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Eletroquímica e Corrosão Aulas: 23/05/2019 até as 21:00 06/06/2019 - continuação Limeira, 06 de junho de 2019. Profa. Responsável: Enga. Profa. Dra. Maria Aparecida Carvalho de Medeiros UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA DE TRANSPORTES DISCIPLINA: EB932 A – QUÍMICA GERAL APLICADA À ENGENHARIA Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Reações REDOX As reações de oxidação (redox) estão entre as reações químicas mais comuns e importantes e estão envolvidas em uma grande variedade de processos como a ferrugem do ferro, a fabricação e ação de alvejantes e a respiração de animais: Grupo Heme REAÇÕES REDOX Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Nas reações eletroquímicas, ocorre transferência de elétrons de uma espécie para outra. Esta transferência produz energia na forma de calor, que também pode ser usada para produzir energia na forma de eletricidade ou para fazer determinados processos não espontâneos ocorrerem. A Eletroquímica é a área de Química que estuda as relações entre as reações químicas e a energia elétrica. REAÇÕES ELETROQUÍMICAS Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada 1. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Para saber qual espécie química perde ou ganha elétrons, atribui-se números de oxidação: Zn(s) + 2H + (aq) Zn 2+ (aq) +H2(g) 0 +1 +2 0 Uma espécie é oxidada quando perde elétrons Zn metálico para Zn2+ AGENTE REDUTOR Uma espécie é reduzida quando ganha elétrons 2H+ para H gasoso AGENTE OXIDANTE REAÇÕES REDOX Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada EXEMPLO 1: A bateria de níquel-cádmio (nicad), uma pilha-seca usada em dispositivos que funcionam com bateria, usa a seguinte reação redox para gerar eletricidade: Cd(s) + NiO2(s) + 2H2O(l) Cd(OH)2(s) + Ni(OH)2(s) Identifique as substâncias oxidadas e reduzidas e, também, o agente oxidante e o agente redutor. 1. Passo: Determinar os números de oxidação de todos os átomos na reação e os elementos que estão variando o número de oxidação. 2. Passo: Aplicar as definições de oxidação e redução. 0 +4 -2 +1 -2 +2 -2 +1 +2 -2 +1 Cd aumenta de 0 para +2 = oxidado (perde elétrons) AGENTE REDUTOR Ni diminui de +4 para +2 = reduzido (ganha elétrons) AGENTE OXIDANTE REAÇÕES REDOX – Número de oxidação (Nox) Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada Nas substâncias elementares, o nox de cada elemento é igual a 0: H2, O2, He, Xe, etc... O número de oxidação de íons monoatômicos é igual a sua carga: Ag+, Au3+, Fe3+, Fe2+, Cl-, S2-, O2-, etc... A soma dos números de oxidação em um composto neutro é 0. A soma dos números de oxidação em um íon poliatômico é igual à carga do íon. ATRIBUIÇÃO DE NÚMEROS DE OXIDAÇÃO (Nox) Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada Os ametais tendem a ter números de oxidação negativos, embora alguns sejam positivos em certos compostos ou íons: ▪ Oxigênio tem nox −2, exceto no íon peróxido, que tem nox −1; ▪ Hidrogênio tem nox −1 quando ligado a um metal e +1 quando ligado a um ametal ▪ Flúor sempre tem nox -1 ▪ Os outros halogênios têm nox −1 quando são negativos; porém, podem ter números de oxidação positivos, especialmente em oxiânions: ClO4 -: O = −2; Cl = +7 / BrO3 -: O = −2; Br = +5 ATRIBUIÇÃO DE NÚMEROS DE OXIDAÇÃO (Nox) Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada Quando balanceamos uma equação química, devemos obedecer a lei de conservação de massa: a quantidade de cada elemento deve ser a mesma em ambos os lados da equação. A medida que balanceamos as reações de oxirredução, existe uma exigência adicional: os elétrons recebidos e doados devem estar balanceados. Em outras palavras, se uma espécie perde determinado número de elétrons durante uma reação, a outra tem de ganhar o mesmo número de elétrons. Algumas reações podem ser balanceadas por simples inspeção, tentativa e erro, mas a maioria é complicada. O melhor método de se balancear uma equação redox é através do método das semirreações. BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada Semi-reações Apesar de a oxidação e a redução terem de ocorrer simultaneamente, em geral, é conveniente considerá-las processos separados. Por exemplo: Sn2+(aq) + 2Fe 3+ (aq) Sn 4+ (aq) + 2Fe 2+ (aq) 1. Oxidação do Sn2+: Sn2+(aq) Sn 