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QUESTÕES DE HISTOLOGIA SISTEMA DIGESTÓRIO

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GD: Sistema Digestório
1) Explicar a estrutura dos corpúsculos gustativos. 
Ocupam a espessura do epitélio e são constituídos por células fusiformes de coloração clara. A superfície apical destas células apresenta microvilos e faz face a um pequeno orifício no epitélio, o poro gustativo. Algumas das células estão associadas a fibras nervosas e são células de suporte. Há ainda células basais, pequenas e arredondadas, que originam as demais. Eles reconhecem sabores básicos, os sabores mais refinados dependem do epitélio olfatório.
2) Qual o nervo que é o principal responsável pelas inervações dos músculos da faringe?
A inervação da faringe deriva do plexo nervoso faríngeo. As fibras motoras no plexo são derivadas do nervo vago através de seu ramo ou ramos faríngeos. Elas suprem todos os músculos da faringe e do palato mole, com exceção do estilofaríngeo e o tensor do véu palatino. O constritor inferior da faringe também recebe algumas fibras motoras dos ramos laríngeos externo e recorrente do nervo vago. As fibras sensitivas do plexo são derivadas do nervo glossofaríngeo. Suprem a maior parte da mucosa das três da faringe. A inervação sensitiva da mucosa da parte nasal da faringe anterior e superior provém principalmente do nervo maxilar.
3) O movimento de deglutição involuntário da faringe é regulado por centros nervosos de deglutição localizados em quais regiões encefálicas?
Os impulsos são transmitidos das áreas táteis da parte posterior da boca e da faringe pelas porções sensoriais dos nervos trigêmeo e glossofaríngeo para o bulbo, pelo trato solitário ou por nervos intimamente associados a ele, que recebe, essencialmente, todos os impulsos sensoriais da boca. Os estágios sucessivos do processo de deglutição são então, automaticamente desencadeados em sequência ordenada por áreas neuronais da substância reticular do bulbo e das porções inferiores da ponte. Essas áreas no bulbo e na ponte inferior que controlam a deglutição são chamadas, coletivamente, de deglutição ou centro da deglutição.
4) Descrever o plano de organização geral do tubo digestório.
 As características histológicas comuns do tubo digestório indicam que, exceto pela cavidade oral, o tubo digestório possui uma organização histológica uniforme. Esta organização é caracterizada por variações distintas, significativas, que refletem as mudanças na atividade funcional. Após a cavidade oral, o tubo digestório se diferencia em quatro órgãos principais: esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. Cada um destes órgãos formado por quatro camadas concêntricas, a mucosa (epitélio de revestimento, lâmina própria e túnica muscular), a submucosa, a túnica muscular (camada circular, plexo miontérico e a camada longitudinal) e a adventícia ou serosa.
5) Que tipo celular é responsável pela secreção de muco no estômago? E nos intestinos?
O epitélio estomacal é simples colunar, constituído pelas células mucosas superficiais, que são colunares, secretoras de muco, que lubrifica o epitélio e o protege dos efeitos corrosivos do suco gástrico. As células da mucosa do colo são semelhantes às superficiais.
O epitélio intestinal apresenta células caliciformes e por isso é denominado epitélio simples colunar com microvilos e células caliciformes, elas secretam muco (glicoproteína) que lubrifica a luz intestinal.
6) O que a mucosa esofágica e a mucosa duodenal apresentam de diferente das demais?
O epitélio mucoso esofágico é estratificado pavimentoso, sua mucosa não possui glândulas na região superior e possui acúmulo linfocitário.
A mucosa duodenal possui vilosidades baixas e largas e infiltrados linfocitários.
7) Qual a origem embrionária das glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar?
Glândulas salivares: o tecido conjuntivo das glândulas deriva das células da crista neural. Todo o tecido parenquimatoso (secretor) surge pela proliferação do epitélio oral.
Parótidas: surgem do revestimento ectodérmico oral junto aos ângulos do estomodeu, que forma os ductos e ácinos. A cápsula e o tecido conjuntivo se desenvolvem do mesênquima circunjacente.
Submandibulares: se desenvolvem a partir de brotos endodérmicos no soalho do estomodeu, que forma os ácinos e o ductos submandibular, assim como os ácinos mucosos.
Sublinguais: se desenvolve a partir de múltiplos brotos endodérmicos no sulco paralingual, que se ramificam e se canalizam para formar de 10 a 12 ductos que se abrem no soalho da boca.
Pâncreas: se forma dos brotos pancreáticos ventral e dorsal originados de células endodérmicas da porção caudal do intestino primitivos que crescem entre as camadas dos mesentérios.
Fígado, vesícula biliar e vias biliares: originam-se de um brotamento ventral (divertículo hepático) da porção caudal ou distal do intestino anterior.
Estudos recentes sugerem que o divertículo hepático e o broto ventral do pâncreas se desenvolvem a partir de duas populações celulares do endoderma.
