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ENFERMAGEM / UNOPAR DIOGO DA SILVA ELIANE MAFRA JULIANA MIOR MAYSE TOMAZ SIMONE MARIANO DE SOUZA DOENÇAS PARASITÁRIAS Balneário Piçarras 2021 Balneário Piçarras 2021 DIOGO DA SILVA ELIANE MAFRA JULIANA MIOR MAYSE TOMAZ SIMONE MARIANO DE SOUZA Trabalho de Portfolio Apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Atividades Interdisciplinares. Tutora Presencial: Ivia Rodrigues. Tutora a Distância: Patrícia Juliane Bin Luiz do Nascimento. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 DESENVOLVIMENTO 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 13 REFERÊNCIA 14 3 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como temática o estudo de doenças parasitarias e com a produção de alimentos tem se tornado um desafio constante, ainda mais em pequenas propriedades rurais que tem de competir com grandes produtores de frigoríficos que estão no mercado da atualidade. A busca por qualidade na forma de alimentos mais saudáveis e sem contaminantes relacionados a defensivos agrícolas tornou-se um fator que influencia no preço e na competitividade. Porém, para isso o cuidado com relação a presença de microrganismos patogênicos e parasitas deve ser ainda maior. As doenças parasitárias decorrem da presença de macroparasitas ou microparasitas, e envolvem em seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem. De modo geral, podem ser transmitidas de diferentes formas como: água ou alimentos contaminados, picadas ou fezes de insetos ou outros animais, sexualmente, através de transfusão sanguínea e transplante de órgãos, de mãe para filho durante a gestação. Yvanna Carla de Souza Salgado (2019) apesar dos avanços relacionados às medidas preventivas, controle e tratamento, e da diminuição significativa dos níveis de mortalidade as doenças parasitárias ainda constituem um problema sério de Saúde Pública no Brasil. A incidência das parasitoses tem relação direta com as condições socioeconômicas, com hábitos alimentares e de higiene, crescimento populacional, com saneamento básico, aspectos climáticos, educação, entre outros. 4 2. DESENVOLVIMENTO DESAFIO 1: PENSANDO NA TEMÁTICA PROPOSTA, REFLITAM SOBRE AS COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO SISTEMA DIGESTÓRIO RELACIONANDO AS QUESTÕES DE PERDA DE PESO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES. Conforme foi percebido por Vera recentemente suas filhas têm apresentados alguns sintomas como perda de peso, irritação, cansaço, enjoos, diarreia e dor abdominal, sintomas esses diagnosticados por teníase e cisticercose, doenças parasitarias que são duas doenças distintas com sintomas e epidemiologia totalmente diferentes, apesar de serem causadas pela mesma espécie de cestódeo (parasita), a teníase é causada pela Taenia solium e/ou pela Taenia saginata, também conhecida como solitária, já a cisticercose é causada pelas larvas dessas espécies de parasitas. A teníase é adquirida pelo homem quando ele ingere carne o cisticerco (larva) e este evolui para a forma adulta no intestino delgado. O verme adulto se fixa e começa a expelir os ovos e proglótides, que são excretados nas fezes humanas e podem contaminar o solo, a água e os alimentos. As infecções intestinais muitas vezes são assintomáticas e só são notadas quando o paciente observa a eliminação de proglotes pelas fezes, assim quando o indivíduo é sintomático, as manifestações podem ser dores ou desconfortos abdominais leves, náusea, alteração do apetite, flatulência, diarréia ou obstipação, em alguns casos, podem causar perda de peso ou alteração de crescimento e desenvolvimento em crianças, raramente, há complicações como apendicite, obstrução do colédoco ou ducto pancreático devido ao crescimento exagerado do parasito. A teníase geralmente é assintomática. Como não há invasão das mucosas, a maioria das manifestações clínicas ocorrem devido a presença do verme no intestino associada a competição por nutrientes entre o parasito e o hospedeiro assim causando a perda de peso conforme já relato por Vera, além disso, a absorção dos excretos do verme pode causar alguns sintomas como cefaléia e irritabilidade. Sendo assim, o sintoma mais comum é a dor abdominal inespecífica, mas podem ocorrer também náuseas, adinamia, perda de peso, alterações no apetite, obstipação intestinal ou diarreia e prurido do orifício retal. Na teníase por T. saginata pode ocorrer sintomas abdominais agudos devido a migração das proglotes seguida 5 por obstrução do apêndice ou vias biliares e pancreáticas. Uma manifestação psicologicamente perturbadora ocorre quando as proglotes migram para fora do orifício retal alcançando a pele ou roupa. 