especializada: Região que possui botões gustativos: superfície dorsal da língua, áreas do palato mole e mucosa da faringe. Células especializadas na distinção do paladar. Lábios: Regiões: o Face externa: pele delgada com glândulas sudoríparas, folículos pilosos e glândulas sebáceas. o Zona de transição: borda vermelha, região rósea devido aos capilares, recoberta por pele delgada sem glândulas sudoríparas e folículos pilosos, ocasionais glândulas sebáceas não funcionais. Região umedecida pela língua. o Face interna: mucosa do vestíbulo oral. Sempre úmida, tem epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, tecido conjuntivo frouxo e glândulas salivares menores mucosas. o Eixo central: fibras musculares estriadas esqueléticas (mobilidade). Dentes: Sustentados pelo alvéolo dentário e ligamento periodontal (fibras colágenas). Componentes: esmalte, dentina, cemento. Palato: Constituído por palato duro, palato mole e úvula. Separa a cavidade oral da nasal. Palato duro: ocupa uma posição anterior, é fixo e recebeu esse nome por ter ossos. o É revestido por mucosa mastigatória. Palato mole: é móvel e seu eixo central é constituído por músculo estriado esquelético responsável por seus movimentos. o É revestido por mucosa de revestimento. Língua: Maior estrutura da cavidade oral. Apresenta massa de fibras musculares esqueléticas entrelaçadas, causando extrema mobilidade. Inervado pelo 12º par de nervos cranianos (hipoglosso) Papilas linguais: cobrem os ⅔ anteriores da língua. Papilas linguais: Circunvaladas: o Grandes, volumosas, organizadas em V. o Cercadas por um sulco revestido por um epitélio cuja base é perfurada pelos ductos das glândulas de Von Ebner que limpam os botões gustativos. Filiformes: o Numerosas e de aparência aveludada. o Cobertas por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. o Não possuem botões gustativos, por causa da queratinização. o Auxiliam a raspar o alimento de uma superfície. Fungiformes: o Semelhante a um cogumelo. o Tecido epitelial estratificado pavimentoso ao queratinizado. o Possuem botões gustativos na fase apical. o Apresentam coloração avermelhada devido aos vasos sanguíneos. Foleadas: o Localizadas na porção póstero-lateral da língua. o Aparecem como sulcos verticais. o Apresentam botões gustativos funcionais no recém-nascido. o Ductos das glândulas salivares menores serosas (secreção proteica) desembocam na base dos sulcos. Botões gustativos ou corpúsculos gustativos: Órgão sensorial intraepitelial que atua na percepção do paladar. Neuroepitélio (também presente no olho, nariz, ouvido). Poro gustativo: abertura estreita do botão gustativo por onde as substâncias entram (NA+, glicose, H+...). Formado por 4 células: o Células basais (tipo 4): células tronco, regeneração. o Células escuras (tipo 1): fazem sinapses quando sentem o gosto. o Células claras (tipo 2): fazem sinapses quando sentem o gosto. o Células intermediárias (tipo 3): fazem sinapses quando sentem o gosto. Receptor CD36: transportador de ácidos graxos que detecta gordura. Isso explica porque comidas gordurosas são mais saborosas. Tubo digestório: Plano geral: Constituído por 4 camadas (túnicas) concêntricas: Mucosa, submucosa, muscular e serosa/adventícia. Inervadas pelo sistema nervoso entérico (sistema nervoso autônomo) o Pode estar na camada submucosa (plexo submucoso) e na muscular (plexo mioentérico). o Plexo submucoso: contrai o tecido para garantir a motilidade estimulando as glândulas a secretar substancias. Modulada por nervos simpáticos e parassimpáticos (plexos). Apresentam fibras sensitivas. Mucosa: Tecido epitelial de revestimento do lúmen. Tecido conjuntivo frouxo: lâmina própria o Contêm vasos linfáticos, vascularização, glândulas, nódulos linfoides. Muscular da mucosa: músculo liso. o Duas camadas: uma circular interna e uma longitudinal externa. Função: o Proteção: células muito unidas por