8) Quais estruturas e células são comumente encontradas na lâmina própria?
Vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos, músculo liso, tecido conjuntivo, linfócitos, células plasmáticas e eosinófilos.
9) Quais as diferenças histológicas e ultraestruturais existentes entre as vilosidades e as microvilosidades?
As vilosidades são projeções alongadas formadas pelo epitélio intestinal. O epitélio dessas vilosidades é formado por células absortivas e algumas células caliciformes, trata-se de um epitélio cilíndrico simples.
As microvilosidades ou borda em escova são prolongamentos citoplasmáticos cilíndricos envolvidos pela membrana celular, que se projetam na luz (superfície apical). Cada microvilosidade contém um eixo de microfilamemtos de actina associados a fimbrina e vilina (proteínas do citoesqueleto).
10) Descrever a inervação autonômica do tubo digestório.
 Inervação parassimpática: estimulação causa o aumento geral da atividade de todo o sistema nervoso entérico, o que por sua ver, intensifica a atividade da maioria das funções grastointestinais.
As fibras nervosas parassimpáticas cranianas estão quase todas, nos nervos vagos. Essas fibras inervam esôfago, estômago, pâncreas e um pouco do intestino até a primeira metade do grosso.
As fibras nervosas parassimpáticas sacrais passa pelos nervos pélvicos para a metade distal do intestino grosso até o ânus.
Inervação simpática: a estimulação causa inibição da atividade do trato gastrointestinal, causando muitos efeitos opostos ao parassimpático. O simpático exerce seus efeitos de duas maneiras:
· um pouco por efeito direto da norepinefrina secretada, inibindo a musculatura lisa do trato gastrointestinal (exceto o músculo mucoso)
· em um grau maior, por um efeito inibidor da norepinefrina sobre os neurônios de todo o sistema nervoso entérico.
 11) Diferencie a camada serosa da camada adventícia.
A serosa e adventícias são revestimentos externos. A serosa é o conjunto de tecido conjuntivo frouxo e mesotélio, que é epitélio simples pavimentoso, contínuo ao peritônio. A adventícia é tecido conjuntivo frouxo comum a outro órgão.
12) Qual a disposição do músculo liso que constitui a muscular da mucosa esofágica?
A camada muscular da mucosa esofágica é composta de uma camada única de fibras musculares lisas orientadas longitudinalmente.
13) Descreva em detalhes a mucosa estomacal.
A mucosa gástrica é formada por epitélio simples prismático mucíparo, cujas células possuem núcleo alongado, vesiculoso, disposto no terço basal, e citoplasma claro, vacuolizado. O epitélio se invagina na lâmina própria formando fossetas gástricas, pouco profundas, com epitélio igual da superfície. A lâmina própria é constituída por tecido conjuntivo frouxo e com presença de glândulas fúndicas ou oxínticas. As glândulas são simples e tubulosas, mas seu lumen é de difícil individualização. Possui diversos tipos celulares ( células parietais, principais e mucosas).
Além disso a lâmina possui delicados vasos sanguíneos e várias células do tecido conjuntivo e células linfoides. A camada muscular da mucosa é composta por fibras musculares lisas, ela envia feixespara lâmina própria, os quais se dispõem entre as glândulas fúndicas.
14) Diferenciar as fossetas gástricas e as glândulas gástricas nas diferentes regiões do estômago.
Região fúndica:
Fossetas gástricas: numerosas e revestidas por um epitélio simples cilíndrico que consiste exclusivamente de células secretoras de muco.
Glândulas gástricas: células parietais, células principais, células mucosas do colo, células êntero-endócrinas (SNED) e células-fonte.
Região cárdica:
Fossetas gástricas: apresentam aproximadamente a mesma proporção que as glândulas e se assemelham às da região fúndica.
Glândulas gástricas: não apresentam células principais e apenas algumas parietais. São encontradas ao redor da abertura do esôfago no estômago, tubulosas e secretoras de muco.
Região pilórica:
Fossetas gástricas: mais profundas que das outras regiões. As profundezas são enoveladas. Como nas outras regiões, o epitélio é simples cilíndrico, constituído pelas células mucosas superficiais de revestimento.
Glândulas gástricas: são curtas e não possuem células principais, possuindo apenas algumas poucas parietais. A maioria das células é representada por células secretoras de muco semelhantes às células mucosas do colo das glândulas fúndicas.
15) Qual a diferença da camada muscular externa do estômago e do esôfago?
Esôfago: a camada muscular externa é composta de uma camada muscular circular interna e uma camada longitudinal externa. No terço superior do esôfago, estas camadas consistem de músculo estriado esquelético; no terço médio, elas consistem de uma mistura de músculo estriado esquelético e de músculo liso; e no terço inferior, elas consistem de músculo liso. O plexo mioentérico está localizado entre as camadas de músculo.