6 DESAFIO 2: UMA DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS OCASIONADAS PELA PARASITOSE EM QUESTÃO É A DOR DE CABEÇA, PROVAVELMENTE EM DECORRÊNCIA DO AUMENTO DA PRESSÃO INTRACRANIANA. COM A PROGRESSÃO DA DOENÇA PODE OCORRER TAMBÉM O QUADRO DE HIDROCEFALIA. COM RELAÇÃO A ESSA TEMÁTICA, RELACIONE A PRESENÇA DO PARASITA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL COM A OCORRÊNCIA DA HIDROCEFALIA E O AUMENTO DA PRESSÃO INTRACRANIANA. Durante a espera dos resultados, Mariana apresentou novos sintomas como dores de cabeça, confusão mental e convulsão sendo esses sintomas causados pela Cisticercose, que por sua contaminação ao ingerir ovos viáveis da tênia, estes chegam ao estômago e liberam o embrião que atravessa a mucosa gástrica, vai para a corrente sanguínea e se distribui pelo corpo, pode alcançar diversos tecidos como músculos, coração, olhos e cérebro, aonde irá se desenvolver o cisticerco, ao atingir o cérebro causam a Neurocisticercose, que é a forma mais grave da infecção. A neurocisticercose possui grande incidência no Brasil, ocasionando convulsões, hipertensão intracraniana ou somente distúrbio psiquiátrico inicialmente, após o quadro de deficit do sistema nervoso central dependerá da localização do Cisticerco no cérebro. O Cysticercus cellulosae, larva da Taenia solium, que foi antes ingerida como ovo, atravessa a mucosa do estômago, penetra na corrente sanguínea e dissemina- se pelo organismo do hospedeiro, incluindo o sistema nervoso. As localizações na parede ventricular e no plexo coróide determinam obstrução ao fluxo liquórico, levando à hidrocefalia, em pacientes com quadro de hidrocefalia estão presentes também hipertensão intracraniana, cefaléia, pré meningoencefalite/meningite, epilepsia, acidente vascular cerebral e compressão radicular. Os cisticercos podem permanecer soltos no interior dos ventrículos e subitamente, as vezes devido a um movimento da cabeça, deslocam-se em direção dos orifícios e canais estreitados do sistema ventricular, assim bloqueando o trânsito liquórico, com isso desencadeia-se uma síndrome de hipertensão intracraniana aguda. 7 As reações inflamatórias se processamtambém à distância do parasitário e podem ser intensas, a leptomeninges, principalmente na cisticercose racemosa da fossa posterior, se espaçam e tomam aspecto opalescente e leitoso, estabelecendo aderências com formações vizinhas, assim ocluindo os orifícios de Luschka e Magendie ou bloqueando o trânsito liquórico através das cisternas basais, impedindo a reabsorção ao nível dos corpulos de Pacchioni, assim propiciando outro mecanismo afora o bloqueio ventricular, para a constituição de hidrocefalia interna. As formas hipertensivas são as mais frequentes nas formas puras o paciente se queixa de cefaleia, vômitos, distúrbios visuais, vertigens que evoluem paroxisticamente ou de modo progressivo, os exames neurológicos não revelam sinais focais mais, porém, quando a hipertensão e intensa há comprometimento do estado da consciência. O edema cerebral pode determinar o aparecimento de hérnias temporárias ou cerebelares, as primeiras comprimindo o mesencéfalo contra a borda livre da tenda do cerebelo, podendo provocar hemiplegias ipsilaterais ou paralisias oculares, as segundas terão graves distúrbios cárdio respiratórios e por descerebração e morte, raramente complicações irredutíveis. Em cerca de 2/3 a hipertensão intracraniana se associa a manifestações convulsivas e sinais neurológicos de outra natureza, dada a variedade possibilidade de localização dos cistos parasitários, seja no parênquima nervoso, ou seja nas cavidades ventriculares ou nos espaços subaracnóides e evidente que a sintomatologia nestes casos será extraordinariamente polimorfa, simulando assim tumores dos hemisférios cerebrais, do tronco encefálico, do cérebro, neurinomas do ângulo ponto cerebelar, tumores da região selar. 