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1
Direito das Sucessões
Profª Fernanda Pimentel 
Sucessão testamentária 
2
Base legal
Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade
dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.
§ 1o A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no
testamento. (Faça remissão aos artigos 1845 a 1848)
§ 2o São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial,
ainda que o testador somente a elas se tenha limitado.
(Faça remissão aos artigos 1.609 e 1723, dentre outros)
Conceito 
 É o ato pelo qual uma pessoa dispõe de seus bens
para depois de sua morte, ou faz outras declarações
de última vontade”
Caio Mário, ( Instituições..., vol. VI, p. 93 )
3
Natureza jurídica 
• Negócio jurídico unilateral, personalíssimo, gratuito,
solene, revogável e de última vontade”, pois
produz efeitos post mortem.
Caio Mário, Instituições, vol. VI, p. 94 a 97
Espécies 
• Poderá ser estabelecida a título universal ou singular. Sucessão
testamentária universal é aquela em que são chamados a suceder os
herdeiros com a totalidade do acervo hereditário ou através de quinhões
divididos em frações ideais.
• Na sucessão testamentária singular, há a instituição do legado, onde os
herdeiros, ora denominados legatários, herdam coisa certa e determinada,
individualizada pela vontade do testador.
4
Limites 
Princípio norteador da transmissão da herança: relativa
liberdade de testar.
O testador está limitado pela existência de herdeiros
necessários, vedação explicitada no artigo 1.857, § 1°.
 Há a liberdade de testar mitigada, em face da
existência da legítima.
Pressupostos 
Elementos intrínsecos: capacidade do testador,
espontaneidade da declaração, objeto e limites
desta;
 Elementos extrínsecos ou formais:
Cumprimento das formalidades legais.
5
Base legal
Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo,
podendo ser mudado a qualquer tempo.
Pressupostos 
“(... )pessoa capaz de dispor dos seus bens para depois da morte; pessoa
capaz de recebê-los; declaração de vontade na forma peculiar exigida
pela lei; observância dos limites ao poder de dispor”
( Orlando Gomes, Sucessões, p. 85 )
6
Capacidade de testar – art. 1860 e 1861
– Capacidade de testar é a condição objetiva para que a pessoa
manifeste de forma válida sua vontade em testamento para que
produza efeitos após o seu falecimento.
– É uma capacidade de exercício, não se confundindo com a capacidade
de direito do indivíduo.
– Idade mínima: 16 anos (art. 1860, § ún.)
Capacidade de testar – art. 1860 e 1861
• Ativa: Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que,
no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
7
Base legal
Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode
o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e
de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
§ 1o Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da
legítima em outros de espécie diversa.
§ 2o Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser
alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens,
que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros.
Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte
disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima.
Base legal: Capacidade para testar
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato
de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida
o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a
superveniência da capacidade.
8
Base legal: Espécies de Testamento
Art. 1.862. São testamentos ordinários:
I - o público;
II - o cerrado;
III - o particular.
Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, 
seja simultâneo, recíproco ou correspectivo.
Base legal: Espécies de Testamento
Art. 1.886. São testamentos especiais:
I - o marítimo;
II - o aeronáutico;
III - o militar
9
Capacidade testamentária passiva – art. 1798 a 1802
Passiva: Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas
nascidas ou já concebidas no momento da abertura da
sucessão.
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser
chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas
pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a
sucessão;
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada
pelo testador sob a forma de fundação
Capacidade de testar – art. 1860 e 1861
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem
legatários:
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu
cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e
irmãos;
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem
culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de
cinco anos;
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão,
perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar
o testamento
10
Incapacidade para testar
A incapacidade para testar deve sempre ser provada
em juízo, em ação de execução de testamento,
admitindo-se todos os meios de prova para tal,
havendo no entanto, a predominância da documental
sobre a testemunhal, devendo-se provar que o
manifestante da vontade era portador de uma
incapacidade permanente, extensiva a todos os
demais atos da vida civil ou acidental, que não decorre
sempre de uma anomalia psíquica, mas que no
momento da elaboração do testamento o agente não
estava em seu perfeito juízo.
