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Trocas gasosas • Função primária do pulmão: troca gasosa. • O equilíbrio entre a ventilação e o fluxo sanguíneo nas várias regiões do pulmão é essencial para a troca gasosa adequada. (F.R) • Processo de difusão simples de O2 e CO2 que ocorre entre os alvéolos e os capilares sanguíneos. • Dependente do equilíbrio entre a ventilação pulmonar e a perfusão dos capilares alveolares. • Fatores que determinam a eficiência das trocas gasosas: difusão, ventilação, perfusão e relação ventilação/perfusão (V/Q) -> Nos capilares há trocas gasosas, indo o O2 para os tecidos e o CO2 para o plasma -> alta pressão parcial de gás carbônico -> acidose. -> Ventilação alveolar: entrada e saída de ar dos alvéolos. -> Perfusão: quantidade de sangue que chega aos pulmões. Transporte de oxigenio do ar para os tecidos • PO2 sofre redução conforme o gás se move da atm na qual vivemos para as mitocôndrias, onde é utilizado. (F.R) • PO2 do gás inspirado é de aprox. 150. No momento em que o O2 alcança o alvéolo, a PO2 cai para em torno de 100 mmHg, ou seja, um terço. Isso ocorre porque a PO2 do gás alveolar é determinada pelo equilíbrio entre dois processos: de um lado, a remoção de O2 pelo sangue capilar pulmonar; do outro, a renovação contínua pela ventilação alveolar. • Quando o sangue arterial sistêmico chega aos capilares teciduais, o O2 se difunde para a mitocôndria, onde a PO2 é muito mais baixa. • A PO2 do “tecido” provavelmente difere de forma considerável pelo corpo, e, pelo menos em algumas células, a PO2 é tão baixa quanto 1 mmHg. Entretanto, o pulmão constitui uma ligação fundamental na cadeia do transporte de O2, e qualquer redução da PO2 do sangue arterial resulta em PO2 tecidual mais baixa, mesmo que outros processos sejam iguais. Pelas mesmas razões, o comprometimento das trocas gasosas pulmonares promove a elevação da PCO2 do tecido. Difusao dos gases FATORES RELACIONADOS À DIFUSÃO: 1. Gradiente de pressão parcial dos gases -> quanto maior o gradiente, maior a possibilidade de difusão! 2. Solubilidade dos gases -> o gás carbônico é muito mais solúvel em água do que o oxigênio! -> Em caso de hipóxia há redução da quantidade de O2 e devido á solubilidade desse gás ser baixa, mesmo com o aumento da inspiração a homeostase não é regulada. C6H12O6 + 6O2 = ¨6CO2 + 6H2O 3. Área de difusão -> alvéolos que apresentam danos diminuem a área de troca! 4. Distância -> edemas e membranas mais espessas dificultam a difusão! 5. Peso molecular -> quanto menor o peso molecular, maior a possibilidade de difusão. LEI DE FICK EXEMPLOS DE FATORES QUE AFETAM A DIFUSÃO DEMAIS FATORES QUE LEVAM À HIPOXEMIA • SHUNT OU DERIVAÇÃO FISIOLÓGICA: passagem de sangue por área pouco ou não ventilada. • ATELECTASIA: pouca ventilação e perfusão normal • TEP: pouca perfusão e ventilação normal RELAÇÃO VENTILAÇÃO/PERFUSÃO • A relação V/Q ideal é igual ou mais próxima possível de 1, chegando sangue e gases necessários para os tecidos. • Em áreas que a ventilação se sobrepõe a perfusão a razão vai ser maior que 1. • Em áreas que a perfusão se sobrepõe a ventilação a razão vai ser menor que 1. Pressoes parciais dos gases no trato respiratorio Trocas gasosas • Diferenças de P02 e PCO2 são determinantes para a troca. Além disso, a Patm (ventilação) e Psangue (perfusão) influenciam na facilidade ou dificuldade da troca gasosa. -> Ventilação pulmonar total: representa o movimento físico do ar para dentro e para fora do trato respiratório, mas é um bom indicador de quanto ar “novo” alcança a superfície de troca alveolar? Não necessariamente. -> Uma parte do ar que entra no sist. Resp. não alcança os alvéolos, uma vez que parte do ar de cada ciclo ventilatório permanece nas vias aéreas condutoras, como a traqueia e os brônquios. Como as vias aéreas condutoras não trocam gases com o sangue, elas são denominadas espaço morto anatômico. • ESPAÇO MORTO ANATÔMICO -> onde tem ar, mas não tem troca (função de condução e não troca). • ESPAÇO MORTO ALVEOLAR -> alvéolos tem ar, mas não trocam por que falta perfusão. • ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO -> os espaços mortos alveolar e anatômico juntos. Zonas pulmonares Em posição ortostática: • ZONA 1: mais próxima ao ápice do pulmão; pulmão mais ventilado que perfundido. Relação V/Q elevada -> maior espaço morto fisiológico (maior ventilação e menor perfusão – ação da gravidade). • ZONA 2: Relação V/Q ideal -> trocas gasosas “ideais”. Principal zona em pulmão saudável . • ZONA 3: Relação V/Q reduzida -> derivação fisiológica -> embora a ventilação seja superior à verificada na zona 1, a perfusão é bem maior, fazendo com que a relação seja reduzida! Zonas de west • ZONA 1: 1. Menor efeito da gravidade entra menos ar, menor ventilado. 