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Hipertireoidismo: Sintomas, Classificação e Diagnóstico

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Hipertireoidismo
● Introdução:
- Hipertireoidismo:
> é uma síndrome clínica resultante da produção e
liberação excessiva dos hormônios tireoidianos (HTs).
- Tireotoxicose:
> Síndrome clínica resultante apenas da liberação
excessiva dos hormônios tireoidianos (HTs)
pré-formados.
● Classificação:
- Primário (HTP):
> Quando a doença está na própria tireóide
> Acomete 3% das mulheres e 0,5% dos homens
> Existem diferentes etiologias como:
↳ Doença de Graves, → mais comum
↳ Uso exógeno de HTs, → paciente com uso de
de medicamentos exógenos.
↳ Bócio Nodular Tóxico, → nódulo na tireóide
produtor de hormônio tireoidiano
↳ Tireoidites → doenças inflamatórias
↳ Gravidez molar e coriocarcinoma → tumor
placentária, que produz grandes quantidades do HCG,
que é muito parecido com o TSH.
↳ Struma ovarii → tumor ovariano com tecido
tireoidiano
> 80% de todos os casos de hipertireoidismo se deve
a Doença de Graves (+ comum)
- Secundária/Central (HTC): TSHoma – muito raro
> Quando a doença está no SNC, no eixo
hipotalâmico-hipofisário
> É causado por tumores hipofisários, produtores de
TSH (TSHomas), apenas 500 casos na literatura.
● Doença de Graves:
- É uma doença autoimune
- Mais comum em mulheres
- Pico entre 30 e 60 anos
- Mais comum em brancos
- Acometimento multifatoriais:
> Fatores genéticos:
↳ 80%
↳ Genes: CTLA-4, HLA, PTPN22, Tg, TSHR
> Fatores ambientais:
↳ 20%
↳ Sexo, Radiação externa, Estresse e Tabagismo
- FATORES DE RISCO PARA A DOENÇA DE
GRAVES:
> História familiar de doença tireoidiana ou doença
tireoidiana autoimune
↳ 15% tem parente próximo acometido
↳ 50% dos parentes tem auto-Ac positivos
> Doenças autoimunes:
↳ DM1, doença de Addison, ooforite autoimune,
miastenia, AR, LES, anemia perniciosa, hepatite
autoimune, etc.
> Radiação cervical:
↳ Radioterapia externa
> Fármacos:
↳ Interleucinas, interferon, amiodarona, lítio, TARV…
> Tabagismo
↳ Aumento do risco em 2x
> Estresse
↳ Privação do sono, aflição intensa, divórcio, perda
do emprego, etc.
- PATOGÊNESE:
> A DG é um distúrbio autoimune cujo principal sítio
antigênico é o receptor do TSH (TSHR).
> O hipertireoidismo se origina da produção pelos
linfócitos B de anticorpos contra o TSHR (TRAb)
> Tais anticorpos se ligam ao TSHR e ativam
complexos de sinalização das proteínas que resulta em
crescimento da tireóide, aumento de sua vascularização
e incremento da taxa de produção e secreção dos
hormônios tireoidianos (exercem retroalimentação
negativa sobre a hipófise)
> Como consequência, surgirá elevação do T3 e T4,
associada à supressão do TSH
LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI
> DOENÇA TIREOIDIANA AUTOIMUNE:
・Pode existir uma flutuação na função desses
autoanticorpos, hora produzindo TRAb bloqueador, hora
produzindo TRAb estimulador.
・ Por isso o paciente pode variar entre hiper e
hipotireoidismo
● Sinais e sintomas da doença de Graves:
- No hipertireoidismo ocorre um aumento generalizado de
todos os processos metabólicos
- SINTOMAS:
- SINAIS:
- Em idosos, os sinais e sintomas são menos
exuberantes: HIPERTIREOIDISMO APÁTICO
↳ Não há os sinais de hiperativação adrenérgica, mas
sim astenia intensa, prostração, fraqueza e depressão.