Estômago: a camada muscular externa é composta por 3 camadas de músculo liso: a oblíqua interna, a circular média e a longitudinal externa. A camada circular média forma o esfíncter pilórico. O plexo mioentérico está localizado entre as camadas circular e longitudinal.
16) Qual o hormônio apresenta efeito proliferativo sobre a mucosa gástrica?
A gastrina é secretada pelas células G do antro do estômago em resposta a estímulos associados à ingestão de refeições. As ações primárias da gastrina são:
* estimulação da secreção gástrica de ácido
* estimulação do crescimento da mucosa gástrica
17) Caracterizar os tipos celulares encontrados nas glândulas gástricas.
Células mucosas do colo: cilíndricas, citoplasma apical com grânulos de secreção.
Células precursoras (células-tronco): estão situadas na parte superior das glândulas. São colunares e possuem núcleo basal, ovoide. Proliferam e migram, originando demais células.
Células oxínticas ou parietais: predominam na metade superior da glândula. Sintetizam HCl e fator intrínseco. São grandes, arredondadas ou piramidais, com núcleo esférico e central. Com HE, o citoplasma é eosinófilo, por causa da abundância de mitocôndrias. Os canalículos intracelulares, invaginações profundas da superfície apical com microvilos, conferem um aspecto vacuolizado. 
Células primárias ou zimogênicas: são mais abundantes na porção inferior do corpo das glândulas. São menores que as células oxínticas. Possuem uma forma colunar, núcleo ovoide e basal e citoplasma basófilo, por causa do retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvido, com os grânulos de secreção sintetizando enzimas inativas (pepsinogênio, renina e lipase gástrica).
Células endócrinas: são mais frequentes na base das glândulas. São pequenas, arredondadas, com núcleo esférico e citoplasma claro. Sintetizam hormônios polipeptídicos, que atuam sobre as células vizinhas ou entram na corrente sanguínea para alcançar a célula-alvo. Entre as substâncias liberadas, há a gastrina e a histamina, que estimulam a produção de ácido clorídrico.
18) Caracterize o epitélio de revestimento estomacal. Por que o citoplasma dessas células se cora fracamente nas preparações por H&E?
O epitélio é simples colunar, constituído pelas células mucosas superficiais, que são colunares, secretoras de muco. Isso ocorre porque o citoplasma dessas células possui muito ergastoplasma, e assim, muita quantidade de glicoproteínas, que não se coram por HE e sim por PAS.
19) Qual a diferença bioquímica entre o muco produzido pelas células mucosas da superfície e pelas células mucosas do colo? Qual desses dois tipos celulares apresenta maior basofilia? Justifique.
 As células da mucosa da superfície apresentam uma grande dilatação apical preenchida com grânulos mucinógenos. A coloração com azul de toluidina reflete a presença de muitos grupos amônios fortes nas glicoproteínas mucina, dentre os quais se destaca o bicarbonato. A região basal da célula contém pequenas quantidades de retículo endoplasmático rugoso (RER) que pode transmitir basofilia citoplasmáticos leves de amostras bem preservadas.
A mucosa do colo é menor que a mucosa superficial e contem menos mucinógenos em seu citoplasma apical. Assim, essas células não exibem expansão apical proeminente.
20) Por que as células parietais (oxínticas) apresentam coloração acidófila?
O citoplasma é eosinófilo, devido à abundância de mitocôndrias. Assim, são células bem ativas e com coloração acidófila.
21) O que é e qual a função dos canalículos intracelulares das células parietais?
A característica mais importante das células parietais são as invaginações de seu plasmalema apical que formam profundos canalículos intracelulares revestidos por microvilosidades.
O número de microvilosidades e a abundância de vesículas do sistema tubulovesicular (vesículas redondas e tubuloacinosa) estão inversamente relacionados e variam com a atividade secretora de HCL da célula. Durante a produção ativa de HCL, o número de microvilosidades aumenta e o sistema tubulovesicular diminui. Portanto, provavelmente as membranas, armazenadas como túbulos e vesículas, são usadas para a formação das microvilosidades, aumentando de quatro a cinco vezes a área da superfície da célula preparando-a para a produção de HCL.
22) Quais receptores estão presentes na membrana basolateral das células parietais? Explicar o processo de formação e secreção do ácido clorídrico.
As células parietais possuem receptores para gastrina, histamina e acetilcolina em seu plasmalema basal.
A ligação destas moléculas sinalizadoras com os receptores apropriados leva as células a produzirem e liberarem HCL nos canalículos intracelulares. Este processo ocorre da seguinte maneira:
1-A enzima anidrase carbônica facilita a produção de ácido carbônico (H 2C 0 3) (partindo de água [H2O] e dióxido de carbono [CO2]), que se dissocia em íons hidrogênio H + e bicarbonato (H C 0 3 -) no citoplasma da célula parietal.