Formas de testamento
• Art. 1.862. São testamentos ordinários:
• I - o público;
• II - o cerrado;
• III - o particular.
• Art. 1.886. São testamentos especiais:
• I - o marítimo;
• II - o aeronáutico;
• III - o militar.
11
Formas de testamento
• Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo,
recíproco ou correspectivo.
• Sendo um negócio jurídico unilateral e personalíssimo, o
testamento deve necessariamente ser singular, não se admitindo que
haja manifestação de vontade conjunta, denominados testamentos de
mão comum.
• Testamento simultâneo é aquele em que os testadores manifestam a
mesma vontade, falando na primeira pessoa do plural; no testamento
recíproco, os testadores se beneficiam mutuamente, designando um
herdeiro do outro; e no testamento correspectivo “a reciprocidade é
declaradamente resultante da interdependência das disposições,
dizendo um que deixa para o outro porque este também o institui
herdeiro ou legatário”.
Restrições à liberdade de testar
• Quanto à extensão: 
A Liberdade de testar é mitigada em razão da existência 
da Legítima, na forma dos artigos 1845 a 1847 do CCB ;
12
Cálculo da legítima – art. 1847
• O cálculo da legítima é feito sobre o
patrimônio líquido da herança, descontadas
todas as despesas e as dívidas que porventura
tenham sido deixadas pelo falecido ou
contraídas pelo espólio, somando-se ainda as
doações que tenham sido feitas em vida pelo
autor da herança aos seus descendentes.
Limites da legítima – Art. 1.848
• Toda manifestação de vontade que incida sobre a
parte que exceder aos limites da legítima será
considerada uma liberalidade inoficiosa, sendo declarada
ineficaz, facultando ao herdeiro lesado ingressar com
ação de redução para que obtenha a reintegração da
legítima.
13
Limitações – Art. 1.848
• É vedado ao testador converter os bens da herança
em bens de qualquer outra natureza;
• É permitido ao testador estabelecer gravames aos
bens da legítima se houver justa causa declarada em
testamento.
Gravames 
• Na forma do artigo 1911, é possível se estabelecer
livremente gravames se: a) não existirem herdeiros
necessários; b) os gravames forem instituídos sobre a
parte disponível.
14
Inalienabilidade 
• “Pode-se definir a inalienabilidade como sendo uma restrição à 
faculdade jurídica de alienação que perdurapor toda a vida do 
herdeiro ou legatário. A impenhorabilidade tem por escopo 
excluir o s bens transmitidos ao herdeiro da possibilidade da 
penhora”. 
In CAHALI, F. José; HIRONAKA, 
Gisela M. Novaes. Ob. citada, p. 356 e 357 
Impenhorabilidade 
• Impenhorabilidade: tem por escopo o afastamento de
determinados bens da possibilidade de penhora. Só pode ser
oponível em face dos credores do herdeiro instituído. Esta
cláusula operará seus efeitos de pleno direito, inclusive tendo
por base o artigo 649, I do CPC . Para Cahali e Hironaka, esta
cláusula pode ser instituída independentemente da cláusula de
inalienabilidade, podendo ser aposta aos bens alienáveis.
15
Incomunicabilidade 
• Quando à incomunicabilidade, segundo Orlando Gomes,
“consiste ela em impedir que integrem a comunhão
estabelecida pelo casamento; os bens assim clausulados
formarão patrimônio exclusivo do cônjuge ou passarão a
compô-lo, se já o possui”.
Levantamento dos gravames 
• Se provenientes da legítima: Art. 1848, § 2º
• Se livremente estabelecidos: Artigo 1911, § único do CCB,
que prevê a possibilidade de alienação do bem por
“conveniência econômica” do herdeiro, desde que autorizada
judicialmente.