4+ (aq) + 2e - 2. Redução do Fe3+: 2Fe3+(aq) + 2e - 2Fe2+(aq) Na reação redox como um todo, o número de elétrons perdidos na semi-reação de oxidação deve ser igual ao número de elétrons ganhos na semi-reação de redução. BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada Balanceamento de equações pelo método das semi-reações Podemos resumir o procedimento para balancear uma reação redox que ocorre em meio ácido como segue: 1. Divida a equação em duas semi-reações incompletas, uma para oxidação e outra para redução; 2. Faça o balanceamento de cada semi-reação a) Balanceie os elementos diferentes de H e O. b) Faça o balanceamento dos átomos de O adicionando H2O c) Faça o balanceamento dos átomos de H adicionando H+ d) Finalmente, faça o balanceamento da carga adicionando e- ao lado com a maior carga positiva total. 3. BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada 3. Multiplique cada semi-reação por um número inteiro de tal forma que os elétrons dispendidos em uma semi-reação se iguale ao número de elétrons ganhos na outra. 4. Some as duas semi-reações e simplifique quando possível, cancelando as espécies iguais que aparecem em ambos os lados da equação. 5. Confira a equação tendo certeza que existe o mesmo número de átomos de cada tipo e a mesma carga total em ambos os lados. 3. BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada EXEMPLO 2: Considere a reação entre MnO4 - e C2O4 2-: MnO4 - (aq) + C2O4 -2 (aq) Mn +2 (aq) + CO2(aq) Primeiro, atribui-se os números de oxidação. +7 +2+3 + 4 REDUZIDO OXIDADO Depois, escreva as semirreações C2O4 -2 CO2 Semirreação C2O4 -2 2CO2 Balanceamento do Carbono C2O4 -2 2CO2 + 2e - Balanceamento das cargas EXEMPLO 2 Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química AplicadaO 2: Considere a reação entre MnO4 - e C2O4 2-: MnO4 - (aq) + C2O4 -2 (aq) Mn +2 (aq) +CO2(aq) Primeiro, atribui-se os números de oxidação. +7 +2+3 +4 REDUZIDO OXIDADO Depois, escreva as semirreações MnO4 - Mn+2 Semirreação MnO4 - Mn+2 + 4H2O Balanceamento do Oxigênio 8H+ + MnO4 - Mn+2 + 4H2O Balanceamento do Hidrogênio 5e- + 8H+ + MnO4 - Mn+2 + 4H2O Balanceamento da Carga EXEMPLO 2 Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada EXEMPLO 2: Considere a reação entre MnO4 - e C2O4 2-: MnO4 - (aq) + C2O4 -2 (aq) Mn +2 (aq) + CO2(aq) Primeiro, atribui-se os números de oxidação Depois, escreva as semirreações Agora, combine as semirreações e cancele as espécies iguais C2O4 -2 2CO2 + 2e - 5e- + 8H+ + MnO4 - Mn+2 + 4H2O x2 x5 5C2O4 -2 10CO2 + 10e - 10e- + 16H+ + 2MnO4 - 2Mn+2 + 8H2O 10e- + 16H+ + 2MnO4 - + 5C2O4 -2 2Mn+2 + 8H2O + 10CO2 + 10e - EXEMPLO 2 Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química Aplicada EXEMPLO 2: Considere a reação entre MnO4 - e C2O4 2-: MnO4 - (aq) + C2O4 -2 (aq) Mn +2 (aq) + CO2(aq) Primeiro, atribui-se os números de oxidação Depois, escreva as semirreações Agora, combine as semirreações e cancele as espécies iguais 10e- + 16H+ + 2MnO4 - + 5C2O4 -2 2Mn+2 + 8H2O + 10CO2 + 10e - 16H+ + 2MnO4 - + 5C2O4 -2 2Mn+2 + 8H2O + 10CO2 EXEMPLO 2 Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros CÉLULAS VOLTAICAS A energia liberada em uma reação redox espontânea pode ser usada para realizar trabalho elétrico. Essa tarefa é efetuada por uma célula voltaica (ou galvânica), dispositivo no qual a transferência de elétrons ocorre pelo caminho externo em vez de diretamente entre os reagentes: Os elétrons são transferidos do zinco para o íon Cu+2, formando Zn+2 e Cu(s). A medida que a reação prossegue, o zinco se dissolve, a cor azul de Cu+2(aq) descolore e o cobre metálico (metal escuro na lâmina) deposita-se. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Zn metálico é colocado em contato com Zn+2 em um compartimento da pilha, bem como Cu metálico em contato com Cu+2 em outro compartimento, ligados por um circuito externo (o fio que conecta as fitas – chamado de eletrodo). O eletrodo onde ocorre a oxidação é chamado de anodo. O eletrodo onde ocorre a redução é chamado de catodo. A ponte salina serve para a migração de íons que mantém a neutralidade elétrica das soluções. CÉLULAS VOLTAICAS Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Os anions sempre migrarão para o anodo e os cátions sempre migrarão para o catodo CÉLULAS