2-Uma H +, K + ATPase, usando adenosina trifosfato (ATP) como fonte de energia, bombeia o H + intracelular para fora da célula e o lança no canalículo intracelular e transfere o íon potássio extracelular (K +) para dentro da célula.
3-Proteínas carregadoras, que utilizam A T P como fonte de energia, bombeiam o íon cloreto (Cl") para fora da célula e para o canalículo intracelular. Desta maneira, C l" e H + chegam separadamente à luz do canalículo intracelular onde se combinam em H C l.
4-o K + é constantemente recirculado para dentro e para fora da célula parietal.
5-Como o canalículo intracelular é uma extensão da luz do estômago, a solução de HCl produzida pelas células parietais penetra na luz do estômago.
23) Onde é produzido e qual a importância do fator intrínseco?
As células parietais produzem ácido clorídrico e o fator gástrico intrínseco, ambos são liberados na luz do estômago. O fator gástrico intrínseco é uma glicoproteína necessária para a absorção da vitamina B 1 2 pelo íleo. A ausência deste fator causa deficiência de vitamina B12 e o desenvolvimento da anemia perniciosa. 
24) Quais são as três enzimas produzidas pelas células principais (zimogênicas)?
As células principais produzem as enzimas pepsinogênio, renina e lipase gástrica e as liberam na luz do estômago.
25) Quais especializações do intestino delgado são responsáveis por aumentara área de superfície efetiva das funções digestiva e absortiva? Caracterize-as.
A superfície da luz do intestino delgado apresenta modificações que aumentam a área de sua superfície. Foram observados três tipos de modificações:
1 As pregas circulares (valvas de Kerckring) são dobras transversais que envolvem a submucosa e a mucosa formando elevações semicirculares ou mesmo helicoidais. Ao contrário das rugas do estômago, estas pregas são estruturas permanentes do duodeno e do jejuno e terminam na metade proximal do íleo.
2 As vilosidades são protrusões, digitiformes ou foliáceas, da lâmina própria cobertas por epitélio. O eixo central de cada vilosidade contém alças capilares, um canal linfático em fundo cego (quilífero, ou lácteo), e algumas fibras musculares lisas, contidos em um tecido conjuntivo frouxo, rico em células linfóides. As vilosidades são estruturas permanentes. Elas são mais numerosas no jejuno e no íleo.
3 As microvilosidades, modificações do plasmalema apical das células epiteliais que cobrem as vilosidades intestinais.
Invaginações do epitélio na lâmina própria, entre as vilosidades, formam as glândulas intestinais, ou criptas de Lieberkühn, que também aumentam a área da superfície do intestino delgado.
26) Diferencie as vilosidades ao longo do intestino delgado.
Umas das modificações do intestino delgado para ampliar a área de superfície são as vilosidades. Elas estão presentes em todo o intestino delgado: do jejuno ao íleo. Contudo, há modificações delas ao longo dessas porções. No duodeno, as vilosidades são mais curtas, espessas e bem numerosas. No jejuno-íleo as vilosidades são mais longas e estreitas e diminuem de quantidade no decorrer do jejuno e íleo, sendo que neste as vilosidades estão presentes, mas são mais escassas.
27) Como o comprimento de uma vilosidade intestinal pode ser alterado?
 As vilosidades intestinais podem ter o seu comprimento reduzido por dois fatores: primeiro, quando as fibras de musculatura lisa que compõem o eixo central se contraem, elas geram uma redução no comprimento da vilosidade; segundo, na doença celíaca, indivíduo que possui intolerância ao glúten, ao fazer a ingestão deste gera uma destruição das microvilosidades, bem como das vilosidades intestinais, comprometendo a absorção de nutrientes
28) Caracterize o epitélio de revestimento do intestino delgado.
O epitélio colunar simples, que recobre as vilosidades e a superfície dos espaços entre vilosidades, é composto por células absortivas superficiais (mais numerosas), células caliciformes e células D N E S (enteroendócrinas).
29) O que são glândulas (criptas) Lieberkuhn? Caracterize-as.
As criptas de Lieberkühn são glândulas tubulosas simples (ou tubulosas ramificadas). Estas glândulas abrem-se nos espaços entre as vilosidades perfurando o revestimento epitelial. A microscopia eletrônica de varredura mostra que a base de cada vilosidade está rodeada pelas aberturas de numerosas criptas. Estas glândulas tubulosas são compostas por células absortivas superficiais, células caliciformes, células regeneradoras, células D N E S e células de Paneth.
30) Liste as enzimas associadas às microvilosidades das células epiteliais intestinais e suas respectivas funções.
O glicocálix contém várias enzimas, como peptidases, dissacaridases (lactase, sacarase e maltase), lipases e fosfatase alcalina. Essas células finalizam a digestão e realizam a absorção dos nutrientes.
Proteases: (peptidases ou enzimas proteolíticas) são enzimas que quebram ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas.