junções de oclusão para evitar a passagem de microrganismos. Além disso, secreta IgA que marca antígenos. o Absorção: acontece em qualquer parte da mucosa. o Secreção: Tanto a mucosa quando a submucosa tem função de secretar substâncias (muco, enzimas…). Submucosa: Contém vasos sanguíneos e linfáticos. Contém o plexo de meissner ou submucoso. o Nesse plexo tem corpos de células nervosas pós-ganglionares do parassimpático. o Controla a motilidade da mucosa e submucosa e a atividade secretora das glândulas. Pode ser ou não desenvolvida. Tecido conjuntivo denso não modelado: fibroelástico. Não contem glândulas, exceto no duodeno e esôfago. Muscular externa: Espessa camada muscular, composta por músculo liso (exceto nos ⅓ iniciais do esôfago e no ânus) É geralmente organizada em uma camada circular interna e uma longitudinal externa. Responsável pelos movimentos peristálticos: movimentos de mistura e de proporção. Presença do plexo mioentérico ou de Auerbach, situado entre as duas camadas. o Contém corpos celulares nervosos pós- ganglionares do parassimpático. Presença de células intersticiais de Cajal que sobre contrações rítmicas, funcionando como um marca passo. Serosa ou adventícia: Alguns órgãos tem serosa outros tem adventícia. Serosa: é uma parte do peritônio formada por tecido epitelial de revestimento simples pavimentoso (mesotélio) e tecido conjuntivo subjacente. Adventícia: não tem tecido epitelial, só tecido conjuntivo frouxo. Inervação do trato digestivo: Sistema nervoso entérico: Está presente em toda a extensão do canal alimentar. Está nos plexos mioentérico e submucoso. Mioentérico: motilidade peristáltica. Submucoso: função secretora e movimentos da mucosa, assim como a regulação do fluxo sanguíneo localizado. Inervação parassimpática e simpática: A inervação parassimpática é através do nervo vago. Parassimpático: estimula o peristaltismo, inibe os músculos do esfíncter e desencadeia a atividade secretora. Simpático: inibe o peristaltismo e ativa os músculos dos esfíncteres. Esôfago: Tubo muscular com aproximadamente 25cm. Mucosa: Contém 3 camadas: epitelial, lâmina própria e muscular da mucosa. Tecido epitelial de revestimento estratificado não queratinizado pavimentoso. o Dispersas pelo epitélio há células de Langerhans (células apresentadoras de antígeno) que participam da resposta imunológica fazendo fagocitose de antígenos. o Camada basal que contém células tronco. Lâmina própria: tecido conjuntivo com fibras colágenas. o Glândulas cárdicas esofágicas: ficam próximas ao esfíncter, localizam-se na lâmina própria e produzem muco que cobre o revestimento, lubrificando e protegendo. o Ocasionais nódulos linfoides na lâmina própria, com linfócitos T. Muscular da mucosa: músculo liso. o Uma única camada de músculo liso longitudinal que se torna mais espessa na proximidade do estômago. Submucosa: Tecido conjuntivo denso, com glândulas mucosas. Glândulas exócrinas simples tubuloacinosas mucosas. A microscopia eletrônica dessas glândulas indica que suas unidades secretoras são compostas por 2 tipos de células: células mucosas e serosas. o Células mucosas: núcleos achatados basais e acúmulo apical de grânulos com muco. o Células serosas: núcleo arredondado e central. o Os grânulos de secreção contem pepsinogênio e lisozima. Plexo submucoso usual próximo da camada circular interna da muscular externa. Muscular externa e adventícia: Disposta em duas camadas: circular interna e longitudinal externa. Túnica muscular externa composta tanto por fibras musculares lisas quando por estriadas esqueléticas. o Terço superior: essencialmente músculo esquelético. o Terço médio: músculo esquelético e músculo liso. o Terço inferior: somente fibras musculares lisas. Plexo de Auerbach: plexo mioentérico responsável pelas contrações peristálticas. Coberto por adventícia até ultrapassar o diafragma, após só é coberto por serosa. Estômago: Região mais dilatada do canal alimentar. Possui 4 regiões: Cárdia, Fundo, Corpo e Piloro. Tem dois esfíncteres: o Esfíncter cárdico: esofágico inferior. Quando o esfíncter cárdico não se fecha adequadamente o conteúdo ácido gástrico acaba voltando para o esôfago. Esse começa a produzir queratina para proteger o tecido, mudando de não queratinizado para queratinizado, esse processo se chama metaplasia. o Esfíncter piloro: comunica estômago com duodeno. Apresenta rugas, dobras longitudinais da mucosa e submucosa, que desaparecem com o estomago distendido. Servem para possibilitar a expansão do estômago. Mucosa: Epitélio: o Epitélio colunar simples composto por células de revestimento superficial que produzem uma espessa camada de muco visível e insolúvel. o O muco adere ao revestimento protegendo-o da autodigestão. Além disso, íons bicarbonato presos nessa camada são capazes de manter um pH neutro. o A microscopia eletrônica das células de revestimento superficial mostra que em sua superfície há microvilosidades curtas e abertas pelo glicocálix. Seu citoplasma apical possui grânulos de secreção contendo substancia precursora do muco. As membranas laterais formam zônulas de oclusao e de adesão com células vizinhas. Seu núcleo é basal e próximo há muitas mitocôndrias e RER. Lâmina própria: o Tecido conjuntivo frouxo, altamente vascularizado com abundante população de plasmócitos, linfócitos, mastócitos e fibroblastos. o Grande parte está ocupada por glândulas gástricas intimamente próximas chamadas glândulas fúndicas (oxínticas). Glândula fúndica: o É composta de seis tipos de células: as células de revestimento superficial, as células regeneradoras, células mucosas do colo, células parietais ou oxínticas, célula zimogênicas ou principais e células SNED. o Células de revestimento superficial: são semelhantes às do epitélio. o Células mucosas do colo: são colunares, com microvilosidades curtas, núcleo basal, aparelho de golgi e RER bem desenvolvido. Seu citoplasma apical há grânulos que secretam muco solúvel que se mistura com o bolo alimentar e lubrifica. o Células regeneradoras: células tronco colunares, não possuem tantas organelas, mas tem um grande suprimento de ribossomos. Seu núcleo é basal e com pouca heterocromatina. Sua função é proliferar e substituir as células especializadas. o Células parietais (oxínticas): grandes e piramidais. Produz ácido clorídrico e fator intrínseco. Núcleo redondo e basal. Seu citoplasma é eosinofílico, cheio de mitocôndrias, com pouco RER e aparelho de golgi pequeno. o Células principais (zimogênicas): colunares com citoplasma basólico, núcleo basal e grânulos de secreção apical contendo pepsinogênio, renina e lipase gástrica. Na ME apresentam RER bem desenvolvido, extenso aparelho de golgi e numerosos grânulos. o Células SNED: são células que secretam substâncias semelhantes a hormônios. Na ME mostra que são células pequenas, com RER e aparelho de golgi bem desenvolvidos e numerosas mitocôndrias. Tem pequenos grânulos de secreção dispostos basalmente. Muscular da mucosa: o Disposta em 3 camadas: circular interna, longitudinal externa e a circular externa (pouco evidente). Submucosa: Tecido conjuntivo fibroelástico, com rica rede vascular e linfática. Plexo submucoso próximo a túnica muscular externa. Muscular externa: Células lisas organizadas em 3 camadas: o Oblíqua interna: não é bem definida, exceto na região cárdica, por causa do grande poder de contração necessária no esfíncter. o Circular média: clemente evidente e bem pronunciada na região pilórica, formando o esfíncter pilórico. o Longitudinal externa: mais evidente na região cárdica e no corpo, mas pouco desenvolvida no piloro. Entre a circular média e a longitudinal externa há o plexo mioentérico: responsável pelas contrações para os movimentos de mistura e peristáltico. Serosa: Composta por uma delgada camada de tecido conjuntivo