2. PA (pressão alveolar) > Pa (pressão arterial) --> alvéolos pressionam vaso antes de chegar na região de troca -> tendência a comprimir as arteríolas -> fluxo sanguíneo reduzido. 3. Como Pa > Pv (pressão venosa) –> ainda há fluxo sanguíneo • ZONA 2: 1. Pa > PA -> perfusão melhorada. Sangue chega à região de trocas gasosas e diminui a velocidade depois da região de troca. 2. Neste caso, os alvéolos comprimem as vênulas (PA > Pv). • ZONA 3: 1. PA é a menor de todas -> não comprime nenhum vaso -> perfusão (fluxo sanguíneo maior, não recebe muito O2, “shunt”) facilitada e a ventilação é a maior de todas as zonas (relação V/Q menor -> perfusão muito alta). • Pacientes com enfisema há destruição das paredes alveolares e de capilares, afetando a perfusão e aumentando a relação V/Q. • Pacientes com asma há redução da ventilação e redução à relação V/Q. Resumindo: quatro causas de hipoxemia HIPOVENTILAÇÃO • Nível da PO2 alveolar é determinado pelo equilíbrio entre a taxa de remoção de O2 pelo sangue (a qual é determinada pela demanda metabólica dos tecidos) e a renovação de O2 pela ventilação alveolar. Assim, se a ventilação alveolar for anormalmente baixa, a PO2 alveolar cai. Por motivos similares, a PCO2 se eleva. Isso é conhecido como hipoventilação. • Causas de hipoventilação: fármacos, como a morfina que deprimem o estímulo central aos mm. respiratórios, danos à parede torácica ou paralisia dos mm. respiratórios e alta resistência para mobilizar o ar (ex: ar muito denso em grandes profundidades de água). A hipoventilação sempre -> Em decúbito (deitado): muda o padrão ventilatório do pulmão, as zonas tendem a ficar mais uniformes. promove aumento de PCO2 alveolar e, consequentemente, PCO2 arterial. LIMITAÇÃO DA DIFUSÃO • Embora a PO2 do sangue se eleve próxima daquela do gás alveolar à medida que o sangue passa pelo capilar pulmonar, a PO2 do sangue nunca consegue realmente alcançar aquela do gás alveolar. Sob condições normais, a diferença entre a PO2 do gás alveolar e a do sangue capilar final resultante da difusão incompleta é incalculavelmente pequena. • A diferença pode se tornar maior durante o exercício ou com o espessamento da membrana alvéolo-capilar ou em caso de inalação de mistura pobre em O2. SHUNT • Se refere ao sangue que entra no sistema arterial sem passar pelas áreas ventiladas do pulmão. DESEQUILÍBRIO ENTRE VENTILAÇÃO-PERFUSÃO • Em caso de desequilíbrio entre a ventilação e o fluxo sanguíneo em várias regiões do pulmão, o resultado será o comprometimento da transferência tanto de O2 quanto de CO2. • A concentração de O2 (ou melhor, PO2) em qualquer unidade pulmonar é determinada pela razão entre a ventilação e o fluxo de sangue. Isso é verdade não apenas para O2, mas também para CO2, N2 e qualquer outro gás que esteja presente nas condições do estado de equilíbrio. • À medida que ocorrem alterações na relação ventilação-perfusão da unidade, a composição gasosa se aproxima daquelado sangue venoso misto ou do gás inspirado. Troca gasosa regional no pulmao • A ventilação aumenta lentamente da região superior para a inferior do pulmão, e o fluxo sanguíneo, com mais rapidez. Em consequência disso, a relação v/q é anormalmente alta na parte superior do pulmão (onde o fluxo de sangue é mínimo) e muito menor na base. • Essa relação v/q é alta no ápice, de modo que esse ponto é encontrado direcionado para a extremidade direita da linha, enquanto o ponto da base do pulmão se localiza à esquerda do normal. Está claro que a PO2 dos alvéolos (eixo horizontal) diminui notavelmente de cima para baixo no pulmão, enquanto a PCO2 (eixo vertical) aumenta muito menos. • A relação v/q diminui nas regiões pulmonares interiores, e todas as diferenças entre as trocas gasosas decorrem desse fato. • A contribuição mínima para a captação de O2 em geral realizada no ápice pode ser principalmente atribuída ao fluxo sanguíneo muito baixo nessa região. A diferença no débito de CO2 entre o ápice e a base é muito menor, pois pode se mostrar mais intimamente relacionada com a ventilação. • Em consequência disso, a razão de troca respiratória (eliminação de CO2/captação de O2) é mais elevada no ápice do que na base. -> Com o exercício, quando a distribuição do fluxo sanguíneo se torna mais uniforme, o ápice assume uma parcela maior da captação de O2. Ref: WEST, J. B. Fisiologia respiratória: princípios básicos – 9ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. CAP 5 Aluna: Iasmim Araújo Xavier Fonseca – Medicina UNINOVE
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