Lipases: atuam nas gorduras decompondo-as em glicerol e ácidos graxos. Catalase: decompõem a água oxigenada.
Amilases: decompõem os amidos em açúcares mais simples. Isomerases: catalizam a conversão da glicose em frutose. Dissacaridases: enzimas que se encarregam de romper os dissacarídeos nos monossacarídeos que as formam.
Fosfatase alcalina: é uma hidrolase que remove grupos fosfato de um grande número de moléculas diferentes.
Pepsina: é uma enzima proteolítica potente. É formada pelo pepsinogenio e hidrolisa proteínas a pequenos peptidios, que são ainda digeridos a aminoácidos constituintes por enzimas no intestino.
31) Qual a função da proteína J produzida pelos enterócitos?
Unir dois anticorpos IgA para que atuem afetivamente no combate à bacterias
32) Onde estão localizadas e quais as funções das células de Paneth?
As células de Paneth são facilmente distinguíveis por causa da presença de grandes grânulos eosinófilos de secreção apicais. Estas células piramidais ocupam a parte inferior das criptas de Lieberkühn e produzem o agente antibacteriano lisozima. 
33) Onde estão localizadas as glândulas de Brunner? Quais as funções do peptídeo urogastrona produzido por elas?
Localizadas na camada submucosa na porção inicial do duodeno. Secretam um fluido alcalino e o hormônio polipeptídeo urogastrona (fator de crescimento epidérmico humano) que inibe a produção de HCl e amplia a velocidade mitótica das células epiteliais.
34) Cite as células enteroendócrinas, seus produtos de secreção e suas funções.
35) Quais as funções do plexo submucoso e do plexo mioentérico?
Plexo Mioentérico: controla movimentos gastrointestinais. Presente na camada muscular, entre as subcamadas interna e externa.
Plexo Submucoso: controla a secreção epitelial gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local. Localizado na camada submucosa .
36) Quais hormônios afetam a motilidade do trato digestivo? Onde são produzidos?
Motilina: célula Mo no intestino delgado
Serotonina: célula BC no trato digestivo
Polipeptídeo intestinal vasoativo (VIP): célula D, no trato digestivo
37) Caracterize as placas de Peyer.
São agregados de nódulos linfoides, localizados na mucosa e submucosa do jejuno-íleo. Os nódulos são revestidos por células M, que capturam antígenos e os transferem para macrófagos presentes nas placas de Peter.
38) Caracterize as células M.
Contem invaginações basais com linfócitos e células apresentadoras de antígeno. São células importantes na defesa do intestino: podem captar antígenos por endocitose e transportar para os macrófagos e células linfoides, A lamina basal sob as celulas M é descontínua, facilitando o transito de células entre o tecido conjuntivo e células M.
39) Diferencie as mucosas do intestino delgado e do intestino grosso.
Delgado: a mucosa caracteriza-se pela presença de vilosidades intestinais baixas e largas, as quais são projeções da mucosa em direção ao lúmen. Constitui-se de epitélio simples prismático com borda estriada e células caliciformes e lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, muito vascularizado, sendo mais abundante no interior das vilosidades. O epitélio invagina-se na lâmina própria, formando as glândulas intestinais, que são glândulas simples tubulosas ramificadas curtas. A muscular da mucosa é evidente e envia feixes de fibras musculares lisas para o interior das vilosidades.
Grosso: Desprovida de vilosidades e revestida por epitélio simples prismático com borda estriada menos evidente e células caliciformes mais numerosas que no intestino delgado. As glândulas intestinais são mais longas e mais retilíneas, ocupando toda a espessura da lâmina própria, que fica restrita a estreitas faixas entre as glândulas.
40) Descreva as particularidades histológicas do apêndice em relação ao cólon. 
 O apêndice possui menor número de células caliciformes que o cólon. As criptas de Liberkuhn são relativamente curtas se comparadas também ao cólon. A lâmina própria é altamente infiltrada com células linfoides, derivadas de nódulos linfoides a submucosa e da lâmina própria. A muscular dá mucosa é descontínua e interrompida pelo tecido linfóide. A submucoides 
 
41) Conceitue:
 a) diverticulites: a diverticulose é a presença de pequenas bolsas que se projetam para fora da parede intestinal. A diverticulite é a inflamação de um divertículo. Acredita-se que ocorre por enfrequecimento da parede intestinal e por aumento da pressão no interior do intestino.
 b) hemorroidas: Na região anal a lamina própria contem um plexode veias grandes que quando estão excessivamente dilatadas e varicosas produzem hemorroidas. 
 c) úlcera péptica: a mucosa sofre uma falha e se estende na camada submucosa e nas camadas seguintes, em lesões crônicas pode acometer toda a mucosa gástricas.
d) colite: acumulação de neutrófilos polimorfonucleares nas criptas do cólon (abcessos crípticos), provocando ulcerações epiteliais, edema e hemorragia. A doença acomete a camada mucosa, com pequenas alterações na camada submucosa. Provoca diarreia, com a presença ou não de fezes e dor abdominal crônica. 