• Procedimento nos dois casos: Alvará Judicial, procedimento de
jurisdição voluntária através do qual se requererá o
levantamento do gravame e a sua sub-rogação para outro bem
a ser adquirido pelo seu titular.
16
Restrições à liberdade de testar
• Quanto ao conteúdo, a liberdade de testar está adstrita aos limites da
lei, tais como:
• Impossibilidade de estabelecer a conversão dos bens da Legítima ( art.
1.848, § 1° do CCB4 )
• Limitação quanto à instituição de cláusulas restritivas, na forma do
artigo 1.848 do CCB;
• Vedação da instituição do herdeiro a termo, salvo nas hipóteses de
fideicomisso;
• Nulidade das disposições que contrariem o disposto no artigo 1.900 do
CCB.
Conversão dos bens da legítima
• Quanto ao conteúdo, a liberdade de testar está adstrita aos limites da
lei, tais como:
• Impossibilidade de estabelecer a conversão dos bens da Legítima ( art.
1.848, § 1° do CCB4 )
• Limitação quanto à instituição de cláusulas restritivas, na forma do
artigo 1.848 do CCB;
• Vedação da instituição do herdeiro a termo, salvo nas hipóteses de
fideicomisso;
• Nulidade das disposições que contrariem o disposto no artigo 1.900 do
CCB.
17
Exclusão da sucessão legitima e 
testamentária 
Indignidade – Arts. 1.814 a 1.818
É uma sanção civil àquele herdeiro (legítimo ou testamentário)
que cometa atos criminosos ou reprováveis contra o de cujus.
Ao contrário da deserdação, a indignidade não decorre da
vontade expressa do falecido mas sim, de uma determinação da
lei. Tal instituto se baseia num princípio de ordem pública, pois
é socialmente reprovável que alguém suceda à outra pessoa
após tê-la lesado.
18
Indignidade
• Hipóteses: artigo 1814
• A indignidade traz um rol numerus clausus.
• Reconhecimento da indignidade - Esta sanção da lei só é aplicável
mediante provocação das pessoas interessadas e para que a indignidade
se constitua é necessário o seu reconhecimento por sentença declaratória,
proferida em ação ordinária.
• Enunciado 116 – Art. 1.815: o Ministério Público, por força do art. 1.815
do novo Código Civil, desde que presente o interesse público, tem
legitimidade para promover ação visando à declaração da indignidade de
herdeiro ou legatário.
Indignidade
• Efeitos pessoais – Os descendentes do indigno sucedem como se ele morto 
fosse, pois esta sanção civil não poderá passar de sua própria pessoa. ( art. 
1.816 ) 
• Restituição dos frutos e rendimentos – Uma vez excluído da sucessão, 
impõe-se ao herdeiro a obrigação de restituir os frutos e rendimentos dos 
bens da herança que eventualmente tiver recebido. ( art. 1.817, § ún. )
• Validade dos atos praticados antes da sentença – Segundo o art. 1.817, os 
atos praticados pelo indigno antes da exclusão são válidos, face o princípio 
da proteção ao terceiro de boa-fé. Contudo, os herdeiros que se sintam 
prejudicados com tais atos poderão demandar perdas e danos em face do 
indigno. 
19
Indignidade: PROVA
• Apelação cível. Ação de deserdação. Causa legal. Prova ausente.
Recurso não provido. 1. Conforme dispõe o art. 1.965 do Código Civil
de 2002, o herdeiro instituído, ou qualquer outra pessoa a quem a
deserdação aproveite, tem o ônus de provar a veracidade da causa
invocada. 2. Ausente prova da causa autorizadora da deserdação,
revela-se correta a sentença que rejeitou a pretensão no sentido de ser
confirmada a deserdação. 3. Apelação cível conhecida e não provida.