frouxo, subseroso, coberto por epitélio pavimentoso simples liso e úmido. Histofisiologia: Produção do HCl pelas células principais: o As células parietais possuem receptores de gastrina. Histamina e acetilcolina no plasmalema basal. A ligação leva as células a produzem e liberarem HCl nos canalículos intracelulares. o A anidrase carbônica catalisa a produção de ácido carbônico, esse se dissocia em íons hidrogênio e bicarbonato no citoplasma. o A H+/K+ATPase bombeia o H+ intracelular para fora da célula. o O bicarbonato é transportado para o espaço intersticial em troca do cloreto. o Apósa entrada, o Cl- é secretado para luz gástrica onde se junta ao H+. Importância do fator intrínseco: o É uma glicoproteína secretada na luz do estômago. o É necessário para a absorção da vitamina B12 pelo íleo. o A ausência desse fator gera carência de B12 e o desenvolvimento de anemia perniciosa. Intestino delgado: Dividido em 3 regiões: duodeno, jejuno e íleo. Digere o material alimentar (final) e absorve os produtos finais do processo digestivo. Duodeno: recebe enzimas e um tampão alcalino do pâncreas e a bile do fígado Modificações de superfície luminal: Aumentam a área de superfície. o Pregas circulares (valvas de Kerckring): - Aumentam a superfície de contato e diminuem a velocidade do movimento do quimo ao longo do trato intestinal (quebra mola). - Pregas transversais da mucosa e da submucosa que formam elevações semicirculares ou helicoidais. - Permanentes no duodeno e no jejuno e terminam na metade proximal do íleo. o Vilosidade: - Protrusões digitiformes ou foliáceas da lâmina própria cobertas pelo epitélio. - No centro das velocidades contém alças capilares (captura dos monossacarídeos, aminoácidos e ácidos graxos), um canal linfático que termina em fundo cego (quilífero central) (absorção dos quilomicrons), e algumas fibras musculares lisas imersas em tecido conjuntivo frouxo rico em células linfóides (proteção contra microorganismo). - São mais numerosas no duodeno e aumentam a superfície de contato e absorção. o Microvilosidades: - Especializações da membrana plasmática apical das células epiteliais (enterócitos) que revestem a vilosidades intestinais o Cripta intestinal ou cripta de lierberkuhn: - Invaginações do epitélio para o interior da lâmina própria entre as vilosidades. Mucosa: Apresentam 3 componentes usuais. Epitélio simples cilíndrico ou prismático: constituído de células absortivas superficiais, células caliciformes e células do SNED. o Células absortivas superficiais (enterócitos): São numerosas, cilíndricas altas, núcleo oval e basal. Pelo ME mostra numerosas microvilosidades (borda em escova) cujas pontas são cobertas de glicocálix que protege contra a autodigestão e participam na digestão com componentes enzimáticos. O citoplasma é rico em organelas, endossomos, REL, RER e aparelho de golgi. A membrana celular forma zônulas de oclusão, adesão, desmossomos e junções comunicantes. Sua função é digestão final e absorção de água e nutrientes, além de reesterificar ácidos graxos em TAG e formar quilomicrons. o Células calififormes: O duodeno apresenta um menor numero de células caliciformes, e o número aumenta em direção ao íleo. Secretam mucinogênio, cuja forma hidratada é a mucina, um componente começo, uma camada protetora que reveste o lúmen. o Células do SNED: Secretam hormônios parácrinos e endócrinos. Estão em menor quantidade. o Células M (células com micropregas): Células com aspecto pavimentoso que substituem o epitélio simples cilíndrico nas regiões onde nódulos linfóides estão em contato com o epitélio. Pertencem ao sistema mononuclear fagocitário.Capturam, endocitam e transportam antígenos presentes no lúmen intestinal para a lâmina própria. Lâmina própria: o Tecido conjuntivo frouxo que forma o eixo dos vilos. o Glândulas intestinais tubulosas (criptas de Lieberkuhn), que se estendem em direção à