8 DESAFIO 3: EXPLIQUE QUAL A RELAÇÃO DA DOENÇA COM OS PROCESSOS INFLAMATÓRIOS (OU RESPOSTA IMUNE INFLAMATÓRIA) DESENVOLVIDOS E COMO ELES OCORREM Para Guimarães (2010) a cisticercose é uma doença pleomórfica pela possibilidade do cisticerco alojar-se em diversas partes do organismo, como tecidos musculares ou subcutâneos (cisticercose muscular) glândulas mamárias (mais raramente); globo ocular (cisticercose ocular) e com mais frequência no sistema nervoso central (neurocisticercose), inclusive intramedular, o que traz maiores repercussões clínicas. Guimarães (2010) afirma que ma vez que os cisticercos se estabelecem no tecido nervoso, ocorre uma degeneração, que é desencadeada pelo sistema imune do hospedeiro, atingindo graus de desenvolvimento que são caracterizados como etapa vesicular, vesicular coloidal, granular-nodular e etapa nodular calcificado. Independente de sua localização, ocorrerá um processo inflamatório intenso nos tecidos atingidos, quer no espaço subdural, onde é dificultada a absorção de líquido cefalorraquidiano, no plexo coroide ou na parede ventricular, ocasionando obstrução ao fluxo liquórico. O parasita é, no organismo, um corpo estranho vivo que gera reações teciduais e humorais. Inicialmente, em torno dele, ocorre uma reação inflamatória com polimorfonucleares neutrófilos, basófilos e linfócitos. Posteriormente, há proliferação das fibras conjuntivas que se dispõem para formar a membrana adventícia em volta do parasito Guimarães (2010). Para Sales (2017) os sintomas mais comuns da neurocisticercose são convulsões, cefaleia, hipertensão intracraniana, hidrocefalia, demência, meningite, síndrome medular e alterações psíquicas. As localizações na parede ventricular e no plexo coroide determinam obstrução ao fluxo liquórico, levando à hidrocefalia. Em pacientes com quadro de hidrocefalia estão presentes também hipertensão intracraniana, cefaleia, meningoencefalite/meningite, epilepsia, acidente vascular cerebral e compressão radicular Como parte da resposta inflamatório segundo Sales (2017) observa-se a infiltração de células inflamatórias, provenientes do sangue para o local da infecção, 9 com destruição tecidual. Com relação aos mediadores químicos liberados na neurocisticercose observa-se níveis aumentados de interleucina (IL) 6 e IL-1 no líquido cérebro-espinhal e IL-5 no soro. Ao redor dos cistos observa-se citocinas do tipo Th1 e Th2. Assim, a resposta inflamatória nessa patologia é um mecanismo de proteção do cérebro e estruturas associadas, ocorrendo pela liberação de citocinas e quimiocinas pelo sistema imunológico. As diferentes localizações dos cisticercos no sistema nervoso central, vitalidade do paciente, o tamanho, idade e número, o estágio da evolução e suas reações sobre o hospedeiro e a resposta imune de cada hospedeiro determinam a variabilidade dos sinais e sintomas clínicos da neurocisticercose Guimarães (2010). Para Sales (2017) a presença do parasito no sistema nervoso central (SNC) desencadeia uma resposta inflamatória, causando desmielinização da substância branca, proliferação glial e infiltração de células. Na verdade, isso ocorre principalmente na fase coloidal do parasito no SNC, na qual há uma resposta inflamatória intensa como tentativa de reter a ação do parasito. Nessa reação inflamatória intensa observa-se um infiltrado inflamatório essencialmente com células mononucleares e presença de edema. 10 DESAFIO 4: O GRANDE DESAFIO ATUAL É PERMANECER ATENTO ÀS CONSTANTES MUDANÇAS NA ÁREA DA SAÚDE, COMO: NOVOS TRATAMENTOS, DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE CUIDADO, ALÉM DE INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS. NESTE SENTIDO, VOCÊ ENQUANTO FUTURO ENFERMEIRO PRECISA SABER UTILIZAR FERRAMENTAS QUE POSSAM AUXILIÁ-LO NA BUSCA POR INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS. POR ISSO, O DESAFIO SERÁ PESQUISAR ARTIGOS CIENTÍFICOS QUE ABORDEM A TEMÁTICA APRESENTADA NA SITUAÇÃO-PROBLEMA “CISTICERCOSE” Artigo 1:Título - Os autores: Panziera, Welden; Vielmo, Andréia; Lorenzo, Cíntia De; Heck, Lilian C; Pavarini, Saulo