• TJ/MG, Apelação cível. 1.0338.03.014052-3/001, Rel. Des.(a)
CAETANO LEVI LOPES, J. 13/03/2007
Exclusão da herança x meação
• DIREITO DE SUCESSÕES - EXCLUSÃO DA SUCESSÃO - HERDEIRO -
HOMICÍDIO DOLOSO PRATICADO CONTRA CÔNJUGE - POSSIBILIDADE -
EXCLUSÃO DA MEAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE. 1 - Podem ser excluídos da
sucessão por indignidade os herdeiros e legatários, ""ex vi"" do art. 1.814
do Código Civil. 2 - A meação pertence ao cônjuge por direito próprio, sendo
inviável, portanto, a extensão da pena de exclusão do cônjuge herdeiro, em
razão de indignidade (art. 1.814, inc. I, do Código Civil), ao direito do réu,
decorrente do regime de bens adotado no casamento. 3 - Recurso
parcialmente provido.
Súmula:DERAM PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO.
TJ/MG, Ap. Cível nº 1.0024.08.957264-8/00, 
Rel. Des.(a) EDGARD PENNA AMORIM, J. 22/07/2010
20
Suspensão da ação declaratória de indignidade
• AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DECLARATÓRIA DE EXCLUSÃO DE HERDEIRO
POR INDIGNIDADE - PROCESSO CRIMINAL EM CURSO - SUSPENSÃO DO PROCESSO
NA ESFERA CÍVEL - POSSIBILIDADE - ARTIGO 265, INCISO IV, ALÍNEA A,DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - QUESTÃO PREJUDICIAL - DECISÃO MANTIDA. 1 - À
inteligência do artigo 265, inciso IV, alínea a, do Código de Processo Civil,
suspende-se o processo quando a sentença de mérito depender do julgamento de
outra causa, ou da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica,
que constitui o objeto principal de outro processo pendente. 2 - Recurso a que se
nega provimento.
– TJ/MG, AI nº 1.0024.05.700806-2/001, Rel. Des.(a) BATISTA
FRANCO, J. 07/02/2006
Deserdação – Arts. 1961 a 1965
• “É o ato através do qual o testador afasta de sua sucessão 
um herdeiro necessário”.
21
Deserdação
• instituição em testamento;
• causa expressa em lei;
• proposta em ação ordinária, de natureza 
declaratória, trazendo para os descendentes 
do deserdado o direito de representação, pois 
os efeitos da sentença de deserdação são ex 
tunc, retroagindo até o dia da abertura da 
sucessão.
Deserdação
• Para produzir seus efeitos deverá estar
prevista cláusula clara, em testamento
regular, válido e eficaz, sendo argüida através
de ação ordinária, por aquele herdeiro que se
beneficiar com a deserdação. A este herdeiro
caberá o ônus de provar a conduta do
“deserdado”. A deserdação nunca será
presumida.
22
Deserdação
• APELAÇÃO - AÇÃO DE EXCLUSÃO DE HERDEIRA NECESSÁRIA - ADOÇÃO "À
BRASILEIRA" DESERDAÇÃO.AGRAVO RETIDO - DESPROVIMENTO. PROVA PERICIAL
PRETENDIDA QUE SE MOSTRA DESNECESSÁRIA AO DESLINDE DA
CAUSA.AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE INJÚRIA GRAVE E DESAMPARO DA "DE
CUJUS" DURANTE ENFERMIDADE -DESPROVIMENTO DO RECURSO.Se a própria ré
não nega que a falecida tinha dificuldade de locomoção por excesso de peso, sofria
de diabetes e padecia dos males naturais de pessoa idosa, desnecessária é a prova
pericial que pretende comprovar a existência de doença grave que acometia a
testadora nos anos anteriores ao óbito.A ação de deserdação não se mostra
hábil ao reconhecimento de nulidade de registro de nascimento, que, além de não
requerido na inicial, nem mesmo foi buscado pela "de cujus", embora tivesse
mencionado, em seu testamento, que a herdeira necessária não era sua filha
biológica. ...