Glândulas Anexas
1) Diferenciar o parênquima do estroma glandular.
As unidades secretoras, juntamente com seus ductos, constituem em o PARÊNQUIMA da glândula (parte funcional); enquanto o ESTROMA da glândula representa os elementos do tecido conjuntivo que invadem e sustentam o parênquima, dando suporte a glândula, além de conduzir vasos, nervos e ductos excretores.
2) Diferenciar ductos intralobulares, ductos interlobulares e ductos interlobares.
Os ductos intercalares são de epitélio simples pavimentos ou cúbico, e os núcleos estão muito próximos uns dos outros. Continuam como ductos intralobulares (ou estriados) de epitélio simples colunar com microvilos. Os núcleos são periféricos, pois a porção basal é preenchida com invaginações e mitocôndrias, conferindo um aspecto estriado nessa região. Esses dois ductos estão situados no interior dos lóbulos. Os ductos intralobulares confluem nos ductos interlobulares (ou excretores), que estão entre os lóbulos, nos septos de tecido conjuntivo, sendo constituídos por epitélio pseudoestratificado ou estratificado colunar. Os ductos que saem dos lóbulos unem-se formando ductos intralobares e interlobares.
3) Descrever os 2 tipos celulares que constituem o parênquima das glândulas salivares: células secretoras serosas e células secretoras mucosas.
Célulass serosas: forma piramidal, núcleo esférico e basal e citoplasma basófilo. REG e Complexo de Golgi bem desenvolvidos. Secretam solução aquosa com enzimas, IgA e lactoferrina. Arranjam-se em porções secretoras arredondadas (acinosas). Os grânulos de secreção são visíveis no citoplasma. Corte transversal é visualizado como ácinos serosos.
Células mucosas: núcleo basal e alongado, comprimido pela periferia das células pelas vesículas de glicoproteínas produzidas. Citoplasma não se cora e com aspecto reticulado. Tem menos mitocôndrias, um REG menos desenvolvido e um Complexo de Golgi maior. Suas células formam porções secretoras tubulares, que podem se ramificar e geralmente são delimitadas na extremidade por células serosas, resultando em glândulas tubuloacinosas. Corte transversal mostram células mucosas envoltas por uma meia lua serosa: os ácinos mistos.
4) Descrever a localização e as funções das células mioepiteliais.
Localiza-se em torno das porção secretora. Sua contração ajuda na expulsão da secreção. São células de revestimento com filamentos de actina e miosina
5) Citar o tipo de anticorpo presente nas secreções salivares e descrever a sua importância.
Imunoglobulina A (IgA), combate antígenos e microorganismos na luz do intestino, cavidade nasal, vagina e saco conjuntival.
6) Explicar a composição e as funções da saliva.
Seu maior componente é a água, aproximadamente 99%, sendo o restante é formado por componentes orgânicos e minerais que constituem a parte sólida da saliva.
As principais funções da saliva são: umidificar e lubrificar a mucosa oral e o alimento ingerido, iniciar a digestão de carboidratos e lipídios, secretar substâncias germicidas protetoras, como a IgA, a lisozima e a lactoferrina, manutenção de um pH neutro na cavidade oral e forma uma película sobre os dentes por meio de prolina que se liga ao cálcio e participação no processo de coagulação e cicatrização por causa dos fatores de coagulação e fator de crescimento da epiderme presentes na saliva.
7) Explicar o papel dos ductos intercalados e dos ductos estriados no processo de formação da saliva.
A saliva produzida pelas células acinosas (saliva primária) é isotônica com o plasma. Sendo modificada pelas células dos ductos estriados que removem íons sódio e cloreto e adicionam íons potássio e bicarbonato (saliva secundária), deixando-a hipotônica.
8) Diferenciar o epitélio dos ductos intercalados, estriados e interlobulares.
Ductos intercalados: constituídos por uma única camada de pequenas células cubóides e possuem algumas células epiteliais (epitélio simples pavimentoso​ ou cubóide).
Ductos estriados: constituídos por uma única camada de células colunares cubóides ou colunares baixas com muitas dobras na membrana basolateral (epitélio simples colunar com microvilos).
Ductos interlobulares: fazem a transição entre os ductos estriados de epitélio simples colunar e a cavidade oral com epitélio estratificado pavimentoso (epitelio pseudoestratificado ou estratificado colunar).
9) Diferenciar ao microscópio óptico e ao microscópio eletrônico as glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais.
- Glândulas parótidas:
M.O: glândula composta acinosa serosa, com cápsula e septos interlobulares, onde se identifica o ductos interlobulares, vasos e nervos. Presença de parênquima constituído de adenômeros acinosos serosos puros e ductos intercalares (bem desenvolvidos) e estriados.