P; Sonne, Luciana; Soares, João F; Driemeier, David. - Os objetivos do estudo: Estudar as caracterizações das lesões parasitárias de ovinos observadas na linha de abate. - Materiais e métodos utilizados: Considerando a possibilidade de erros na identificação das lesões e a necessidade de melhorar o diagnóstico, o objetivo desse trabalho foi caracterizar macroscopicamente e microscopicamente as principais lesões parasitárias observadas em ovinos na linha de abate. Os materiais foram colhidos durante duas visitas a um matadouro frigorífico de ovinos no estado do Rio Grande do Sul, que se totalizaram 161 amostras com lesões parasitárias de ovinos em diferentes órgãos. - Resultados encontrados: Das 161 amostras, 25,5% correspondiam a hidatidose, e os cistos hidáticos foram observados, predominantemente, nos pulmões (46,3%) e fígado (41,5%). Ao corte, os cistos demonstraram três padrões morfológicos cistos uniloculares viáveis (34%); cistos multivesiculares viáveis (31,7%); e cistos hidáticos (uniloculares e multivesiculares) degenerados (34%). As lesões de cisticercose por C. ovis (22,4%) foram visualizados no coração (63,9%), língua (13,9%), músculo masseter (11,1%) e diafragma (11,1%). Morfologicamente os cisticercos foram classificados em vivos (viáveis), degenerados e mineralizados. As alterações devem ser avaliadas com o intuito principal de reconhecer a sua capacidade infecciosa. Além disso, é fundamental o conhecimento dos locais anatómicos mais comuns em que cada alteração geralmente costuma ocorrer. O primeiro artigo teve como objetivo de estudar as caracterizações das lesões https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:11 parasitárias de ovinos observadas na linha de abate, assim os materiais foram colhidos durante duas visitas a um matadouro frigorífico de ovinos no estado do Rio Grande do Sul, que se totalizaram 161 amostras com lesões parasitárias de ovinos em diferentes órgãos. As alterações observadas incluíam hidatidose, cisticercose por Cysticercus ovis, cisticercose por Cysticercus tenuicollis, sarcocistose (morfologia compatível com Sarcocystis gigantea), fasciolose (Fascíola hepática) e esofagostomose. Das 161 amostras, 25,5% correspondiam a hidatidose, e os cistos hidáticos foram observados, predominantemente, nos pulmões (46,3%) e fígado (41,5%). Morfologicamente os cisticercos foram classificados em vivos (viáveis), degenerados e mineralizados, assim as lesões hepáticas caracterizavam-se macroscopicamente por espessamento variável dos ductos biliares por fibrose e ocasionalmente havia exemplares de F. hepática no lúmen dos ductos. As alterações devem ser avaliadas com o intuito principal de reconhecer a sua capacidade infecciosa. Além disso, é fundamental o conhecimento dos locais anatómicos mais comuns em que cada alteração geralmente costuma ocorrer. Artigo 2: Título - Os autores: Teixeira, José Luís Rodrigues; Recuero, Ana Lúcia Coelho; Brod, Claudiomar Soares. - Os objetivos do estudo: Estudar ambispectivo de coorte da cisticercose bovina em abatedouros com Serviço de Inspeção Municipal (SIM) na região sul do Rio Grande do Sul, Brasil. - Materiais e métodos utilizados: Estudo de abatedouros com Serviço de Inspeção Municipal (SIM) do município de Pelotas-RS. No período de 2009 a 2013, os batedouros com Serviço de Inspeção Municipal (SIM) do município de Pelotas-RS abateram 15.408 bovinos, identificando-se 389 com cisticercose, o que representou a prevalência média de 2,5 por cento. - Resultados encontrados: distribuição temporal da prevalência revelou as maiores frequências, com diferenças significativas, nos meses de maio e dezembro, com uma razão de chances (OR) de1,35 (1,06 < OR < 1,71), ?2 = 6,32 e valor de p = 0,0113. Retornando 18 semanas dos períodos de maior prevalência para investigar https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au: 12 as causas de contaminação ambiental, identificou-se que os meses de julho, janeiro e fevereiro, no período 2009 a 2013, tiveram precipitações pluviométricas superiores a 100 mm, o que constitui um fator de dispersão de ovos de Taenia saginata. Os batedouros com SIM são abastecidos com poucos animais provenientes de pequenas