Deserdação
• ...Cabia à autora - o que não logrou fazer - comprovar a apontada prática, por
parte da ré, de injúria grave contra sua mãe adotiva, a qual não se confunde com
o climade frieza que havia entre esta e aquela desde a tenra idade da ré, assim
como a ocorrência do alegado abandono da mãe pela filha durante o período de
doença, ou qualquer nexo de causalidade entre a ausência de contato que findou
por existir entre ambas e as doenças constatadas como causa da morte, quando a
testadora já tinha 93 (noventa e três anos).Hipóteses que autorizariam a
deserdação não configuradas.Desprovimento do recurso.
• Ap. Cível nº 2009.001.27451 -DES. MARIA HENRIQUETA LOBO - Julgamento: 
26/08/2009 - SETIMA CAMARA CIVEL 
23
Deserdação
• Apelação Cível.Ação Declaratória. Filho Adotivo. Deserdação Ação proposta pelos
herdeiros instituídos da Testadora, buscando comprovar as alegadas causas que
motivaram a Testadora a deserdar o filho adotivo.Prova existente nos autos
suficiente no sentido de caracterizar conduta indigna do herdeiro deserdado.
Agressões físicas pelo mesmo praticadas contra a Testadora, o que configura a
ocorrência da violação do disposto no artigo 1962 do Código Civil.
Contemporaneidade da escritura de deserdação com a existência de registro
policial de ocorrência dos maus tratos impostos pelo deserdado à testadora
.Sentença que julgou procedente o pedido inicial, excluindo o herdeiro réu e ora
apelante da sucessão de sua mãe adotiva, em perfeita harmonia com a legislação
civil aplicável - artigo 1962, I do Código Civil.
• Ap. Cível nº 2009.001.05870 – Rel. DES. AZEVEDO PINTO - Julgamento: 
17/06/2009 - DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
Deserdação
• DESERDACAO – INTERPRETACAO RESTRITIVA – DENUNCIACAO CALUNIOSA
INJURIA GRAVE
NAO CONFIGURACAO - IMPROCEDENCIA DO PEDIDO. APELAÇÃO CÍVEL.
DESERDAÇÃO. ACUSAÇÃO CALUNIOSA EM JUÍZO. CRIMES CONTRA A HONRA. INJÚRIA
GRAVE. Não comprovação do comportamento criminoso ou ilícito. Pedido de Remoção de
Inventariança e de Interdição do de cujus. Exercício regular do direito de ação. Veiculação dos
fatos debatidos em juízo através da imprensa. Ausência de comprovação. 'Se a causa invocada
não corresponder, exatamente, a alguma das mencionadas no Código Civil, arts. 1.814, 1.962 e
1.963, será inoperante a deserdação, e o testamento será nulo quanto à porção da legítima,
subsistindo, somente, as disposições que couberem na metade disponível.' A deserdação é
medida extrema que implica em restrição de direitos. Interpretação que não admite analogias ou
ampliação das possibilidades. Manutenção da sentença de improcedência. DESPROVIMENTO DO
RECURSO.
• TJ/RJ, Ementário: 42/2008 - N. 9 - 13/11/2008, Ap. Cível nº 2008.001.49698 - DES. LEILA MARIANO - Julgamento: 08/10/2008 - SEGUNDA
CAMARA CIVEL
24
Redução das disposições testamentárias – Art. 1966 a 1968.
• FINALIDADE: Garantir a intangibilidade da legítima. 
• Havendo violação à legítima que caracterize excesso na manifestação de
vontade emanada do “de cujus”, poderão os herdeiros necessários ou
qualquer daqueles que estejam sub-rogados em seus direitos ou créditos
ou os credores do herdeiro lesado, requerer no curso do processo de
inventário ou através de ação própria, denominada “actio in rem
scripta”, a anulação das partes das disposições que sejam fruto da
liberalidade excessiva do testador. Esta ação somente deverá ser
proposta após a abertura da sucessão, uma vez que nossa lei adorou o
critério da atualidade
Caducidade
25
Hipóteses de caducidade:
• Exclusão do herdeiro por indignidade;
• Repúdio da herança pelo herdeiro ou legatário;
• Inadimplemento de condição suspensiva imposta 
pelo testador;
• Pré-morte do herdeiro instituído;
Hipóteses de caducidade:
• Modificação ou perecimento da coisa legada por caso
fortuito ou força maior – se perecer a coisa por culpa
do herdeiro, tem o legatário direito às perdas e danos;
• Testamento especial, quando o testador não vier a
falecer e não ratificar sua manifestação de vontade.