VOLTAICAS Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Oxidação/redução Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros FORÇA ELETROMOTRIZ DE PILHAS Os processos químicos que constituem qualquer célula voltaica são espontâneos. De forma simples, podemos comparar o fluxo de elétrons provocado por uma célula voltaica ao fluxo de água em uma queda de água. A água flui espontaneamente sobre a queda de água por causa da diferença na energia de potencial entre o topo da queda e o rio abaixo. Igualmente, os elétrons fluem do anodo para o catodo devido a diferença na energia de potencial, que é mais alta no anodo do que no catodo. Chamamos este potencial de força eletromotriz, denominada Ecel, também chamada de potencial da célula, que será positivo. Potencial-Padrão de Redução A “voltagem” de células, ou seja, as diferenças de potencial entre eletrodos, estão entre as medidas científicas mais precisas. Porém, é difícil determinar o potencial de um eletrodo individual. Escolhe-se, portanto, um zero arbitrário. O Eletrodo Padrão de Hidrogênio, (EPH) ou Standard Hydrogen Electrode (SHE), cujo potencial-padrão de redução atribuído é de exatamente O V. Eocel = E o red(catodo) – E o red(anodo) FACULDADE DE TECNOLOGIA TT217 – Química AplicadaQual seria o potencial das semi-reações da célula voltaica exemplificada? Cu2+ + 2e- Cu +0,34 2H+ + 2e- H2 0,00 Zn2+ + 2e- Zn -0,76 Eocel = (0,34) – (-0,76) Eocel = 1,10 V Regra : reações produto-favorecidas ocorrem entre um agente redutor (anodo) e um agente oxidante (catodo). Poder oxidante do íon Poder redutor do metal Potencial da célula - Eocel Por que os metais sofrem corrosão? • A corrosão é definida pela NACE (National Association of Corrosion Engineers – importante associação da área) como a deterioração de um material, geralmente metálico, que resulta de uma reação com o meio em que este se encontra. • A corrosão pode ser química ou eletrolítica. • Algumas das inúmeras diferenças entre estas duas classes são listadas na Tabela a seguir. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros A corrosão pode ser química ou eletrolítica Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros A corrosão eletroquímica • A corrosão eletroquímica é a mais frequente na natureza. Para que haja a ocorrência de corrosão eletroquímica, é necessária a transferência de elétrons, isto é, a ocorrência de reações de oxirredução. Este tipo de corrosão desencadeia-se através da formação de uma pilha de corrosão eletroquímica, a qual contém obrigatoriamente quatro elementos: • Ânodo: Região em que ocorrem as reações de oxidação. Consequentemente, é a superfície na qual a corrosão ocorre. • Cátodo: Região em que ocorrem as reações de redução. Assim, a superfície torna-se protegida, não há corrosão. • Eletrólito: Solução condutora que envolve o cátodo e o ânodo. • Ligação elétrica entre cátodo e ânodo Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Pilhas galvânicas • O exemplo clássico das pilhas de corrosão eletroquímicas são as pilhas galvânicas, aquelas formadas entre dois metais diferentes, que costumamos estudar no ensino médio. • Este tipo de pilha é ilustrado pela figura a seguir, representando os quatro elementos obrigatórios para a ocorrência das reações de oxirredução. • A pilha de corrosão galvânica ocorre devido à diferença de potencial de eletrodo entre os diferentes metais, e é mais reativa quanto maior for esta diferença de potencial. • Para prever qual metal será corroído e qual será reduzido, existem algumas tabelas práticas. A mais famosa delas é a tabela de potenciais de eletrodos padrão, para a qual foi convencionada a reação de redução do hidrogênio (2H+ + 2e- --> H2) como um potencial de valor zero. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Oxidação/redução Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Pilha galvânica Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Tabela de potencial padrão Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Corrosão Corrosão galvânica . Processo corrosivo 2 materiais metálicos com diferentes potenciais padrão, Presença de um eletrólito, ocorrendo transferência de elétrons Corrosão localizada . Próxima à região de acoplamento, com profunda perfurações no material metálico: Anodo, comum na Construção Civil. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Corrosão galvânica • Ocorre quando dois materiais metálicos diferentes estão em contato elétrico num mesmo eletrólito. –Macroscópico: • componente de Al com parafuso de latão; • estrutura de aço com aterramento de Cu. –Microscópico: • ligas de Al com precipitados de Al8Mg5 Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Corrosão galvânica Comportamento: • o metal mais nobre é protegido e • o menos nobre apresenta maior corrosão do que na condição sem o contato elétrico. • Outros exemplos: • Cu versus Ni • Aço Carbono versus Zn Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Corrosão galvânica - A corrosão galvânica pode ser: • generalizada ou • localizada - Isto depende da: • configuração do par de materiais, • metais diferentes, • condutores não-metálicos (tornam-se catodos em pares galvânicos), • coberturas metálicas de metal nobre e as de metal de sacrifício, • proteção catódica, • deposição de íons metálicos. • natureza dos filmes induzidos e • natureza dos metais e ligas envolvidos. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Posição relativa das curvas de polarização na corrosão galvânica Fonte: LIBERTO, R.C.N., CORROSÃO E PROPRIEDADES MECÂNICAS DE LIGAS CUPRONÍQUEL 90-10 COM ADIÇÃO DEFERRO E ALUMÍNIO, Dissertação de mestrado, USP, 2004. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Explicação da Proteção Catódica • A corrosão galvânica pode ser utilizada como uma forma de proteção contra corrosão. • É o caso dos Aços Galvanizados (por eletrodeposição de Zn ou por imersão a quente). • O Zn é o elemento menos nobre. Quando o aço é recoberto de Zn, numa falha do revestimento tem-se a corrosão preferencial do Zn, enquanto o aço permanece intacto. • Isto ocorre porque o Zn coloca o aço abaixo do potencial de equilíbrio do Fe, efetuando a proteção do Aço (liga de Fe e C). • Este tipo de proteção é conhecida como Proteção Catódica por anodo de sacrifício. O termo Catódica se deve à polarização catódica do Fe pelo elemento Zn, sendo o Zn o anodo de sacrifício. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros Oxidação, ferrugem e corrosão • Levantamentos apontam que 30% da produção de aço no mundo destinam-se à reposição de estruturas, equipamentos e instalações metálicas deterioradas pela oxidação, corrosão e ferrugem. • Oxidação– Todos os metais podem sofrer o processo de oxidação. O motivo mais comum é o contato direto do metal desprotegido (sem pintura, por exemplo) com o ar, vapor d’água ou água. A oxidação é o início do processo de degradação do metal e deve ser tratada logo no início, para não dar origem à corrosão e ferrugem no caso dos metais ferrosos. • Corrosão – A corrosão é o desgaste do metal a partir da oxidação. Em um ciclo vicioso, ocorre um maior desprendimento do metal, que vai ficando cada vez mais exposto aos danos causados pelo contato com a atmosfera. Se o metal contar com ferro em sua composição – como aço e ferro fundido – dá-se início à ferrugem. • Ferrugem – Quando estão oxidados e corroídos, os metais ferrosos começam a gerar o hidróxido de ferro, a camada avermelhada conhecida como ferrugem. • A ferrugem destrói a resistência do metal e, dependendo de sua amplitude, inviabiliza a recuperação. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros http://www.quimatic.com.br/blog/2017/03/entender-a-diferenca-entre-oxidacao-ferrugem-e-corrosao-garante-melhor-protecao-aos-metais/ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • 1) BROWN, LEMAY, BURSTEN, Química – A Ciência Central, 9a. Edição – Editora Pearson-Prentice Hall, 2005. • 2) BRADY, James E. & Humiston, Gerard E. – “Química Geral”, Vol. 1 e Vol. 2- 2a. edição, Livros Técnicos e Científicos Editora – 1986, Reimpressão 1994. • 3) KOTZ, J. C.; TREICHEL, JR. P, Química & Reações Químicas, volumes 1 e 2, 4a. edição, LTC Editora, 2002. • 4) ATKINS, P; JONES, L., Princípios de Química – Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente, Editora Bookman, 2001 • 5) MARTINS, L. A. M., Materiais de Construção e Outras Matérias Brutas, Editora da Unicamp, 2005. • 6) GENTIL, V., Corrosão - 6ª Ed. 2011. • 7) LIBERTO, R.C.N., CORROSÃO E PROPRIEDADES MECÂNICAS DE LIGAS CUPRONÍQUEL 90-10 COM ADIÇÃO DE FERRO E ALUMÍNIO, Dissertação de mestrado, USP, 2004. Profa.Dra. Maria A. Carvalho de Medeiros