Predominam as manifestações cardiovasculares
(arritmias e/ou insuficiência cardíaca).
- TRÍADE “CLÁSSICA” (DOENÇA DE GRAVES):
・BÓCIO: 97%
・OFTALMOPATIA: 50%
・MIXEDEMA: 10%
- CRISE T IREOTÓXICA OU TEMPESTADE
TIREOIDIANA:
▹ Condição de hipermetabolismo grave e
manifestações adrenérgicas intensas
▹ Mortalidade de 10%
▹ Geralmente, apresenta hipertireoidismo e fatores
desencadeantes
▹ Sinais e sintomas:
・Sudorese profusa, tremores e febre
・Taquiarritmias, insuficiência cardíaca, edema
pulmonar e choque
・Manifestações neuropsiquiátricas***
・Náuseas, vômitos e dor abdominal
▹ Formas atípicas (em idosos, principalmente)
▹ Diagnóstico clínico (Índice de Burch e Wartofsky)
● Diagnóstico da doença de Graves:
- INDICAÇÕES PARA RASTREAMENTO DO
HIPERTIREOIDISMO:
▹ Na presença de sinais e sintomas sugestivos
▹ Presença de bócio (nodular ou difuso)
▹ Doença autoimune
▹ Gestação
▹ Uso de fármacos (lítio, amiodarona, etc)
- EXAMES DE ESCOLHA:
▹ Dosagem do TSH, T4 livre e T3.
↳ Quando o paciente estiver sintomático
↳ Se o diagnóstico for confirmado espera-se que
o TSH esteja baixo e T4 e T3 altos
▹ Dosagem do TSH
↳ Paciente que não tem sintomas, mas tem fator
de risco para disfunção tireoidiana
- OUTROS EXAMES:
▹ Dosagem do AUTO-Acs
↳ Anticorpos antirreceptores do TSH (TRAb) →
sua ocorrência em pacientes hipertireoideos é
altamente específica para a DG (presentes em 90 a
100% dos casos).
↳ Entre os pacientes com DG, até 50% apresentam
anticorpos antitireoglobulina (anti-Tg) e até 90%,
anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO)
LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI
▹ Ultrassom da tireóide
↳ Vantagens da US são ausência de exposição à
radiação ionizante, maior precisão na detecção de
eventuais nódulos tireoidianos e custo mais baixo
▹ Cintilografia da tireóide
↳ Cintilografia com iodo radioativo ou tecnécio deve
ser realizada em pacientes com nódulos identificados à
ultrassonografia, para avaliar se tais nódulos são
“quentes” ou “frios”.
- DIAGNÓSTICO ALGORITMO:
● Tratamento:
- Os objetivos do tratamento do são: reduzir a síntese
hormonal e controlar os sintomas
- REDUZIR A SÍNTESE DE T3 E T4:
> Antitireoidianos de síntese (tionamidas)
↳ O mecanismo de ação principal desses fármacos é
a inibição da síntese de tiroxina (T4) e tri-iodotironina
(T3) dentro das células foliculares, por interferirem na
organificação e no acoplamento das iodotirosinas, pelo
bloqueio da peroxidase tireoidiana
> Iodo radioativo
↳ Tem como objetivo controlar o hipertireoidismo,
tornando o paciente hipotireóideo
> Cirurgia
↳ Tireoidectomia
- CONTROLE DOS SINTOMAS:
> Betabloqueadores
↳ Eles são particularmente úteis na fase inicial do
tratamento da doença de Graves (DG) com tionamidas,
quando ainda não se alcançou o eutireoidismo, em razão
de seu rápido efeito sobre as manifestações que
resultam do sinergismo entre os hormônios tireoidianos e
o sistema nervoso simpático
- O acompanhamento deve ser regular e periódico (com
frequência a ser definida pela gravidade do quadro).
- Devem ser avaliadas a adesão e a resposta ao
tratamento, através de consultas médicas e realização de
exames de controle.
LIA DE OLIVEIRA JEREISSATI

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