26
Caducidade dos legados
Art. 1.939. Caducará o legado:
I - se, depois do testamento, o testador modificar
a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma
nem lhe caber a denominação que possuía;
II - se o testador, por qualquer título, alienar no
todo ou em parte a coisa legada; nesse caso,
caducará até onde ela deixou de pertencer ao
testador;
Caducidade dos legados
IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos
termos do art. 1.815;
V - se o legatário falecer antes do testador.
Art. 1.940. Se o legado for de duas ou mais
coisas alternativamente, e algumas delas
perecerem, subsistirá quanto às restantes;
perecendo parte de uma, valerá, quanto ao seu
remanescente, o legado.
27
Efeitos da caducidade:
• Não havendo disposição em contrário do testador,
trazendo alternativa à cláusula objeto da
caducidade, a sucessão se dará através da
previsão legal para a sucessão legítima.
Direito de acrescer: Previsão legal
• Art. 1.941. Quando vários herdeiros, pela mesma
disposição testamentária, forem conjuntamente
chamados à herança em quinhões não determinados,
e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a
sua parte acrescerá à dos co-herdeiros, salvo o
direito do substituto.
• Art. 1.942. O direito de acrescer competirá aos co-
legatários, quando nomeados conjuntamente a
respeito de uma só coisa, determinada e certa, ou
quando o objeto do legado não puder ser dividido
sem risco de desvalorização.
28
Direito de acrescer: Previsão legal
• Art. 1.943. Se um dos co-herdeiros ou co-legatários,
nas condições do artigo antecedente, morrer antes do
testador; se renunciar a herança ou legado, ou destes
for excluído, e, se a condição sob a qual foi instituído
não se verificar, acrescerá o seu quinhão, salvo o
direito do substituto, à parte dos co-herdeiros ou co-
legatários conjuntos.
• Parágrafo único. Os co-herdeiros ou co-legatários,
aos quais acresceu o quinhão daquele que não quis
ou não pôde suceder, ficam sujeitos às obrigações ou
encargos que o oneravam.
• Art. 1.944. Quando não se efetua o direito de
acrescer, transmite-se aos herdeiros legítimos a
Direito de acrescer: Previsão legal
• Art. 1.944. Quando não se efetua o direito de
acrescer, transmite-se aos herdeiros legítimos a
quota vaga do nomeado.
• Parágrafo único. Não existindo o direito de acrescer
entre os co-legatários, a quota do que faltar acresce
ao herdeiro ou ao legatário incumbido de satisfazer
esse legado, ou a todos os herdeiros, na proporção
dos seus quinhões, se o legado se deduziu da
herança.
29
Direito de acrescer: Previsão legal
• Art. 1.945. Não pode o beneficiário do acréscimo repudiá-
lo separadamente da herança ou legado que lhe caiba,
salvo se o acréscimo comportar encargos especiais
impostos pelo testador; nesse caso, uma vez repudiado,
reverte o acréscimo para a pessoa a favor de quem os
encargos foram instituídos.
• Art. 1.946. Legado um só usufruto conjuntamente a duas
ou mais pessoas, a parte da que faltar acresce aos co-
legatários.
• Parágrafo único. Se não houver conjunção entre os co-
legatários, ou se, apesar de conjuntos, só lhes foi legada certa
parte do usufruto, consolidar-se-ão na propriedade as quotas
dos que faltarem, à medida que eles forem faltando.

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