muscular da mucosa. o Rica em células linfoides e nódulos linfoides. Cripta de Lieberkuhn: o Glândula tubulosas simples. Abrem-se nos espaços intervilos perfurando o revestimento epitelial. o Constituídas de células absortivas superficiais, células caliciformes, células regenerativas, células do SNED e células de Paneth. o Metade superior: células absortivas superficiais e células caliciformes. o Metade basal: células caliciformes, células regenerativas, células do SNED e células de paneth. o Célula de Paneth: Núcleo na base. Presença de grânulos eosinofílicos no citoplasma apical. Células piramidais que ocupam o fundo das criptas. Produzem lisozima, defensinas e fator de necrose tumoral alfa: função de auxiliar na resposta imunológica. Em ME é possível observar aparelho de golgi bem desenvolvido, um grande RER, numerosos mitocôndrias e grânulos. Muscular da mucosa: o Camada circular interna e camada longitudinal externa de músculo liso. Submucosa: Tecido conjuntivo fibroelástico com rico suprimento vascular e linfático. Inervação intrínseca do plexo submucoso parassimpático. A submucosa do duodeno apresenta glândulas de Brunner (glândulas duodenais). Glândulas de Brunner: o Glândula tubuloalveolares ramificada, cuja parte secretora é semelhante a ácinos mucosos). o Em ME mostra RER e aparelho de golgi bem desenvolvidos, numerosas mitocôndrias e um núcleo que varia de arredondado a achatado. o Ductos atravessam a muscular da mucosa e perfuram a cripta da glândula intestinal. o Secretam um fluido mucoso alcalino, em resposta a um estímulo parassimpático para neutralizar a acidez do quimo que entra no duodeno. o Secretam o hormônio polipeptídeo urogastrona (fator de crescimento epidérmico humano) que inibe a produção de HCl (inibição direta das células parietais) e amplia a velocidade mitótica das células intestinais. Túnica muscular externa: Camada circular interna e camada longitudinal externa de músculo liso. Plexo mioentérico entre as duas camadas. Responsável pela atividade peristáltica. Serosa: A segunda e a terceira parte do duodeno possuem adventícias, pois não ficam colocadas ao peritônio. Todo o restante do intestino delgado é envolvido por uma serosa. Diferenças regionais: Duodeno: o Vilosidades mais largas, mais altas e mais numerosas. o Tem menos células caliciformes que as outras regiões e possui glândulas de Brunner. Jejuno: o As vilosidades são mais estreitas, mais curtas e mais escassas do que no duodeno. o O número de células caliciformes é maior que no duodeno. Íleo: o As vilosidades aqui são as mais escassas e curtas das três regiões. o Na lâmina própria contém grupos permanentes de nódulos linfáticos, denominados placas de Peyer. o As placas de Peyer interagem com antígenos presentes no intestino para produzir anticorpos. o As células M estão presentes em regiões do intestino que existem as placas de peyer. Correlação clínica: Quando a mucosa intestinal é exposta a uma irritação profunda por substâncias tóxicas, a muscular externa pode apresentar contrações rápidas de longa duração (crise peristáltica). Essas contrações impulsionam rapidamente o quimo para o colon, de onde é eliminado como diarreia. Intestino grosso: Constituído por: ceco (com apêndice, órgão linfoide) colo (ascendente, transverso, descendente e sigmoide) reto e anus. Absorve água e íons do quimo, compacta o quimo em fezes para eliminação. Ceco e colo são histologicamente indistinguíveis. Colo: recebe o quimo do íleo através da valva ileocecal e da papila ileal (esfíncter anatômico (plexo mioentérico fazendo a contração) e fisiológico). A muscular externa é diferente, a camada longitudinal não é contínua formando feixes chamados tênias. O tônus constante é mantido pela presença de tênias do cólon que forma Haustros (bolsas) em seu comprimento. Na serosa apresenta bolsas de gordura, apêndices epiplóicos. Não apresenta vilosidades. Mas existe