M.E.: da região apical das suas células serosas mostra numerosos grânulos de secreção cheios de um produto eletrodenso, com uma porção central ainda mais densa.
- Glândulas submandibulares:
M.O.: glândula composta tubuloacinosa mista predominantemente serosa, presença de cápsula e septos interlobulares. Parênquima com adenômeros acinosos (serosos puros) ou tubuloacinosos (mucosos ou mistos com semiluas serosas)
M.E.: da porção apical das células serosas mostra produtos de secreção eletrodensos, com uma porção central mais densa, dentro de grânulos de secreção envolvidos por uma membrana.
- Glândulas sublinguais:
M.O.: glândula composta tubuloacinosa mista predominantemente mucosa. Observa a cápsula de tecido conjuntivo denso ordenado e os septos interlobulares finos. No parênquima com adenômeros tubuloacinosas mucosos ou mistos com semiluas serosas (pouco desenvolvidas).
M.E.: as células das semiluas serosas mostram acúmulos apicais de vesículas de secreção, porém não é eletrodensa.
10) Caracterizar ao microscópio óptico e ao microscópio eletrônico o pâncreas exócrino.
M.O.: formado por um sistema de ácinos serosos que são arredondados ou oval e agrupados entre si, núcleo bem evidente na região basal envolvido por citoplasma basófilo, que são os ergastoplasma, sendo a parte menos basófilas mais dispersas.
M.E.: célula acinosa do pâncreas apresenta formato poligonal, núcleo tem eucromatina ou não, é denso, indicando que a célula está em alta atividade. Próximo ao núcleo observa grande quantidade de REG (forma ergastoplasmas), com mitocôndrias espalhadas. Na região supranuclear apresenta grande quantidade de grânulos eletrodensos.
11) Caracterizar ao microscópio óptico o pâncreas endócrino.
 Composto por agregações esféricas de células, as ilhotas de Langerhans, que estão dispersas entre os ácinos. As células apresentam núcleo esférico ou ovóide e citoplasma rosa pálido com HE.
12) Qual a classificação glandular do pâncreas exócrino? Explique
O pâncreas exócrino é uma glândula tubuloacinosa composta, que produz um fluido rico em bicarbonato contendo proenzimas digestivas. As células acinosas formam ácinos redondos ou oval com a luz ocupada por 3 ou 4 células centroacinosas, início do sistema de ductos do pâncreas. A presença de células centroacinosas no centro do ácino é um aspecto que caracteriza está glândula.
13) Qual o motivo pelo qual o pâncreas pode apresentar dois ductos (ducto principal e ducto acessório)?
O pâncreas é formado por dois brotos, dorsal e ventral, que se originam do revestimento endotelial do duodeno. Enquanto o broto pancreático dorsal está no mesentério dorsal, o broto pancreático ventral se encontra próximo ao ducto biliar. Mais tarde, o parênquima e os sistemas de ductos dosbrotos pancreáticos dorsal e ventral se fundem. O ducto pancreático principal (de Wirsung) é formado pela porção distal do ducto pancreático dorsal e por todo o ducto pancreático ventral. A porção proximal do ducto pancreático dorsal é obliterada ou persiste como um pequeno canal, o ducto pancreático acessório (de Santorini). O ducto pancreático principal, junto com o ducto biliar, entra no duodeno no local da papila maior; a abertura do ducto acessório (quando existente) se encontra no local da papila menor. Em cerca de 10% dos casos, o sistema de ductos não se funde e persiste o sistema duplo original.
14) Descrever a ação da Colecistocinina e da secretina no pâncreas.
O epitélio do duodeno secreta dois hormônios que atuam sobre a porção exócrina do pâncreas: a secretina e a colecistocinina. A secretina atua sobre as células dos ductos, permitindo a secreção de um fluido rico em bicarbonato. A colecistocinina estimula a exocitose das enzimas pelas células serosas.
15) Descrever a histologia da vesícula biliar
A mucosa forma dobras quando a vesícula biliar está vazia. Epitélio simples colunar com microvilos, que aumentam a superfície para a absorção de água. Núcleo oval e basal. Presença de glândulas é restrita à região próxima ao ducto cístico- estas são tubuloacinosas mucosas. A túnica muscular é formada predominantemente por uma camada interna de fibras musculares lisas (longitudinal) e outra externa, pouco evidente, com fibras oblíquas. É recoberta pela serosa ou, na região em que está ligada ao fígado, pela adventícia de tecido conjuntivo denso não modelado bastante desenvolvido.
16) Citar os componentes e as funções da bile.
Componentes da bile: são dois os componentes principais -os ácidos biliares (provém da reabsorção intestinal) e a bilirrubina(digestão da hemoglobina pela células do sistema mononuclear fagocitário).