propriedades, principalmente de agricultura familiar. Estas propriedades incrementam a mão de obra especialmente nos meses de julho, dezembro, janeiro e fevereiro, quando os filhos dos agricultores se encontram em período de férias escolares e ajudam no manejo dos animais e na agricultura. Portanto, aumenta a concentração de provável fonte de infeção no campo. No cálculo do índice endémico da cisticercose bovina por meio do critério do quartil, baseado nos dados retrospectivos do período de 2009 a 2013, o terceiro quartil (zona de alerta) apresentou prevalências esperadas refletindo a descrição acima. O segundo artigo foi realizado no período de 2009 a 2013, os batedouros com Serviço de Inspeção Municipal (SIM) do município de Pelota-RS abateram 15.408 bovinos, identificando-se 389 com cisticercose, o que representou a prevalência média de 2,5 por cento, assim retornando 18 semanas dos períodos de maior prevalência para investigar as causas de contaminação ambiental, identificou-se que os meses de julho, janeiro e fevereiro, no período 2009 a 2013, tiveram precipitações pluviométricas superiores a 100 mm, o que constitui um fator de dispersão de ovos de Taenia saginata. Portanto, aumenta a concentração de provável fonte de infeção no campo. No cálculo do índice endémico da cisticercose bovina por meio do critério do quartil, baseado nos dados retrospectivos do período de 2009 a 2013, o terceiro quartil (zona de alerta) apresentou prevalências esperadas refletindo a descrição acima. 13 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após realização deste trabalho podemos ver que atualmente o Brasil é um dos campeões das doenças decorrentes da falta de saneamento básico, apresentando números alarmantes, o quadro de parasitismo causado por protozoários e helmintos é um dos mais graves problemas de saúde no mundo, tais problema afeta principalmente as populações de baixa renda, que vivem em condições precárias de saneamento básico e higiene, além disso as crianças com idade escolar representam a maioria dos afetados, com graves consequências ao seu crescimento e desenvolvimento físico e mental. As pesquisas revelaram que as manifestações clínicas são múltiplas e dependem do tipo de helminto infectante, do grau de parasitismo, da condição de saúde e quadro de sintomatologia do indivíduo, em virtude das adaptações do parasita ao organismo humano, o estado assintomático continua sendo a principal característica dessas doenças. Os dados epidemiológicos mostraram que a prevalência de parasitoses está relacionada às condições socioeconômicas dos indivíduos, para a necessidade de fortificação de campanhas sociais inclusivas, difusoras do saneamento básico, além de uma boa educação, objetivando um bom tratamento com os alimentos e a higiene pessoal. Neste contexto, a participação efetiva dos órgãos de saúde pública, somada a uma atuação multiprofissional, é imprescindível para que o atendimento competente e um tratamento eficaz, e que aliadas aos procedimentos clínicos disponíveis, as medidas de prevenção e promoção da saúde compõe o método mais eficiente para a efetivação de uma saúde pública de qualidade. 14 REFERÊNCIAS PORTAL REGIONAL DA BVS. Informações e conhecimento para a saúde. São Paulo, 2020. Disponível em: https://bvsalud.org/. Acesso em: 20 fev. 2020. FREI, F. et al. M. Parasitoses intestinais. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n12/21.pdf . Acesso em 20 fev. 2020. GUIMARÃES, R. R. et al. Neurocisticercose: atualização sobre uma antiga doença. Rev. Neurocienc., v.18, n. 4, p. 581-594, 2010. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1804/362%20atualizacao.pdf. Acesso em 20 fev. 2020. SALES, C. N. S. et al. Danos causados pela neurocisticercose. Revista Enfermagem e Saúde Coletiva, v. 2, n. 3, p. 13 - 39, 2017. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1804/362%20atualizacao.pdf. Acesso em 20 fev. 2020. https://bvsalud.org/ http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n12/21.pdf http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1804/362%20atualizacao.pdf http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1804/362%20atualizacao.pdf
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