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teoria platônica da beleza

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 
CAMPUS I 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE JORNALISMO 
COMPONENTE: ESTÉTICA DA COMUNICAÇÃO 
DOCENTE: KLEYTON CANUTO 
 
ANNA CAROLINA ANDRADE DE ARAÚJO 
JOANDERSON LUCAS DO CARMO 
 
 
 
 
 
FICHAMENTO ANALÍTICO 
TEORIA PLATÔNICA DA BELEZA 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINA GRANDE – PB 
2021 
 
 
 
Teoria Platônica da Beleza - O que seria o belo para Platão? 
A beleza na visão de Platão está diretamente relacionada a menor ou maior comunicação 
que a matéria possua com a Beleza Absoluta. Em sua teoria, ele defende que o universo é 
dividido em dois mundos: o das Ideias e o das Ruínas. Sendo assim, o das Ruínas seria este 
em que vivemos agora, já o das Ideias seria o mundo em forma, o lugar onde nossa alma 
teve origem e está conectada ao puro, imutável e belo. Para Platão, a beleza estaria ligada a 
verdade, ao bem, e as leis morais. 
O Mundo das Ideias Puras 
Considerando a visão de mundo do filósofo, ao enxergar a divisão do universo, Platão 
acreditava que o mundo em ruínas é este que está diante dos nossos olhos, definido pela 
decadência, feiura, ruína. Já o mundo em forma, é o das essências, das Ideias Puras, onde 
tudo é considerado belo. Esse seria um lugar inteligível, composto por ideais perfeitas, 
eternas, imutáveis. 
A Reminiscência 
Na teoria da Reminiscência, a contemplação da beleza seria uma recordação. Para Platão, o 
ser humano é formado por uma parte mortal: o corpo, e uma imortal: a alma. Sendo assim, 
quando nossa alma habitava o mundo das ideias, ela possuía todo conhecimento necessário, 
era pura. 
Porém, ao conectar-se com o corpo, a alma esquece tudo aquilo que viveu no mundo em 
forma. A Reminiscência, seria a lembrança do que nossa alma já visualizou quando estava 
no mundo inteligível. Ou seja, adquirir conhecimento neste mundo em que vivemos seria nada 
mais do que lembrar-se daquilo que já vivenciamos em outro mundo. 
“O Banquete” e o “Fedro” 
O diálogo de Platão “O Banquete” e o “Fedro” é o que mais faz referência à Beleza. No mito 
“Parelha Alada” é exemplificado a Teoria Platônica da Beleza. Nele, Platão cita que o caminho 
para se elevar a alma é o amor. Tendo em vista que no princípio os seres humanos eram 
todos andróginos, e ao serem separados em duas metades, cada alma vive por procurar a 
sua ‘parelha’. 
De início, os ditos “indivíduos inferiores” eram aqueles que buscavam o amor físico, aquele 
que contempla apenas o corpóreo e se satisfaziam com esse. Em contra partida, um homem 
superior seria aquele que descobre que a beleza existente em um corpo, pode ser encontrada 
em outro corpo em semelhança, fazendo perceber que a beleza de todos os corpos é uma 
só. O amador então, passaria a amar todos os corpos, enxergando não o aspecto físico, mas 
a beleza que existe ali, mais precisamente na alma. 
O Caminho Místico 
O caminho místico de Platão é bem mais do que o corpo poderia expressar, para ele, a beleza 
exterior tinha prazo de validade, o que prevalece é o amor, a sensibilidade da alma é o 
caminho para o mundo das ideias. 
 
 
A Beleza Absoluta 
Para Platão a beleza existe dentro de si mesmo, não pode se desgarrar do homem, a beleza 
natural seria a coisa mais excepcional no homem, o que para muitos a beleza é algo relativo, 
que costuma ser julgado pelo homem como algo bonito e feio, algo atraente e rústico, é sobre 
a beleza interna, a essência que não acaba nunca. 
Essa é a beleza absoluta do homem, a beleza intangível, imutável que vem de dentro para 
fora, então é uma beleza que não pode ser desligada do homem, já que é algo interno. 
Reminiscência e o Mênon 
Como já dito, essa é a teoria das Ideias, para Platão o ser humano era formado de uma parte 
mortal, que é o corpo limitado, o saber; e a parte imortal, que seria a alma. Antes mesmo de 
sermos nós, Platão dizia que nossa alma já permeia o mundo das ideias. 
Então conceitua a reminiscência como algo que se pode associar a memórias, recordações, 
seria uma representação mental de uma situação, de algo que teve relevância no passado.

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