microvilosidades. As glândulas intestinais são ramificadas. Mas não tem as células de Paneth. O número de células caliciformes vai aumentando do ceco para o colo sigmóide. As células absortivas superficiais são as mais numerosas de todos os tipos. Células do SNED em pequeno número. Atividade mitótica intensa das células regenerativas. Lâmina própria, muscular da mucosa e submucosa semelhantes às do intestino delgado. Apêndice: Histologicamente, semelhante ao colo,exceto por ter um diâmetro menor, suprimento mais abundante de elementos linfóides e conter muito mais células do SNED nas criptas. Anus: Mucosa anal Epitélio simples cilíndrico: do reto até a linha pectinada (ao nível das valvas anais). Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado: da linha pectinada até o orifício anal externo. Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado: epiderme do ânus. É estratificado devido ao atrito. Lâmina própria com tecido conjuntivo fibroelástico, glândulas anais e glândulas circumanais. Folículos pilosos (proliferação de pelos) e glândulas sebáceas (lubrificação) presentes no ânus. Muscular da mucosa com camada circular interna e longitudinal externa de músculo liso. Essas camadas não se estendem além da linha pectinada. Submucosa: Tecido conjuntivo fibroelastico. Apresenta dois plexos venosos: hemorroidário interno e externo. o Quando há a dilatação das veias do plexo, ocorre a projeção da submucosa para fora, vai para o orifício anal, formando a hemorroida. Túnica muscular externa do ânus: Camada circular interna e longitudinal externa de músculo liso. Musculo do esfíncter anal terno: camada circular interna que se torna mais espessa na linha pectinada. Musculo do esfíncter anal esterno: musculo esquelético do assoalho da leve. Está sob controle voluntário e possui um tônus constante. Glândulas anexas ou extramurais: Glândulas salivares maiores: Parótida, submandibulares e sublinguais. Possuem cápsula de tecido conjuntivo (sustentar o parênquima) que envia septos e subdividem o parênquima em lobos e lóbulos. o Parênquima: parte que vai exercer a funções do órgão. No caso das glândulas, são as células secretoras e ductos. o Estroma: elemento de sustentação e nutrição do parênquima. É construído por tecido conjuntivo, conduz vasos, nervos e ductos excretores, recobre a glândula formando uma cápsula. Ácinos individualmente também revestido por elementos do tecido conjuntivo. Anatomia das glândulas salivares Cada glândula possui um parênquima formado por porções secretoras e ductos. Salivon: unidade funcional de uma glândula salivar (parênquima). Ácino + ducto intercalar + ducto estriado. Porções secretoras: Organizada em ácinos e ou túbulos, envolvidos por células mioepiteliais. Constituídas de 3 tipos celulares: o Células serosas: seromucosas (proteínas e polissaarídeos). o Células mucosas. o Células mioepiteliais: células em cesto. Glândulas acintosas: apenas ácinos serosos. Glândulas tubulosas: apenas ácinos mucosos. Glândulas tubuloacinosas: ácinos mucosa e serosa. Ductos: Estruturas altamente ramificadas. Tipos: o Ductos intercalares: menores ramos, ligados aos ácinos e túbulos secretores. Única camada de células cubomedusa e algumas células mioepiteliais. o Ductos estriados: única camada de células cuboides ou cilíndricas baixas. Membranas laterais com Na+/K+ ATPase. Produzem a tonicidade da saliva. Unem-seus aos outros formando os ductos intralobulares. o Ductos intralobulares: de calibre crescente. Saem dos lóbulos e se reúnem formando os ductos interlobulares, que são mais calibrosos e estão fora do lóbulo. o Ducto terminal: principal. Lança a saliva na cavidade oral. Histofisiologia: Produzem de 700 a 1100 ml de saliva por dia. Rico suprimento vascular, uma vez que é necessário para a produção de saliva. Funções da saliva: o Lubrificação e limpeza da cavidade oral. o Atividade antibacteriana (lisozima, lactoferrina, IgA e tiocianato). o Ajuda na percepção do sabor dos alimentos ao dissolvê-los. o Digestão inicial pela amilase salivar e lipase salivar. o Auxílio à deglutição pelo umedecimento do alimento. o Permite a formação do bolo alimentar. o Participa do processo de coagulação e cicatrização: fatores de coagulação e fator de crescimento epidérmico. Saliva primária: produzida pelas célula acinosas. É isotônica ao plasma. Saliva secundária: é hipotônico. Modificada pelas células dos ductos estriados pela remoção de íons Na+ e Cl- e secreção de íons K+ e HCO3- Secreção da enzima calicreína no tecido conjuntivo: entra na corrente sanguínea, convertendo cininogênio em bradicinina, um vasoilatador que aumenta o fluxo sanguíneo para a região. O parassimpático estimula a secreção de calicreína. Papel da inervação autônoma na secreção salivar: Atividade secretora estiolada através da inervação parassimpática (mais fluida) e simpática (saliva mais espessa, mais mucosa) Parassimpático: principal iniciadora da salivação. Formação de uma saliva serosa. Simpático: inicialmente reduz o fluxo sanguíneo para o salivon. Secreção de componentes mucosos e enzimáticos da saliva pelas células acinosas. Estimuladores: sabor, cheiro, mastigação. Inibidores: fadiga, medo, desidratação e sono. Parótida: Maior glândula salivar, mas ao são as maiores produtoras de saliva. Secreção serosa, com pouco componente mucoso. EXCLUSIVAMENTE SEROSA (produtora de proteína) Células serosas tem muito RER, formando o ergastoplasma, corando se de roxo. Saliva com altos níveis de amilase salivar e IgA secretora. Cápsula de tecido conjuntivo bem desenvolvida e forma numerosos septos, que subdividem a glândula em lobos e lóbulos. Sublingual: Menor glândula. Produz 5% da saliva. Unidades secretoras mucosa tubulosas,muitas com semiluas serosas na extremidade. Células serosas secretam lisozima. Produz saliva mista predominantemente mucosa. Cápsula de tecido conjuntivo pouco desenvolvida. Sistema de ductos não forma um ducto terminal. Submandibular: É a que mais produz saliva. Saliva mista, predominantemente serosa (proteínas). Limitado número de semiluas serosas. Ductos estriados mais longos que os das outras glândulas, muito visível em cortes histológicos. Cápsula de tecido conjuntivo dividindo em septos. Pâncreas: O pâncreas é situado na parte posterior do corpo, sob o peritônio. Tem 4 regiões: processo uncinado, cabeça, corpo e cauda. Está envolvido por uma capsula (estroma) de tecido conjuntivo que forma septos, que subdivide a glândula em lóbulos. O suprimento vascular e nervoso do pâncreas e de seus ductos percorre esses septos. O pâncreas é endócrino e exócrino. AS ilhotas de Langerhan (componente endócrino) dispersos entre os ácinos secretores exócrinos. Pâncreas exócrino: É uma glândula tubuloacinosa composta, que produz um fluido rico em bicarbonato e proenzimas digestivas. Células acinosas formam um ácino arredondado cuja luz é ocupada por 3 ou 4 células centroacinosas. As células acinosas tem formato de pirâmide, cuja base é voltade para lâmina basal. O núcleo é redondo e basal. O citoplasma é basófilo, cheio de RER, numerosos mitocôndrias e complexo de golgi bem desenvolvido. No ápice das células, está cheio de grânulos de secreção (grânulos de zimogênio) contendo proenzimas. A membrana basal das células acinosas possui receptores para o hormônio colecistocinina e para o neurotransmissor acetilcolina. As células centroacinosas e do ducto tem receptores para a secretina, são elas que liberam um fluido seroso, alcalino, rico em bicarbonato que chega no duodeno. O sistema de dutos começa no centro do ácino no final dos dutos intercalares, constituído por células centroacinosas. Os ductos intercalares unem-se uns aos outros formando os ductos intralobulares, a união destes forma os ductos interlobulares. A união dos ductos interlobulares com o tecido conjuntivo