Buscar

Um método perigoso - resenha crítica psicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE 
ALAGOAS 
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
Thaís Peixoto Alves Ramos 
Matrícula: 38885 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha Crítica: UM MÉTODO 
PERIGOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2021
 
Resenha Crítica - Um método perigoso 
O Filme “um método perigoso” inicia com enfoque em 2 personagens: 
Jung (médico analista) e Sabina (paciente). Inicialmente, o intuito de Jung é 
conversar com Sabina, que se demonstra resistente, negando estar louca, mas 
Jung a convence de conversar com ele para ver o que a incomoda. Com o 
passar das sessões de análise, ela vai descobrindo mais coisas sobre ela 
própria, externando seus sentimentos, utilizando o método de Freud, e vai 
sendo curada aos poucos. Jung percebe que ela possui bastante tempo ocioso, 
descobre que ela possui interesse em medicina e oferta uma vaga como 
auxiliar dele em uma pesquisa que ele estava realizando. Eles fazem, juntos, 
testes com a esposa de Jung e descobrem que ela tem medo que o marido a 
deixe durante a gravidez. 
Jung descobre que Sabina apanhava do pai, isso a traumatizou e gerou 
excitação, sentimento que ela carregou ao longo de sua vida e pelo qual ficava 
excitada em qualquer situação que envolvesse humilhação. O filme também 
mostra o desenvolvimento de um sentimento de paixão de Sabina por Jung, 
como se ela estivesse transferindo o que sentia pelo seu pai, tal qual foi 
observado no filme anterior “Freud além da alma”. O marco inicial desse 
sentimento é quando Jung bate em seu casaco (para limpar, já que havia caído 
no chão) e ela se excita. Jung para de cobrar suas sessões de análise, eles 
vão desenvolvendo uma relação mais íntima, até que Sabina beija Jung, 
demonstrando interesse por parte dela, mas ele não esboça reação de 
interesse ou recuo. 
Em conversas com Otto Gross, um psiquiatra psicótico e poligâmico, 
Jung é convencido de que deve ceder aos seus desejos, desenvolvendo, 
assim, um caso extraconjugal com Sabina, e satisfazendo sexualmente seus 
desejos sadomasoquistas. No entanto, como era de se esperar, a finalidade da 
análise é comprometida, visto que essa relação extrapola o objetivo da relação 
médico-paciente. Os boatos de que Jung tinha uma paciente e amante 
começam a se espalhar, inclusive essa relação é sabida pela sua esposa, que 
apresenta uma postura de resignação ao mesmo tempo que tenta recuperar a 
atenção do marido, com presentes (um barco) ou lhe dando um filho do sexo 
masculino. Apesar das tentativas, essa empreitada é falha, já que, mesmo 
quando Sabina e Jung param de se relacionar, Jung obtém outra amante (Toni, 
que lembra Sabina, enquanto ela se casa com outro homem que também é 
médico e, provavelmente, lembra Jung). 
Quando Jung percebe que essa relação não é certa, ele conversa com 
Sabina e fala que não pode continuar com isso, porque a relação dos dois é 
apenas entre analista e paciente. Jung tinha uma relação de amizade com 
Freud, no primeiro encontro passaram 13 horas conversando para se conhecer 
e discutir sobre suas teorias, sobre as quais também trocavam cartas. Para 
afetá-lo, Sabina exige que ele conte a verdade para Freud sobre a relação dos 
dois, para que ele a aceite como paciente, dado que ela sabia da situação de 
disputa entre as teorias dos dois e que Freud não reconheceria essa relação 
entre os dois de forma profissional e Jung negava todos os boatos sobre essa 
relação extraconjugal para o Freud. Depois, Jung se muda e eles passam a se 
ver menos. Quando eles voltam a se ver, a relação sexual dos dois vem à tona, 
Sabina avisa que vai se mudar para Viena e, dessa vez, Jung é quem se abala 
mais pelo 2º rompimento da relação dos dois. 
No desenvolver da trama, Sabina se torna médica psiquiátrica e 
desenvolve suas próprias teorias sobre a sexualidade. Para ela, o impulso 
sexual é uma força demoníaca e destrutiva, ao mesmo tempo que é criativa, 
podendo produzir, com a destruição de duas individualidades, um novo ser, 
mas o indivíduo sempre deve superar a resistência, por causa da natureza 
aniquiladora do ato sexual. Ela “acaba escolhendo o lado de Freud”, na disputa 
com Jung, já que suas teorias combinam mais com as dele. 
O filme acaba com Sabina casada e grávida de outro homem também 
médico, e Jung deixa o hospital e começa a atender os pacientes em casa, 
ainda está casado com Emma, mas possui Tina como amante e está abalado 
pelo rompimento da sua relação com Freud, por discordâncias teóricas. Em 
suma, o roteiro do filme é construído em cima do relacionamento de Jung e 
Sabina, o que faz o espectador refletir sobre os limites de atuação do médico 
enquanto profissional e a separação entre seus desejos e sua vida pessoal 
como homem, além de questionar a eficácia da terapêutica e da análise 
quando se estabelece relações extraprofissionais com quem se atende.

Continue navegando