Funções da bile: papel importante na digestão e absorção de gorduras, pois os ácidos biliares contidos na bile emulsionam as grandes partículas em muitas partículas menores, cujas superfícies são atacadas pelas lípases do suco pancreático, e ajudam na absorção dos produtos finais da digestão de gorduras através da membrana mucosa intestinal; e serve também como um meio de excreção de diversos produtos do sangue, especialmente a bilirrubina e excessos de colesterol.
17) Explicar como a secretina auxilia na formação da bile.
A secretina auxilia na formação da bile quase que inteiramente por secreção de uma solução aquosa rica em bicarbonato de sódio pelas células epiteliais dos ductos biliares. O bicarbonato passa ao intestino delgado e soma-se ao do pâncreas para neutralizar o ácido clorídrico do estômago. Assim, o mecanismo de feedback da secretina, para neutralizar o ácido duodenal, opera através da secreção pancreática e da secreção pelos ductos hepáticos.
18) Descrever a histologia do fígado.
Maior glândula do corpo, totalmente envolvido pelo peritônio, que forma um epitélio pavimentoso simples cobrindo a cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, a cápsula de Glisson. Seus elementos de tecido conjuntivo são escassos, sendo mais composto por células parenquimatosas uniformes, os hepatócitos, que são arranjados em lóbulos hexagonais (lóbulos hepáticos clássicos). Presença de espaços porta (tríade) nos locais de encontro de 3 lóbulos, onde os elementos de tecido conjuntivo são mais abundantes, compondo a tríade portal têm os ramos da artéria hepática, ramos da veia porta e ductos biliares interlobulares
19)Caracterizar o endotélio dos capilares sinusoides.
Capilares sinusóides, localizados entre as placas celulares de hepatócitos, são vasos irregularmente dilatados, com diâmetro aumentado e possuem um caminho tortuoso (reduz a velocidade de circulação do sangue). O sinusóide é circundado e sustentado por fibras reticulares
Suas células endoteliais formam camada descontínua e são separadas por grandes espaços. O citoplasma possui fenestrações (orifícios nas paredes das células endoteliais) sem diafragmas, ou seja, não obstruídas. A lâmina basal é descontinua e há presença de macrófagos (células de Kupffer) entre as células.
20) Caracterizar o espaço perissinuisoidal de Disse.
Separa as células endoteliais dos hepatócitos. É um espaço subendotelial que contém microvilos dos hepatócitos, a extensa área da superfície destas microvilosidades facilita a troca de material entre o sangue e os hepatócitos. (Espaço de Disse age como um compartimento intermediário). 
No espaço de Disse são encontradas células de Ito-armazenam vitamina A. 
21) Caracterizar a célula estrelada de von Kupffer.
São macrófagos dos sinusóides. Localizadas na superfície luminal das células endoteliais. De onde removem hemácias velhas e fagocitam bactérias, vírus e substâncias estranhas.
22) Diferenciar a circulação nos capilares sinusoides e nos canalículos biliares.
A circulação nos capilares sinusóides ocorre quando o sangue chega, seu fluxo diminui consideravelmente e ele é filtrado lentamente e dirige-se para a veia central. Já nos canalículos biliares a circulação ocorre por canais que conduzem a bile entre os hepatócitos para a periferia dos lóbulos clássicos.
23) Descrever a ultraestrutura de um hepatócito, correlacionando com as suas funções.
Quando observados por microscopia de luz, apresentam citoplasma granular (citoplasma eosinófilo) devido às mitocôndrias e ao reticulo endoplasmático rugoso. Além disso, os grânulos de glicogênio e as gotículas lipídicas conferem-lhe um aspecto vacuolizado. Devido a sua função de metabolização e desintoxicação, há grande quantidade de lisossomos e peroxissomos e um complexo de golgi bastante desenvolvido. 
24) Conceitue: 
a) esteatose hepática: acumulo de lipídios no hepatócito (trialcilglicerol aumentado acumula no fígado). Provoca inflamação capaz de evoluir para hepatite gordurosa, cirrose e CA.
b) hepatite: O descontrole metabólico promove faz com que a bomba de ions fique descontrolada, resultando em afluência de agua para dentro do hepatócito e inchaço do fígado, fazendo com que ocorra a hipertensão portal e a distorção da arquitetura hepática.
c) cirrose: processo irreversível que resulta na falência do fígado. Ocorre quando os hepatócitos são agredidos e sofrem uma fibrose difusa (fígado doente as células de Ito se proliferam e adquirem características de miofribroblastos) e formação de nódulos, modificando a arquitetura hepática. Os danos hepáticos podem ocorrer por agentes como etanol, drogas, hepatite viral e doença hepática autoimune. 
d) colelitíase: a formação de cálculos biliares acontece pela produção de bile supersaturada com colesterol, por infecção biliar, por doença hemolítica e pela diminuição de fosfolipídios ou de ácidos biliares da bile. Os cálculos provocam um processo inflamatório e podem migrar para os ductos biliares.

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