forma o ducto pancreático principal que se une ao ducto biliar comum. Pâncreas endócrino: Constituido de agregados esféricos de células (ilhotas de Langerhans) dispersos entre os ácinos serosos. São ricamente vascularizados. Glândula endócrina cordonal (entre ascélulas há capilares, vascularizando). Cada ilhota é cercada por fibras reticulares, que também penetram na ilhota envolvendo a rede de capilares que a permeia. Células constituintes das ilhotas: o Células beta: insulina o Células alfa: glucagon o Células delta: Somatostatina, produzido pela delta D, tem ação parácrina e inibe a liberação de insulina e glucagon, também age de forma endócrina inibindo o musculo liso do TGI e vesícula biliar, reduzindo a motilidade. As células delta D1 produzem o peptídeo intestinal vasoativo (VIP) que induz a glicogenólise e a hiperglicemia, além de regular a motilidade intestinal. o Células PP: polipeptídeo pancreático. Tem um papel antagônico ao da gastrina. Inibe a secreção exócrina do pâncreas, as secreções pelas células parietais e estimula a liberação de enzimas pelas células principais. o Células G: libera a gastrina que estimula a liberação do HCl pelo estomago, a motilidade gástrica e o esvaziamento e a taxa de divisão celular. Fígado: Possui funções endócrinas e exócrinas. Hepatócito: formação da bile (secreção exócrina) e formação de produtos endócrinos. Estrutura hepática geral: Peritônio forma um epitélio simples pavimentoso sobre a cápsula de tecido conjuntivo denso modelado (cápsula de Glisson). Elementos de tecido conjuntivo são escassos, portanto, a maior parte do fígado é composto por células parenquimatosas uniformes, os hepatócitos. Hepatócitos arranjados em lóbulos hexagonais (lóbulos hepáticos clássicos). Espaços porta nos locais de encontro de 3 lóbulos, que além de vasos linfáticos apresentam a tríade portal: Ramos da artéria hepática, ramos da veia porta e ductos biliares interlobulares (epitélio simples cúbico). Placa limitante: estreita faixa de hepatócitos modificados que isola os espaços porta do parênquima hepático. Espaço de moll: estreito espaço que separa a placa limitante do tecido conjuntivo dos septos e dos espaços porta, só é vista na ME. Veia centrolobular: ocupando o eixo longitudinal de cada lóbulo hepático clássico. Os hepatócitos vao irradiar a partir da veia centrolobular formando placas fenestradas anastomosadas de células separadas uma das outras por grandes espaços vasculares conhecidos como sinusoides hepáticos. O sangue flui dos sinusoide em direção a veia centrolobular, impedindo de ter contato com os hepatócitos pela presença de um revestimento endotelial constituído de células de revestimento sinusoidal. Células de Kupffer: macrófagos residentes associados às células de revestimento endotelial dos sinusoides. Espaço de disse: espaço entre a membrana plasmática das células endoteliais sinusoides e a membrana plasmática dos hepatócitos. o Fibras reticulares (colágeno tipo III) que ajudam na sustentação. o Células de Ito / células estreladas / célula armazenadoras de lipídeos: elas armazenam vitamina A, produzem e liberam colágeno tipo III no espaço de disse, secretam fatores de crescimento para formação de novos hepatócitos e formam tecido conjuntivo fibroso substituindo os hepatócitos danificados por toxinas (cirrose hepática). o Pit Cells: células semelhantes a linfócitos que apresentam curtos pseudópodos e grânulos citoplasmáticos. Células natural killer. Papel fundamental para combater infecção viral. Hepatócitos: - hepatócitos da periferia (periolobulares) tem um grande suprimento de o2, tem mais enzimas chave para fazer a síntese e degradação de glicogênio e para oxidação de ácido graxo. - hepatócitos do centro (centrolobulares): tem pouco suprimento de o2. São os que fazem a via glicolítica, uma vez que não é necessário o2.
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